quarta-feira, outubro 16, 2002

Lembram daquela história do modelo-ator brasileiro que seria progatonista de um filme produzido por David Lynch? A imprensa cultural brasileira deu um generoso espaço ao assunto, comemorando o fato como se tivessemos conquistado uma Copa do Mundo. Por outro lado, alguns blogueiros, como a Ciça, acharam tudo muito estranho e começaram a fuçar um pouco mais a fundo. Eles descobriram que Lynch nada tem a ver com a produção. A mesma imprensa agora tenta colocar as coisas em pratos limpos, como nessa reportagem públicada n'O Dia.
Esse assunto vai render muito ainda. Do ponto de vista jornalístico, que interessa mais no momento, esse é um bom exemplo de como funcionam as coisas nas redações dos cadernos culturais de alguns jornais. Dá-se preferencia àquilo que já vem pronto das assessorias de imprensa. Foi o caso, aqui. O modelo-ator só teve espaço graças à eficência de seus assessores. Se um brasileiro vai trabalhar com um diretor já consagrado como Lynch o mínimo que deveria ser feito é ouvi-lo a respeito disso. É mais uma que entra para o o Febeapá da nossa grande imprensa. E mais uma lição de humlidade para nós.

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