terça-feira, junho 11, 2002

O site Observatório da Imprensa trouxe um interessante artigo sobre a revista Play. O seu autor, Augusto Sales, toca num ponto interessante. A revista tem um site (ou seria o contrário?) chamado Entretenimento Eletrônico. No entanto, o conteúdo da publicação impressa não é inclúido na Internet. Sales considera isso uma incoerência e até faz troça: "o leitor da Play deve ir a banca de jornais, sacar a carteira, pedir uma sacola ao jornaleiro e voltar para casa para ler seu "entretenimento eletrônico" analogicamente sentado no sofá, ou deitado na hora de dormir. Não há outra opção."
Ainda não sei qual é o posicionamento do povo lá da Editora Conrad a respeito do artigo. Eu mandei para a lista de discussão da Play a íntegra do texto publicado no Observatório. Fiz isso no sábado. Até o meio da tarde de terça feira ninguém se manifestou. Mandei um outro mail questionando se alguém da redação iria se pronunciar. Enquanto isso não acontece, digo que o texto de Sales tem o mérito de trazer de volta à tona uma velha discussão. As revistas e jornais já estabelecidos devem colocar seus textos na Internet? Isso afugenta ou atrai o leitor? O autor lembra que veículos de maior ou menor expressão, como a Veja e o Jornal da Paraíba, por exemplo, liberam o seu conteúdo para os internautas, cada um no seu esquema. O da Veja é só para assinantes do UOL e da própria revista.
Sou da opinião de que qualquer veículo impresso deve estar na net. Para evitar a fuga de leitores, por que não se disponiblizar (não resisti..he he he) os textos imediantamente após a edição seguinte estar nas bancas? Está certo que seria um estorvo para um internauta esperar um mês ou uma semana para ter acesso a versão on-line de uma revista, mas os textos uma vez colocados lá serviriam para consultas futuras. Lembrem-se de que o papel é perecível e se trata de uma das primeiras coisas que jogamos fora quando fazemos uma limpeza em casa. Eu já abri mão de uma coleção minha da antiga Bizz por absoluta falta de espaço. Hoje, ela me faz falta. Quantas e quantas vezes eu já precisei consultar uma reportagem que já saiu numa revista, mas eu não a tinha mais à mão.
Enfim, é uma questão delicada e que precisa ser analisada sob diversos pontos de vista. As necessidades do leitor não devem ser deixadas de lado quando se pensar nisso.

 
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