Ando meio sem saco para escrever. Portanto, estou sacando algumas coisas do meu arquivo e postando no blog. É melhor do que ficar dias sem colocar nada aqui. O texto abaixo eu escrevi por conta dos shows do U2 no Brasil, em 1998. Iria sair no zine Quex, mas acabou não sendo publicado, não lembro por qual motivo. Deve ser pelo fato de estar ruim demais.
As lágimas de Bono
A organização dos shows brasileiros do U2 foram uma veradadeira comedia de erros. Comecou com o comercial da Skol que colocou uma banda cover para representar a banda e culminou com o engarrafamento e o tumulto na porta do autodromo de Jacarépaguá. Alias, o staff dos irlandeses nao engoliu até agora a mudança do local reservado para o show no Rio. Duvido que eles voltem, mesmo se o próximo show for intimista.
Assisti ao show do U2 em São Paulo pela televisão. Nada como o conforto de casa. Você pode ir a geladeira e pegar uma Coca-Cola sem maiores problemas. O maximo de incômodo é ouvir o comentario da mãe dizendo que refrigerante engorda.
O show? Bem, foi legal. Nao foi o show do milenio como apressadamente disseram alguns. O ponto alto foram os clássicos mesmo, nao dá para discutir. O material antigo deles é muito melhor que o atual e isso é normal para uma banda está na estrada há tanto tempo. O que será que os Beatles estariam fazendo hoje se não tivessem se dissolvido? Será que seria tão legal quanto os classicos com mais de trinta anos?
Um momento me chamou particularmente a atenção. A voz embargada de Bono ao cantar "With or Whitout You". Lembrem-se de que ele antes pegou uma menina da platéia e os dois ficaram abraçados por um bom tempo. Depois, Bono deitou a cabeça no colo dela. A grande questão é o que teria feito Bono se emocionar naquela hora? E outras perguntas surgem. Foi um momento tão especial assim? Ele chora assim mesmo nos outros paises pelos quais o U2 passou?
Na hora tudo aquilo me pareceu verdadeiro, mas posso estar enganado. Pode até ter sido uma atitude fake dele, mas foi o melhor momento do show, sem dúvida. Ganhou da música, da parafernália toda. Às vezes, a emoção vale muito mais do que essas coisas.
quinta-feira, maio 16, 2002
Postado por Rodney Brocanelli às 5:01 PM
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