sexta-feira, dezembro 26, 2003

Numa de suas colunas mais recentes, o Ombudsman da Folha de S. Paulo, Bernardo Ajzemberg escreveu sobre a prática de auto-promoção que vem acontecendo entre alguns colunistas e colaboradores do jornal. O mote foi o fato de Luiz Nassif ter indicado um site do qual é responsável numa enquete promovida pelo suplemento Informártica.
Ainda sobre esse tema, Bera, como é conhecido, implicou com outro fato: "Tempos atrás, comentei em crítica interna a inadequação de regularmente se adicionar ao chamado ‘pé biográfico’ o endereço eletrônico de algum site que não tem nada a ver com o tema do artigo nem com o jornal, mas que divulga algo de interesse pessoal do autor. Isso ocorre, por exemplo, no caso do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que divulga sob sua coluna, em ‘Opinião econômica’, o endereço de uma revista de sua propriedade".
Vou parar aqui neste tópico mais específico. Nas minhas colaborações para o Observatório sempre incluo no pé biográfico o endereço deste blog. Se o site dá essa abertura, acho legítimo poder divulgar um outro espaço onde publico minhas coisas. Se eu mesmo não posso me divulgar, quem vai fazer isso por mim? Todo mundo tem direito à divulgação de seus trabalhos, desde que não seja de uma maneira chata e aborrecida.
Bera poderia ter ido mais fundo na polêmica que levantou. Por que todos os jornalistas que trabalham na Folha tem mais facilidade de divulgar os livros que escrevem? Sobre isso, ele não falou. Espero que seja apenas por falta de espaço e não por também ser escritor. Seus livros "Carreiras Cortadas" e "A Gaiola de Faraday" tiveram generosos espaços no jornal quando foram lançados. Será que se fosse um Zé Mané qualquer a escrevê-los, esses romances teriam o mesmo destaque?


 
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