quinta-feira, março 20, 2003

Uma rápida análise sobre a cobertura da tv brasileira dos primeiros ataques dos EUA ao Iraque:
-A Globo foi muito mal ao se ancorar apenas na imagem da agência Reuters que colocou uma câmera numa rua qualquer de Bagdá.
-Band e Record foram muito melhor ao usar imagens da CNN. A primeira foi mais ágil e também usou imagens da CNN Internacional e da tv árabe Al Jazzeira na espera dos ataques.
-Mas a Cultura foi a emissora que se saiu melhor ao exibir imagens da RTP, Rádio e TV de Portugal,que fez ótimas imagens do início do ataque áereo norte-americano e a resposta iraquiana. Os portugueses tem correspondentes fixados em Bagdá.
-O Roberto Cabrini, até onde pude ver, fez uma excelente ancoragem. Sóbria, discreta e informativa. Ana Paula Padrão, pela Globo, se mostrou um pouco perdida em alguns momentos. É um desperdício ver Willian Waack no estúdio ao seu lado. Ele tem uma larga experiência em coberturas desse tipo, uma delas justamente a Guerra do Golfo, e poderia estar no centro dos acontecimentos. Outro ponto negativo: a '"máquina" de jornalismo da Globo parece desacostumada a fazer transmissões ao vivo. Ana Paula Padrão por diversas vezes chamava reportagens que demoravam segundos para entrar no ar.
-Esse primeiro ataque, pelo que eu li, foi uma resposta a algum movimento militar iraquiano. Não significou, até o momento em que eu escrevo, uma ofensiva sistemática. Em um determinado momento da madrugada, Globo e Bandeirantes foram obrigadas a encher linguiça a espera de algum fato novo. A Record prosseguiu com sua programação normal.
-SBT, Gazeta e RedeTV! deram flashs esparsos sobre a guerra ao longo de suas programações.
-Algumas emissoras mostraram os preparativos de George W. Bush antes de fazer seu pronunciamento ao povo norte-americano. Deu até para ver o braço de alguém penteando seu cabelo. Uma imagem inusitada.
-A correspondente da Globo em Tel-Aviv, Tamara Schipper, é muito bonita. Poderiam ter dado um vídeo-fone para ela.
-Pelo pouco que eu ouvi no rádio de São Paulo, deu pra perceber que a Bandeirantes preferiu uma cobertura analítica, enquanto a Jovem Pan optou por informações secas do que estava acontecendo com a participação de um repórter instalado no Cairo, capital do Egito.

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