sexta-feira, novembro 26, 2004

E não deu para o Luiz Suplicy ser o aprendiz do publictário Roberto Justus. O participante mais polêmico já tinha o aviso de que iria dançar na reincidência. Foi o que aconteceu. Mesmo se defendendo de todas as maneiras, Justus não teve como segurar a onda do agora ex-participante. Com isso, chega a hora da verdade para Ginga Brasil. Antes, quem atrapalhava era Luiz. O problema agora será justificar uma próxima derrota. Aliás, a equipe está pobre de recursos humanos. Não teve um episódio em que a Elise reclamasse do líder. O Ronaldo está se mostrando um chato de marca maior. A Viviane só conseguiu se manter na entrevista de emprego devido a condição do Luiz, senão ela é quem iria rodar. Para mim, o vencedor sai da equipe Solidez, que ao meu ver está mais equilibrada. O Toni é um candidato forte e nem mesmo Flavio e Marcelo, dois verdadeiros picolés de chuchu, conseguem atrapalhar. Alana precisa voltar a mesma vibração da prova anterior não ser demitida. De qualquer forma, "O Aprendiz" começa a ficar mais interessante a cada programa. Desta vez, a Record deu uma tacada certeira.
Vou registrar mais uma vez que nada mais foi comentado sobre a Regina e o pobre do espectador fica sem saber qual foi o motivo de saúde que a impediu de prosseguir.
Ah, e a Isabel Arias que se cuide, porque se dependesse dela, o Luiz ficava mais uma vez no programa. Só faltou o Justus a mandar embora junto.
Outra coisa: a Record precisa melhorar a edição do programa dando mais informações ao espectador. Os problemas de Luiz com a Elise na hora da gráfica e com o Ronaldo não foram exibidos. Somente foram citados da boca dos próprios participantes. Fica difícil ao espectador formar uma opinião assim. Parece que a exibição da versão nacional de "O Aprendiz" no canal People + Arts traz muito mais detalhes.

Leia no site Laboratório Pop:

Blog de música forma opinião?

É essa a discussão que fervilha entre jornalistas e blogueiros. Enquanto isso novos jornalistas se multiplicam pela internet.

terça-feira, novembro 23, 2004

Depois do episódio de "O Aprendiz" desta terça, não tenho mais dúvidas de que Luiz Suplicy é o cara. Ele é o tipo de sujeito que apronta todas, que tem lá suas crises, que contesta a autoridade, mas na hora H sabe se defender bem. Suplicy deu show na sala de reunião. Sabe morder, mas sabe assoprar também. Só falta a ele passar pelo batismo de fogo de ser líder numa das provas. Logo no início, achei que o Ronaldo fosse se destacar, o que ocorreu nos dias seguintes, sim, mas pelo lado negativo. No episódio passado, a equipe que ele comandou venceu com muita ajuda da sorte, porque o ambiente interno não foi bom. E isso se refletiu na prova seguinte.
A participante Alana, que vinha se mostrando apática até aqui, surpreendeu a todos e se saiu bem comandando sua equipe. Talvez, com menos participantes, ela possa crescer mais.
Achei estranho nenhuma outra citação sobre Regina. Afinal, ela saiu por motivo de doença e o espectador merece saber seu estado.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Uma boa notícia para quem gostava da versão on-line do fanzine Esquizofrenia, editado pelo Gilberto Custódio Jr. Ela está de volta, após um grande período de recesso. O Esquizo, como é conhecido, nasceu na segunda metade da década de 90 como zine de papel dedicado ao universo indie. Chegou à Internet, em 2002, através do serviço de hospedagem gratuita Hpg, ligado ao IG. Após, problemas com o serviço, ganhou um domínio próprio. Porém, numa de suas fases de saco cheio, Custódio desistiu de levar adiante esse projeto na net, embora o zine on-paper continuasse sendo editado periodicamente.
Essa volta do Esquizofrenia à rede não significa que ele será atualizado. Ele faz parte do portifólio virtual da designer Fernanda Joy e apresenta outros trabalhos bacanas de sua autoria.
Essa volta vale por textos interessantes escritos por Custódio, como uma histórico da banda Dexy's Midnight Runners, que vai muito além de "Come On Eileen". Tem também uma entrevista que ele fez com os integrantes da banda Pale Sunday, que, como o subtítulo diz, nasceu "de Jarinópolis para o mundo".
Os meus textos preferidos do Esquizofrenia são duas entrevistas que Custóidio fez e tem a mídia como tema principal. Uma delas é com o jornalista Alexandre Matias, que na ocasião, havia acabado de deixar o comando da revista Play (Conrad) e jogou uma farofa básica na ventoinha. A outra é com o Kid Vinil, muito antes dele assumir o cargo de diretor artístico da Rádio Brasil 2000.
Eu colaborei com algumas coisas. Tem uma entrevista com o Thomas Pappon falando sobre "Amanhã é Tarde", CD que marcou o breve retorno do Fellini. Outra entrevista minha é com o também jornalista Ricardo Alexandre, por conta do lançamento da revista Frente (nessa época eu escrevia tenebrosidades como "vai estar", reparem). Eu e Custódio fizemos juntos uma entrevista com Paulo Cesar Martin, o Paulão, do Garagem. A oportunidade surgiu quando o programa deixou de ir ao ar pela Brasil 2000, no final daquele ano. É coisa para caramba, como dizem por aí. Enfim, aproveitem essa volta do Esquizofrenia ao ar.

Nunca pensei que iria novamente me empolgar com um reality show. A versão nacional de "O Aprendiz", exibida pela Record, tem grandes méritos como show de tv. A edição é bem feita. Os participantes foram bem escolhidos. Até Roberto Justus está bem, em que se pese suas limitações. Outro fator positivo que conta é um certo didatismo. O espectador em geral é apresentado ao maravilhoso mundo dos negócios, embora a ênfase seja no marketing.

Agora, é lógico que existem falhas. E elas começaram a aparecer no quinto programa. Primeiro, no que diz respeito a saída da participante Regina. Ela abriu mão de sua participação por um problema médico. Até aí, tudo bem, não é culpa dela, mas não fica claro que a produção fez (ou exigiu) exames de cada um dos candidatos. No BBB tem isso. Evitaria o que se seguiu depois no programa. Justus cumpriu todo o ritual da eliminiação para nada, porque ninguém foi demitido. Teria sido mais inteligente que o próprio apresentador deixasse claro desde o início que não havria espaço para dois eliminados, até para não prejudicar o cronograma. Todo o mise-en-scene foi pra nada.

No mais, não ficou claro que tipo de doença Regina tem. Só foi mostrado um depoimento da dra. Carmen Ruth Manzione pouquissimos detalhes. Alías, fiz uma rápida pesquisa no Google sobre essa médica e apareceram vários resultados com seus trabalhos, todos na área de proctologia. Eis aqui alguns de seus títulos:
-O que fazer na úlcera idiopática anal no doente HIV positivo?
-Infecção perianal recidivante pelo papilomavirus humano
-Doente portador de condiloma acuminado perianal recidivante: o que fazer?

Regina, alías, Regina Lunkes Diehl, escreveu um livro sobre uma outra doença que teve chamada hiperhidrose, que causa suor excessivo nos pés e mãos. Era a minha favorita para ganhar a vaga e trabalhar na empresa de Roberto Justus. Agora, meu palpite é de que o Luiz Suplicy vença a parada.


terça-feira, novembro 16, 2004

O Observatório da Imprensa dessa semana traz uma entrevista que eu
fiz com o jornalista Marcel Plasse. Ele fala sobre a Pipoca Moderna,
revista de DVDs que dirige e que agora entra numa nova fase, deixando de
ser distribuida gratuitamente e sendo vendida em banca. Confiram.

domingo, novembro 14, 2004

O Extreme Tracking não mente jamais. A keyword que mais gera visitas ao Onzenet através dos mecanismos de busca é...é...é...Antonella. Foram 187 vindas aqui geradas pelo nome dela. A ex-Big Brother Brasil ainda habita o imaginário masculino.
E quanto aos blogs que trazem visitantes aqui, a coisa tá assim:

http://www.cinepopmusiculture.blogger.com.br - 197 visitas
http://linguadetrapo.blogspot.com - 140
http://poetfool.blig.ig.com.br - 110
http://elcabong.blogspot.com - 72
http://nemo.blig.ig.com.br - 64
http://sbubs.zip.net - 63
http://www.sbubs.blogger.com.br - 57
http://www.aostraeovento.blogspot.com/ - 56
http://poetfool.zip.net/ - 50
http://www.gardenal.org/inagaki/ - 43
http://www.inagaki.blogger.com.br/ - 32

sábado, novembro 13, 2004

Mais algumas da série "Na Internet, nada é perecível":

Crise à vista com a geração Mp3 - Texto meu que saiu no Observatório da Imprensa em novembro de 2003 e ganhou várias republicações em outros sites (ou sítios, como queiram). Saiu no Coletiva.Net.

Caça à liberade nos blogs - Publicação original aconteceu no Laboratório Pop. Ganhou destaque e transcrição no site Blogs Brasil.

terça-feira, novembro 09, 2004

O Onzenet foi citado no Jornal do Blogueiro. A descrição e os comentários ficaram tão bacana que eu decidi transcreve-los aqui:


"O blog cor de abacate mais tosco e indie da Internet". Um blog que começou assim: "Resolvi aderir ao maravilhoso mundo dos blogs. Boa sorte para mim.". Um blog muito diversificado: pessoal e jornalístico, do Rodney Brocanelli. E se você quer perguntar: "Que raios significa Onzenet?" a resposta também está no início do blog: "é o nome do site da Rádio Onze, uma rádio livre da qual eu fiz parte por dois anos. Quando eu decidi ter o meu blog pelejei muito para criar um nome legal.Até queria usar o título de uma música do Fellini (uma das bandas que eu mais gosto), mas já tiveram essa idéia antes Como não apareceu nada, decidi usar esse mesmo. É simples e fácil de lembrar." . No último post você fica sabendo sobre o Tim Festival. Música é também um dos temas frequentes.

domingo, novembro 07, 2004

O Tim Festival é certamente um dos maiores e melhores eventos musicais do país. A equipe que o organiza é mostra grande competência, principalmente no que diz respeito a escalação dos shows. Mesmo com tantas credenciais, acontece que certos tiros acabarem saindo pela culatra. A apresentação do Picassos Falsos, certamente foi um deles, não por culpa da banda, mas pelo fato de sua apresentação ser programada para uma ocasião totalmente fora de contexto. Para explicar um pouco mais o porquê, recorro ao texto do jornalista Jardel Sebba, do site AOL Música. Segundo ele, "Picassos Falsos entrou no palco com vinte minutos de atraso e fez um ótimo show, que ainda assim não foi muito bem recebido pela platéia paulistana". Não foi a primeira vez que isso aconteceu na curta história do Tim Festival. Para quem não lembra, no ano passado, a organização do festival chamou o Fellini para se apresentar no Rio de Janeiro. A apresentação do Fellini, embora tenha sido bacana, dividiu opiniões e provocou tédio justamente àqueles que foram para ver White Stripes. Agora, foi a vez do Picassos Falsos causar uma má reação. Vejamos a continuação do relato de Sebba: "Segundo os organizadores, eles levaram na primeira edição, que foi realizada no Rio, uma banda tipicamente paulistana, o Fellini. A idéia esse ano era inverter o processo, levando uma banda tipicamente carioca para o festival em São Paulo. O Fellini já havia sofrido com a apatia da platéia ano passado, e ontem foi a vez do Picassos". Talvez esse foi o grande pecado de quem programa os shows do Tim Festival: colocar bandas fora de seu, digamos, habitat natural. A intenção até foi boa, pena que tanto Fellini como Picassos Falsos tenham sofrido com o resultado final.

Para ler a resenha completa de Jardel Sebba, clique aqui.
Leia entrevistas de Cadão Volpato e Jair Marcos sobre a apresentação do Fellini no Tim Festival de 2003

segunda-feira, novembro 01, 2004

Não foi dessa vez. O Onzenet não se classificou entre os finalistas do "The Best of Blogs, concurso promovido pela Deutsche Welle. Ele foi inscrito na categoria "melhor blog jornalistíco". Preferiram alguns medalhões da imprensa. Nada contra eles, mas por que não abrir então uma categoria para jovens jornalistas que estão procurando se colocar no mercado? Fica como dica para um próximo concurso. Agora, não adianta chorar pelo leite derramado. Após a fase de avaliação e da indicação dos blogs que vão para a final, a votação do melhor de todos fica a cargo dos internautas. Deixo aqui meu apoio aos blogs Urbe, do Bruno Natal e o do jornalista Ricardo Noblat.

A morte do jogador Serginho foi o triste assunto que monopolizou as atenções na semana que passou. Fiz duas colunas sobre o tema para o Papo de Bola e reproduzo aqui na íntegra a segunda delas

Ainda o caso Serginho
Domingo, 31 de outubro de 2004

Passados três dias de tudo o que aconteceu (escrevo no sábado), dá para avançar um pouco mais de cabeça fria na análise dos acontecimentos envolvendo o jogador Serginho. Mantenho a mesma opinião manifestada na coluna anterior, cujo texto foi redigido poucas horas depois da tragédia do Morumbi e, até por causa disso, apresentando muitas imperfeições. Mantenho a mesma opinião: o atendimento ao zagueiro no gramado foi adequado. Volto a fazer a comparação: imaginem uma pessoa que sofre algo semelhante em plena hora do rush no problemático trânsito paulistano. O socorro a ela demoraria muito mais. Muito se fala na questão da ambulância ter entrado no gramado. Numa entrevista, ouvi um médico dizer que ela até poderia entrar, mas o veículo poderia ter dificuldades para sair. É uma hipótese para se levar em consideração. No programa "Boa Noite Brasil", da TV Bandeirantes, o dr. Joaquim Grava declarou que os socorristas não podem ficar em campo por determinação da CBF. Não sei dizer se tal informação procede, mas em se confirmando isso trata-se de um absurdo. É comum se ver tantos "bicos" dentro de campo. Por que não a presença de profissionais que podem ajudar a salvar vidas?

*

Tenho algumas ressalvas a fazer com relação a cobertura da imprensa no caso Serginho. Algumas emissoras de rádio, como a Bandeirantes, de São Paulo, fizeram uma cobertura sóbria, sem excessos, graças a competência de profissionais como Cláudio Zaidan e Sérgio Patrick. Não se pode dizer o mesmo da TV Bandeirantes. Roberto Cabrini, um excelente profissional, não conseguiu achar o tom certo e partiu para a busca de culpados. O fato mais ridículo foi ver uma repórter da TV Record tentar "invadir" uma entrevista exclusiva que o dr. Marco Aurélio Cunha estava concedendo à TV Bandeirantes. Não satisfeita em colocar o microfone, ela ainda tentou formular perguntas ao dirigente do São Paulo. O detalhe é que ele estava com o fone de ouvindo. Marco Aurélio não sabia se ouvia a pergunta que vinha dos estúdios da Band ou se pedia a profissional para esperar um pouco mais. O experiente Rodolpho Gamberini, que comandava o "Edição de Notícias", teve de intervir no ar para que a moça o procurasse depois. Lamentável.

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No mais, o artigo de Eduardo Affonso publicado pelo Papo de Bola esgota o assunto. Leitura recomendável a todos nesse momento.

 
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