terça-feira, setembro 23, 2003

O programa "Memória", da Rádio Bandeirantes (SP) apresentou na semana retrasada uma série especial sobre a história da participação do Brasil nas eliminatórias das Copas do Mundo. Tive a oportunidade de ouvir quando foi rememorada a campanha do Brasil na fase classificatória para a Copa do México, em 1970. Os jogos, contra a Venezuela, Colômbia e Paraguai, aconteceram no ano de 1969. Foi muito bacana ouvir as narrações de Fiori Gigliotti e Flávio Araújo. Um dado curioso é que um dos repórteres de campo do "Escrete do Rádio" era um certo J. Hawila, que muitos anos depois, viria a ser um dos reis do marketing esportivo no Brasil. Naquela época, ele corria com o microfone atrás de jogadores como Rivelino, Tostão e Pelé. Foi possível também acompanhar parte do trabalho de Roberto Silva, o "Olho-Vivo", que morreu recentemente. . Outro repórter de campo que atuou na cobertura das eliminatórias é José Paulo de Andrade, que anos depois viria a se consagrar apresentado programas jornalisticos de qualidade como "O Pulo do Gato" e "Jornal Gente".
Você amigo que é repórter de rádio e tem de correr atrás de jogadores suados, anime-se. Pelo menos dois conseguiram sair dessa vida e hoje tem carreiras bem-sucedidas. Um deles é J. Hawila e o outro é o animador de auditório Fausto Silva.
Pena que a Bandeirantes não divulgue bem o "Memória". Era um programa que eu gostaria muito de ter gravado, devido ao seu valor histórico.

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Por falar em J. Hawila, lembrei de uma foto que vi há algum tempo e não deixa de ser curiosa. Era da equipe que cobriu a Copa do México de 1986 para o pool de televisão formado pelo SBT e pela Record. Na foto estavm juntos e sorridentes o próprio Hawila, Silvio Luiz, Flávio Prado, Ely Coimbra, Ciro José, Jorge Kajuru, Ely Coimbra. Osmar de Oliveira e Juca Kfouri. Não, não se trata de alucinação minha. Esses profissionais já cobriram uma Copa do Mundo empunhando o mesmo microfone. O tempo passou e cada um seguiu um rumo diferente na carreira. Será que hoje seria fácil reunir essa gente toda para a mesma cobertura? A exceção de Ely Coimbra, que morreu em 1998, todos estão aí vivos. Porém, pelo menos dois grupos seguiram caminhos opostos e você, amigo leitor, que é inteligente sabe do que eu estou falando.

 
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