segunda-feira, abril 28, 2003

O futebol deveria ser um tema mais presente aqui neste blog, mas a grande verdade é que não me sinto animado a escrever. Os últimos acontecimentos envolvendo o Palmeiras, porém, servem para que eu rompa o silêncio. Jogar a bomba nos jogadores pela atual má fase, é fácil, mas o técnico Jair Picerni tem lá sua parcela de culpa. Ele insiste em usar o esquema 4-4-2, que só faz tornar evidente cada vez mais as limitações do elenco. Vejamos, os laterais Neném (que foi dispensado) e Marquinhos são deficientes na defesa. Por que então não adaptar um esquema 3-5-2 e solta-los mais ao ataque, onde rendem melhor? Em vez de tentar adequar um esquema para os jogadores, Picerni insiste no contrário. Acaba resultando em vexames como o da última quarta-feira, quando o Palmeiras foi goleado pelo Vitória (7 a 2).
Quem inventou que Jair Picerni é um bom técnico deveria ser internado num hospício. Na década de 80, ele ganhou o título de "Rei do Vice", pois as equipes que dirigiu sempre acabavam derrotadas nas decisões, entre elas um vice-campeonato paulista com o Corinthians, em 1984, e a medalha de prata no torneio olímpico de futebol nos jogos de Los Angeles-1984. Agora, no Ano Zero, devidamente ressucitado pelo São Caetano, ele não conseguiu evoluir. O time do ABCD paulista que o diga. Três vice-campeonatos consecutivos, sendo que o da Libertadores-2002 foi o mais doído. É preciso parar de jogar a culpa apenas nas costas do presidente Mustafá Contursi, que já deveria ter renunciado. A imprensa esportiva anda muito condescendente com Picerni.

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