sábado, abril 27, 2002

Caso não aconteça nenhum impreviso, a Zero, uma das novas revistas de cultura pop e música, chega às bancas no dia 29. Eu tive a oportunidade de escrever para o número zero da Zero (rss). Foi um texto sobre o Fellini que até iria sair no número um, mas o lançamento acabou atrasando e a matéria caiu. Coisas do jornalismo. A Frente saiu na frente (!) e acabou também dando espaço para a banda, aproveitando que o novo CD "Amanhã é Tarde" está chegando às lojas. Foi esse o outro motivo que fez o povo da Zero derrubar a matéria.
Eu vi o boneco da Zero, pois fiz uma visita à redação da revista. O projeto gráfico é muito bom e a linha editorial me parece ser interessante. Numa comparação grosseira eu creio que a Zero vai estar mais preocupada com reportagens especiais de fôlego e boas histórias (a entrevista com o cantor Nahim é um exemplo), enquanto a Frente fica encarregada de trabalhar mais com as atualidades do show-biz (tipo, o CD que acabou de sair, o show que rolou, o artista que tá começando a ficar em evidência). Quem ganha com isso é o leitor que curte música, tendo duas opções de leitura específica diferentes entre si.

O Fabio Carbone escreveu uma monografia sobre blogs que vale ser lida.
Agora, qual será o futuro dos blogs? Eu não arrisco nenhum palpite...rs

O Euqueromais aconteceu por puro acaso. Eu tava procurando um web mail legal na Internet. Caçei aqui, caçei ali e fui parar na Starmedia. Fiz meu endereço direitinho lá e depois dei uma passeada pelo site, logo caindo no dito cujo (na verdade é uma parceiria da Starmedia com a Pepsi). Quando li que eles abriam espaço para qualquer pessoa que quisesse escrever, senti um comichão nos dedos. Cadastrei meus dados e desde então o site tem publicado algumas bobagens de minha autoria. No começo, eu escrevia textos a partir de propostas enviadas pela redação deles, tipo comentar o que iria acontecer no mundo depois dos atentados de 11 de setembro. Veja aqui. Para mim, foi bom, pois eu pude desenvolver um lado de cronista. Com o tempo, eles deixaram os colaboradores mais à vontade propondo temas livres no que dizia respeito a música, etc. Foi ai que pude encaixar um pouco os meus gostos. Coloquei lá as entrevistas com o povo da banda Fellini, escrevi um pouco sobre rádio e pude fazer séries sobre blogs e com as revistas de música. A resposta tem sido bastante simpática, mas sinto falta de alguém que de repente faça analises mais profundas sobre os textos e as propostas. Quando um novo texto meu entra no ar, trato de divulgar para o maior número de pessoas possível, mas a resposta acaba sempre sendo superficial. Tipo: "gostei" e apenas isso. Sinto falta de alguém que me diga: "faça assim, não faça assim, isso está bom, isso não está tão bom". Tudo o que eu faço é intuitivo por demais, suplantando a técnica e não sei se isso acaba sendo bom ou ruim. Mas de qualquer modo, o saldo dessa experiência para mim é bastante positivo.

É o blog do autor desse texto. Como está muito no começo, ele ainda não tem uma cara e um estilo definidos. O Onzenet é um rascunho de blog. É uma espécie de treinamento para algo mais concreto e consistente no futuro. Para um blog seguir uma determinada linha demora um pouco e isso depende de uma série de fatores: receptividade do público, os humores do autor, etc. Aqui, o destaque fica por conta de seu lado memorialista. Os bastidores de uma certa Rádio Onze são contados com um alto grau de saudosismo. Mas esse blog não é feito apenas de lembranças e algumas notas sobre cultura e esportes também são encontrados. As atualizações também poderiam ser mais constantes, mas se eu conheço bem o dono do Onzenet é por pura preguiça mesmo. Vai tirar a teia de aranha desse blog, rapaz!!!!

Pois é, esse blog foi citado no Euqueromais ao lado de outros que são nota 10. Um dia eu ainda chego ao nível de blogs já consagrados da rede.

 
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