A coisa anda feia lá pelos lados da Fundação Cásper Líbero, que mantém a Rádio e TV Gazeta aqui em São Paulo. Primeiramente, foi a tentativa malograda de se voltar com uma programação própria na emissora de AM, que até hoje vem sendo ocupada pela igreja Deus é Amor. No primeiro semestre, os religiosos foram despejados para dar lugar aos universitários da faculdade de comunicação social, que iriam produzir jornalísticos diários e cuidar também da parte musical. No entanto, entrou areia nesse projeto. Os advogados da igreja foram reinvindicar seus direitos na justiça alegando quebra de contrato antes da hora e voltaram a ocupar o dial da emissora em pouco tempo. A briga continua nos tribunais.
(Um parentese aqui: a Deus é Amor compra horários em várias emissoras de rádio da Grande São Paulo - isso quando não compra emissoras inteiras. Mais uma ou menos uma, não iria fazer diferença.)
Agora, para completar o quadro, a TV Gazeta anunciou em massa a dispensa de vários funcionários e extinguiu vários programas, entre eles o de Sérgio Mallandro, que, goste-se ou não, era a maior audiência da casa. Quando se tira do ar o líder de audiência, é porque as coisas não vão bem mesmo. Apesar de ter uma programação razoável, o mercado publicitário nunca deu o retorno esperado. O resultado? A Gazeta vai abrir sua programação para os "informerciais".
Um excelente análise sobre o quadro da emissora pode ser conferido no site do jornalista e radialista Thiago Gardinali.
E, no mais, as más notícias no mercado da mídia não param por aqui. A Editora Globo demitiu mais gente, depois dos "ajustes" de pessoal realizados em 2001. É sempre assim, o final do ano tradicionalmente reserva supresas desagradáveis para os profissionais do setor.
quarta-feira, setembro 04, 2002
Postado por Rodney Brocanelli às 5:33 PM
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