quarta-feira, março 19, 2003

Esse paredão do BBB iria ser morno demais. Tava na cara que o Harry iria sair e a expectativa se confirmou. Mas eis que de repente, um acontecimento abala todas as estruturas do padrão global de qualidade: uma moça nua corre pelo palco, deixando Aberlardo Chacrinha Bial sem saber o que fazer a não ser chamar pela segurança. Logo ele, que já viveu momentos de risco cobrindo guerras pelo mundo.
Até que estava demorando para que alguém sem roupa aparecesse em público por aqui. Isso é uma tradição em países como EUA e Inglaterra. Essa semana mesmo o SBT exibiu um tape antigo do Oscar mostrando um peladão correndo em plena apresentação do ator David Niven, que iria anunciar um prêmio. Se não me engano, em 1997, na final do torneio de tênis de Winbledon, outra moça desnuda resolveu correr pela grama sagrada onde os tenisitas iriam bater...a sua bolinha em seguida.
Voltando a nudista do BBB, já tem gente criticando essa atitude. Eu diria que se trata de um bando de mal-humorados. Primeiro, porque a atitude dela foi bacana, quebrou o protocolo de um programa de tv que naquele momento estava sendo extremamente prevísível. E depois, porque sua atitude trouxa à tona um problema vivido por muitos artistas independentes: a falta de espaço para mostrar seu trabalho, pois sem uma grande estrutura por trás, não tem como pagar o famoso jabá.
A nudista, que se chama Maria Elaine, faz parte de uma banda chamada Sedução Fatal, e declarou que foi motivada pelo fato de levar muitos nãos na cara ao tentar divulgar seu trabalho em rádios FMs do Rio. Em vez de ficar reclamando pelos cantos, ela decidiu ir a luta. Esta certo que seu ato também teve um quê de exibicionismo, mas nesse caso aqui pode caber aquela máxima de que "os fins justificam os meios". Eu torço encarecidamente para que a Maria Elaine tenha mil convites para posar nua, que seu grupo se torne um sucesso estrondoso no futuro, mas que a partir de agora se inicie também um amplo debate sobre o jabá nas rádios.

 
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