segunda-feira, janeiro 06, 2003

"Cadê as Rádios Piratas?", pergunta meu amigo Gilberto Custódio Jr. na seção News do zine Esquizofrenia. Essa é uma curiosidade que eu também tenho. São Paulo está infestada por centenas de emissoras clandestinas, mas o perfil de 99,99% delas que está no ar é de dar pena. Algumas delas estão na mão de grupos religiosos, outras na mão de pessoas que querem ganhar um troco fácil vendendo anúncios e espaço de programação, mas sem se importar com a qualidade do conteúdo, copiando o modelo das emissoras de sucesso. Rádios como a Onze são cada vez mais raras.
O dial paulistano está sobrecarregado a cada dia que passa. Um dos motivos é a explosão das rádios clandestinas das quais eu falei. Outro, é o fenômeno das "rádios que andam", revelado pela jornalista Laura Matos, na Folha de S. Paulo. São emissoras cuja concessão pertence a cidades próxmas a de São Paulo, mas que, devido a um tipo de artifício jurídico, acabam vindo operar a partir daqui mesmo, de olho nas verbas do mercado publictário. Um exemplo é a veneranda Kiss FM, dedicada ao "classic rock". Oficialmente, ela é de Arujá, mas sua sede está localizada na Av. Paulista. Quem perde são os arujaenses Eles ficaram sem rádio que atenda aos seus interesses.

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