segunda-feira, agosto 02, 2004

Tava brincando no Google e achei esse texto aqui no blog Só Terror.
Achei-o interessante não apenas pela referência a minha pessoa. Vou reproduzi-lo aqui no Onzenet.

MEDO
Como a independência gera medo!!!

Medo de quem detém o poder. Principalmente o cultural, mais especificamente falando dos detentores de direitos de direitos autorais (isso mesmo, direitos de direitos autorais: aqueles que possuem o direito de comercialização de obras com direito autoral), as grandes gravadoras. Agora parece que esse terror está se parecendo mais ainda com terror pra quem manipula a informação absorvida pelas massas, a indústria de jornalismo musical.

No mínimo interessante uma reportagem lida no Observatório da Imprensa (observatorio.ultimosegundo.ig.com.br) de um jornalista chamado Rodney Brocanelli. Pelo que me parece o mesmo escreve também em mídias ligadas à música em si. Bom, vamos ao que importa: não deu pra entender direito se o cara colocou um ponto contra ou a favor, ou as duas coisas ao mesmo tempo (algo comum na mídia hoje pra confundir as pessoas), quando citou que a revolução do mp3 criou uma "nova vítima": a imprensa especializada em música, tão manipuladora e maniqueísta como as famigeradas gravadoras.

Vamos a alguns trechos da reportagem:

"Depois de provocar estragos à indústria do disco, o Mp3 (arquivos de áudio com qualidade próxima à do CD) parece estar fazendo uma nova vítima: o jornalismo musical. Pelo menos este é o diagnóstico de nove entre 10 especialistas no assunto(...)"
"(...)quem não compra CD dificilmente comprará revistas que falam de música."
"De qualquer forma, parece que dois vilões dessa crise que assola o jornalismo musical já são conhecidos: os blogs e os e-zines. Para um certo articulista da revista Rock Press, eles 'são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical'."

É, meus caros... com certeza é indignante pra qualquer um que gastou mais de 30 mil reais em seus quatro anos de faculdade de jornalismo ver que qualquer pessoa que esteja com um computador ao alcance das mãos possa publicar na internet o que quiser, pra quantos que quiserem ler.A internet não é democrática, é mais que isso: LIVRE. Todos têm o direito de expressar suas idéias, pra quem quiser ler, doa a quem doer. E mais ainda que isso: TODOS QUE LÊEM PODEM ESCOLHER O QUE QUEREM LER.

Com certeza, quem não compra CD está cagando pras revistas de música. Quem baixa música na internet vai é fazer suas próprias críticas e ler as críticas e resenhas de quem realmente interessa: o ouvinte comum, assim como ele que baixa a música.

É a revolução silenciosa. A nossa revolução. Comendo pelas beiradas.

Vou fazer um paralelo (que pode até ser meio nada a ver mas serve só pra ilustrar) com um fato ocorrido na década de 80, onde o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, falou brincando, antes de um pronunciamento oficial, que "acabava de aprovar uma lei que acabaria de vez com a União Soviética, e que começariam a bombardear em cinco minutos". A brincadeira foi ao ar sem querer. Hoje nós é que fazemos esse pronunciamento: acabamos de aprovar uma lei nossa, uma lei não-oficial, que vai acabar de vez com a dominação das massas: a lei da "expressão não-acadêmica", a voz dos que não fizeram faculdade de comunicação.

Desta vez não é brincadeira. E já estamos bombardeando.



Deixei um comentário lá no Só Terror agradecendo a citação. Disse que minha intenção era relatar uma série de coisas que estão ocorrendo no jornalismo musical da atualidade. É claro que cada um faz a interpretação que quiser de um texto. Se algo realmente não foi compreendido, isso deve ser creditado a minha inabilidade em construir o artigo que uma tentativa delibrada de confundir as pessoas. É isso.

Make no mistake about it
Things ain't what they seem
I'm gonna scream and shout it
This is just a dream

A simple conversation
Every now and then
A touchy situation
Fascinates a man

What shall I do, if I should see you
And have to pretend that we have never met

Its not a cheap sensation
When you touch me with your hand
A little complication
Can hypnotize a man

How we gonna hide it
This thing with you and me yeah
Everyone can tell by now
I just can't lie you see

What shall I say to hide it, to hide it baby
No words can convey your lips melting into mine

No mistake, no mistake
Make no mistake, make no mistake about it
Make no mistake, c'mon make no mistake, make no mistake
about it
I'm gonna make you mine, no need to talk it over, we're
running out of time

I've made up my mind about you
I know in my heart that you have the same point of view

Make no mistake, this is it
Make no mistake, make no mistake

It's not we don't have the time
Make no mistake
Not in the right place
make no mistake, make no mistake
Ooh come on baby, make no mistake
No mistake
I'm talking to ya baby
Make no mistake


Não sou muito fã dos Rolling Stones. Gosto de umas cinco ou seis músicas deles, se muito. Sou partidário da tese de que eles funcionam melhor separadamente. Um exemplo é o álbum-solo de estréia do Ketih Richards, Talk is Cheap, lançado em 1988, em meio a um dos períodos de recesso de seu trabalho com a banda.
Quem esperava solos de guiatrra interminaveis se surpreendeu. Richards decidiu cantar. E ele dá conta do recado, em que se pese as suas limitações vocais. Em alguns casos, quando não consegue um tom mais alto, o músico pede uma bem-vinda ajuda de backing vocals.
Make no Mistake é um dos hits desse álbum. Curioso é que aqui o destaque vai para a bateria, que dá um alto grau de sensualidade à música. Como eu continuo bonzinho, deixo aqui um link para quem deseja ouvi-la na íntegra. Basta, como das outras vezes, clicar no falante correspondente ao título.

 
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