sábado, janeiro 11, 2003

C'est la vie
Have your leaves all turned to brown
Will you scatter them around you
C'est la vie.

Do you love
And then how am I to know
If you don't let your love show for me
C'est la vie.

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.

In the night
Do you light a lover's fire
Do the ashes of desire for you remain.

Like the sea
There's a love too deep to show
Took a storm before my love flowed for you
C'est la vie

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.

Like a song
Out of tune and out of time
All I needed was a rhyme for you
C'est la vie.

Do you give
Do you live from day to day
Is there no song I can play for you
C'est la vie.

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.


Minha mãe tinha uma definição curiosa para a segunda infância. Para ela, era a época em que as crianças "começavam a se entender por gente". Talvez seja porque elas não necessitem mais cuidados de bebê e já tenham alguma compreensão do certo e do errado. Bem, foi nessa época em que eu ganhei da minha avó de criação uma vitrola. Era uma Philips e tinha a cor vermelha. Como naquela época eu era meio metido a ser adulto, pedia que me comprassem trilhas sonoras de novelas. Não tava muito a fim de ter aqueles disquinhos com histórinhas infantis. Ninguém lá em casa achou estranho minha preferência e tive assim o meu primeiro contato mais estreito com a música.
Em 1977, a Globo estava exibindo uma novela chamada "Espelho Mágico". Se não estou enganado (e não tenho tempo para pesquisar), o tema era o universo da televisão, tanto que tinha "uma novela dentro da novela". Esse exercício metalinguistico foi uma sacada interessante. Não sei se teria espaço nas novelas produzidas em pelo século 21. Eu acabei comprando a sua trilha sonora internacional. Na verdade nem me lembro direito de todas as músicas, mas uma delas me chamou a atenção. Era "C'est La Vie", de Emerson, Lake and Palmer. O problema é que eu não cuidava muito bem dos meus vinis e essa foi a faixa que justamente começou a apresentar "pulos" contínuos, dificultando a audição. De qualquer forma, foi uma das músicas que, digamos, ficou e ela passou a ser constantemente executada nas nossas rádios de flash backs. E foi graças a esse tipo de emissora que reencontrei "C'est La Vie" depois de todos esses anos. É claro que a sensação foi diferente. Afinal, eu já não era mais uma criança. Dessa vez, foi possível aproveitar não só a sua delicada textura musical. A letra fala de um amor distante, impossível de ser consumado. Assim é a vida. Muitas vezes, não podemos estar perto da pessoa que gostariamos de ter ao lado. Daí, aquela sensação de abandono "Who knows, who cares, for me..."
"C'est La Vie" destoa do repertório tradicional de Emerson, Lake and Palmer. Comparem essa canção com o arranjo que fizeram para "Fanfarre For The Common Man". Quem não conhece, não vai achar que é a mesma banda. Eu estava pesquisando no Google para encontrar a letra de "C'est La Vie" e fui parar numa página em de um fã daqui do Brasil na qual ele classificava essa música de "criminosa". Na verdade, criminosa mesmo é a falta de sensibilidade musical de algumas pessoas...

 
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