segunda-feira, junho 02, 2003

Vou reproduzir aqui no blog a mensagem deixada pela Mimi, do Fama, sobre as picaretagens no jornalismo.
Pô, esta história de plágio deveria ser discutida também nas facs de jornalismo...vários colegas meus fazem isso, tanto redigindo matérias e inventando entrevistados, quanto escrevendo trabalhos pra a fac copiados da net.
Um absurdo.
Deixam a ética de lado e se aproveitam do trabalho alheio.
Esta coisa de invenção de entrevistas é velha....tem jornalista que acha que leitor é burro.


No final, ela deixa uma pergunta:
Mas me fala, o que o jornal deve fazer para coibir isto?! Pois se a entrevista for por telefone, dá para gravar, mas se for por e-mail, como saber se a fonte é verídica?!
O que o editor deve fazer para se certificar da veracidade dos fatos?!


Bem, o Émerson Gasperin já deu uma resposta em sua coluna, cujo trecho pode ser lido alguns posts abaixo.
Se eu estivesse no lugar dele não faria nada de muito diferente. Se a entrevista foi gravada, eu faria questão de ouvir ao menos um trecho da conversa. E pedria para ver o e-mail com as respostas e depois, se houvesse alguma dúvida ainda, procuraria uma confirmação com um assessor de imprensa, agente, empresário ou com o próprio entrevistado em último caso. Talvez alguns digam que isso é trabalhoso demais, que o ritmo alucinante do jornalismo não permite que haja uma brecha de tempo para esse tipo de procedimento, mas creio que é melhor perder alguns minutos para essa checagem do que perder a credibilidade da publicação pra vida toda. Digo isso porque em muitos casos nem é o jornalista que vai pagar o pato. Quem leva a culpa, no fim, é a revista ou jornal que publica uma fraude. O leitor comum não se preocupa com nomes de jornalistas, quem assinou matéria x ou y. Enfim, acho que não é necessário nenhum grande ovo de colombo para se precaver de picaretagens. Basta ligar o picaretódromo. É, não tem gente que liga o f***-se? Então, é só usar esse outro aparelhinho.

 
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