Do blog do Augusto Olivani:
PESSOAS MEDÍOCRES
Eu sempre, de certa forma, defendia a faculdade de Jornalismo. Dizia por mim mesmo, já que ela foi de alguma forma útil. Além de professores que dão emprego e outros medalhões do mercado que de alguma forma querem saber quem está se formando logo - e tentar peneirar desde então -, sempre foi um lugar que dava para discutir uma prática. É um pouco de punhetação, mas gostava de trocar idéias e ouvir verdades diferentes.
Mas aluno é aluno, e estudante é estudante.
Por isso, depois de ignorar por um tempo, tenho que admitir, com todas as letras, que 90% dos estudantes de Jornalismo são medíocres (grande novidade, certo?). Deus do céu...
Não é fenômeno exclusivo nosso, muito menos produto para exportação, mas os otários pretensos bacharéis em jornalismo são risíveis. Tem aqueles que fazem carreira dentro da faculdade para não pagá-la - além de fazer uma média com o pessoal burocrático responsável pelo curso, o que já assegura o círculo vicioso, um ou outro cabide de emprego e o passaporte para o diploma. Tem aqueles que sobem no tijolinho pra fazer discurso sobre qualquer coisa, falar seu brilhante ponto de vista ou discursar sobre análises tão soberbas que até monossilábicas são.
Haha, olha a merda hoje na sala de aula, intervalo, rolando atrás de mim:
- Ai, você viu que o Tony vai ser eliminado do Fama?
- Você tá brincando, né? Ele é o mais bonitinho... e ele cantou "timtim timtim timtim" (sei lá o nome da porra da música podre que ele cantou)
- Pois é. Sempre os que eu mais simpatizo são eliminados logo. Os que eu não gosto sempre ganham.
Ouvir esse papo numa sala prestes a se formar em jornalismo é das coisas mais deprimentes que se pode ouvir às 10 da manhã.
Mas, enfim, que bom que existem tantas pessoas burras - ainda mais na profissão que escolhi.
Por isso eu peço: "continuem assim pessoas, assim vocês fazem minha vida um pouco mais fácil."
Bem que eu gostaria de compartilhar do otimismo demonstrado pelo Augusto. Aposto que as protagonistas desse diálogo aí em cima vão arrumar emprego fácil, fácil numa dessas revistas dedicadas a televisão e celebridades (Contigo, TiTiTi, Minha Novela, etc.) Ou então viram assessoras de imprensa de artistas. Sei lá, não deve ser regra geral, mas é quase sempre assim: as pessoas nas quais a gente não aposta nenhum um tostão furado geralmente são as que se dão bem na carreira. Vou citar como exemplo um colega de classe meu no curso de Comunicação Social (não vou dizer de qual universidade é). O sujeito é gente boa, nos divertiamos muito com ele lá na classe, pois viva sendo alvo das gozações da turma. Para resumir: um perfeito imbecil. Quem é que iria apostar que ele teria futuro na profissão? Pois bem, a figura não só demonstrou que teve como está bem colocado no mercado hoje em dia. Nosso herói trabalha com um desses fofoqueiros de televisão (e que recentemente inaugurou um site).
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