domingo, setembro 26, 2004

o blog Onzenet apóia o voto nulo nas próximas eleições.

sábado, setembro 25, 2004

Essa é mais uma da série "você percebe que está ficando velho quando..."

Mas antes, uma letra de música.

Quem sou eu e quem é você
Nessa história eu não sei dizer
Mas eu acredito que ninguém
Tenha vindo pro mundo a passeio
De onde se vem pra onde se vai
Só importa saber pra quê (pra quem)
Pois o destino transforma num dia
Um menino em herói de TV

Um dia a gente se encontra
No meio do mundo
Depois a gente se perde
No meio do mundo
Rock estrela, rock estrela
Rock estrela, rock estrela
Quem sou eu e quem é você
Nessa história eu não sei dizer
Mas eu acredito que ninguém
Tenha vindo pro mundo a passeio
De onde se vem pra onde se vai
Só importa saber pra quê (pra quem)
Pois o destino transforma num dia
Um menino em herói de TV
E enquanto a gente pensa
Que já sabe de tudo
O mundo muda de cena
Em menos de um segundo
Rock estrela, rock estrela
Rock estrela, rock estrela

E aí, cada um de vocês descobriu seu papel nessa história?
Essa letra aí de cima é Rock Estrela, do grande Léo Jaime. Foi tema principal de um filme de mesmo nome, dirigido por Lael Rodrigues e lançado em 1986. Passava direto nas sessões de cinema nacional da TV Manchete no início dos anos 90. Deve passar no Canal Brasil, mas como não tenho tv a cabo, nem tenho como confirmar isso.
Nem se trata de um de seus grandes sucessos. A letra é muito boa, embalada num rockão de primeira com direito a muitas guitarras e até solo de saxofone. Naquela época eu tinha um gaiato colega de escola (a quem reencontrei recentemente) que tirava uma onda cantando "Rock Esterco" no refrão
Eu tava aqui em casa vasculhando algumas fitas cassete e achei uma delas em que gravei várias músicas do rádio. Naquela época não existia Internet, MP3 e meu divertimento de adolescente ficar preenchendo fitas e mais fitas. Eu encontrei uma que eu gravei em janeiro de 1987 da marca Vat cuja duração era de 45 minutos. Eram mais baratas. Pena que não existam mais.
Algumas músicas que fazem parte do cassete: duas do Raul Seixas, "Gita" e "Aluga-se". "Don't You Forget About Me", do Simple Minds, também. "Simca Chambord", do Camisa de Vênus, e duas do Jean Michel Jarre, até porque naquela época eu gostei música instrumental.
Quando coloquei a fita para rodar de novo em pleno século XXI, a que mais curti ter (re)ouvido foi "Rock Estrela". Foi o que compensou a sensação de ficar velho.

sexta-feira, setembro 24, 2004

E agora vamos inagurar a seção de frivolidades no blog Onzenet.
Vou começar falando da perereca da Luana Piovani.
(Não, eu não a vi de perto. Vi apenas na foto, como todo mundo, e sem a tarja preta, diga-se de passagem).
Bom, atrizes não costumam usar roupa de baixo até para não deixar marcas indesejaveis em seu precioso instrumento de trabalho que é o corpo.
A ABL é uma instituição de tradição, mas não é igreja. Então não houve desrespeito. Apenas uma imprudência da atriz que fez o deleite dos marmanjões de plantão.


terça-feira, setembro 21, 2004

Eu tenho orgulho de ser um jornalista de pijama.
O único ponto chato dessa história envolvendo um erro de apuração da equipe do 60 Minutos, um dos jornalisticos norte-amercanos de maior prestigio, é que desta vez os conservadores ganharam

terça-feira, setembro 14, 2004

Uma coisa me chamou a atenção na comemoração do aniversário de 35 anos do Jornal Nacional. A importância dada pela Rede Globo a essa ocasião. Aproveitando a comemoração foram lançados um livro (que está na minha lista de prioridades) e um dvd contando a história do telejornal. Além disso, seus atuais apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes concederam várias entrevistas. Ela foi capa da revista Contigo e falou ao programa "Altas Horas", de Serginho Groismann, no último sábado. Isso sem esquecer da capa que a Veja deu há duas semanas. O curioso é todo esse estardalhaço é típico de uma data redonda e não de uma comemoração de 35 anos. Essa alta exposição e o lançamento desses produtos seriam mais adequados ao aniversário de 40 anos. Talvez seja uma certa pressa em se passar a limpo duas passagens controvertidas de sua trajetória: a coberura da campanha pelas eleições diretas, em 1984, e a famosa edição do debate entre Collor e Lula, candidatos à presidência da República, em 1989.

(Update 03/11/2004 - O Alexandre Maron deixou aqui o seguinte comentário: "O mais frustrante é que o DVD do JN não traz a edição do debate. Podem me chamar de maluco, mas, se trouxesse, seria uma tremenda bola dentro". Posso dizer que ninguém precisa chama-lo de maluco. O livro sobre o JN (que eu já comprei) traz a transcrição do debate Collor-Lula. Pela lógica, se tem no livro, poderia ter no DVD também.

segunda-feira, setembro 13, 2004

quarta-feira, setembro 08, 2004

A informação privilegiada está aqui.

Leia no Onzenet:
Marasmo nas FMs. De quem é a culpa?
Ouvintes conservadores ou programadores medrosos?

terça-feira, setembro 07, 2004

Efeméride. Num dia como o de hoje, há 82 anos, ocorria a primeira transmissão de rádio no Brasil.

quarta-feira, setembro 01, 2004

terça-feira, agosto 31, 2004

domingo, agosto 29, 2004

Leia no site Laboratório Pop: Blog dedicado a Cazuza reforça o mito entre os jovens e renova a geração de fãs do cantor.

Ah, se isto interessa a alguém, este é post de número 600 da história do blog Onzenet.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Leia no site Laboratório Pop:

O criador do blog do Jon Bon Jovi não tem sossego no trabalho, mas não se importa. Trata o astro como Elvis Presley

O fotolog virou mania entre os internautas e polêmico em rodas de discussão. Para muitos, é narcisismo puro

Adalberto Carvalho Pinto mantém um blog dedicado ao formato que virou uma referência para os simpatizantes

Blog dedicado a transformar letras já foi um dos mais acessados do país e pode virar livro

Blog dedicado à época em que Trem da Alegria e Duran Duran passaram na Terra como relâmpago vira objeto de culto na rede

Integrante do grupo emergente paulistano Los Pirata, Paco Garcia mantém um interessante blog dedicado aos donos das guitarras

Portal investe no gênero e tem em sua nova cartada páginas pessoais de Leila Pinheiro, Gerald Thomas e Marcelo Tas como destaques

Portal muda regras de uso, limita produção até 10mb e revolta internautas que investiram no Blogger Brasil

Blogs sofrem intimidação e são ameaçados de processo em casos cujas opiniões acabam gerando polêmica

Há dez anos morria Kurt Cobain, a mente por trás do Nirvana. Há dez anos não se fala em outra coisa

Desorganização na venda de ingressos para o Curitiba Pop Festival gera protesto na rede. E um blog furioso

O Blig, serviço de blogs do iG, a exemplo do Blogger Brasil, da globo.com, deixa internautas sem pai nem mãe

Megssa Fernandes: gente que faz

Imagine uma pessoa que canta em diversas bandas independentes, faz zines, organiza festivais e mostras, participa de um vídeo de ficção (aliás, são seus pés), mantém um blog... enfim, alguém que participa de quase todas as manifestações artísticas/midiáticas (chique, não?) que se possa imaginar. Ela existe, sim. Seu nome é Megssa Fernandes.
O trabalho mais conhecido de Megssa foi como vocalista da banda The Fish Lips. Iriam dar o que falar, caso não tivessem resolvido terminar (aqui os motivos são devidamente explicados). Nesse meio tempo, ela se envolveu em vários outros projetos, entre eles a Mostra de Cultura Independente, realizada no ano 2000, em São Paulo, com grande sucesso de público e mídia. Mesmo com o fim do Fish Lips, Megssa não ficou sem ter onde cantar. Além de suas duas bandas paralelas, hoje ela empresta sua voz ao supergrupo Magic Crayon, reunindo gente bacana que já participou de outras bandas indie com algum prestígio na cena, casos do Moonrise e do Comespace. Irriquieta, nossa menina multimídia super-poderosa não fica só nisso. Ainda em outubro, pretende lançar uma nova edição de seu zine, o Popadelic, escrito todo à mão. E dentro em breve, teremos o "debut" de seus lindos pés como estrelas principais de um vídeo a ser lançado pelo povo do zine Judith Blair. Isso tudo sem se esquecer de que, em casa, Megssa ainda é uma boa cozinheira (tem alimentado uma família toda com seus quitutes) e ainda se dedica aos estudos preparatórios para enfrentar o fantasma do Vestibular (ufa!).
Depois de todas essas informações e de acompanhar esse papo, é impossível escapar do clichê: Megssa Fernandes é gente que faz. Leia na seqüência a íntegra da entrevista, realizada pelo e-mail. (Rodney Brocanelli)


Ruídos - Você foi vocalista do The Fish Lips por muito tempo. Era uma banda promissora da cena independente, com muitos elogios de zineiros e de parte da imprensa especializada. Infelizmente, vocês decidiram colocar um ponto final nessa trajetória. O que houve?

Megssa Fernnandes - Na verdade não decidimos. Decidiram. Por mim, estaria tocando com a banda até hoje. Foi um momento muito delicado porém, quando todo mundo começava a ficar distante, um pouco cansado depois de tanto tempo tocando junto, e cada um acabou rumando por um caminho diferente. Acho que o que pesou, foi o fato de não termos mais nada em comum. Aliás, se tivemos algum dia algo em comum, talvez fosse apenas alguns amigos. Personalidades, gostos e objetivos completamente diferentes. Isso tudo foi mais forte do que a música e daí foi o fim. Já passei muito tempo triste por conta disso, até hoje não me conformo muito. Mas agora já prefiro achar que há males que vem pra bem.

Ruídos - Como você foi parar no Magic Crayon?

Megssa - Essa é uma história... Eu estava dando um tempo em Porto Alegre ano passado (2001) quando em um dos shows que fui conferir, tinha o Magic Crayon tocando. Aproveitei a bebedeira dos meninos e praticamente me convidei pra participar da banda, dizendo que só voltava pra São Paulo se tivesse uma banda pra cantar, hehe. Eles (César e Gilberto) acabaram me chamando e eu aceitei na hora. Se bem que até o primeiro ensaio rolar demorou ainda uns bons meses. Quando voltei, o Paulo (guitarra) já tinha entrado na banda também e o Barbosa tinha voltado a tocar bateria.

Ruídos - Você concorda que o MC é um supergrupo indie, uma vez que reúne pessoas talentosas que já tocaram em outras bandas bacanas, caso do Zanin (ex-Moonrise) e do Gilberto Custódio Jr. (ex-Comespace)? Ou é apenas mais um rótulo dado por aí?

Megssa Fernanndes - Acho que na verdade acontece uma mistura de integrantes que acaba nos livrando de ser indie (no sentido sonoro literal da coisa). Veja bem, o som do moonrise, comespace, fish lips e transistors (banda do Barbosa), eram muito diferentes um do outro. Aliás, até o público de cada banda era diferente. Daí todo mundo se reuniu e deu no que deu. Eu adoro a banda, mesmo. O que acho que faz uma diferença são as experiências de cada um. Como não é a primeira banda de ninguém ali, o negócio perde aquela coisa de ‘achismos’, ingenuidade e ‘sonhar alto’, sabe? Mas daí a ser indie, acho que é mais uma coisa do povo ficar rotulando mesmo pra poder se identificar ou não com o que fazemos.

Ruídos - Além do Magic Crayon, você faz parte de outras bandas. São o The Luos e o 3 Guitarras, até onde eu sei (será que tem mais?). Fale um pouco mais sobre eles.

Megssa Fernandes - O "Três Guitarras" era mais um projeto; uma forma que tive de continuar tocando com o rodrigs (ex-guitarrista do fish lips) e tocar com outras pessoas que queriam experimentar coisas novas. É um projeto que pode voltar a qualquer momento. Talvez não com os mesmos integrantes, mas sempre experimental. Agora, o the luos é eterno. Na verdade existia antes mesmo de fish lips. Depois de contar com inúmeras tentativas de outros integrantes, acabou virando apenas o Paulo (magic crayon e post) e eu, sendo que dessa formação já nasceu a segunda fitinha, em praticamente um ano de ‘banda’ (a primeira foi gravada com o paulo e o pedro –que toca guitarra no ponche). É um som simples, sem muitos detalhes, violão, voz, guitarra. Lo-fi ao extremo.Um som cheio de influências folk. Como sempre digo, em poucas palavras: meus desabafos. Eu canto e toco violão e o paulo a guitarra cheia de slides, etc. O the luos existe há 8 anos, mas nunca divulguei muito. Achava que era algo muito pessoal. Hoje em dia, a vontade de encontrar pessoas que se identifiquem com isso me fez começar a gravar.

Ruídos - Quando você estava no Fish Lips rolava uma certa ciumeira por parte de pessoas que estavam em outras bandas. Sei que a Alê Briganti e Eliane (ex-Pin Ups) andaram criando confusões contigo em alguns shows. Você confirma isso? Que tipo de problemas elas te causavam?

Megssa Fernandes - Mal entendidos sempre acontecem. Ainda mais quando tem um monte de gente envolvida com esse negócio de bandas e cenas e zines e isso e aquilo. O que aconteceu foi que por conta de falta de comunicação e mal entendidos que pessoas faziam questão de promover, acabou-se gerando polêmica e discussões. Realmente não me causaram problemas já que na época e até hoje em dia, tudo o que aconteceu não fez a mínima diferença pra mim. Nem fazemos parte da mesma realidade, acho. Sabe, Rodney, nunca gostei de brigas e sempre fiquei quieta no meu canto. A única coisa que serviu tanta discussão naquela época, foi pra me fazer mudar de postura quanto ao que acontece em volta. Hoje em dia, se tenho um problema com alguém, vou e resolvo na hora. Sabe que o mais triste de toda essa história, foi no final, perceber que pessoas como elas tinham mais caráter do que pessoas que por exemplo, tocam ou estão com você no dia-a-dia.

Ruídos - E essa história de que os seus pés serão protagonistas de um filme? Explique mais um pouco a respeito disso.

Megssa Fernandes - Pois é, acabei aceitando o convite que o pessoal do zine Judith Blair fez pra participar de um projeto deles. Sempre fui muito fã do trabalho desse zine, que aborda a sexualidade de uma forma bem simples e divertida. Daí que estamos ainda filmando as cenas do vídeo "caçando pezinhos" onde eles saem pelas ruas abordando garotas a fim de filmar os seus pés. Fetiche puro. Quem tiver curiosidade pra conhecer todos os outros vídeos ou mesmo pra conseguir o zine, o site é Erro! Indicador não definido. Respeito muito o trabalho deles e está sendo muito divertido participar de forma tão diferente (pelo menos pra mim)!

Ruídos - Em 2000, você foi uma das organizadoras da Mostra de Cultura Independente, que rolou na Funarte, aqui em São Paulo. Apesar do sucesso dessa primeira edição, o evento não teve continuidade. O que aconteceu?

Megssa Fernandes - Burocracia. Não conseguimos um lugar pra abrigar a Mostra. É muito difícil também manter um evento como esse por consecutivos anos sem grana. A primeira aconteceu por muito trabalho e por sorte também. Fazer outra mostra apenas por fazer, sem seguir o padrão de qualidade da primeira, não seria legal. Mas apesar disso, a Debbie e eu organizamos no ano seguinte o Festival de Música no Tendal da Lapa, que foi quase uma mostra, só que menor, mas que não deixou de abrigar bons trabalhos e bandas. Gostaria MUITO de voltar a organizar a II edição de ambos os eventos. Acredito que a Debbie também, mas pra isso teríamos que ter muito tempo disponível e pelo menos um bom lugar pra fazer. Como não ganhamos nenhum dinheiro com esse tipo de evento, além de tempo, teríamos que arrumar patrocínio ou algo assim e essa parte burocrática é que atrasa tudo.

Ruídos - Você retomou o seu zine Popadelic. Fale um pouco mais sobre ele e aproveite para fazer um comercial.

Megssa Fernandes - Ah, o popadelic é um zine tosco. A periodicidade dele é completamente irregular, mas até isso combina com o conteúdo e a estética do trabalho, que é completamente disforme e torto, feito a moda antiga, com colagens e rasuras. Fico tão triste em ver que os zines de papel estão sumindo (sumindo, porque acabar acho que nunca irão). Saber de todo e novo e-zine é legal, mas e a facilidade de levar o seu zine pra cima e pra baixo, de emprestar pra um amigo, tirar xerox, multiplicar os seus pensamentos, alcançar outras cabeças? Falta um pouco disso. As vezes dá impressão que as pessoas começam fazendo zines pra desabafar, divulgar coisas que acreditam, etc. Daí passam uns anos, e elas desistem, como se tudo o que um dia gostaram ou sonharam não tivesse sentido. Bom, mas voltando ao popadelic, ele é simplesmente um zine pessoal, que reune resenhas, textos diversos, que tratam de coisas do meu dia a dia, o que vai desde música, até cultura trash e frustrações por exemplo... "Zine é que nem jeans, tem sempre um que é a sua cara!" , por isso não faço pra agradar ninguém, apenas vou escrevendo e pronto. E pra quem quiser uma cópia, que fique a vontade pra me pedir pelos endereços: Erro! Indicador não definido. ou R. Joaquim Fraga, 53 cep 06060-170 Osasco-SP

Ruídos - Suas considerações finais. Fique à vontade

Megssa Fernandes - Hehe, aqui que eu tenho que agradecer pelo espaço, né? :) Bom, agradeço mesmo, porque é sempre legal poder espalhar um pouquinho esas opiniões por aí. Os endereços acima são pra qualquer um que queria trocar idéias, fiquem a vontade. Queria também acabar dizendo que todo aquele papo de "compre zine, vá a shows, compre demos, pense independente" já virou clichê, mas acredito mesmo nisso. Você não precisa ter uma banda ou um zine, ou mesmo fazer social em shows e festas pra ser independente. Basta pensar diferente, ser curioso, ir atrás de coisas novas que te agradem e valorizar todo o trabalho que dá pra manter de alguma forma, essa rede de manifestos que com muita dificuldade, chega até você *

Essa entrevista foi publicada no e-zine Ruídos, em 2002, acho eu. A informação mais recente que eu tenho da Megssa é a de que ela está morando na Escócia. Leiam seu blog, o Sonora, que traz algumas de suas histórias curiosas naquele país.

quinta-feira, agosto 26, 2004

Peguei do Terra:


O Palmeiras completa 90 anos de vida nesta quinta-feira e ainda persiste a lenda de que o clube nasceu após dissidência de integrantes de seu maior rival, o Corinthians.

A verdadeira versão do nascimento do Palestra Itália, precursor do clube estsá em livros e jornais publicados ao longo da história.

A idéia de criar um clube próprio para a colônia italiana começou a ser amadurecida em 1913, quando o Pro Vercelli e o Torino, duas equipes então tradicionais da Itália, fizeram uma excursão pelo Brasil.

Os amigos Vicente Ragognetti, Ezequiel Simone, Luiz Cervo e Luiz Marzo, apaixonados por futebol e decididos a fundar um clube próprio para italianos, deram início à empreitada. A primeira opção era criar o "time da colônia italiana" no Clube Espéria, aproveitando sua estrutura, mas não havia no local um terreno para a prática de futebol.

Para ganhar adeptos, Ragognetti enviou, no dia 13 de agosto de 1914, uma carta ao jornal "Fanfulla", destinado à colônia italiana no Brasil. Solicitou que o editor encampasse a idéia de fundação de um "quadro" puramente italiano.

"Sr. Diretor (...), alguns famosos futebolistas italianos, sócios porém de clubes locais (...), encarregaram-me de escrever a propósito de um de seus projetos (...), esperando que seu jornal se faça portador e propagandista".

Depois de publicada a carta, 46 pessoas, enfim, encontraram-se no dia 26 de agosto de 1914, no número 2 da Rua Marechal Deodoro, regulamentaram e fundaram a Societá Sportiva Palestra Itália.

E como passou a existir um "time para italianos", alguns jogadores (o futebol não era profissional) de outros clubes se transferiram e atuaram pelo Palestra. De outros clubes, incluindo o Corinthians. Foram os casos de Amílcar Barbui e Luiz Fabi. Este último, aliás, foi o autor do primeiro gol da história do Corinthians. Mas jamais entrou na lista de fundadores do Palestra.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Bom, confesso que eu não estava ainda muito por dentro da história do Conselho Federal de Jornalismo. Li alguma coisa a respeito e assisti ao "Dois a Um", do SBT, do qual participaram Ricardo Kotscho e Clóvis Rossi (um contra e outro a favor). Ainda não vi a entrevista do mestre Alberto Dines ao Roda Viva programada para esta segunda, mas já formei minha opinião: sou contra.
Vejo nessa inciativa um enorme risco a liberdade de expressão. Não há a necessidade de se criar conselhos para controlar a profissão. Temos aí, a Lei de Imprensa para isso. O Alex Maron escreve em seu blog que jornais são punidos por falhas todos os dias. Vou mais longe, jornalistas também e Jorge Kajuru é um exemplo disso com vários processos nas costas.
Não sei dizer se a criação desse conselho é reversível. Creio que não, principalmente se tal iniciativa for motivada como uma forma de retaliação a ampla divulgação da atuação do ex-assessor Valdomiro Diniz. Mesmo se o governo federal mudar de idéia, isto não significa que vai tudo bem com nossa imprensa. Porém, uma regulamentação estatal só vai piorar as coisas.

sábado, agosto 21, 2004

quinta-feira, agosto 19, 2004

Editor do zine midsummer madness e do selo de mesmo nome, Lariú é, sem dúvida, um dos nomes mais importantes da cena alternativa nacional. Ninguem melhor do que ele mesmo para fazer a introdução desta conversa via e-mail.(Rodney Brocanelli)

"Tenho 24 anos, nasci em Niterói. Começei a fazer o midsummer madness em 1989 por influência de uma amiga punk na época, a Beatriz, atual Stellar. Tirei o nome de um dicionário de inglês e gostei por causa da relação com a peça de Shakespeare. O zine no começo era bastante subjetivo, tinha uma influência forte de Smiths, Galaxie 500 e poetas românticos/ malditos. As matérias eram basicamente dúvidas minhas e alguma coisa de música que eu gostava. Fiz o número zero, depois o 1 e o 2. Daí entrei para faculdade de Comunicação na UFRJ para cursar Editoração. Me formei em 1996 apenas... Quase 5 anos. Trabalhei numa loja de CDs importados, fiz 2 anos de programa de rádio na Fluminense FM com o Dodô e o Marcos (ambos da PELVs) e um outro amigo. Em 1994 comecei a estagiar na MTV e fui contratado em 1997 como produtor da sucursal de jornalismo no Rio."

Depois da apresentação, vamos à entrevista:

Onzenet - Como você avalia a aceitação dos CDs lançados pela mm records entre o público e mídia?

Rodrigo Lariú - Acho que tem sido de média para boa. Na mídia que vale a pena, ou seja, aqueles jornalistas que realmente se interessaram em ouvir, todos elogiaram a iniciativa e a qualidade dos lançamentos. Alguns gostaram mais da PELVs, outros mais do Cigarettes. Já o público, eu não tenho muita certeza. As pessoas que compram têm gostado e elogiado mas vendi bem menos do que imaginava até agora. Não sabia que a saída seria tão demorada, achei que com 6 ou 8 meses já estaria esgotando 1000 CDs e já estou com 6 meses e nem perto disso.

Onzenet - Quais foram os custos de produção dos dois CDs?

Lariú - R$6.000 os dois CDs e encarecendo...Acho legal destacar que a maioria das pessoas está se esquecendo de falar dos meus 2 sócios na gravadora: VRS Marcos (ex- Pelvs, atual Aerowillys) e Rodrigo Letier. Sem eles eu não teria lançado nada!

Onzenet - Quais as bandas do seu catálogo que você pretende lançar nesse formato?

Lariú - Os próximos lançamentos são um 2 em 1 do Second Come que será lançado em abril ou maio em conjunto com a Rock It! (N. da R.: selo pertencente a Dado Villa Lobos); e depois, em julho, 500 cópias apenas do debut do Stellar. Se tivesse dinheiro ainda lançaria Sleepwalkers, Superbug e ajudaria o brincando de deus a lançar o terceiro.

Onzenet - Como é ser, na avaliação do "Estado de S. Paulo", "o homem mais amado e odiado" da cena alternativa?

Lariú - Engraçado.

Onzenet - Ajuda ou atrapalha o fato de você trabalha na MTV?

Lariú - Só ajuda, mas não com a MTV propriamente dita. Tem um monte de gente legal trabalhando e passando por lá que a gente acaba conhecendo. Um monte de pentelho também.

Onzenet - Quais seus planos com relação ao zine midsummer madness?

Lariú - Continuar editando só que com bem menos matérias de música. Quero voltar a fazer um zine para a alma como no começo. A parte musical eu pretendo deixar para os informativos e para a home-page.

O endereço da home-page é http://www.mmrecords.com.br


Entrevista publicada no site da Rádio Onze em 1997. O tempo passa, o tempo voa, mas o mmrecords continua firme e forte.

terça-feira, agosto 17, 2004

 
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