quinta-feira, março 27, 2003

Uma das boas supresas (sei lá se é possível dizer isso) que a mídia brasileira apresentou na cobertura do conflito EUA-Iraque veio da imprensa escrita. A Folha de S. Paulo conseguiu colocar o repórter Sergio Dávila em Bagdá. Em seus diários, publicados tanto no jornal impresso, como reproduzidos na Folha On Line, o jornalista vem fazendo um bom trabalho, trazendo ao leitor aquele algo mais que está além dos informes divulgados por cada protagonista dessa guerra imbecil. Eu só não entendo como a Folha, com todos os seus problemas estruturais, conseguiu colocar duas pessoas (além de Dávila, está lá o fotógrafo Juca Varella), enquanto a Globo, que possui muito mais recursos, deixou o Marcos Uchôa no Kuwait. A adimiração pela façanha da vibrante folha informativa aumenta ainda mais ao lembrarmos que Sérgio Dávila é correspondente em Nova York, enquanto Uchôa vive em Londres. Creio que seja menos custoso deslocar alguém da capital inglesa do que tirar alguém dos EUA para ir a mesma região.
Porém, Dávila talvez não fique sozinho por muito tempo. A Rede TV!, em parceiria com a agência de notícias Reuters, pretende colocar dois repórtes na zona de conflito: Thiago Gardinali e Tony Castro, os dois com uma vasta experiência na cobertura da violência urbana paulistana.
Sem a CNN, as emissoras brasileiras estão recorrendo as imagens da Al Jazzeira. A TV Cultura, que saiu na frente ao exibir as imagens da RTP, reduziu estranhamente o espaço dedicado a guerra. Notícias só mesmo em seus telejornais. Bandeirantes e Rede TV! continuam com programas dedicados ao dia-a-dia do que acontece no Iraque.
Para terminar, uma pergunta: onde andaria o jornalista Peter Arnett, estrela da CNN na Guerra do Golfo de 1991?

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