terça-feira, dezembro 23, 2008

Confira os especiais de fim de ano do Grupo Bandeirantes de Rádio

Tem para todos os gostos, segundo nos informa sua assessoria de imprensa:

Especial Roberto Carlos

Na véspera de Natal, das 22h às 23h, a Nativa apresentará um especial com músicas do rei Roberto Carlos apresentado pelo filho dele, Dudu Braga. Nesse programa especial, vários artistas sertanejos prestarão uma homenagem ao rei cantando seus maiores sucessos. Entre os artistas que participarão do especial estão os cantores Daniel e Eduardo Costa, e as duplas Zezé di Camargo e Luciano, Guilherme e Santiago, Chitãozinho e Xororó e Edson e Hudson. “Amor Perfeito”, “Como Vai Você”, “Nossa Senhora” e “A Distância” são apenas algumas das músicas que os ouvintes poderão ouvir em versões exclusivas produzidas pela Nativa FM. O especial será reapresentado no dia 25 ao meio-dia.

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“Outlander Live” tem especiais do U2 e dos Beatles no Natal

Apresentada por Edu Mello, a atração da Mitsubishi FM traz versões ao vivo dos maiores sucessos da música e neste final de ano vão ao ar edições especiais com músicas de grandes artistas. O programa do dia 24 terá versões ao vivo dos maiores sucessos do U2 e, no dia 25, clássicos do Beatles recheiam o programa. Rádio Mitsubishi FM 92,5 MHz, Outlander Live, todos os dias, das 17h às 18h. www.mitfm.com.br

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Retrospectiva 2008

Os principais acontecimentos do ano serão relembrados durante a “Retrospectiva 2008” da Rádio Bandeirantes. Os jornalistas Rafael Colombo e Sérgio Patrick comandam a atração de quatro horas de duração que destaca os principais fatos do Brasil e do mundo na política, economia, cultura e esporte. Rádio Bandeirantes AM, 840 KHz, e FM, 90,9 MHz, Retrospectiva 2008, domingo (28) das 16 às 20h. www.radiobandeirantes.com.br

quinta-feira, outubro 09, 2008

Alguns links

Quero deixar algumas indicações de outros blogs em que a minha participação é mais constante:

Laboratório Pop - Visão da Paulicéia é meu blog pendurado no site Laboratório Pop. Já foi uma revista on paper e agora ela continua on line.

Rádio Base - É o primeiro blog sobre rádio do Brasil. Lá eu participo ao lado dos camaradas Marcos Ribeiro e Marcos Lauro. Informação e opinião sobre esse veículo que considero muito apaixonante.

História oral da banda Fellini - Aqui eu coloquei as entrevistas que eu fiz com Thomas Pappon e Cadão Volpato, integrantes da banda Fellini. Ambos contam histórias sobre a banda, que eu julgo ser uma das mais importantes do rock independente nacional.

De vez em quando eu apareço por aqui para colocar algo novo. Mas não deixem de me acompanhar nos links acima. É isso aí.

terça-feira, setembro 09, 2008

Ed Motta x Álvaro Pereira Jr.

Ed Motta perdeu uma ótima chance de ficar queito na edição mais recente do prograna Altas Horas. E não foi pela citação errônea da frase de Bernard Shaw (ele achou que fosse do Zappa). Quando o cantor falou sobre o seu desprezo pela crítica, levantou uma excelente bola para Álvaro Pereira Jr. cortar. Nem a hoje aposentada Fofão, da seleção brasileira de vôlei, faria melhor. Esse embate reforça uma idéia defendida aqui e em outros espaços: o artista pode até não gostar da crítica musical (ou do jornalismo musical), mas não vive sem ela. Falar mal é uma forma de chamar a atenção, posar de vítima e garantir reações de carinho ou (mais) admiração por parte de seu público.

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Em seu livro "Condenado a Falar", o jornalista Jorge Kajuru diz que Serginho Groismann, como entrevistador, parece ter um minuto de silêncio no cérebro. Até achei que foi uma injustiça, mas vendo o vídeo da participação de APJ tendo a concordar. Reparem na formulação dessa pergunta:

SG - Você já teve alguma consequência chata, assim...

APJ - Não, acho que não, tipo alguém tentar me bater, essas coisas?

SG - Bater, não digo, né (...)

A intenção da era fazer com que o convidado falasse a respeito da repercussão junto aos artistas e/ou bandas de seus conceitos emitidos em coluna na Folha de S. Paulo. Ótima oportunidade também para se falar sobre possíveis pressões e represálias que muitos veiculos sofrem por conta das opiniões de seus críticos. Serginho, porém, colocou tudo a perder.

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Não vejo muita diferença na bajulação atual em torno do Cansei de Ser Sexy e da bajulação feita que Álvaro e seus parceiros fizeram ao Nirvana e ao grunge de Seatlle há quase 17 anos. Bajulação é bajulação.

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sexta-feira, julho 04, 2008

Homenagem tardia a um companheiro


Tou devendo um post pra Mimi sobre um amigo meu que é a cara do Lester Bangs, o crítico musical que está sendo "hypado" pelo pessoal da revista Zero. Eu conhecia o trabalho de Bangs, mas não tinha visto ainda a sua foto. Quando li a reportagem que saiu na primeira edição tomei um susto. Parecia que eu estava vendo meu grande amigo e parceiro de Rádio Onze: José Roberto Reder Borges.

(Antes de prosseguir, devo informar que a Onze era uma rádio livre que operava nos 98,9Mhz do dial entre os anos de 1995 e 1997. Era ligada ao Centro Acadêmico XI de agôsto da Faculdade de Direito da USP)

Quem aí lembra de uns cartazes que volta e meia apareciam colados nas paredes de São Paulo com frases de efeito contra os políticos assinados por um certo Partido Abstrato Tropical Onírico (Pato)? Reder Borges, proprietário de uma modesta gráfica de lambes-lambes na Av. São João, era o responsável por eles. Dono de um senso de humor bastante apurado e com uma agilidade mental ímpar, ele preenchia os muros da cidade com a sua visão bastante peculiar das coisas. Anarquista convicto, ele encontrou nos cartazes uma forma de uma forma de protesto contra o então governo Collor, em 1991.

A idéia deu tão certo que o amigo do PC Farias deixou de ser alvo preferencial e outros políticos de diferentes tendências também entraram na dança. Luiza Erundina, Orestes Quercia, Paulo Maluf, FHC, Itamar Franco, nenhum deles foi poupado pela irônia de Reder Borges. O forte estava nas frases de efeito: "O Brasil tá uma Mesbla" (citação ao estado falimentar da prestigaida loja de departamentos), "Adib, aqui Jatene imposto demais" (contra o contra o IPMF, que depois se transformou em CPMF), "Itamar, a burrice ofusca" e "Votou no PT, tomou no IPTU". "Reder exerce sua cidadania através do riso", observou bem o jornalista Alceu Luis Castilho num perfil publicado no tradicional "O Estado de S. Paulo", em 21 de setembro de 1996.

Reder Borges fez parte do quadro de apresentadores da Onze e foi um de seus integrantes mais ativos. Levado para lá por Chico Lobo, conquistou a todos com sua simpatia. A sua parceiria com a Onze trouxe grandes frutos para ambas as partes. Ele quem deu a idéia de fazermos uma campanha contra a reabertura do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, ao trafego noturno, isso em 1996. Na época, o então prefeito Paulo Maluf tinha desse desejo, o que causaria mais transtornos aos moradores do prédio que circundam o viaduto. A resposta veio através da campanha "Maluf, deixe-nos dormir em paz". Além dos cartazes de Reder, foram incluidas vinhetas na programação da Rádio Onze explicando o que queriamos e quais seriam os malefícios de tal decisão do prefeito.

Reder era o rei das terças-feiras da Onze, as 19h, o horário nobre da emissora, no mesmo horário da "Voz do Brasil". Em vez de ir para a faculdade, lá estava eu nos estúdios para ajuda-lo no comando do programa. Fazia a mesa de som e dava uns palpites também. Em meio a várias músicas de Led Zeppelin, Bread, Elton John, eu e Reder tentavamos analisar a conjuntura política do país, sempre com muito bom humor. Ele foi um dos que ficou na emissora até o seu final.

Hoje, Reder mora em Barueri e eu estou lhe devendo uma ligação telefônica. Ainda não tive a oportunidade de dizer que ele é a cara do Lester Bangs.

Ah, para conhecer um pouco mais do Pato, visite o espaço cedido a ele na página da Rádio Onze. Clique aqui.


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O texto acima (com algumas adaptações) eu publiquei no blog Onzenet em 17 de agosto de 2002. Consegui falar com o Zé Roberto e dizer que ele era a cara do Lester Bangs. Porém, depois de algum tempo perdemos contato. E por causa disso, apenas hoje eu fiquei sabendo que ele morreu em janeiro deste ano, vítima de um infarto. Ele tinha parado com a gráfica e com o rádio, mas estava trabalhando com a música. Era o letrista principal de uma banda chamada The Pocotós, que tocou em vários locais da cidade, mas não chegou a se lançar comercialmente. Além disso, era uma figura muito querida dos professores, funcionários e alunos da escola municipal Dep. Agenor Lino de Matos, que fica em frente ao local onde morava.

No arquvio de aúdio abaixo, é possível ouvir a música Pato, uma das últimas composições de José Roberto Reder Borges. É uma homenagem a Alexandre Pato, atacante que saiu do Internacional para atua no Milan. Gaúcho de Canoas, o Zé tinha como paixão no futebol: o colorado. Depois de se mudar para São Paulo, incluiu no seu coração de torcedor o alviverde Palmeiras.




Para quem gosta, tem uma versão no You Tube, com direito a uma coletânea dos gols de Alexandre Pato.

terça-feira, maio 27, 2008

E se eu fosse presidente....

Levante a mão quem já fez no colégio a redação com o tema "E se eu fosse presidente da República". E o manjadsíssimo "Minhas férias"? Tive de fazer os dois a pedido das minhas queridas professoras do primário. Não sei bem o que uma criança de 7 ou 8 anos poderia propor de diferente ao país, mas lá estava eu gastando a tinta da caneta para entregar a redação logo e sair correndo a fim de curtir o recreio.

Mas passados tantos anos, ganhei uma certeza do que faria se um dia fosse presidente da Repúlica. Seria uma atitude apenas, talvez a suficiente para me eternizar na história. Não, eu não acabaria com a fome, nem melhoraria a distribuição de renda. Milagre é só na Igreja e essas coisas não dependem só do presidente.

Mas há outras que podem ser resolvidas com uma simples canetada. Meu primeiro e único decreto seria proibir a execução pública de qualquer faixa do disco "Brothers in arms", do Dire Stratis e da música "Sultans of swing".

Antes de mais nada, é lógico que sou contra qualquer tipo de censura, mas acho que a proibição cabe nesse caso.

Hoje de manhã, liguei o rádio bem na hora em que estavam tocando "Sultans of swing" pela enésima vez. E na semana que passou eu ouvi também "Walk of life", "So far away", "Your latest trick".... Há anos ouço essas músicas no rádio de São Paulo. Não tenho uma estatística para oferecer, mas esses hits listados são os campeões de repetição.

Infelizmente, nossos amigos programadores de rádio continuam se lembrando das mesmas coisas na hora de bolar a lista do que vai para o ar. Não há variedade. Não há ousadia. E só mesmo um decreto presidencial para ajuda-los a não recorrer mais a essas "muletas" musicais.

Para ninguém ficar triste, deixarei liberado o "On every street". "Calling Elvis", que abre esse álbum, é muito bacana. O meu medo é ter de voltar ao Planalto novamente só para proibir a overdose de execuções dessa faixa. Vida de presidente não é fácil...


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Publicado no site Laboratório Pop em 2005 ou 2006, acho. Olhando agora, acho que o título deveria ser "Se eu fosse presidente...", mas f***-se.

sábado, maio 03, 2008

Vida de frila - 2

Eu intitulei o post abaixo de "Vida de Frila".

No entanto, me dei conta de que a palavra frila, muito conhecida no meio jornalístico, não faz parte do vocabulário do leitor comum.

Vamos, portanto, à uma breve explicação.

Frila é um aportuguesamento (ou abrasileiramento, talvez) da expressão inglesa free-lance.

Existem dois usos correntes, frequentemente utlizados.

Um deles: serve para designar o profissional que presta serviços jornalísticos sem ter um vínculo empregatício.

Exemplo: "Sou frila do Jornal da Esquina".

O outro: serve para nomear o tipo de trabalho que é feito por alguém que não tenha o tal vínculo empregatício.

Exemplo: "Estou fazendo um frila para o Jornal da Esquina".

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A principal dificuldade de um frila é fazer algum tipo de trabalho fora da cidade onde mora.

Certa vez, precisei ir ao Rio de Janeiro para entrevistar um centenário senhor de idade.

A encomenda foi de uma das mais tradicionais revistas de futebol da Itália.

Não que o personagem em questão fosse um jogador, técnico ou dirigente.

Radicado no Brasil há vários anos, ele se tornou um empresário bem-sucedido do mercado de livros.

Ainda assim, nunca deixou de lado a conexão com o futebol de seu país de origem.

Perto de completar 100 anos, ele escreveu uma carta à revista. Os editores gostaram e decidiram que alguém fosse entrevista-lo.

Por intermédio de um amigo, essa missão coube a mim.

Consegui contatos, endereço, liguei, falei com familares e marquei a conversa para um domingo.

Eu iria até a casa dele, que fica em Copacabana.

Foi a parte mais fácil. Mesmo que a entrevista rolasse apenas no domingo à tarde, decidi passar o final de semana inteiro na Cidade Maravilhosa.

O próximo passo era arrumar um lugar para ficar.

Naquela época, eu participava de uma lista de discussão por e-mail em que os cariocas eram maioria.

Mandei uma mensagem perguntando se alguém poderia me descolar um lugar para ficar.

Recebi uns três ou quatro mails de resposta, de gente se oferencendo para me dar lugar.

Um deles, me chamou a atenção. Diza mais ou menos assim: "olha, eu moro em Botafogo, mas vamos dar um jeito de te encaminhar para Copacabana".

Paralelamente a isso, tentei arrumar estadia de outro modo. E consegui. Eu ia ficar por Copa mesmo, bem perto de onde meu entrevistado morava.

Já iria economizar um belo troco com deslocamento.

Avisei a todos que me responderam. Agradeci a corteisa. Poucos dias depois, embarquei para o Rio.

No domingo, depois do almoço, vou até ao apartamento do centenário senhor.

A entrevista rolou, tirei algumas fotos e fui embora assim que percebi ter material suficiente para editar a entrevista.

Na saída, resolvo parar num telefone público a fim de ligar para os camaradas que mantiveram contato.

Não consigo falar com dois deles, mas falo com o terceiro.

Conversamos um pouco e ele pergunta como está minha estadia. Digo a ele que tudo correu bem, que não tive nenhum problema. Ele responde dizendo apenas para não vacilar no lugar onde eu estava.

Nos despedimos. Volto a São Paulo, revelo as fotos, tiro a entrevista do gravador, edito e entrego. A vida segue.

Nunca imaginaria que a vida desse camarada com quem eu falei mudaria vertigionasmente no prazo de um ano.

Ele é Marcelo Camelo. Naquela época, já fazia parte da banda Los Hermanos, mas eles ainda nem tinham assinado com gravadora. Ainda estavam na fase da fita demo.

E, se eu não estiver enganado, ele cursava jornalismo na Puc-RJ.

Acho que Camelo não deve se lembrar dessa história.

quarta-feira, abril 30, 2008

Vida de frila

Eu tenho um dentista que é gente fina e que me parece ser um bom profissional.

Mas as vezes ele me dá cano.

Por duas vezes, eu cheguei no consultório na hora marcada e dei com a cara na porta. Ele é daqueles que não têm secretária.

Em outra ocasião, houve um certo desencontro.

O tiozinho da portaria me disse que ele não estava. Fui obrigado a esperar na calçada por quase meia-hora. De repente, ele sai do elevador e ainda me pergunta por que eu ão tinha subido.

Hoje, voltei lá, depois de resolvidos alguns problemas de convênio.

Chego meia-hora antes. Mais uma vez, ele não estava.

Tomo o elevador, desço e dou de cara com ele no saguão do prédio, esperando algum elevador para subir.

Acho que dessa vez, o tratamento começa. Segunda-feira, volto lá

*

Hoje, enquanto eu esperava meu dentista, lembrei de um caso que aconteceu comigo há alguns anos.

Um jornalista, editor de uma publicação que estava prestes a ser lançada, manda um mail me pedindo um texto.

Eu estava em Goiânia passando férias.

Após algumas trocas de mensagens, mandei o texto.

Em resposta, ele agradece, disse que o mesmo iria entrar na edição zero e me diz algo como "seja bem-vindo à família".

De volta à São Paulo, faço novo contato com o fulano. Ele pede para que eu vá até seu apartamento para conversarmos. A redação ainda não estava montada. Minha idéia era vender algumas pautas, resenhas, etc.

Combinamos um dia e horário.

Chegando eu lá, falo com o porteiro. Por seu intermédio, descubro que o sujeito não está em casa.

Ligo em seu celular, ele atende. Diz que teve uma reunião de emergência e tal. Diz também que eu poderia ligar mais tarde.

Fiz o que ele pediu, mas, segundo o cidadão em questão, a tal reunião iria se prolongar.

Em comum acordo, deixamos o encontro para outra hora.

Alguns dias depois, eu mando novo e-mail na tentativa de marcar novo encontro.

Ele responde afirmativamente. Novamente, ele pede para que vá até seu apartamento.

No dia e hora combinados, decubro na portaria que o camarada não está. De novo.

Não consegui acha-lo no celular. Mais tarde eu escrevo relatando o que ocorreu. Nunca tive resposta.

A vida segue e os dias passam. Um belo dia, recebo um mail desse camarada com a seguinte pergunta: "você sumiu?"

Claro que eu tive vontade de responder de uma maneira mal-criada, mas não o fiz.

Aproveitei para agendar uma visita na redação. Nessa altura, a publicação já contava com um local próprio.

Por incrível que pareça, deu tudo certo. Ele me disse para estar lá numa determinada hora. Fiz como me foi pedido. Ao ser recebido, ele me diz: "você chegou bem na hora em que vamos descer para almoçar".

O "vamos" se explica: além dele, a redação contava com mais duas ou três pessoas.

Foi uma situação um tanto constrangedora, pois não estava preparado para almoçar. Fui com eles até a padaria da esquina e fiquei como espectador. Pelo menos, deu para conversar um pouco.

Ele me mostra o texto que eu mandei antes na edição número zero, que foi usada como mostruário nas visitas a agências de propaganda.

Não me reconheci na edição daquilo que eu redigi. Mas tudo bem, jornalismo é assim mesmo. Pelo menos, deram o devido crédito. Meu nome, estava lá, bonitinho.

Deixo um disquete com o figura. Nele tem um arquivo word com algumas sugestões de pauta. E vou embora.

Passam mais alguns dias, e resolvo cobrar dele uma resposta. Na vida de um frila, essa é a pior parte, mas não há outra saída.

Como resposta, ele tem a seguinte idéia: "passa lá em casa e a gente conversa".

Para encurtar a história, informo que ele me deu o cano de novo.

Daí reosolvi mandar o mail mal-criado, reclamando dos encontros mal-sucedidos. Ele reclamou que eu estava fazendo pressão, e a coisa ficou por isso mesmo.

Desisti de voltar a procura-lo, porque vi que dar murro em ponta de faca, de fato, não dá certo.

Meses depois, tomo conhecimento da notícia de que o nome desse jornalista estava envolvido em casos de picaretagem jornalística que até hoje não foram explicados.

São eles: entrevistas inventadas e um factóide publicado em um jornal de alta respeitabilidade sobre uma lista de bandas top (Strokes, White Stripes, Radiohead, Foo Fighters, Hives, Wilco, Idlewild, e Vines, entre outros) que estariam negociando com a origanização de um festival aqui no Brasil, em 2003.

Sobre o festival, um blog informou que nada daquilo era verdade.

Nenhuma delas sequer chegou a passar pelo espaço aéreo brasileiro naquela época.

Bom, escrevi demais. Encerro dizendo que nunca mais tive contato com essa pessoa. E não faz falta.

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Para quem se incomodou com o texto longo sugiro que reclamem com meu dentista.

quarta-feira, abril 23, 2008

Uma estante às quartas...



Estou me apropriando de uma seção do blog de Pedro Dória. E a "estante" em questão é a que eu tenho em casa.

quarta-feira, março 19, 2008

Notícias da Rádio Capital

Eli Corrêa consolida 1.º lugar
de audiência na Rádio Capital

O comunicador Eli Corrêa, com 35 anos de sucesso no rádio de São Paulo, tem mantido o primeiro lugar de audiência pela Rádio Capital, entre as emissoras AM, no período da tarde. Autor do bordão “Oi, Gente” e conhecido como “O Homem Sorriso do Rádio”, Eli apresenta dois programas diários: das 5h30 às 8 horas e das 13 às 16 horas. O pico de audiência ocorre às 14 horas, quando vai para o ar o quadro “Que Saudade de Você”, com o próprio Eli narrando alguma história real de amor ou amizade entre duas pessoas. Nascido na pequena cidade de Paranagi, no Norte do Paraná, Eli Corrêa começou carreira no rádio em Barra Bonita (SP) e prosseguiu em Jaú (SP). Com 19 anos, chegou a São Paulo e passou a fazer programas na antiga Rádio Tupi. Mais tarde, trabalho nas Rádios Record, Globo, Capital e América. Desde 2002, está novamente na Rádio Capital, que iniciou reestruturação em 2004. Domingo, 16 de março, Eli entusiasmou cerca de 30 mil pessoas ao apresentar “O Consumidor é Show”, um espetáculo com cantores populares, como Sérgio Reis, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga. Com simplicidade e carisma, recursos para conquistar o público, ele não gosta de tirar férias: em janeiro de 2007, parou por duas semanas, após seis anos sem interromper o trabalho, e tem adiado os planos para uma nova folga neste ano.


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Ilana Alves e Ivo Morganti
no “Verdade Capital 1040”

“Verdade Capital 1040 – 2.ª Edição” é o novo jornal diário da Rádio Capital AM, de São Paulo, que vai ao ar das 17h30 às 18 horas, apresentado por Ilana Alves e Ivo Morganti, com a participação de toda a equipe de Jornalismo da rádio. Ivo, que apresentou o “Aqui Agora” no fim dos anos 80 no SBT, tem 29 anos de experiência nos microfones e é também narrador esportivo. Ilana, com 8 anos de carreira na Rádio Capital, é professora de jornalismo.

Esse informativo de 30 minutos, com agilidade, estreou em 18 de fevereiro e tem recebido elogios dos ouvintes. Também participam os repórteres Adriano Barbiero, Bruno Bernardi, Carla Mota, Carolina Mattos, Cid Barboza e Ronaldo Pantera Lopes, além de toda a equipe de Esportes. Produção de Sizemar Silva e coordenação de Luiz Carlos Ramos.

A primeira edição do “Verdade Capital” é apresentada diariamente por José Maria Scachetti há um ano e meio, das 4 horas às 5h30 da madrugada. Está em primeiro lugar em audiência no rádio AM de São Paulo. A Rádio Capital é sintonizada em 1040 kHz AM ou, pela internet, no site www.radiocapital.am.br


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Com informações da The Winner Press Service.

sábado, março 01, 2008

Drugstore no meu podcast desta semana

Com um certo atraso coloquei meu podcast no ar. Nessa edição, eu falo um pouco mais da banda Drugstore, radicada em Londres. Ela atuou vivamente a partir da segunda metade dos anos 90 e teve como vocalista a brasileira Isabel Monteiro.
O play list tem:

-El Presidente (com a participação de Thom Yorke)
-Space Girl
-Song for The Lonely
-Hate

Ouça no player abaixo:


Click here to get your own player.



Ou se preferir, baixe direto aqui

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

A epopéia chamada Playground FM

Os sites de rádio voltaram a falar nos últimos dias sobre a Playground FM. A estréia de um site com alguns pilotos da emissora aumentou os rumores de que ela ocuparia a frequência dos 107,3 Mhz, a ex-Brasil 2000 FM. Nos arquivos de aúdio é possível reconhecer as vozes de Marcelo Andreazza e Osmar Santos Jr.

A reportagem do blog Rádio Base procurou Celso Vergeiro, que segundo informações colhidas na internet seria um dos donos da empresa que está criando o projeto - Playground Children Power - para obter maiores informações. "Você pode me procurar em março...a partir do dia 9 de março de 2008", disse Vergeiro de forma ríspida ao ser questionado sobre a Playground FM.

Ao ouvir que várias informações já estavam disponíveis na Intetnet, Vergeiro disse que "são todas mentirosas. A gente sabe que rádio tem muita fofoca". Questionado se eles estariam negociando com a Fundação Brasil 2000, Celso Vergeiro elencou o nome de vários profissionais de rádio. "Você conhece o Neneto Camargo (sócio da Rádio 89 FM, de São Paulo)? Você conhece o Tutinha (diretor da Rede Jovem Pan FM)? Você conhece o Marcelo Carvalho? Você conhece o Mario Bassei?" E depois completou: "Estamos conversando com todos eles."

Mesmo com uma extrema má vontade de abrir o jogo, Vergeiro afirmou que o projeto da Playground FM é ambicioso: "Nossa idéia é em um ano estar em todo o Brasil. Dentro de dois anos, estaremos em toda a América Latina". Esses planos de dominação continental
passariam tanto por franquias como por programação via satélite.

São fortes os indícios de que a equipe de produção da Playground FM está frequentando os corredores dos 107,3Mhz. A reportagem da Rádio Base fez uma ligação para um número de telefone que estava no site da Playground FM. Nele, uma voz feminina pediu que ligássemos para outro telefone, que está no local onde fica o prédio da ex-Brasil 2000, na Vila Madalena. Ligando lá, uma voz masculina pediu um retorno em meia hora. Na segunda vez em que ligamos, uma jovem voz feminina, que pode ser ouvida nos boletins da Rádio Escola Aprendiz, ficou de transferir a chamada, mas voltou dizendo que os responsáveis da Playground FM não ficavam naquele prédio, que estiveram lá só para uma reunião e que depois teriam ido embora.

A reportagem do Rádio Base espera que a partir do dia 9 de março de 2008, os idealizadores da Playground FM estejam mais dispostos a falar sobre o projeto. (Rodney Brocanelli)

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Através de consulta na internet, a nossa reportagem também constatou que o domínio http://www.playgroundfm.com.br está registrado no nome de registrado no nome de Sgarbi e Monteiro P.C.S. Ltda e cujo responsável é Fábio Sgarbi. Aprofundando um pouco mais a pesquisa descobre-se que esta empresa registrou mais 8 domínios, entre eles a www.childrenpower.com.br (fora do ar), a www.playgroundcp.com.br, onde se pode ver os telefones e emails de contato da empresa e também a da própria Playground
FM - www.playgroundfm.com.br, onde é possível baixar e ouvir dois spots demonstrativos.

Pesquisando mais um pouco, foi descoberto que Fábio Sgarbi é um dos sócios da Playground Children Power, suposto nome fantasia da Sgarbi e Monteiro P.C.S. Ltda, veja no texto extraído do site E Dicas Tv.
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http://www.edicastv.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=9&Itemid=2


O executivo Fábio Sgarbi, fundador e diretor da Playground Children Power , é o entrevistado nesta quarta-feira (16/01), 14h00 do Programa E-dicas na AllTV (www.alltv.com.br). Ele será entrevistado por Indio Brasileiro Guerra Neto e Gil Giardelli.

Fábio Sgarbi é fundador e diretor da Playground Children Power, empresa de serviços de marketing e comunicação focada no público infantil. É também Diretor Comercial responsável por desenvolvimento de produtos, publicações, eventos, pesquisas de mercado da Editora Abril (operação de projetos especiais para as revistas Veja, Veja São Paulo, Cláudia, Nova, Elle, Capricho, Quatro Rodas e Playboy), Ed. Globo (Marie Claire, Criativa e Grupo Maurício de Sousa – Turma da Mônica), Trip Editora (revista Trip), Editora Grupo 1 (revistas Náutica, Pense Leve e Bela & Natural), foi produtor do programa Turma do Arrepio, que ficou um ano no ar na TV Manchete.

Em Portugal, dirigiu a Editora Soci, uma das principais editoras portuguesas (implantação da revista Fortune), Na Plano Editorial (Informática Hoje, Telecom, TI & Governo; e os eventos LatinChannels, Fórum TI & Governo, Fórum TI & Utilities e Telecom Users


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Se esses indícios estão realmente corretos, fica a pergunta: por que tanto mistério? É medo da empreitada não dar certo? Se eles não puderam falar com a reportagem agora por que vão querer falar depois da estréia? Mais cedo ou mais tarde, a Imprensa e os ouvintes de rádio vão ouvir de qualquer jeito o que vai entrar no ar; Se não é pra saber nada, se é um projeto tão secreto por que já lançaram o site e com institucionais gravados? Será que eles não confiam no sucesso da empreitada?

Pelo o que eu pude ouvir das gravações demo será, no mínimo, uma rádio interessante. A qualidade é questionável, uma vez que a rádio parece estar mais direcionada a formar "pequenos consumidores" - o que é salutar, do que "futuros cidadãos" de bem e com uma cultura geral cultivada desde os primeiros anos. Espero que a Playground, se vier, não trate o pretendido público alvo como mini-adultos consumistas e sim, como crianças e seres inteligentes.

Ainda sim, este blog reserva-se ao benefício da dúvida do fracasso. Será que o público, ao qual este projeto se destina terá interesse de desligar seu ipod e ouvir uma rádio que pretende falar diretamente com eles. Aliás, era isso que este blog queria saber, mas, não se sabe por quais motivos, os diretores da Playground FM não quiseram nos contar. Agora com a palavra, você, atento leitor. (Marco Ribeiro)

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Publicado no Rádio Base

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

The Mighty Lemon Drops no meu podcast

Nessa semana eu falo de uma banda esquecida dos anos 80 (mas muito bacana) chamada The Mighty Lemon Drops. Seu principal hit foi Inside Out. Eles até tocaram no Brasil, no ano de 1988 e foram chamada primeira página em um jornal paulistano. Nada mau para quem saiu de Wolverhampton, na Inglaterra.

O play-list é o seguinte:

-Inside Out
-In Everything You Do
-Closer To You

Ouça no player abaixo


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Ou então, faça o donwload diretamente aqui.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Anos 90 no Podcast

A quarta edição do meu podcast é basicamente anos 90. Eu apresento bandas bacanas daquela época que tiveram pouca (ou quase nenhuma) divulgação por aqui. No playlist tem Drugstore, The Paradise Motel e My Life Story.

Ouça no player abaixo


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Ou faça o download direto aqui

terça-feira, fevereiro 05, 2008

24 Horas

O texto a seguir eu publiquei no site Laboratório Pop. Como a Globo está exibindo 24 Horas, acho que é o momento certo para traze-lo para este blog.

A sexta temporada da série "24 Horas" termina na próxima segunda-feira nos EUA com a exibição dos dois últimos episódios em seqüência. A FOX espera que os indices de audiência sejam satisfatórios, uma vez que as peripécias de Jack Bauer para salvar os EUA não atrairam a atenção do público desta vez. Após um começo promissor, quando os quatro primeiros episódios tiveram cerca de 15 milhões de espectadores, os capítulos seguintes tiveram diminuição gradativa de audiência, até se estabilizar num patamar de 10 milhões. Isso é algo com que os produtores não contavam e eles já prometem mudanças para o ano que vem.

Para quem não tem paciência de esperar a FOX brasileira transmitir os episódios, uma saída é recorrer à Internet e aos DVDs piratas que já começaram a ser comercializados. Através dessas fontes, é possível perceber o que poderia ter causado a insatisfação no público norte-americano.

Aviso: este texto a partir de agora se torna um spoiler.

-O desfecho reservado para Graem Bauer foi anti-climático. Depois de trabalhar vivamente para que seu irmão Jack fosse capturado pelos chineses, o que poderia se esperar era um super-mega-máxi duelo entre irmãos mais para o final da temporada.

-Uma situação que pareceu forçada em demasia foi o desfecho para Charles Logan, o presidente corrupto da quinta temporada. Martha Logan, sua ex-esposa, surta e o atinge com uma faca, para desagrado dos fãs que curtiram o fato dela ter iniciado uma vida nova com seu ex-segurança Aaron. Isso apaga a imagem positiva que ela construiu na temporada anterior, ajudando a desmascarar seu ex-marido.

-Uma tremenda encheção de linguiça foi a situação envolvendo o personagem Walid. Dentro de um prisão especial para muçulmanos, o marido da irmã do presidente Waye Palmer tentou conseguir pistas dos ataques nucleares aos EUA. Embora ele tenha conseguido uma informação valiosa (a existência de quatro bombas nucleares), sua permanência no local foi prolongada em vão.

-Chloe O'Brian, personagem de destaque (e muito querida pelo público) nas duas temporadas anteriores surge de forma apagada no "sexto dia". Ela se limita apenas a monitorar Morris, seu colega de trabalho e atual marido, que tem problemas com a bebida.

-Outro ponto contrário foi o excessivo destaque às intrigas da Casa Branca, a saber: o plano para atacar os paises árabes, a discussão sobre o impedimento do presidente Wayne Palmer e sua disputa com o vice-presidente. Analisando tudo isso em perspectiva, essas tramas paralelas não tiveram interferência decisiva na trama principal, que é a busca de Jack Bauer pelas ogivas.

-De novo, a UTC será invadida. É a reutilização de um recurso já desenvolvido na temporada anterior.

A FOX anuniciou que pretende produzir mais duas temporadas de "24 Horas". E o tão falado longa-metragem deve ficar em segundo plano a partir de agora. A prioridade é recuperar a qualidade do seriado na televisão.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Podcast

Resolvi aproveitar a segunda de carnaval para colocar meu podcast mais cedo no ar. Esta edição trás Morrissey, Man Cat (com Missy Elliot nos vocais) e outras coisas mais. Sei que tem um ruído chato durante as minhas falas, mas prometo que tento resolver isso na próxima edição. Enquanto isso não acontece, curtam o play-list.


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Ou então, baixe direto aqui neste link

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Segunda edição

Informo que já está no ar a segunda edição do meu podcast. Desta vez, fiz uma pequena retrospectiva alguns lançamentos do ano passado que eu resenhei para o tradicional Jornal do Brasil. Adianto que o playlist tem Stereo Total, Bonde do Rolé e o duo Robert Plant-Alisson Krauss.

Basta clicar no player abaixo, no item Segunda Edição:


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Ou então, você pode baixar diretamente por este link.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

A moda agora é o Podcast

Blog, fotoblog e Orkut são coisas do passado. A onda agora é o podcast. Eu resolvi colocar o meu na web. E nessa estréia, falo sobre a banda francesa Les Rita Mitsouko, grande nome do rock eurpeu. Você pode ouvir o resultado (e depois meter a lenha) no player abaixo:


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Se você não conseguir ouvir pelo player, é possível fazer download aqui.

domingo, janeiro 20, 2008

Programas antigos de Kid Vinil na web

Kid Vinil atualmente está fora do rádio. No entanto, para a alegria de seus admiradores, ele mantém na web um blog em que continua a desenvolver o mesmo trabalho que fazia à frente dos microfones, grarimpando e divulgando o que há de melhor na música, com ênfase no rock n'roll.

Desde dezembro passado, o Carlos Nishyma, um dos participantes do blog, vem postando arquivos em aúdio trazendo programas inteiros apresentados por Kid em algumas das emissoras pelas quais ele passou. São documentos históricos tanto para quem curte o rádio e o rock n'roll. Nishyma também é atual guitarrista da banda de Kid.

Vamos listar aqui alguns dos arquivos já disponibilizados:

-Rádio Excelsior, começo de 1980 (certamente um item bem raro)

-Outro programa do começo dos anos 80, desta vez de 1981, provavelmente na Excelsior

-Programa New Beat, atração dominical da Antena 1. Provavelmente, de 1984

-Outro New Beat (Antena 1), agora de 1985

-Programa Splish Splash, da 89 FM, finalzinho de 1987

-Outro Splish Splash, de 1988

-Especial sobre punk no Splish Splash, em 1988.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Bonde do Rolê passa por reformulação forcada

2007 deve ter sido um ano intenso para os integrantes do Bonde do Rolê. Seus integrantes vivenciaram a consolidação do sucesso na cena independente internacional e passaram por fortes problemas internos. As desavenças fizeram uma baixa: a vocalista Marina Vello (antes, ela assinava como Ribatski) deixou o grupo de forma definitiva. Sites e blogs falam e uma feia discussão entre ela e Pedro D'Eyrot, logo após uma apresentação no Scala, em Londres.

O público que acompanha de fora não tem idéia do que teria sido a gota d'água. E o DJ Rodrigo Gorky também não fez questão de explicar, pelo menos até agora. Na comunidade oficial do agora ex-trio ele escreveu: "Não foi briga boba (por favor, nem tentem cavucar pra saber o que foi, pra preservar todo mundo preferimos não falar)".

Em sua manisfestação, Gorky fala sobre uma mudança de perfil: "o som deve mudar sim, mas nao eh aquela coisa do tipo "o bonde agora eh new rave", pq nao da, ne? digo que vai ser um passo a frente do primeiro, ainda mais que aprendemos com os erros do 1o, estamos um pouquinho mais 'ishpertos' com relacao as coisas".

A excursão que o Bonde faria na Austrália está definitivamente cancelada. Essa crise acontece bem no momento em que o EP com a faixa "Maria Gasolina" mais remixes feito.s por CSS, Laydtron, entre outros, sai nos EUA.

Uma dúvida que fica no ar: Marina Vello teria cacife para manter uma carreira solo no exterior?

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Fiz um texto sobre eles para o Jornal do Brasil. Nessa resenha de With Lasers destaquei que no meio de tanta baixarias existiam referências culturais a se prestar atenção. Bonde também é cultura. Depois da estrelinha, você pode ler a versão original que eu mandei à redação. Neste link, dá para ler a versão final (na verdade, não há muita diferença).

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Goste-se ou não, o Bonde do Rolê é um dos principais produtos brasileiros de exportação musical. A exótica mistura que uniu a sonoridade do funk carioca, o rock e a música eletrônica, caiu no gosto da mídia (e, principalmente, do público) do exterior. Ainda sem previsão para lançamento no Brasil, o CD With Lasers é uma seqüência natural da fórmula que fez esse trio virar uma celebridade no MySpace, ganhando fãs e alcançando as pessoas certas como Diplo. O DJ norte-americano gostou do que ouviu e fez questão de contratá-los para seu selo.

Não deixa de ser curioso pensar na reação diversa que With Lasers pode causar em dois tipos de público. Aqui, ele é o típico álbum que os adolescentes tocariam no volume máximo a fim de aborrecer os pais, por causa do conteúdo pornográfico das letras. Para os gringos, que apenas querem dançar, a temática não faz diferença.

No meio das baixarias, é possível encontrar algumas citações (conscientes ou não) a obras literárias ou cinematográficas, caso de Office Boy, que remete ao filme Dama do Lotação. Outra das músicas tem o nome de Tieta. James Bonde, por sua vez, só não toca explicitamente no nome do famoso agente secreto talvez para evitar problemas com os produtores da série. Aqui, ele é chamado de biba, além de outros adjetivos pouco lisonjeiros.

Como toda paródia, o Bonde do Rolê tem prazo de validade. Enquanto não expirar, trata-se do que há de mais interessante no atual panorama do showbizz. Diferente e transgressor, o funk proposto por eles é o novo punk.


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Publicado no Laboratório Pop

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Suspeito

A extinta revista Bizz, nessa fase que durou de 2005 a 2007, tinha uma seção que falava de LPs que não tiveram reedição em CD, CDs fora de catálogo e fitas demos. Chamava-se Tesouros Perdidos. Tive a oportunidade de emplacar uma resenha nela em maio de 2007. É do disco Suspeito, de Arrigo Barnabé, lançado origialmente há 20 anos. Aqui vai a versão original que eu mandei para a redação

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Saudado como um dos compositores mais inventivos dos anos 80, Arrigo Barnabé vivia um período de inquietação no final daquela década. Ele era um dos expoentes da “vanguarda paulistana”, movimento musical que, tendo como base a casa de shows Lira Paulistana, procurou trazer algo de novo à estagnada MPB da época. Seus dois primeiros LPs (“Clara Crocodilo” e “Tubarões Voadores”) surgiram com uma proposta estética peculiar, misturando elementos da cultura pop, como a linguagem das histórias em quadrinhos, com o dodecafonismo, técnica de composição da música erudita. Do ponto de vista artístico, era uma ruptura, mas os resultados comerciais não foram satisfatórios. Sem grana, Arrigo teve a percepção de que necessitava fazer algo mais profissional para sobreviver. Dentro deste contexto nascia “Suspeito”. Para torná-lo comercialmente viável, o jeito foi se aproximar do pop oitentista caracterizado por teclados e bateria eletrônica. Exemplo da faixa-título, um pop-brega à la Odair José, cujos versos de abertura são excepcionais: “Você tem medo de fazer amor comigo/Você tem medo de acordar com um bandido/E ver no espelho escrito com batom/ Tchau trouxa, foi bom”. Eclético, Arrigo antecipa em alguns anos as ondas da dance-music, (“Uga-Uga”), e do rap, (“O Dedo de Deus”). Outro destaque é “Êxtase”, um cruzamento entre o maracatu e os solos de guitarra típicos do rock de arena. Com “Suspeito”, Arrigo mostrou que é possível atender as necessidades do mercado sem fazer grandes concessões.

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“Suspeito” rompeu a barreira e conseguiu levar Arrigo às emissoras de rádio e a vários programas de televisão, em especial os de auditório. O “Perdidos na Noite”, da Rede Bandeirantes, foi um deles. Durante a apresentação, o apresentador Fausto Silva perguntou à sua platéia: “Vocês acham suspeito?”

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Em 1989, Arrigo foi “banido” das rádios depois de dizer a um jornal de São Paulo que não ouvia rádio e o achava chato. A Rádio 105 FM, de Jundiaí (SP), respondeu veiculando uma nota oficial: “um músico que diz ser o rádio muito chato não merece continuar no rádio". A trilha usada era “Suspeito”.

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Arnaldo Antunes, na época um titã, foi convidado pelo jornal “Folha de S. Paulo” a resenhar “Suspeito” para seu caderno cultural. Em seu texto, Antunes identifica na obra um procedimento que seria caro à Tropicália. "É através da paródia que Arrigo contamina de estranheza a banalidade", escreveu.

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O inconfundível timbre vocal de Tetê Spíndola é identificado em “Uga-Uga”. Uma das parcerias mais conhecidas entre Arrigo e Tetê é “Pô, Amar é Importante”, de 1986, que integra a trilha do filme “Cidade Oculta”. Outras vozes femininas ouvidas em “Suspeito” pertencem a Ana Amélia e Vânia Bastos.


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Como eu acho que dificilmente este álbum terá reedição em CD, vai aqui um link onde você pode baixar suas canções. Divirta-se.

 
www.e-referrer.com