sábado, janeiro 31, 2004

Nesta semana, o fenômeno dos fotologs e sua relação com a área musical foi devidamente dissecada por mim no Laboratório Pop. Confiram.

sábado, janeiro 24, 2004

Blogs de fãs são uma tendência comum na Internet. Alguns se diferenciam pela sua proposta. É o caso do Bonevelhojovi que é mantido por homens, heterossexuais convictos e fãs da banda Bon Jovi. Saiba um pouco mais da proposta deste blog lendo minha coluna sobre blogs no Laboratório Pop. E vem muito mais por aí, é só ficar de olho.

O que poderei acrescentar a tudo que está sendo dito por conta dos 450 anos de São Paulo? Só sei que gosto daqui, apesar de todos os seus defeitos, apesar do Rio Tietê ser uma vergonha e de não ter uma prainha aqui por perto.
Muito se fala numa identidade paulistana. Eu pelo menos não consigo definir uma. Isso porque São Paulo é o resultado de uma misutura que reune culturas tão diferentes entre si, como a italiana, a alemã, a coreana, a japonesa, a nordestina e assim por diante. Por isso que soa esquisito a mim quando dizem: "ah, o paulistano é isso" ou "ah, o paulistano é aquilo". Na verdade, o que temos são paulistanos de todos os tipos. Aqueles que eu convidaria para tomar um chopp no bar da esquina, aqueles que eu não convidaria para um chopp no bar da esquina e aqueles que me convidariam para um chopp no bar da esquina. Por isso que devemos ter cuidado para não julgar a parte pelo todo. Há uma São Paulo que é solidária, assim como existe outra São Paulo que é indiferente. Há uma São Paulo que espirra e outra que diz saúde... Enfim, não dá para definir São Paulo.
Mas exitem pelo menos duas muúsicas que conseguem traduir um pouco do que é essa cidade. Uma delas é "São Paulo", do 365. Pena que eu não consegui achar a letra dela na íntegra para colocar aqui, mas posso destacar dois trechos:

Sem São Paulo
O meu dono é a solidão
Diga sim, que eu digo não

e

Quem é seu dono?
Ninguém. São Paulo


A outra é do Premeditando o Breque e se chama "São Paulo, São Paulo". Note que a concorrência é complicada, pois ainda temos "Sampa", "São Paulo, meu amor", quase todas as músicas de Adoniram Barbosa, as músicas que tocam no Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan (São Paulo que amanhce trabalhando...). É uma cidade que dá música, e das boas.
Aí vai.


É sempre lindo andar na cidade de São Paulo
O clima engana, a vida é grana em São Paulo
A japonesa loura, nordestina moura em São Paulo
Gatinhas Punks, um jeito Yankee em São Paulo

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia

Não vá se incomodar com a fauna urbana em São Paulo
Pardais, baratas, ratos na roda de São Paulo
E pra você, criança, muita diversão e Pauloição
Tomar um banho no Tietê ou ver tevê

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia

(alegro)
Chora Menino, Freguesia do Ó, Carandiru, Mandaqui, aqui,
Vila Sônia; Vila Ema, Vila Alpina, Vila Carrão, Morumbi, Pari
Butantã, Utinga, M Boi Mirim, Brás, Brás, Belém
Bom Retiro, Barra Funda, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Lapa, Sé,
Jabaquara, Pirituba, Tucuruvi, Tatuapé

Pra quebrar a rotina do fim de semana em São Paulo (em São Paulo)
Lavar um carro, comendo um churro é bom pra burro
Um ponto de partida pra subir na vida em São Paulooooo
Terraço Itália, Jaraguá, Viaduto do Chá

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia
Na periferia, a fábrica escurece o dia

quarta-feira, janeiro 21, 2004

O Obsertvatório da Imprensa desta semana traz uma entrevista que eu fiz com o jornalista Paulo Cesar Martin, produtor e apresentador do Garagem, programa veiculado pela Rádio Brasil 2000 FM (SP). Em pauta, tudo sobre a volta da atração que ficou fora do ar por quase um ano. As circunstâncias da saída, a procura de uma nova emissora e o retorno a antiga casa foram abordados nesse papo.

sábado, janeiro 17, 2004

Nossos comerciais, por favor!!! O ano de 2004 começa e muitas coisas já estão acontecendo. Primeiro que saiu no site da revista Zero uma entrevista minha com Jair Marcos, guitarrista do Fellini. O tema principal foi a polêmica apresentação da banda no recente Tim Festival. Jair contou a sua visão de tudo o que aconteceu antes, durante e depois. Aliás, o site da Zero agora faz parte do portal Terra. A revista que está nas bancas fez uma eleição dos melhores de 2003. Fui um dos eleitores e nos próximos posts comento meus votos de forma mais detalhada.
E a segunda coluna sobre blogs está no ar pelo site Laboratório Pop. A coisa vai engrenar nas próximas atualizações. Já tenho até dia para que meus textos estejam no ar: toda sexta. Então, você já tem um compromisso.

sábado, janeiro 10, 2004

Está no ar o Laboratório Pop. Como o próprio editorial do site diz, o site é um tubo de ensaio para uma nova revista de música que deve chegar às bancas em maio deste ano. O projeto é tocado pelo jornalista Mario Marques e pelo produtor cultural Jornardo Jonas, responsável pelo festival Mada. Outros nomes conhecidos também colaboram para o site/revista como Antonio Carlos Miguel e Silvio Essinger. A edição que está no ar tem pautas muito interessantes como a entrevista de mão dupla feita entre Pitty e Rebeca Matta. Eu estou participando dessa empreitada pilotando uma coluna sobre blogs. Aliás, se você é blogueiro (a) e seu blog fala 100% (pode ser 85%), mande sua url para mim. Quem sabe, posso cita-lo na minha coluna. Use o sistema de comentários ou mande no endereço de e-mail aí do lado.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Não estava a fim de fazer retrospectiva, mas vou entrar na onda. 2003 vai ficar conhecido como o ano em que a imprensa provou que também pode mentir. Quem achou que o caso Jayson Blair era isolado e um fenômeno da imprensa internacional se enganou redondamente. Aqui também tivemos casos de fraudes jornalisticas. A entrevista fictícia de membros do PCC ao programa Domingo Legal foi a que causou mais impacto. Mas não podemos nos esquecer da denúncia feita pelo jornalista Lúcio Ribeiro em sua coluna na Folha On Line. Para quem não lembra, uma das edições da Revista da MTV trouxe uma "entrevista" com Julian Casablancas, vocalista do Strokes. Embora essa publicação'já tenha quase dois anos, o caso veio a tona agora, na esteira das fraudes de Blair. Esse episódio trouxe algum debate, mas morreu com o passar dos meses. Mesmo o Caso Gugu teve um período em que foi muito comentado, mas também parece que foi esquecido.
Para dizer que 2003 não teve coisas boas, destaco o furo de reportagem que o portal AOL deu ao conseguir entrevistar o dono da Folha de S. Paulo, Octávio Frias de Oliveira. Méritos totais do repórter Jorge Félix. O "publishier"de um dos nossos maiores jornais não costuma dar declarações públicas e sua entrevista rompeu um silêncio de longos anos. A última vez em que ele encarou microfones foi no enterro do jornalista Cláudio Abramo, em 1988.
O que reserva 2004? Não costumo ser eficiente no quesito futurologia, mas não vejo lá grandes novidades. Os empregos vão continuar rareando e cabe a cada um se virar para conseguir sobreviver. Isso me lembra a entrevista que o Luiz Cesar Pimentel, da revista Zero, me concedeu. Ele me disse que sua satisfação profissional veio das duas ocasiões em que ele mesmo inventou seu emprego. Uma delas, quando correspondente internacional nos países exóticos da Ásia. A outra, agora como editor da Zero. Então, invente o seu emprego você também em 2004.

sábado, janeiro 03, 2004

Creio que algum dos leitores do Onzenet tem alguma história para contar envolvendo a burocracia dos nossos orgãos públicos. É difícil de entender como em plena era da informática, algumas coisas funcionam de modo arcaíco. A minha primeira experiência começa quando fui até o CDHU dar entrada num processo de revisão prestacional. Tinha sido convocado em outubro para essa finalidade. Estive lá na data marcada por eles, mas eles fizeram uma série de exigências que me obrigaram a voltar em dezembro. Só para se ter uma idéia, é preciso levar contra-cheques dos últimos três meses em que eu estiver trabalhando. O meu problema é que eu estava empregado desde julho, mas por uma empresa terceirzada. O contrato acabou e fui efetivado no lugar onde estou até agora. Mas para o CDHU não vale. Eu tenho de apresentar os tais contra-cheques ou então (pasmem) uma carta da empresa garantindo que eu não vou ser demitido. Só pode ser piada, né? Enfim, voltei lá agora em dezembro último e estava lá com tudo o que eles pediram...ou quase tudo. Faltava a recisão lá da terceirzada. O curioso é que não basta apenas apresentar a baixa da carteira. Tinha que ter a recisão junto. A atendente até insinou que eu poderia ter falsificado uma assinatura. Então, para que serve a carteira profissional? Só pode ser para enfeite. Arrumei o contrato de recisão e finalmente consegui entrar com o processo de revisão. Que eu poderia ter resolvido em outubro, mas demora mais que o necessário devido a série de exigências da estatal. E tem mais. Para eles, não basta ser honesto, temos que provar que somos honestos.
Mas não parou por aí. Lembram da terceirizada? Então, com o contrato de recisão eu fui numa Caixa Econômica Federal (no Paraíso) retirar meu FGTS. Após ficar na fila do caixa descubro que agora para retirar o $$$, tenho de dar entrada antes num pedido na própria Caixa. Ou seja, mais burocracia. Perguntei para a mulher do caixa se isso sempre foi assim, até porque de uma outra vez que tive de fazer isso fui direito ao caixa e peguei o dinheiro sem problemas. Ela respondeu que sim. Discordei, mas isso nem iria resolver meu problema. Tive ainda de marcar um horário para a entrega do tal pedido. Falei com uma mocinha, que foi bem mais simpática ao menos. Ela disse que essa nova prática foi instituida há pouco tempo. Respirei aliviado. Já estava achando que tinha ficado maluco. A infeliz do caixa , para se livrar rápido de mim, respondeu a primeira coisa que lhe veio a cabeça.
Na data marcada, lá estava eu de volta a agência da Caixa. Tirei xerox de CPF, RG, partes da profissional. Quando chegou a minha vez, a surpresa. As antas da terceirzada simplesmente erraram o número da minha profissional no termo recisório. Isso sem falar que eles já haviam mancado ao colocar a data da adimissão que não batia com a que foi incluida na carteira. Resumo da história: não pude retirar um dinheiro que é meu por direito. Não fiz favor algum para ganhar aquele $$$. Trabalhei honestamente. E não posso tê-lo por causa de uma série de burocracias e erros que não são minha culpa. Note que que vivemos numa era na qual a sociedade é informatizada, mas ainda temos que nos submeter a práticas de quarenta anos.
Lembro que um dos ministérios do governo João Figueiredo levava o nome de Desburocratização. O titular da pasta era Hélio Beltrão que chegou a ser cotado como candidato a sucessão presidencial. Minha mãe nutria uma simpatia por ele. Porém, acho que seu trabalho acabou sendo em vão, pois em pleno século XXI ainda convivemos com a burocracia, ao menos nos orgãos públicos, tanto da esfera estadual como da federal. É aquela velha máxima: para que facilitar se é possível complicar?

 
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