terça-feira, abril 02, 2002

Ricardo,

Tudo certo?
Comprei a Frente. Aqui no centro de SP tá fácil de achar. Algumas bancas
estão dando uma boa visibilidade a revista. O que eu achei? Em primeiro
lugar, o projeto gráfico está muito bom, privilegiando o texto. Fiquei com
receio de que a Frente fosse dar mais ênfase a parte visual, como uma Trip
da vida, mas do jeito que ficou tá ótimo. Foi ótima a sacada das bandas que
vão buscar inspiração na Corrida Maluca para conseguir seus nomes. O tom da
matéria que você fez com o Rodolfo me agradou bastante. Você não o tratou
como uma excentricidade pelo fato de ter se convertido ao cristianismo.
Rachei o bico de rir quando li que o Matias se referiu ao Thomas Pappon como
um mitológico herói pós-punk. Pois bem, certa vez eu fui de ônibus à casa
desse mito para entrevista-lo e ele ainda me ofereceu uma cerveja..he he he
Entendo que se quis reforçar a importância do Thomas na cena independente
dos anos 80, mas acho que a expressao usada pelo Matias não combina nada com
o Fellini, que primava pela simplicidadade tanto na música, como na atitude.
Pena quee no CD não tenha dado para colocar uma faixa deles.
Notei que a Frente não tem entrevistas em pingue-pongue, mas tambem isso não
fez falta. A combinação de aspas com perfil (vide os textos com Marcelo D2,
Rodolfo e Los Hernamos) ficaram legais.
Enfim, vocês produziram um biscoito finissmo e estão de parabéns por isso.
Todo mês estarei lá enchendo a paciência do jornaleiro para comprar.


Esse foi o mail que eu passei ao Ricardo Alexandre, um dos editores da revista Frente, uma das novas publicações sobre música que estão saindo do forno.
Só para explicar. O Matias a quem eu me refiro é o jornalista Alexandre Matias que assinou a resenha na revista do álbum "Amanha é Tarde", novo lançamento do Fellini em dez anos.
A Frente será bimestra, coisa que eu não me lembrei quando escrevi o mail ao Ricardo Alexandre.
Bem, taí o que eu achei da revista. Cabe a nós agora zelar pelo seu sucesso.

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