sexta-feira, dezembro 24, 2004

Não sou lá muito chegado em Natal, mas a data proporcionou um dos grandes momentos da imprensa mundial. Em 1897, Virginia O'Hanlon Doulgas, que na época tinha 8 anos, resolveu escrever para o The New York Sun, então o jornal de maior prestigío da cidade. Ela queria saber simplemente se Papai Noel existia, uma vez que vários coleguinhas impertinentes insistiam em lhe dizer o contrário. A menina tomou essa atitude de redigir a carta ao ouvir da boca de seu pai a seguinte frase: "Se está no The Sun, é verdade". Ainda bem que o pai Virginia e ela própria não estão vivos para ver a tragédia em que se transformou a credibilidade de alguns jornais dos EUA na atualidade. Bom, a carta de Virginia caiu nas mãos de um editorialista da publicação chamado Francis Church. Ele escreveu um belíssimo texto. Começou dizendo que os colegas de Virginia foram "contaminados pelo ceticismo de uma época cética". O curioso é que ele disse isso em 1897, finalzinho do século dezenove. E se fosse hoje?
Tanto a missiva de Virgina e a resposta de Church tiveram ampla repercussão e atravessaram os anos. O New York Sun os republicava anualmente até o ano em que parou de circular, 1949. Mesmo com o fim do jornal, os textos chegaram até nossos dias. Sem dúvida, um momento de rara beleza no jornalismo.


Sim, Virginia, existe Papai Noel



Página editorial do jornal "The New York Sun" , em 1897.


Nós temos o prazer de responder à carta abaixo, expressando ao mesmo tempo nossa gratidão por sua autora estar entre os leitores fiéis do The Sun.


Eu tenho 8 anos. Alguns dos meus amiguinhos dizem que Papai Noel não existe. Meu pai sempre diz, “se estiver no "Sun" , então existe”. Por favor, diga-me a verdade: Papai Noel existe?

Virginia O´Hanlon


Virginia, seus amiguinhos estão errados. Eles têm sido afetados pelo ceticismo de uma era marcada pela descrença das pessoas.


Eles não acreditam no que não vêem. Eles não acreditam no que suas pequenas mentes não podem entender. Todas as mentes, Virginia, são pequenas, não importa se são de crianças ou de adultos.


Neste nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiga, quando seu cérebro é comparado com o infinito mundo ao seu redor, ou quando ele é medido pela inteligência capaz de absorver toda a verdade e conhecimento.


Sim, Virginia, existe Papai Noel.


É tão certo que ele exista, como existe o amor, a generosidade e a devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância para dar mais beleza e alegria a nossas vidas.


Ah! Como o mundo seria sombrio se Papai Noel não existisse! Seria tão triste como se não existissem Virginias. Não haveria então a fé das crianças, a poesia, nenhum romance que tornasse tolerável a existência. Nós não teríamos nenhuma felicidade, exceto em nossos sentidos. A luz acesa com a qual as crianças enchem o mundo estaria apagada.



Não acreditar em Papai Noel! É como não acreditar nas fadas.


Você deveria pedir ao seu pai que contratasse muitos homens para que eles vigiassem todas as chaminés, e assim você pegaria o Papai Noel, mas, mesmo que você não o veja descendo por uma das chaminés, o que isso provaria?


Ninguém vê Papai Noel, mas não há nenhum indício de que ele não existe. As coisas mais reais deste mundo são aquelas que nem as crianças e nem os adultos podem ver. Você já viu as fadas dançando no campo? Claro que não, mas não existem provas de que elas não estão lá. Ninguém pode compreender ou imaginar todas as maravilhas do mundo que são invisíveis e que nunca poderão ser admiradas.


Você quebra o chocalho de um bebê e vê o que faz o barulho por dentro dele, mas existe um véu que cobre o mundo invisível, que nem mesmo o homem mais forte, nem mesmo a união das forças dos homens mais fortes do mundo poderia rompê-lo.


Apenas a fé, a poesia, o amor e a imaginação podem abrir esta cortina, ver e pintar a beleza sobrenatural e a glória que estão por trás dela. E tudo isso é real?


Ah, Virginia, em todo esse mundo não há nada mais real e permanente.



Não existe Papai Noel? Graças a Deus que ele vive, e que viva para sempre. Daqui a mil anos, Virginia, ou daqui a cem mil anos, ele continuará a trazer alegria para o coração das crianças.



A emoção venceu a razão na seleção de "O Aprendiz". É o resumo dessa ópera que durou dois meses. Huove justiça no resultado, embora tenha pairado no ar uma certa forcação de barra para Denis ser o escolhido. Principalmente quando pegaram o tape da Vivi dizendo que arrumaria as malas e iria embora caso uma coisa não desse certo.
Quem nunca teve uma fraqueza desse tipo, seja comandando ou sendo comandado, que atire a primeira pedra.

Na última sala de reuniões, que foi nos estúdios da Record, a Vivi se defendeu muito melhor. Ela ganhou quando disse que ela era uma profissional de comunicação e Denis, não. Outro ponto que contou a favor foi a paixão com a qual ela vendeu todas as suas qualidades e tudo mais o que pensava a Justus. Denis se mostrou apatico no momento mais crucial da competição. Talvez fosse reflexo da mancada que deu ao não aceitar a mudança da data do leilão beneficente. Provavelmente, tenham passado o vídeo da mancada de Vivi para não deixa-lo tão por baixo. Mas foi um recurso estranho naquele momento, pois nunca foi usado nas salas de reuniões.

Eu sempre chamei o Flavio de picolé de chuchu, mas nesse último episódio, ele deu uma grande contribuição insinuando que podem ter ocorrido combinações quando as câmeras estavam desligadas. É algo que a produção do programa, que terá uma segunda edição, precisa pensar como melhorar. "O Aprendiz" não é um reality show no formato que conhecemos com câmeras ligadas nos participantes 24 horas por dia (falo do BBB).

Fiquei contente em ver a Regina na festa final. Sinal de que ela está viva. Por um breve período de tempo, pensei que tivesse acontecido algo de mais grave com ela. Mesmo assim, não aconteceu nenhuma menção a sua doença. Vamos ver se com o final desta edição, os participantes estão liberados pela Record para concederem entrevistas e Regina possa explicar o que de fato houve.

Agora, espaço para o meu momento "Isabel Arias": escrevi aqui (é só procurar nos posts abaixo) que o vencedor sairia da equipe Solidez. Errei feio. Os finalistas sairam da equipe que teve uma sequencia feia de derrotas, a Ginga Brasil. Será que isto prova que os talentos se destacam mais nos fracassos? Vem aí uma segunda edição de "O Aprendiz". Oportunidade certa para tirar isto a limpo. Se eu tiver saco até lá, dou meus palpites sobre o programa.

 
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