terça-feira, fevereiro 04, 2003

Acrescentei mais dois blogs para a lista aí do lado. Um é de contos e se chama O Livro Imaginário, alías, os blogs literários estão cada vez mais em alta. O outro é o Never Mind The Bollogs, de alguém que assina como The Unberable, mas que tem boas idéias e faz boas análises sobre música. Confiram.
Antes de terminar, um recado. Eu não sou o tipo de blogueiro que faz campanha por troca de links. também não tenho nada contra quem o faça, afinal um pouco de divulgação não faz mal a ninguém e penso que a intenção de cada um é ser lido pelo maior número possível de pessoas, o que é legitimo, mas desde que sem exageros. Se alguém aí gostar do meu blog e achar que deve fazer parte de sua lista de links, agradeço e fico muito honrado com isso. A única coisa que peço é que me avise, até para eu poder conhecer o trabalho de quem está me linkando e, se for o caso, retribuir a gentileza, ok?

De vítima a vilã. É assim que Joseane, a quase ex-Miss Brasil e participante do Big Brother Brasil 3, vem sendo tratada pela imprensa nos últimos dias. No caso de sua saída do programa (o lado vítima), o problema nem tanto foi seu comportamento e uma possível rejeição do público, como pensa o solerte colunista de TV do UOL. Ela pode agir da forma que bem entender, iniciar e terminar relacionamentos a hora que quiser. O que pegou mesmo foram as bobagens que Josi disse. Ela poderia ter sido bem mais elegante ao comentar sobre o beijo no Dilsinho, a partir daquela provocação de Pedro Bial. E também poderia ficar quieta em vez de soltar a grande pérola: "eu te fiz um favor", ao explicar para o Mad Max brazuca o que a fez ir trocar saliva com ele. Existem tantas justificativas para serem usadas num caso como esse: "olha, não rola...não tem química...não dá liga", qualquer uma delas estaria de bom tamanho, mas fazer o que...a moça preferiu falar a primeira coisa que lhe veio à cabeça. Como já dizia o velho deitado (e esse não fala bobagens): em boca fechada não entra mosquito.
Ah, mas a saga de Josiane não acabou. Agora, ela se transformou na inimiga pública número um do país por conta de ter fraudado sua inscrição no concurso de Miss Brasil, informando que era solteira, quando essa não é a sua real condição. A organização deverá tomar as devidas providências e o título deverá ser cassado, mas acho que isso nem deve estar tirando o sono de Josi. Afinal, mesmo não ganhando o prêmio máximo, ela participou de um outro concurso que garante uma visibilidade muito maior na mídia (ainda que por apenas algum tempo).
Para terminar, confesso que não fui muito com a cara da Josi. Ela tem um jeitão meio de quem se acha "a última bolacha do pacote" que não me agrada. Um pouquinho de humildade, as vezes, faz bem.

segunda-feira, fevereiro 03, 2003

Uma das primeiras boas notícias que recebi nesse ano foi a continuidade de minha colaboração com o site da Rádio Brasil 2000 FM (SP), na seção Coluna Vertebral.
A primeira coluna dessa nova série já está no ar, falando um pouco mais sobre a volta da banda Metrô. Confiram.

Uma polêmica tem agitado o movimento de rádios livres brasileiro. E ela se inicia numa expressão utilizada por Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, numa de suas mais recentes colunas sobre rádio. O uso do termo "rádios do mal" não foi bem digerido por cetros setores, justamente aqueles mais à esquerda. Na verdade, foi uma tentativa da jornalista de mostrar que dentro do movimento existem os picaretas, aqueles que montam suas emissoras com duvidosas intenções.
Para quem não sabe, as rádios livres no Brasil começaram como uma diversão. Estudantes de eletrônica montavam transmissões caseiros a partir de esquemas que vinham de revistas estrangeiras. Com o passar dos anos, a coisa ganhou um caráter mais ideológico, principalmente com a entrada de estudantes que colocavam as suas emissoras como uma forma de protesto contra a situação sócio-econômica do país e também contra a política de concessões dos governos da época.
O caráter dessas emissoras era efêmero. As transmissões aconteciam quase sempre à noite, uma forma de driblar a fiscalização e de fugir de eventuais processos.
O divisor de águas do movimento de rádios livres no Brasil foi a absolvição do jornalista Léo Tomáz, que teve os equipamentos da sua Rádio Reversão apreendidos, isso em 1994. Foi aberto um processo contra ele com base na Lei de Telecomunicações. A sentença do juiz Casem Mazolum abriu um precentente histórico em processos desse tipo e isso fez com que o medo de se colocar uma rádio clandestina no ar diminuisse. Os riscos de apreensão e de um processo continuavam, mas as chances de sair livre cresceram.
O que se viu, a partir de então foi uma verdadeira explosão. O número de rádios piratas aumentou em proporções nunca vistas na história da radiodifusão mundial. Porém, como em tudo na vida, nem sempre quantidade signifca qualidade. Muitas estações bacanas foram colocadas no ar, assim como rádios de gente oportunista também.
Quem acompanha o trabalho de Laura Mattos com a devida atenção e sem aquele viés ideológico que caracteriza a esquerda radical percebe que ela tem procurado fazer essa diferenciação. É uma forma de mostrar ao público que existe o joio e o trigo e, como tal, devem devidamente ser separados. Muitos defensores das rádios livres, no entanto, preferem varrer para baixo do tapete todos esses problemas Querem pintar um quadro cor-de-rosa, quando isso não condiz com a realidade. O que se vê por aí são emissoras com um perfil cada vez mais comercial, reproduzindo o modelo vigente das emissoras oficiais e sufocando propostas interessantes. Afinal, o espéctro eletromagnético não comporta a todos.
O pior de tudo é o discurso desses setores de esquerda. Para eles, a grande mídia combate as rádios piratas, etc, quando na verdade não são todos os orgãos que fazem isso. A Folha procura ter uma cobertura equilibrada, postura que não é adotada pelo Estadão, por exemplo, até por causa das emissoras de rádio que pertencem ao grupo (e também pela própria linha do jornal, mais conservadora, etc), mas ninguém consegue enxergar isso (e vá se tentar explicar isso para algum deles...) A ideologia acaba distorcendo a visão dos fatos, infelizmente. Isso é que gera polêmicas como a gerada com Laura Mattos. É energia dispendida para o alvo errado. Na verdade, o que deveria ser combatido era a proliferação de gente oportunista dentro do movimento de rádios livres.

sexta-feira, janeiro 31, 2003

Tava lendo o editorial do Esquizofrenia sobre o imbróglio todo do zine com a hpG. Foi um show de arrogância e prepotência por parte da empresa de hospedagem. Se o zine estava praticando spam, que pelo menos mostrem provas. Em vez disso, preferiram se esquivar com a seguinte afirmação: "O hpG possui um sistema automático de remoção de sites que detecta todas as "home pages" que não estão de acordo com o nosso Termo de Serviço". A confiança que a hpG demosntra na sua tecnologia é enorme, como bem atesta o pronunciamento oficial (será que não é um eufemismo para a palavra preguiça?), mas sistemas automáticos também são capazes de falhar.
Como eu disse há alguns posts, tudo não passou de um mal entendido que a falta de habilidade da hpG transformou num incidente chato. Pensando bem, por que cobrar um outro tipo de postura por parte deles? Afinal, a receita não vem das hospedagens, uma vez que elas são gratuiutas, mas sim de anunciantes. Aposto que se a treta fosse com um patrocinador, a coisa seria tratada com toda a diplomacia possível.

Alguém aí já reparou que de vez em quando sempre surge alguma novidade no que diz respeito a Beatles? Uma delas foi o pacote Anthology, com uma série de três CDs, um livro e uma série de televisão. A mais recente foi 1, CD que reuniu todos os sngles que foram primeiro lugar nas paradas de sucesso. Quando todos imaginavam que nenhum coelho iria mais sair dessa cartola, eis que surge a novidade: uma nova versão de Let It Be vai ser lançada ainda nesse ano. A grande novidade fica por conta da supressão dos arranjos feitos pelo produtor Phil Spector para três canções: "I Me Mine", "Across The Universe" e "The Long and Winding Road". No caso dessa última, a intevenção de Spector foi mais radical, colocando um arranjo orquestral por cima de uma belíssima balada (um quase blues) de Paul McCartney. Quem assistiu a série na tv sabe bem do que eu falo. Phil Spector era um gênio, isso todos devem reconhecer. Ele é responsável por uma série de sensacionais contribuições à música, mas errou a mão ao trabalhar com a maior banda de rock de todos os tempos.
Do ponto de vista artístico, essas mudanças são mais que bem-vindas, porém uma série de duvidas ficam em suspensão no ar a partir de agora: por que não decidiram lançar essa nova versão há mais tempo? Sera apenas mais um factóide para manter o interesse na banda e criar um novo item de consumo para seus fãs? O que pode vir mais por aí? Faixas inéditas que foram esquecidas em algum canto dos estúdios Abbey Road ou gravações inéditas feitas na Cavern Club? Eu nunca esqueço a manchete de um artigo públicado na Folha de S. Paulo e assinado por Paulo Francis logo após a morte de John Lennon: "Cinco tiros abrem novos negócios".

Oba, durou menos que se esperava o recesso da versão on line do Esquzofrenia. Por um motivo besta qualquer, a HPG acabou tirando o site mantido pelo Gilberto Custódio Jr. sem mais nem menos. Para quem tenta acessar a antiga URL, há a explicação que foi desrespeitado um dos termos de serviço. Só que a retirada foi arbitrária e não foi dada uma chance de Custódio para se defender (e tudo não deve ter passado de um mal-entendido) e ao menos tentar um acordo. Azar do HPG que perdeu um excelente site. Infelizmente, esses serviços gratuitos são assim mesmo. Seus mantenedores acham que podem fazer tudo e mais um pouco. Mas há males que vem para bem. Toda essa confusão fez com que o Esquizofrenia ganhasse um endereço próprio: http://www.esquizofreniazine.com.br Ainda faltam pequenos ajustes, é verdade, mas em breve tudo estará redondinho e o leitor poderá acompanhar um dos melhores zines de indie rock em língua portuguesa.

quinta-feira, janeiro 30, 2003

Essa notinha da coluna do Lúcio Ribeiro me fez pensar:

MAIS LITERATURA - Moda no new journalism tupiniquim, escrever textos literários sobre acontecimentos do nosso mundo pop virou mania na cena indie nacional. Estamos já na espera de pensatas sobre a Gisele vestida de homem no SP Fashion Week ou sobre a morte besta do talentoso rapper Sabotage.

Até onde eu sei, grande parte dos nossos jornalistas indies tem uma forte influência da escola Gonzo Journalism, cujo maior representante é o doidão de pedra Hunter S. Thompson. A grande diferença, pelo que li por aí, é que no gonzo, o repórter participa das ações e acaba interferindo na realidade. Já o new jornalism é uma mistura de jornalismo com lieteratura. Com isso, o qual o autor procura dar um molho a mais na narrativa. O maior expoente desse estilo é Gay Talese, que escreveu "O Poder e o Reino", contando histórias de bastidores do jornal "New York Times". Alías, já está mais do que na hora de alguém fazer algo semelhante por aqui. Quem se habilita?
Voltando a nota do Lúcio, será que ele trocou as bolas ou o gonzo é um estilo derivado do new journalism e o rótulo a essa nova tribo (os jornalistas indies) estaria certo? Esclarecimentos aqui no sistema de comentários deste blog.

Há uns cinco eu escrevia uns textos bem toscos e ingênuos. Não sei se alguma coisa mudou de lá para cá, mas deixo aqui para comparação e possível julgamento um artigo meu sobre rádios piratas publicado em 1997 na versão on line do Brujeria, zine do Bruno Privatti.

terça-feira, janeiro 28, 2003

Ué, o que aconteceu com o zine Esquizofrenia?

E eis um comunicado oficial da revista Frente:

“A Frente NÃO acabou. Ao menos não no sentido em que uma revista acaba: com o burocrata chamando os jornalistas em sua sala acarpetada e dizendo: ‘vamos descontinuar o título, porque as vendas... as entradas publicitárias... os anunciantes... etc etc etc’. Somos três jornalistas movidos pela idéia de que é possível fazer jornalismo de nível num veículo independente falando sobre nova música porque acreditamos que é aí que estão as pautas mais interessantes. Infelizmente, o número de bloggueiros e indie-kids que nos cobra o quarto número da Frente parece ser muito maior do que os que efetivamente compraram as três primeiras edições – um sinal de esperança aos tempos futuros, talvez? De qualquer forma, tínhamos um acordo de 3 edições coma Editora Ágata, que o cumpriu da maneira mais cavalheiresca, profissional e leal possível, mas que tem coisas mais urgentes com que se preocupar além da salvação do pop nacional. Assim, estamos repensando a Frente em toda sua abrangência: formato, concepção editorial, número de páginas, papel, etc, para adapta-la à realidade e interesses de possíveis novos parceiros. E, paralelamente, desenvolvendo novos projetos individualmente (como o meu livro, ‘Dias de Luta’, ou o festival virtual em Porto Alegre dirigido pelo Marcelo Ferla) ou como núcleo de criação. Aguardem novidades para breve.”

Só discordo de uma coisa: o número de compradores da Frente nas bancas deve ter sido bem maior que o das tribos citadas no comunicado. Creio que esse exagero se deva a algum tipo de mágoa por causa das cobranças de uma explicação oficial sobre o futuro da revista (algumas delas aqui no Onzenet). No mais, desejo que a revista volte firme e forte, aproveitando a boa experiência das três primeiras edições. Se eu fosse chamado a sugerir algo, diria apenas para mudar o título da publicação.

domingo, janeiro 26, 2003

Dica que eu estou surrupiando do blog de meu chapa Inagaki

Blogueiro profissional. Esta expressão, aparentementemente uma contradição em termos, pode vir a se tornar realidade. Quem está por trás dessa proposta é Sérgio Charlab, um dos primeiros jornalistas especialistas em Internet no Brasil. Ex-editor da revista Internet World, Charlab atualmente é editor-chefe da versão brasileira da revista Reader's Digest. Para concorrer a uma vaga de "blogueiro profissional", basta visitar o Professor Blog e seguir as instruções do post de 13 de janeiro. Faça como eu: inscreva-se e passe a notícia para frente!

Talvez o Charlab queria publicar na edição brasileira da Seleções alguma coisa bacana que tenha saido nos blogs, mas isso é um palpite. Vamos esperar para ver no que vai dar isso. Eu também já me inscrevi.

sábado, janeiro 25, 2003

Eu sempre fiquei com um pé atrás em relação aos números da audiência de televisão divulgados pelo Ibope. Mas o que eu li hoje me estarreceu. Como pode o SBT, transmitindo a mesma partida do Campeonato Paulista de futebol que a Globo, ficar apenas na quarta colocação do ranking, conforme publicado pelo Estadão? Segundo, os dados divulgados, o jogo entre Santo André x Santos no canal do sr. Sílvio Santos ficou na quarta colocação, atrás de uma reprise do programa Raul Gil (!), na Record, e do Sabadaço, da Bandeirantes, apresentado pelo Gilberto Barros.
A estranheza se torna maior ainda quando lembramos que há em curso uma guerra guerra entre Globo x SBT pelos direitos de transmissão do Paulistão-03. Nem vale a pena analisar o mérito da questão, mas outro ponto a se estranhar é o fato de Eduardo José Farah, o todo-poderoso presidente da Federação Paulista de Futebol, tirar licença do cargo bem no meio dessa confusão toda.

sexta-feira, janeiro 24, 2003

Se nada der errado, ainda neste primeiro trimestre do ano a discografia da banda Zero será relançada em CD pela EMI. A banda fez um enorme sucesso no ano de 1986 com os hits "Agora eu Sei", que conta com a participação nos vocais de Paulo Ricardo (RPM), e Formosa, extaídos do EP "Passos no Escuro", que aliás foi um de meus votos na eleição dos melhores álbuns do rock brazuca para a revista Zero. No ano seguinte, lançaram o injustiçado "Carne Humana", que traz "Quimeras" e "A Luta e o Prazer". Pouco depois a banda encerraria suas atividades, voltando no ano retrasado com o CD retrospectivo "Eletro-Acústico".
Na época, muita gente acusava o Zero de pegar carona no carisma de Paulo Ricardo, que naquela época era a coqueluche do momento. Outra tremenda injustiça. Uma das coisas que mais chamava a atenção no trabalho da banda era a qualidade das letras. "Vou trocar a meia-noite/Pela luz do teu olhar", da música "Passos no Escuro" é um belo exemplo disso. Quem sabe alguns baluartes do rock dos anos 90 e do ano zero também (a década cujos dois últimos algarismos terminam em zero) aprendam um pouquinho. Não se trata de um saudosismo barato, mas a verdade é que, excetuando Los Hermanos, a qualidade das letras e as temáticas escolhidas deixam muito a desejar, mas esse é um outro papo.

quinta-feira, janeiro 23, 2003

Eu ia fazer um post para elogiar a TV Cultura que estava com uma programação redondinha. Porém, lendo o Advillage descubro que o Musikaos irá sair do ar (um dos poucos programas que dava espaço para o rock independente nacional) e o Vitrine será reformulado, com uma mudança radical na equipe. Saem os repórteres Rodrigo Rodrigues e Fernanda Danelon. Marcelo Tas fica. No caso do Musikaos, a emissora alega que o próprio apresentador Gastão Moreira foi quem pediu para sair, pois está de mudança para Florianópolis (mas não daria para vir a São Paulo apenas para gravar o programa?). Mas o restante das mudanças se deve mesmo a probelmas orçamentários, o velho calcanhar-de-Aquiles da emissora, que conta com verbas do governo do Estado de São Paulo para sobrevivier.

Bom, eu tenho uma informação sobre a revista Frente, mas cansei de esperar um sinal verde para divulga-la. Se ela se confirmar ou não, só o tempo vai dizer. Na verdade, a revista não acabou, conforme foi alaerdeado em algumas listas de discussão da Internet (informação que eu publiquei aqui também). O que terminou foi o contrato da Editora REM, responsável pelo conteúdo, com a Editora Ágata, que era encarregada da infra-estrutura. Nele, estava previsto o lançamento de três edições da Frente, o que de fato aconteceu. O problema é que ainda não houve tempo das duas partes se reunirem para falar sobre um novo contrato. Os sócios da REM acabaram se enredando em outras atividades. O Ricardo Alexandre, por exemplo, esteve as voltas com o lançamento de seu livro sobre o rock nacional, "Dias de Luta". Mas isso não significa que o projeto da revista morreu. Se tudo der certo, ela pode ter continuidade na própria Ágata. Caso contrário, o jeito será procurar um outro parceiro.

Descoberta a verdadeira vocação do jornalista Alexandre Matias. Esqueçam o crítico musical. Agora ele mostra uma nova (e possívelmente bem-sucedida) faceta ao analisar a era FHC e a expectativa da era Lula no site Fraude.

Laura Mattos, em sua coluna de rádio na Folha de S. Paulo, fala um pouco mais da primeira apreensão de uma rádio pirata no governo Lula.

quarta-feira, janeiro 22, 2003

A Flávia Durante, em seu blog, traz num de seus posts recentes um "clap!" para esse texto da Xênia Bier. Aos desinformados de plantão, nos blogs em geral, esse clap singifica concordância com aquilo que foi escrito e linkado. No caso, Xênia desce o malho (com justiça) no cantor Latino, cujo esporte preferido na atualidade tem sido detonar em público a sua ex-esposa, Kelly Key.
Xênia tinha um programa de televisão muito prestigiado nos anos 70 e exibido pela TV Bandeirantes. Era bem diferente desses programas femininos que infestam a programação diurna das nossas emissoras. Primeiro, porque era calcado totalmente em cima do carisma da apresentadora, não um balcão de merchandisings e tinha muito mais conteúdo. A atração era um tanto arrojada para sua época (segunda metade da década), com Xênia entrevistando personalidades da área de saúde, como o Dr. José Angelo Gaiarsa (aliás, ele outro dia foi convidado pelo Provocações, da Cultura). Certa vez, Xênia entrevistou Caetano Veloso, mas não foi aquela coisa formal que se vê nos programas de hoje. A conversa aconteceu com os dois esparramados num monte de almofadas espalhadas pelo chão do estúdio (será que a Bandeirantes ainda tem essa fita?)
O programa saiu do ar em 1980, logo depois que Walter Clark assumiu a direção artística da emissora. Clark fez várias alterações na programação e sacou o programa de Xênia, numa atitude que, depois se mostrou desastrada, como todas as que tomou no comando da Bandeirantes, alías. Ela teve experiências em rádio comandando programas na Globo e Capital e passagens efêmeras em outras emissoras de televisão. A mais recente delas foi na Gazeta, no ano de 1998.
Fora da tv, Xênia conquistou mesmo seu espaço na imprensa escrita. Há algum tempo, mantém uma coluna na revista Contigo, onde faz críticas de televisão e fala também sobre comportamento. Ela não é muito bem-vista em algumas áreas do jornalismo intelectualóide, que a taxam como brega, ultrapassada e coisas do gênero, mas de qualquer forma, Xênia está aí firme e forte e a Abril está de parabéns por tê-la trazido de volta.

O Lúcio Ribeiro é um cara bacana e um dos melhores jornalistas de cultura pop da atualidade. Porém, confesso que a cada dia tem sido irritante tentar ler a sua coluna no canal Pensata, da Folha On Line, e se deparar com recados desse tipo. Se ele não tem mais tempo ou tesão de se dedicar a essa tarefa, que passe adiante. Muito melhor do que enrolar o leitor.
Antes que interpretem mal essa minha manifestação, quero deixar aqui o nome de dois possíveis substitutos para o Lúcio: Alex Antunes e Álvaro Pereira Jr.

 
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