quarta-feira, abril 21, 2004

Ódio.

sexta-feira, abril 16, 2004

Mais boca no trombone. Nesta semana, a coluna de blogs do Laboratório Pop traz a indignação dos usuários do Blig com as recentes mudanças dos termos de serviço. Confiram.

Tenho certeza que os blogs serão para a literatura o que os campos de várzea foram para o nosso futebol. Parece pouco, mas pergunte onde é que todos os craques brasileiros começaram a jogar. E quem pensa que existe muita diferença entre escrever e bater bota, está redondamente enganado ( sem trocadilho). Num jogo como outro, só se aprende suando a camisa.

Este é o trecho de um post do jornalista Paulo Markun, atual apresentador do Roda Viva, da TV Cultura. É mais um cobrão da grande imprensa que adere a onda dos blogs. Uma iniciativa muito bem-vinda, por sinal. Lembro-me de Markun apresentado ao lado de Silvia Poppovic uma revista diária na Gazeta, em 1983. Chamava-se "São Paulo na TV". Na verdade, quem produzia o programa era a Editora Abril, que abriu um braço televisivo e o batizou como Abril Vídeo. Foi primeira investida dos Civita na televisão. O horário nobre da Gazeta foi alugado e o carro-chefe era a atração comandada pelo casal.
(Aliás, vale um parêntese aqui: foi uma das melhores fases vivida pela TV Gazeta. Ela alugou horários a vários pesos pesados como a Gazeta Mercantil, Olhar Eletrônico, Goulart de Andrade, entre outros, e tinha uma programação de qualidade. Dá dó ver hoje vários horários preenchidos por aqueles Infomerciais).
O "São Paulo na TV", era muito agradável de se assistir. Foi o começo do rompimento de um padrão mais formal para a apresentação de jornalisticos. O país vivia a abertura política promovida pelo general Figueiredo, portanto era mais fácil experimentar. Paulo Markun e Silvia Poppovic interagiam com o público, com os colunistas (eram vários) e entrevistados. A experiência teve sucesso de público. Quando tudo ia bem, ocorre um incidente que, ao meu ver, foi decisivo para que o programa saisse do ar. Em 1984, na época da votação da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas no país, o governo federal decidiu adotar medidas de emergência em Brasília. Por conta disso, não seria permitido transmitir de lá no dia daquela pôlemica votação. Porém, o "São Paulo na TV" levou ao ar uma entrevista do então vice-governador Orestes Quércia. Ele estava naquela cidade e conversou ao vivo, pelo telefone, com a dupla de apresentadores falando sobre o ambiente que antecedia a sessão do Congresso Nacional que, no fim, acabou sepultando a esperança das diretas. Resultado: a Gazeta teve seus transmissores lacrados no dia seguinte. Depois de muitas negociaçõres, a emissora voltou ao ar. Pouco tempo depois, quem saia da grade de programação era o programa. Foi bom enquanto durou.
Markun, depois dessa experiência, passou por vários jornais e emissoras de tv. Criou a revista Imprensa e esteve em seu comando durante sua fase áurea. Hoje, ele se estabilizou na condução do Roda Viva. Além disso, faz participações no Jornal do Terra. Foi uma grata supresa saber de seu blog.

quinta-feira, abril 15, 2004

O blog Rádio Base e a coluna de rádio da Folha de S. Paulo informam que a FM pirata mais potente de São Paulo, a Rádio Planeta 90 (90,1Mhz), foi fechada. O blog Onzenet tem falado muito dessa emissora, que pertence a um falso padre chamado Francisco Silva. Vários transmissores, entre os quais o da Planeta 90, acabaram apreendidos numa operação considerada como "cinematográfica" pela jornalista Laura Mattos. Tiveram de usar técnicas de rapel para içar os equipamentos que estavam escondidos no meio do mato da Serra da Cantareira.
Creio que tenha sido uma importante vitória, porém isolada numa guerra que é muito maior contra o maior pirata de São Paulo. Dentro em breve, Francisco Silva arranjará outro jeito de colocar sua rádio de novo no ar. Não é a primeira vez que ele tem equipamentos apreendidos e tampoco será a última.
Uma coisa que eu achei estranha: por lei, quem tradicionalmente faz apreensões de emissoras piratas é a Polícia Federal. Desta vez, foi a Polícia Mlilitar quem comandou toda a operação. Será que com a greve da PF, a Anatel conseguiu autorização especial para colocar a PM nessa operação?

segunda-feira, abril 12, 2004

Os reality shows já me emplogaram mais no passado. Quem acompanhou os promórdios deste blog sabe disto. Não vi de perto a quarta edição do Big Brother Brasil. Embora tenha sido a de maior sucesso desde a estréia, acho a que a fóruma se esgotou. Dei uma olhada no debate promovido pela Globo depois da grande final, no qual todos os participantes lavam a roupa suja. O grande vilão para muitos foi a edição. Isto é, para eles, o programa que ia ao ar pela Globo privilegiava e omitia certos fatos, como por exemplo a origem de várias brigas e discussões. É claro que tudo não pode passar de choro de perdedor, mas é um aspecto a ser levado em conta. A equipe que faz e monta o programa é formada por pessoas de carne e osso, assim como aqueles que estão diante das câmeras. É claro que por mais que se tente ser isento, a brasa sempre vai ser puxada para a sardinha de alguém, ainda que de forma inconsciente. Não penso que o poder da edição seja tão decisivo assim. O comportamento de muita gente dentro da casa colabora e muito. De qualquer forma, é bom lembrar que todos sabem o que é o BBB. Ninguém pode dar a desculpa de que não conhece como é o esquema. Já que todo mundo foi para chuva, que se molhem nela a vontade.
Ah, para terminar. Essa tal de Tatiana Giordano é um entojo mesmo. Toda hora ela ficava repetindo seu nome completo no ar. Será que ela pretende se candidatar a algum cargo nas próximas eleições?

quinta-feira, abril 08, 2004

A semana que termina foi agitada, senão vejamos.
Na sexta feira passada, o Laboratório Pop publicou uma entrevista que eu fiz com Leticia Pavan, a Senhorita Cobain. Ela é um belo exemplo de jovens (mas jovens mesmo) que prestam tributo ao mito Kurt Cobain através de blogs na Internet.
Depiis, o Observatório da Imprensa trouxe uma entrevista que eu fiz com Zé Mangini, um dos manda-chuvas da Revista MTV. O gancho para esse papo foi a comemoração dos três anos da publicação e os mais de um milhão de leitores acumulados nesse período.
Por último, o Laboratório Pop traz então uma reportagem feita por mim sobre a questão da problemática venda de ingresssos para o Curitiba Pop Festival. Entrevistei Andreás Nieckele, o consumidor, e Alessandro Reis, o assessor de imprensa do evento. Confiram.

sábado, abril 03, 2004

Sairam os resultados do Indie Destaque, votação promovida pelo selo mmrecords. O boletim completo está aqui. Particularmente, gostei de alguns resultados como a mudança de programação da Rádio Brasil 2000 FM ser considerado o fato indie do ano. Outro que me agradou muito foi a indicação de Eduardo Ramos, do selo Slag, como personalidade indie. Lembro-me dos sábados à tarde em que eu, ele, o casal Cristiano Wolf (ex-vocalista do Sleepwalkers) e Maui ficavamos conversando pelo ICQ. Eles mandavam arquivos de música para que eu pudesse ouvir. Tinham um projeto bacana chamado Plaster, que não foi adiante. Mas voltando a falar do Dú, ele é um cara que batalha pela cena indepentente. É ele quem está trazendo o Teenage Fanclub para o Brasil. Nada mais justo.
E não foi dessa vez que o Onzenet ganhou algum tipo de prêmio...he he he. Ele estava concorrendo a melhor blog indie. Já escrevi aqui que meu blog não se enquadra bem no perfil no proposto, mas a lembrança já me deixou satisfeito. O vencedor da categoria foi o Yer Blues, do Jonas Lopes. Ele foi o recordista de votos entre todas as categorias, totalizando 601. O Jonas é um garoto que está nos seus 19, 20 anos e escreve muito bem sobre música. Falta a ele uma certa maturidade, mas o tempo se encarregará de lhe dar isso. Outro resultado merecido.
O Onzenet teve 50 votos. Pena que eu não tenho verba para pagar um café a cada um dos meus eleitores. Mesmo assim, valeu.

Pois é, o pessoal ainda não se ligou que no dia primeiro de abril a imprensa européia adora publicar notícias fantasiosas. Já é tradição. Aqui no Brasil tem gente que é pego de calças curtas, daí o fato de reverberarem a fantasiosa demissão de Luiz Felipe Scolari do cargo de treinador da seleção portuguesa de futebol.
Não lembro de casos de jornalões brasileiros publicarem notícias fantasiosas tanto em suas primeiras páginas como em outros lugares. Interessante essa diferença. A séria Eurorpa costuma tirar um sarro que é característico da cultura do nosso Brasil.
O fato de alguns veículos terem caído nessa brincadeira de primeiro de abril dá a dimensão exata do quanto eles dependem do material que vem das agências internacionais de notícias. Conheço uma redação de exterior que não funciona se tirarem dela a Agência Reuters. O problema é que eles não se vacinam contra possíveis trotes como esses.
Só para fechar, rememoro aqui um caso ocorrido em 1996. Na véspera do dia 1/o uma das agências de notícias distribuiu uma nota dizendo que a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher (conservadora) iria apoiar o candidato trabalhista. Um importante jornal daqui, cujos integrantes não viviam sem aquilo que já vem pronto e mastigado, a publicou. No dia seguinte, tiveram de dar um desmentido e uma explicação.

sexta-feira, abril 02, 2004

Há dois anos, num dia como esse resolvi deixar o preconceito de lado e montei o Onzenet. Eu era mais um daqueles que tinha bode de blogs. Achava que era um exercício narcisista. depois de todo esse tempo, mudei de idéia, é óbvio. Blog não é apenas sinônimo de diário da Luluzinha, dá para fazer muito mais coisas. Essa é a grande lição que eu tiro desses dois anos.
O ritimo de atualizações pode já não ser mais o mesmo de antes, culpa das atividades do dia-a-dia. Sei que o Onzenet virou muito mais um divulgador daquilo que tenho escrito em outros sites. Prometo que tudo isso vai mudar nesse ano 2.
O Onzenet andou vivendo problemas, principalmente com gente covarde que se utliza do anônimato da Internet para encher a paciência. Mais que um aborrecimento, acho que esse foi o rito de passagem para aquilo que eu chamo de fase adulta.
No ano 1, eu fiz um agradecimento nominal a todos aqueles que leêm o Onzenet e interagem deixando comentários. Desta vez, não farei o mesmo. Cada um de vocês sabe da respectiva importância na história deste blog. É isso aí, rumo ao ano 3.

 
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