segunda-feira, novembro 10, 2003

Bem, a conclusão que eu tirei lendo por aí algumas resenhas sobre o show do Fellini no Tim Festival é que a apresentação da banda dividiu opiniões. Metade gostou, outra metade não. Mesmo assim, valeu. Essa nova reunião serviu para coloca-los de novo na mídia. Falaram bem e falaram mal, mas falaram do Fellini. Quem me conhece sabe que sempre reclamei da marginalização que eles sofreram na década de 90. De uma certa forma, procurei ajudar a reverter esse quadro quando procurei Cadão Volpato em 1996 para uma entrevista que seria a base para um especial produzido por mim e levado ao ar na Rádio Onze.
Nas entrevistas pós-show, Cadão e Thomas disseram que foi a última vez que eles se reuiniram para tocar juntos com o Fellini. Bem, quem os conhece sabe que pode ficar com um pé atrás. Não é a primeira vez que eles dizem isso e creio que nem será a última. Se eu fosse produtor de shows, os convidaria para se reunir mais uma vez e numa ocasião muito especial: o aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo. Tem tudo a ver. O Fellini realmente tem a cara de São Paulo. O Fred 04 disse na Folha de S. Paulo que a sonoridade da banda era mais "lugar nenhum" que paulistana. Concordo. Agora, se existe uma cidade que tem essa caracteristica de lugar nenhum essa é justamente São Paulo. E tem mais. O Fellini simboliza realmente a mistura e não só no aspecto musical. Quem imaginava que um descendente de alemães, como Thomas Pappon, e um descendente de italiano, que é Cadão Volpato, ambos paulistanos, fizessem samba e música de raiz? E a cidade de São Paulo é essa mescla de informações e de culturas. Toamara que alguem que esteja participando da organização dos festejos do próximo aniversário da capital paulista atente para isso.

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