terça-feira, março 25, 2003

Alguém aí lembra do Curitba Pop Festival, que prometia trazer atrações de grande porte como Strokes e Radiohead? Pois bem, o dito cujo acaba de sair do papel. A maioria das bandas que vão fazer parte do line up são da cena independente brasileira, com destaque para Valv, MQN, Grenade e Walverdes. Os únicos nomes de ponta nacionais são Otto e Nação Zumbi. A atração principal que vem do exterior é The Breeders, a banda das irmãs Deal (Kelly e Kim, esta ex-Pixies), que está voltando à ativa depois de um breve período de ausência. Outras atrações internacionais são Rubin Steiner e Stero Total.
O festival tem tudo para ser bacana, mas é claro que se esperava muito mais dele até porque se prometeu a vinda de bandas importantes. Aliás, esse é um capítulo à parte. Em novembro, a Folha de S. Paulo deu que a organização estaria "em negociações bem encaminhadas com bandas do primeiro time, como Strokes e White Stripes, e com duas das mais criativas e importantes do cenário independente, a americana Wilco e a escocesa Idlewild. Além dessas, outras 23 estão em fase de conversação, entre elas Radiohead, Foo Fighters, Hives e Vines (...)Se algumas das bandas pretendidas não desembarcar por aqui no ano que vem, será apenas por incompatibilidade de agenda". Dias depois, o blog Grapete, da jornalista Thais Aragão, ainda sobre o mesmo assunto, trouxe o seguinte depoimento atribuido a uma fonte: "A notícia repercutiu muito por aqui. Mais pelo lado negativo. Explico: todos os jornais de Curitiba ligaram para a Fundação Cultural pedindo mais detalhes do festival. Concluiu-se que o autor do texto do Folhateen viajou bonito na maionese. Não há negociações adiantadas com bandas de fora, nem nomes confirmados. Um dos representantes da Fundação fez um desmentido ao jornal Gazeta do Povo, publicado um dia depois da matéria no Folhateen. Ele alegou que as bandas citadas na matéria do Petillo estão numa lista de grupos cogitados, mas que ainda não foram contactadas. Sua escalação vai depender não só das agendas, mas também do grana que o Festival vai receber para ser realizado. Que ele vai acontecer, isso é quase certeza, na data prometida de 01 a 03 de março do ano que vem. Quem vai tocar? Sabe Deus". O que poderia ter acontecido? Um erro do repórter da Folha que apurou a informação em novembro ou alguém da organização que poderia (repito: poderia) ter agido de má fé, divulgando nomes que faziam parte de uma "carta de intenções" apenas para conseguir mais e melhores patrocínios?

 
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