sexta-feira, abril 12, 2002

Saiu na Folha uma reportagem sobre o Fellini e Objeto Amarelo. O gancho para tal fato foi o caráter independente dos lançamentos das respectivas bandas. Até aí, tudo bem, mas lá pelas tantas, a repórter Claudia Assef sai com essa:

O outro lançamento que vai abalar a comunidade indie é a volta do Fellini.

Só a comunidade indie será abalada com essa volta?? É restringir demais o alcance do Fellini.

Por quase dois anos eu fui colaborador do fanzine Quex. Editado pelo meu amigo Eric Marke, eu tive a oportunidade de manter um espaço lá onde eu escrevia umas bobagens. O zine era mensal, prposta arrojada para uma publicação desse tipo. Acho que o forte mesmo do Quex era a parte visual. O Eric, mais afeito as artes gráficas, caprichava na diagramação e conseguia encaixar os textos numa diagramação pouco usual. Uma página nunca era igual a outra e um número nunca era igual a outro. Detalhe: era tudo em preto e branco. A repercussão foi muito boa entre outros zineiros, jornalistas e leitores em geral. Acabamos indo parar no Caderno Z, uma seçao do Estado de S. Paulo, que era dedicada a cultura pop alternativa, e lá publicaram uma notinha sobre nosso trabalho. O zine começou em fins de 96 e acabou em 98, por causa de tudo aquilo que faz um zine ser efêmero: falta de tempo, patrocínio, etc. Eu publiquei alguns dos textos que fiz para o Quex numa home page, o Personal. Olhando agora, com o devido distanciamento, eu penso que tem coisas legais lá. De outras coisas, eu já não gosto tanto, principalmente o tom ingênuo demais de certos escritos. Mas como eu não sou o FHC, não vou pedir para que esqueçam o que eu escrevi e nem varrer tudo para baixo de um tapete. Tá tudo lá, com seus acertos e seus defeitos e quem julga agora são vocês.

 
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