Tenho uma boa notícia aos leitores do Onzenet que não curtem futebol. Assumi uma coluna para palpitar bastante sonte o emplogante esporte bretão no site Papo de Bola, do meu chapa Eduardo de Oliveira Cesar. O texto de estréia já está no ar (que carece de alguns ajustes ainda) e pode ser lido aqui.
sábado, junho 21, 2003
quinta-feira, junho 19, 2003
Essa história levantada pelo Daniel Castro de que a Globo quer distribuir às rádios comunitárias os áudios de alguns dos seus programas merece entrar para o Febeapá da comunicação brasileira por dois motivos. Primeiro que programa de tv não funciona em rádio e uma prova disso é a experiência do Programa do Jô na CBN. Segundo, porque essa iniciativa vai totalmente contra a principal finalidade desse tipo de emissora que é falar para a comundade onde está fixada (cadê o MiniCom e a Anatel?). Em vez de mexer com as comunitárias, a Globo poderia muito bem usar uma de suas muitas emissoras de rádio para servir de linha auxiliar de sua rede de televisão.
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Rodney Brocanelli
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Não sou muito fã dessa coluna de rádio que a Folha On Line publica aos sábados, mas ela trouxe uma importante informação na semana passada. Quase todas as emissoras paulistanas tiveram perda de ouvintes no último trimestre, segundo dados do Ibope. Pode ser um sinal de que o público está se cansado daquilo que ouve no rádio, seja no que diz respeito a qualidade musical ou mesmo ao formato estético de programação, mas é bom esperar o resultado da próxima pesquisa para verificar se essa tendência se confirma.
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Rodney Brocanelli
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Pitacos (ainda que tardios) sobre a questão do jabá.
É perda de tempo criar uma lei para criminalizar essa prática. A comparação que eu vou fazer é grosseira, mas se a Lei Seca não foi levada a sério nos EUA, imaginem o que aconteceria caso uma lei anti-Jabá passasse a vigorar amanhã neste paraíso tupiniquim, mais conhecido como a terra do jeitinho? Uma saída poderia ser a criação de mecanismos que deixassem mais claro quando e onde a gravadora pagou para que determinado artista tocasse numa rádio.
Há alguns anos (em 1997, acho), saiu um artigo na Time (reproduzido aqui em português pela Folha de S. Paulo) dando conta que nos EUA algumas gravadoras estavam comprando espaços musicais em emissoras norte-americanas, mas de uma forma transparente, pois logo depois que uma determinada música era tocada ia ao ar uma vinheta informando a qual CD ela pertencia. Ou seja, era quase um comercial. Não sei dizer se essa prática vingou lá, mas por que não tentar copia-la aqui no Brasil? O ouvinte daqui deve ter o direito de saber aquilo que lhe estão empurrando goela ( ou ouvido) abaixo. Se ele gostar, que consuma, como acontece com qualquer outro bem de consumo.
No ano passado eu tive a oportunidade de entrevistar o radialista Roberto Maia, ex-diretor da Rádio Brasil 2000 FM. Seu pensamento sobre esse assunto vai na linha da transparência: "Se tudo fosse às claras, não existiria corrupção. "
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segunda-feira, junho 16, 2003
Para esse início de semana quero reproduzir trechos de dois textos bacanas que li na Internet e que servem para uma reflexão acerca do estágio atual que vive o jornalismo.
Um deles, é o editorial de Marcelo Costa, do site ScreamYell.
(...)
Seja picuinhas entre grandes tubarões e o governo federal, seja uma crise que têm no alto custo do papel seu maior vilão, dois dos maiores jornais brasileiros (e da América Latina) anunciaram violentos cortes (Folha e Estadão) e o cenário começa a brilhar nessa telinha que você está olhando agora: a internet.
Mais: muitos profissionais da área de cultura, tanto em palestras quanto em conversas de bar, assumem: se você quer informação, procure um e-zine. Eu estou falando sério!!! Editores de cadernos de cultura da imprensa escrita já assumem que o espaço que eles têm para falar sobre determinado assunto não consegue abrigar toda gama de informações e que em um e-zine o leitor terá muito mais espaço, variedade e (por que não?) honestidade.
Espaço porque quem vem em um site como o S&Y ler uma matéria, já vem sabendo que encontrará um texto de quatro a dez páginas de Word diferenciado da mídia tradicional. E, pior, se tiver que cortar página, pode se preparar que é o caderno de cultura que vai perder pautas em um jornal.
Variedade porque a quantidade de bons sites de cultura é tão grande que lendo o melhor de cada um, o leitor estará melhor informado sobre música, cinema e literatura do que se assinasse qualquer revista nacional por um ano.
E honestidade porque um e-zine está a serviço do sonho de seus realizadores, tanto editores quando colaboradores. Um e-zine não precisa ficar fazendo média com políticos, não precisa se preocupar no quanto a crítica feita vai influenciar no relacionamento com a indústria (indústria? tá) muito menos posar de sabe-tudo. A história aqui é escrever sobre coisas que gostamos para pessoas que gostam dessas coisas, lerem. Simples assim.
Muita gente teima em afirmar que a descentralização da informação via web é a lápide do jornalismo impresso. Discordo, em termos. E tudo que penso sobre o assunto não cabe em um pequeno editorial mensal, mas basta dizer que a mídia impressa precisa adaptar-se aos novos tempos, buscar novas formas de atrair o leitor, o que inclui boas pautas e bons textos (o que vai contra essa 'limpeza' nas redações, afinal, como um jornalista vai se ater a fazer bons textos trabalhando por quatro, cinco outros). Estão deixando a qualidade de lado e essa sim será a lápide no juízo final. (sic).
Costa, de certa forma, aprofunda alguns tópicos que eu abordei naquele artigo sobre e-zines para o Observatório da Imprensa.
O outro texto é do blog de Alex Maron.
Eu não sou conservador a respeito de comunicação, não. Muitas gente se surpreende quando vê que, embora eu seja jornalista, eu sou a última pessoa a sacanear alguém por conta de algum erro de ortografia. Sim, porque quem é jornalista sabe que erra e muito, todos os dias. Para errar, basta escrever. E no fim das contas, o que importa é a comunicação. Mas não vamos exagerar...
Claro que há erros e erros. Você vê uma palavra e saca logo se o erro é de ortografia ou de digitação. Basta ver uma palavra escrita de um jeito estranho e olhar para o teclado para entender como aquele erro aconteceu.
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domingo, junho 15, 2003
Bomba: emissora de rádio boicota música dos contratados da Warner Music? Motivo? Falta de acordo sobre o valor do jabá. Leia mais a respeito no Ultravox.
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sexta-feira, junho 13, 2003
Nosso amigo Lúcio Ribeiro, em viagem de férias, deve ter se esquecido do assunto "Zero" (ver post do dia 05/06).
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quarta-feira, junho 11, 2003
Comprei a Zero dedicada ao filme Matrix Reloaded, a mesma que gerou todo um bafafá por causa de um texto chupinhado da Folha de S. Paulo escrito pelo Alex Maron, em 1999.
Creio que foi uma decisão ousada derrubar as seções normais da revista para torná-la uma edição monotemática. Ao mesmo tempo, trata-se de uma estratégia arriscada. Isso porque existem dois tipos de leitores: os inteligentes e os nem tanto. Alías, essa é uma característica da vida em geral. Existem pessoas para as quais nem é necessário explicar muita coisa. Meia palavra basta para os bons entendedores. Por outro lado, com outros tipos de pessoas, existe um trabalho maior quando vai se explicar certas coisas (é por isso que se deve ir com calma, principalmente quando algúem aparece com uma idéia nova "genial" e se justifica dizendo que não se pode subestimar a inteligência do leitor). Os leitores inteligentes certamente irão sacar que esta foi uma edição especial num momento excepcional. Já a tribo dos leitores nem tanto inteligentes talvez possa pensar que a Zero mudou de perfil, deixando a música de lado. Quem se decepionar com essa edição só com o filme talvez fique na dúvida se compra a próxima. Apesar de ser o hype do momento, não são todos que gostam da saga Matrix.
A questão do texto chupado (o box da página 39) infelizmente chamou muito mais a atenção do que o restante do conteúdo deste número da Zero. Os textos da Ana Maria Bahiana, uma de nossas melhores profissionais do jornalismo cultural, ficaram em segundo plano. Numa primeira olhada, não associei a hipotética autoria do box à frila que fez o texto principal (ele começa na página anterior), mas isso é uma questão interpretativa de cada leitor. Em alguns veículos a norma é a de que textos não-assinados são de autoria de alguém da redação. Mas esse é o problema: sei disso e consigo fazer essa diferenciação porque eu conheço mais ou menos as técnicas, manjo um pouco desse meio. O restante dos leitores não tem qualquer obrigação de conhecer os meandros da produção de uma revista ou jornal.
Eu torço para que a retratação prometida pelos manda-chuvas da revista possa colocar todas as coisas nos seus devidos lugares. Espero também que esse incidente não seja um empecilho na carreira da jornalista, que foi uma vítima nesse imbróglio todo.
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terça-feira, junho 10, 2003
Está no ar a minha participação na Coluna Vertebral, pendurada no site da Rádio Brasil 2000 FM (SP).
Neste mês, resolvi escrever sobre a nova safra de bandas que tem jornalistas em sua formação. Na verdade, nem é tão nova assim, mas só mesmo lendo o texto para saber de maiores detalhes. O endereço é: http://www.brasil2000.com.br/colunavertebral.php?cls_codigo=8
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sexta-feira, junho 06, 2003
Qual seria a reação do crítico musical Lester Bangs (1948-1982) ao saber que tem gente aqui no Brasil usando seu nome em vão?
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11:11 PM
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Informação do site Comunique-se:
Após dois anos fora do mercado, a 89FM, emissora de São Paulo, prepara o relançamento da Revista Rock, em parceria com a Sisal Editora. A publicação será dirigida por Roberto Pierantoni, que comandava os títulos Oficina Mecânica e Hot, na própria Sisal, com Cláudia de Castro Lima atuando como editora assistente. Contará, ainda, com a colaboração de frilas e da equipe de jornalismo da 89, dirigida por Luciana Curiati.
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10:38 PM
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quinta-feira, junho 05, 2003
Cenas de mais um capítulo da novela sobre jornalismo cultural picareta:
-Num primeiro momento soou um tanto estranho que o Alexandre Matias, em seu Trabalho Sujo 40, dedicasse um bom espaço de sua coluna para falar das aventuras do jornalista Pepe Escobar, na década de 80, reproduzindo trechos do livro "Dias de Luta", escrito por Ricardo Alexandre. Afinal, não é ele o responsável pelos casos já exaustivamente abordados aqui. Pareceu que a intenção era se evitar falar específicamente do que está acontecendo nas últimas semanas. Porém, a mensagem que Matias quer passar é mais ou menos a seguinte: essas histórias vão acabar caindo no esquecimento e o profissional que as proporcionou irá continuar sua carreira normalmente, como se nada tivesse acontecido...até o próximo deslize ético.
Aliás, já está na hora de se dar nome ao boi, não é mesmo? Mas há um probleminha aí: quem pariu a criança, que a embale...(isso remete ao segundo tópico).
-O Lúcio Ribeiro continua com sua colaboração semanal na Pensata, da Folha On Line, mesmo após não ter mais vínculo empregatício com a Folha de S. Paulo. Em sua coluna, que continua sendo colocada no ar em duas fases (uma na quarta e outra na quinta), ele promteu, falar entre outras coisas, da "Zero". Porém, após o "update" da quinta, nada foi escrito a respeito. Será que Lúcio iria comentar algo sobre o box do especial de Matrix Reloaded que a revista plagiou da Folha?
(Aliás, um parêntese: o site Comunique-se não melhorou a nota na qual informou que seu nome estava na lista de demitidos em mais um corte de pessoal praticado pela direção na última semana. Lúcio fez um acordo e vai continuar sim, mas como free-lance, prova disso é que ele já fez duas colunas após ter deixado o jornal e já avisou que a da próxima semana será mandada de Ibiza, na Espanha. O Comunique-se é um bom site, porém, as vezes, deixa a desejar em alguns pontos).
(Outro parêntese: decidi que irei continuar grafando o misto de e-zine e blog Trabalho Sujo, pilotado pelo Matias, desse modo, sem qualquer tipo de alteração, até porque Trabajo Sulho, seu nome oficial, é complicado de pronunciar).
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terça-feira, junho 03, 2003
Aos poucos, o caso de sacanagem jornalistica envolvendo a revista Zero está sendo esclarecido. Uma coisa já é certa. A frila que fez um dos textos sobre o filme Matrix Reloaded NÃO tem nada a ver com o rolo. Tudo indica que foi alguém da redação que pegou o texto feito por Alex Maron, na Folha, e o enxertou na página em que saiu a reportagem dela. Ainda falta um posicionamento oficial da revista, mas este incidente já provocou a saída de uma pessoa importante do staff da Zero. Leia mais a respeito neste post de Maron.
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segunda-feira, junho 02, 2003
Vou reproduzir aqui no blog a mensagem deixada pela Mimi, do Fama, sobre as picaretagens no jornalismo.
Pô, esta história de plágio deveria ser discutida também nas facs de jornalismo...vários colegas meus fazem isso, tanto redigindo matérias e inventando entrevistados, quanto escrevendo trabalhos pra a fac copiados da net.
Um absurdo.
Deixam a ética de lado e se aproveitam do trabalho alheio.
Esta coisa de invenção de entrevistas é velha....tem jornalista que acha que leitor é burro.
No final, ela deixa uma pergunta:
Mas me fala, o que o jornal deve fazer para coibir isto?! Pois se a entrevista for por telefone, dá para gravar, mas se for por e-mail, como saber se a fonte é verídica?!
O que o editor deve fazer para se certificar da veracidade dos fatos?!
Bem, o Émerson Gasperin já deu uma resposta em sua coluna, cujo trecho pode ser lido alguns posts abaixo.
Se eu estivesse no lugar dele não faria nada de muito diferente. Se a entrevista foi gravada, eu faria questão de ouvir ao menos um trecho da conversa. E pedria para ver o e-mail com as respostas e depois, se houvesse alguma dúvida ainda, procuraria uma confirmação com um assessor de imprensa, agente, empresário ou com o próprio entrevistado em último caso. Talvez alguns digam que isso é trabalhoso demais, que o ritmo alucinante do jornalismo não permite que haja uma brecha de tempo para esse tipo de procedimento, mas creio que é melhor perder alguns minutos para essa checagem do que perder a credibilidade da publicação pra vida toda. Digo isso porque em muitos casos nem é o jornalista que vai pagar o pato. Quem leva a culpa, no fim, é a revista ou jornal que publica uma fraude. O leitor comum não se preocupa com nomes de jornalistas, quem assinou matéria x ou y. Enfim, acho que não é necessário nenhum grande ovo de colombo para se precaver de picaretagens. Basta ligar o picaretódromo. É, não tem gente que liga o f***-se? Então, é só usar esse outro aparelhinho.
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sábado, maio 31, 2003
Registros rápidos:
-Você tem boas lembranças dos anos 80? Sente falta daquela década? Então este blog é para você: Saudades dos 80.
-O Nevermind The Bollogs está de volta após um recesso involuntário.
-Vou deixar a dica aqui de três e-zines legais que conheci depois da publicação daquele artigo que eu fiz para o Observatório da Imprensa:
Radar -- Diria que foi uma agradável surpresa ter contato com esta publicação. Se mantiver a qualidade, certamente vai inscrever seu nome ao lado dos e-zines já consagrados. Destaque para o Manual de Sobrevivência em Shows Para Meninas Frescas.
Projeto Casulo -- Mantido "por um coletivo revolucionário que dominará o mundo no ano 2012" cuja base é a cidade de Pelotas (RS). Traz uma entrevista com o violonista Yamandu Costa.
Coquetel Molotov -- É um programa de rádio veculado em Recife que virou e-zine, e dos bons. O chapa Gilberto Custódio Jr. escreveu um texto exclusivo para o site sobre o Dirty, sensacional clássico do Sonic Youth. Para quem estiver curioso, o Colquetel Molotov é transmitido todos os domingos, entre as 16h e as 18h, pela Rádio Teclados FM que opera nos 91,3Mhz.
-O portifólio virtual aí do lado tá pronto. Agora é só ir atualizando.
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Rodney Brocanelli
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E a temporada de histórias chatas no jornalismo cultural está longe de terminar. Desta vez, a protagonista é revista Zero que publicou em sua edição especial sobre Matrix Reload um box sobre as referências pop que permeiam a película. O texto não é original, porém. Foi surrupiado de uma matéria de capa da Ilustrada (caderno da Folha) e de autoria do jornalista Alex Maron. A redação já foi avisada e promete uma retratação na próxima edição.
Eu temo que a figura do free-lance começe a ser vista com desconfiança num futuro próximo por causa dessa e de outras picaretagens.
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sexta-feira, maio 30, 2003
A história das picaretagens jornalisticas (a entrevista com o Julian Casablancas que não houve) levantada pelo Lúcio Ribeiro continua rendendo. Não mais na coluna do próprio Lúcio que resolveu não mais alongar o assunto, o que não deixa de ser frustrante, uma vez que foi ele o primeiro a falar corajosamente sobre esse assunto. Porém, outros jornalistas resolveram dar seus pitacos. Um deles foi o Emerson Gasperin, colunista do Correio Popular e um dos ex-editores da revista Frente (que não volta mais). Como ex-editor da Showbizz, Gasperin relata em sua coluna dois casos em que ele conseguiu driblar a fraude: "Em 2001, no comando da extinta revista Showbizz, este colunista deparou com situação semelhante. Um jornalista (?!) – talvez o mesmo citado por Lucio Ribeiro – ofereceu entrevistas exclusivas com Chuck Berry e Ike Turner. A primeira, via e-mail. Acendeu a luz: e-mail é roubada, a gente nunca sabe quem está respondendo. Mas tudo bem, vamos dar um crédito, até porque o papo com Ike Turner, garantia o sujeito, fora por telefone. Perguntado sobre como obtivera o número do homem que espancava Tina Turner, o descarado disse: “Foi o Chuck Berry que descolou”. Aí, foi só tentar imaginar Chuck Berry teclando “peraí que vou ver onde anotei o contato do Ike no meu caderninho” para perceber que tinha gato na tuba. Um e-mail (para isso sim, serve) para o agente de Ike Turner confirmou: ele nunca havia conversado com o tal jornalista (?!?!) brasileiro".
Só não vou concordar com a desqualificação do e-mail como instrumento para realizar entrevistas. Não é porque um picareta inventou uma entrevista usando como desculpa esse meio é que todas são assim. É necessário lembrar que o e-mail é uma alternativa bem mais simples a um interurbano internacional, cujas tarifas estão os olhos da cara. Gasperin tomou seus cuidados e não caiu na armadilha. Cabe a outros editores procurar se precaver para não passarem carão.
Luciano Vianna, dono do império de comunicações London Burning, também deu a sua palinha: "Reporter do maior jornal carioca entrevista pelo telefone o vocalista da banda que vai ser uma das principais atrações do Rock in Rio. Depois da entrevista, conversando com o editor, lembra que havia esquecido de perguntar sobre o novo álbum do grupo. Então inventa uma pergunta e resposta genérica, tipo: “O que podemos esperar do novo álbum?” – “Uma evolução no som da banda” ou algo assim. Isso acontece sem medo de alguém descobrir, ainda mais porque, em 99% dos casos, entrevistas com artistas estrangeiros são marcadas pela gravadora, que agenda umas 10 entrevistas para todos os veículos do pais no mesmo dia. Então, mesmo que o artista desconfie, ele não é uma máquina para lembrar o nome ou as perguntas de todo mundo que conversou com ele naquele determinado país".
Eu também conheço histórias de jornalistas que "anabolizam" as declarações de seus entrevistados, muitas delas na imprensa esportva. Um conhecido jogador brasileiro (ele atua no exterior) e que só responde a perguntas com frases que não ultrapassam duas linhas, acaba virando um fenômeno de articulação e argumentação após ser entrevistado por um determinado coleguinha. É tudo o que eu posso dizer.
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Rodney Brocanelli
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Aos poucos estou construindo o meu portifólio virtual na seção "eu escrevo em" aí do lado.
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quarta-feira, maio 28, 2003
Laura Mattos informa em sua coluna que alunos da USP vão colocar uma rádio livre no ar. A emissora irá operar dentro do campus e seu sinal pretende atingir a universidade e suas cercanias. Não foi divulgado o nome da emissora. Como rádio livre universitária, ela irá fazer companhia a Rádio Muda, mantida por alunos da Unicamp, e da Rádio Livre DCE, dos acadêmicos da UFScar.
Não é a primeira iniciativa de rádio livre vinda da USP. A mais recente e melhor sucedida experiência nesse sentido foi a Rádio Onze, mantida pelos alunos de direito do Largo São Francisco entre os anos de 1995 e 1997 (conheça um pouco mais de sua história lendo aqui).
Na década de 80, alunos da ECA mantiveram no ar a Rádio Totó Ternura, que tinha uma forte veia humoristica. Seus "apresentadores" eram cachorros famosos. Do seu elenco se destacariam figuras como Lessie, a sexóloga; Rex Humbard, o cão pastor; Rin-Tin-Tin, o cão policial e Snoopy, o correspondente nos EUA. O nome era uma brincadeira com um dos apelidos de Antônio Carlos Magalhães, na época ministro das Comunicações: Toninho Ternura.
Os alunos da USP, ao longo da história, têm tradição de colocar rádios livres bacanas no ar. Tomara que ela seja mantida nesse novo projeto.
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Rodney Brocanelli
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