segunda-feira, novembro 01, 2004

Não foi dessa vez. O Onzenet não se classificou entre os finalistas do "The Best of Blogs, concurso promovido pela Deutsche Welle. Ele foi inscrito na categoria "melhor blog jornalistíco". Preferiram alguns medalhões da imprensa. Nada contra eles, mas por que não abrir então uma categoria para jovens jornalistas que estão procurando se colocar no mercado? Fica como dica para um próximo concurso. Agora, não adianta chorar pelo leite derramado. Após a fase de avaliação e da indicação dos blogs que vão para a final, a votação do melhor de todos fica a cargo dos internautas. Deixo aqui meu apoio aos blogs Urbe, do Bruno Natal e o do jornalista Ricardo Noblat.

A morte do jogador Serginho foi o triste assunto que monopolizou as atenções na semana que passou. Fiz duas colunas sobre o tema para o Papo de Bola e reproduzo aqui na íntegra a segunda delas

Ainda o caso Serginho
Domingo, 31 de outubro de 2004

Passados três dias de tudo o que aconteceu (escrevo no sábado), dá para avançar um pouco mais de cabeça fria na análise dos acontecimentos envolvendo o jogador Serginho. Mantenho a mesma opinião manifestada na coluna anterior, cujo texto foi redigido poucas horas depois da tragédia do Morumbi e, até por causa disso, apresentando muitas imperfeições. Mantenho a mesma opinião: o atendimento ao zagueiro no gramado foi adequado. Volto a fazer a comparação: imaginem uma pessoa que sofre algo semelhante em plena hora do rush no problemático trânsito paulistano. O socorro a ela demoraria muito mais. Muito se fala na questão da ambulância ter entrado no gramado. Numa entrevista, ouvi um médico dizer que ela até poderia entrar, mas o veículo poderia ter dificuldades para sair. É uma hipótese para se levar em consideração. No programa "Boa Noite Brasil", da TV Bandeirantes, o dr. Joaquim Grava declarou que os socorristas não podem ficar em campo por determinação da CBF. Não sei dizer se tal informação procede, mas em se confirmando isso trata-se de um absurdo. É comum se ver tantos "bicos" dentro de campo. Por que não a presença de profissionais que podem ajudar a salvar vidas?

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Tenho algumas ressalvas a fazer com relação a cobertura da imprensa no caso Serginho. Algumas emissoras de rádio, como a Bandeirantes, de São Paulo, fizeram uma cobertura sóbria, sem excessos, graças a competência de profissionais como Cláudio Zaidan e Sérgio Patrick. Não se pode dizer o mesmo da TV Bandeirantes. Roberto Cabrini, um excelente profissional, não conseguiu achar o tom certo e partiu para a busca de culpados. O fato mais ridículo foi ver uma repórter da TV Record tentar "invadir" uma entrevista exclusiva que o dr. Marco Aurélio Cunha estava concedendo à TV Bandeirantes. Não satisfeita em colocar o microfone, ela ainda tentou formular perguntas ao dirigente do São Paulo. O detalhe é que ele estava com o fone de ouvindo. Marco Aurélio não sabia se ouvia a pergunta que vinha dos estúdios da Band ou se pedia a profissional para esperar um pouco mais. O experiente Rodolpho Gamberini, que comandava o "Edição de Notícias", teve de intervir no ar para que a moça o procurasse depois. Lamentável.

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No mais, o artigo de Eduardo Affonso publicado pelo Papo de Bola esgota o assunto. Leitura recomendável a todos nesse momento.

 
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