terça-feira, janeiro 28, 2003

E eis um comunicado oficial da revista Frente:

“A Frente NÃO acabou. Ao menos não no sentido em que uma revista acaba: com o burocrata chamando os jornalistas em sua sala acarpetada e dizendo: ‘vamos descontinuar o título, porque as vendas... as entradas publicitárias... os anunciantes... etc etc etc’. Somos três jornalistas movidos pela idéia de que é possível fazer jornalismo de nível num veículo independente falando sobre nova música porque acreditamos que é aí que estão as pautas mais interessantes. Infelizmente, o número de bloggueiros e indie-kids que nos cobra o quarto número da Frente parece ser muito maior do que os que efetivamente compraram as três primeiras edições – um sinal de esperança aos tempos futuros, talvez? De qualquer forma, tínhamos um acordo de 3 edições coma Editora Ágata, que o cumpriu da maneira mais cavalheiresca, profissional e leal possível, mas que tem coisas mais urgentes com que se preocupar além da salvação do pop nacional. Assim, estamos repensando a Frente em toda sua abrangência: formato, concepção editorial, número de páginas, papel, etc, para adapta-la à realidade e interesses de possíveis novos parceiros. E, paralelamente, desenvolvendo novos projetos individualmente (como o meu livro, ‘Dias de Luta’, ou o festival virtual em Porto Alegre dirigido pelo Marcelo Ferla) ou como núcleo de criação. Aguardem novidades para breve.”

Só discordo de uma coisa: o número de compradores da Frente nas bancas deve ter sido bem maior que o das tribos citadas no comunicado. Creio que esse exagero se deva a algum tipo de mágoa por causa das cobranças de uma explicação oficial sobre o futuro da revista (algumas delas aqui no Onzenet). No mais, desejo que a revista volte firme e forte, aproveitando a boa experiência das três primeiras edições. Se eu fosse chamado a sugerir algo, diria apenas para mudar o título da publicação.

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