sexta-feira, maio 24, 2002

É difícil de se entender a raça dos jornalistas. Ô gentinha complicada de se lidar. Vou contar um fato verídico que corrobora essa minha perplexidade. Eu estou às voltas com um pedido de entrevista para um lance que pretendo publicar no Euqueromais. Mandei um mail para uma determinada figura da imprensa musical perguntando mais os menos o seguinte: "quero fazer um lance, assim, assado...você topa?" O cara topou e na sequencia mandei um questionário, enfim, fiz a minha parte. Os dias se passaram e nada de resposta. Mandei pelo menos uns dois ou três mails e nada. Até o alertei para o fato de minha caixa postal as vezes ficar lotada e que ele poderia tentar me mandar as respostas quantas vezes forem necessárias. Sem sucesso. Hoje eu fiz a última tentativa de contato e perguntei o que se passava. Se o cidadão mudou de idéia e não quer mais falar, pelo menos que dê uma justificativa.
Eu fico aqui cá com meus botoões me perguntando o que leva um jornalista a agir assim. Você aí que honra estre blog com sua atenção já deve ter lido por aí que se trata da categoria profissional com o maior número de egos inflados por metro quadrado em redações. O que há de mais irônico nessa história é que nem todos estão com essa bola toda. Eu prefiro mirar em exemplos como o do Thomas Pappon. Ele conseguiu chegar ao nível mais alto de sua carreira hoje. Mora em Londres e trabalha no serviço brasileiro da BBC, a famosa rede de rádio e tv estatal da Grâ-Bretranha. Poxa, chegar lá não é para qualquer um e quem consegue esse objetivo conquista uma chance de ouro na carreira, pois concilia a chance de morar numa das capitais mais efervecentes do ponto de vista cultural e trabalha num veículo que tem um longa tradição histórica. O meu contato com o Thomas já foi mais regular, mas sempre foi cordial. É um gentleman. Sempre que precisei, ele se dispôs a ajudar, concendendo entrevistas para falar sobre "Amanhã é Tarde", o novo lançamento do Fellini, seja para contar a história da banda ou mesmo para falar de seu projeto paralelo musical, o The Gilbertos. E eu estou ligado a grandes veículos? Claro que não, mas Thomas sempre me tratou profissionalmente de forma respeitosa e digna, assim como eu imagino que a atitude dele seja a mesma com outras pessoas que atuam de forma independente, sem o respaldo de grandes marcas jornalisticas como Abril, Globo ou Folha, entre outras.
Por uma questão de respeito, eu não vou dizer em qual veículo trabalha essa pessoa a quem fiz o pedido de entrevista. E a comparação com a BBC creio que não dimunui em nada esse mesmo veículo. Só o fiz mesmo para analisar as posturas.

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