sábado, novembro 30, 2002

Oba, é bom abrir o seu jornal on-line preferido e ler boas notícias. A volta do Metrô, uma banda legal dos anos 80, é certamente é a melhor desse fim de ano. Quem é trintão deve ter curtido muito a voz de Virginie, uma franco-brasileira afinadissima. Os músicos não ficavam atrás e dessa combinação tivemos uma dos poucos conjuntos a fazer uma mistureba eletrônica bem bacana, com ecos de pop e rock progressivo. Se não estou enganado, eles lançaram apenas um disco, mas com pelo menos uns cinco ou seis hits: "Olhar", "Beat Acelerado", "Cenas Obscenas", "Johnny Love", "Sândalo de Dândi", "Ti-Ti-Ti" e mais uma outra que me foge da memória. Para o público, tudo corria as mil maravilhas, mas internamente as coisas não andavam bem. Todos na banda não estavam satisfeitos em produzir um "pop-juvenil", queriam fazer algo, digamos mais "sério". Quem tem alguma dúvida disso, é só procurar ouvir o álbum chamado "Déjá-vu", que lançaram após quase 15 anos, que pega mais pelo lado da bossa-nova e da MPB.
É uma pena que eles reneguem um pouco o passado. Apesar de fazerem uma tipo de música voltado para o consumo popular, o trabalho tinha uma alta qualidade. É uma velha distorção que existe entre muita gente entre público, artistas e imprensa: a de achar que pop é pecado, o que não é verdade. É possível fazer canções de consumo popular com qualidade.
"Déjá-vu" traz regravações de "Beat Acelerado", "Sândalo de Dândi" e "Johnny Love". Pedro Alexandre Sanches, crítico da Folha de S. Paulo diz que são versões definitivas. Sei não. Acho que aquele primeiro álbum lá de quinze anos atrás deveria ser relançado para o confronto direto. Mas é bom saber que o Metrô voltou a circular. Sejam bem-vindos de volta.

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