quinta-feira, outubro 24, 2002

Recebi de um amigo a notícia abaixo que foi publicada no Comunique-se. Estou reproduzindo os trechos mais relevantes.

Esquerda brasileira terá jornal
Após três meses de intensas articulações, que envolveram diretamente o líder João Pedro Stédile do MST e dezenas de movimentos populares de todo o Brasil, a Esquerda brasileira decidiu lançar seu próprio jornal, tendo por objetivos: expressar uma visão de esquerda sobre os fatos e a realidade brasileira e uma visão de solidariedade internacional entre os povos; ser plural nas idéias mas comprometido profundamente com os interesses de transformação social do povo brasileiro; servir de subsídio, com informação e reflexão para toda militância social do país; estimular as lutas sociais, os movimentos de massa e o engajamento político dos leitores; e promover permanentemente os valores humanistas e socialistas.
(...)
Será um jornal semanal de abrangência nacional, com 24 páginas, 100 mil exemplares e equipe própria e profissionalizada. Seguirá um modelo de gestão praticamente inédito em termos de Brasil: a redação vai se reportar a um Comitê Editorial integrado por até 12 pessoas, representando os movimentos e forças sociais que dão suporte ao projeto; este Comitê, por sua vez, seguirá a orientação de um Conselho Político mais abrangente, composto por aproximadamente 80 participantes dos mais diferentes setores e que se reunirá a cada três meses; e atuando como base do projeto os Comitês de Apoiadores que serão criados em todo o País, com a missão de fortalecer a obtenção de recursos, de estimular a participação de colaboradores e de viabilizar a distribuição local.
(...)
O nome já está escolhido - Brasil de Fato - e o editor-chefe também - José Arbex Jr (arbex@uol.com.br), colega com passagens por importantes veículos de comunicação do País, atualmente integrando a equipe de editores da revista Caros Amigos, e a quem caberá a montagem da equipe tanto de contratados quanto de colaboradores. Uma das editoras também já acertou com o jornal: Áurea Lopes (ex-DCI e Plano Editorial), que vinha participando também do planejamento do projeto. Serão, ao todo, quatro as editorias: Nacional (política brasileira e economia); Internacional (política e economia); Cultura e Esporte (nacional e internacional).
(...)


Depois de ler essa nota imaginei como seria um jornal nos mesmos moldes mas com tendências direitistas. Nesses meus delíros, já tenho formado até a equipe. Sandro Guidalli seria o editor-chefe, Olavo de Carvalho o seu publisher e Janer Cristaldo o editorialista principal.

Peguei isso aqui no blog da Cecília Giannetti, que revelou a farsa do modelo-ator que iria participar de um filme produzido por David Lynch. Para quem tem preguiça de clicar no link, eu explico. É um bannerzinho dedicado aos jornalistas profissionais que trabalham em prestigiosos orgãos de imprensa e que, de vez em quando, "pegam emprestado" algumas notas que lêem em blogs. Acho que vários blogueiros tem uma história de posts e notas que vão parar nas páginas de jornais, revistas e sites de informação sem o devido crédito. Eu tenho a minha, que já foi devidamente contada aqui. Se pintar alguma novidade volto a ela. Mas o recado está dado: muitos blogs têm servido de preciosa fonte de informação para profissionais da grande imprensa. Os bacanas das redações posam de heróis e os blogueiros ficam apenas com os calos das mãos.

quarta-feira, outubro 23, 2002

Um de meus orgulhos jornalisticos neste ano de 2002 foi ter apresentado as duas novas revistas de música e cultura pop, Frente e Zero, através de entrevistas publicadas no site Euqueromais com seus responsáveis. Através delas, muita gente pode conhecer melhor as propostas editoriais de cada uma, enquanto a imprensa tradicional fazia apenas uma superficial cobertura sobre seus lançamentos. Passada a expectativa da estréia, tanto a Frente como a Zero foram obrigadas a mudar de rota para continuar sobrevivendo. Leia mais a respeito neste texto publicado no Observatório da Imprensa e escrito por mim.

segunda-feira, outubro 21, 2002

E a farsa do modelo-ator que espalhou para metade dos nossos cadernos culturais da grande imprensa que iria participar de um filme produzido por David Lýnch continua a ser desmascarada. Agora foi a vez da Folha dar algo a respeito.
A Ciça deveria ganhar um prêmio Esso de Jornalismo por ter cantado essa bola antes.

Eu estava para falar do Tema Blog há algum tempo, mas sempre acabava esquecendo (falha minha!). É uma iniciativa do jornalista Raphael Perret em manter um banco de dados com links para artigos que falem de blogs. Visita obrigatória para quem se interessa pelo assunto.

sábado, outubro 19, 2002

O caso Regina Duarte ainda está rendendo. A atriz deu uma entrevista a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, e disse ter tocado "num nervo exposto". Ela se considera patrulhada por causa do tom das críticas que diz ter sofrido, mas não se mostra arrependida do que fez.
Essas declarações de Regina e mais a particpação de Beatriz Segall no horário eleitoral da últma sexta feira só reforçam a tese levantada aqui neste blog (ver post do dia 18/10) de que o PT, seu colaboradores e eleitores morderam a isca direitinho. A campanha de Serra, a partir de agora, irá fazer um belo carnaval em do fato de que seu adversário (e todos que estão com ele) não toleram críticas. A escolha de uma artiz que tem no currículo uma vilã bem marcante como Odete Roitman não foi por acaso.
Uma coisa que eu reparei através do Toplinks. Vários colegas blogueiros, ao abordar o caso Regina, se dedicaram apenas a dar links para textos contendo manfestações contra a artiz, outros que rebatem a sua tese e até mesmo um "site de ódio". Porém, até agora os coleguinhas não abriram links para textos mais sensatos, como o de Kenney Alencar, da Folha On Line.
Para quem ainda não sabe, o Toplinks é um serviço que mapeia links dados em blogs nacionais. É uma ótima maneira de saber quais são os assusntos do dia no mundo blogueiro.

sexta-feira, outubro 18, 2002

Ainda sobre a polêmica em torno da participação de Regina Duarte no horário eleitoral, o site Folha On Line traz um artigo do jornalista Kennedy Alencar. O único texto sensato que eu li até agora sobre o tema e que coincide com as idéias do blog Onzenet.

quinta-feira, outubro 17, 2002

Muito barulho por nada. É assim que posso definir essa celeuma em torno do texto escrito pelo Flea, baixista do Red Hot Chilli Peppers, sobre sua passagem por São Paulo. A cidade é suja mesmo, Flea nesse caso não mentiu. Basta dar um rolê pelas ruas e comprovar o que ele disse. Não duvido nada se os mesmos que se indgnaram com as opiniões sejam aqueles que, de quando em vez, jogam o seu lixinho no chão, discretamente. E só mesmo alguém muito ingênuo para acreditar que Flea viu de fato "uma garota com uma covinha, no fundo do estádio".

Regina Duarte e Marilia Pera. Ambas têm em comum o fato de serem grandes atrizes e possuirem uma carreira sólida no cinema, teatro e televisão. As eleições presidenciais estão unindo mais uma vez a trajetória das duas. Em 1989, Marilia Pera foi uma das poucas representantes da classe artistica que deu apoio irrestrito ao então candidato Fernando Collor de Melo. Treze anos depois, vemos Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil, prestar seu apoio ao candidato José Serra até de forma mais veemente, gravando um polêmico testemunhal no horário gratuito. A coincidências não param por aí. Tanto em 1989 como agora, o candidato adversário é (e foi) Lula. Tem mais: Regina e Marilia viraram "inimgas públicas nº 1" desde que tornaram públicos seus apoios.
Fixando-se um pouco mais nesse pleito, as reações que tenho visto desde que as declarações de Regina Duarte foram veiculadas me faz crer que o PT e seus simpatizantes morderam a isca. Mais do que tentar "espalhar uma onda de terror nos eleitores", a idéia principal (e obviamente, não assumida) é mostrar aos indecisos que Lula, seus aliados, correligionarios e eleitores não toleram críticas. Numa lista de discussão via e-mail que eu assino, alguém repassou uma nota da CUT em represália ao que Regina disse. Até aí, tudo bem. O problema era o que estava escrito no subject. Algo do tipo: "ela merece é levar umas porradas". Isso não é tudo. "Terroristinha do Brasil" foi o comentário mais delicado que eu já li. Algumas pessoas estão até colocando em dúvida seu talento como atriz, só por conta desse episódio. Fica a grande pergunta no ar: e se ela apoiasse Lula, como seria?
Essa história envolvendo a atriz e o fato de Lula não participar do debate estão sendo os dois calcanhares-de-aquiles da campanha petista neste segundo turno. O primeiro até poderia ser evitado. Bastava ignorar o que foi dito por Regina. Afinal, ela já não tem o mesmo prestígio de outrora. A novela mais recente da qual participou não fez o sucesso esperado. Regina não é uma personalidade que influencie tanto a opinião pública atualmente. Mas a gritaria toda acabou dando destaque a algo que passaria despercebido em qualquer outra ocaisão.
Em tempo: leiam a coluna da jornalista Tereza Cruvinel sobre o assunto. Ela reproduz a carta do dramaturgo Jair Alves, mas chamo a atenção para a introdução feira pela colunista do site da Globo News.

Para quem estiver interessado, a emtrevista que eu fiz com o radialista Roberto Maia, ex-diretor artístico da Rádio Brasil 2000 FM (SP), pode ser lida nesse endereço: http://radiobase.blig.ig.com.br/

quarta-feira, outubro 16, 2002

Lembram daquela história do modelo-ator brasileiro que seria progatonista de um filme produzido por David Lynch? A imprensa cultural brasileira deu um generoso espaço ao assunto, comemorando o fato como se tivessemos conquistado uma Copa do Mundo. Por outro lado, alguns blogueiros, como a Ciça, acharam tudo muito estranho e começaram a fuçar um pouco mais a fundo. Eles descobriram que Lynch nada tem a ver com a produção. A mesma imprensa agora tenta colocar as coisas em pratos limpos, como nessa reportagem públicada n'O Dia.
Esse assunto vai render muito ainda. Do ponto de vista jornalístico, que interessa mais no momento, esse é um bom exemplo de como funcionam as coisas nas redações dos cadernos culturais de alguns jornais. Dá-se preferencia àquilo que já vem pronto das assessorias de imprensa. Foi o caso, aqui. O modelo-ator só teve espaço graças à eficência de seus assessores. Se um brasileiro vai trabalhar com um diretor já consagrado como Lynch o mínimo que deveria ser feito é ouvi-lo a respeito disso. É mais uma que entra para o o Febeapá da nossa grande imprensa. E mais uma lição de humlidade para nós.

Uma letra de música para compensar os dias sem atualização nesse blog. Mas não é uma letra qualquer, não. Foi escrita pela pena de ninguém mais, ninguém menos que Nick Cave, talvez o sujeito mais atormentado do show-biz mundial. Dúvidas existênciais, religião, fé, morte e amor são os temas preferidos deste cantor-compositor de nacionalidade australiana. Cave, inclusive, já passou uma temporada no Brasil e sua estada por aqui influenciou em seu trabalho, o que pode ser notado no álbum "The Good Son", de 1990. Numa das faixas, ele canta trechos do hino evangélico "Foi na Cruz" em bom português.
A letra reproduzida abaixo se chama "(Are You) The One That I've Been Waiting For?" e foi gravada no álbum "The Boatman's Call", de 1997. Aqui, Cave estava enfrentando um processo de separação. Sua esposa, a cantora de rock alternativo PJ Harvey, o havia deixado. E nada melhor que a música para fazer um inventário desse relacionamento.
(Aliás, um parêntese: relacionamentos entre rock stars - e, principalmente, o fim deles - acabam servindo como uma bela fonte de inspiração.Damon Albran, vocalista do Blur, fez um disco inteiro a partir do fim de seu casamento com Justine Frischmann, guirarrista e vocalista do Elastica. "To The End" é dessa leva.)
Antes de terminar, quero informar que o pessoal do zine ScreamYell é grande fã de Nick Cave. E para conhecer um pouco mais de seu trabalho, recomendo a leitura desse texto publicado no site que traz uma análise completa de sua discografia. Vale a pena ler.

I've felt you coming girl, as you drew near
I knew you'd find me, cause I longed you here
Are you my desitiny? Is this how you'll appear?
Wrapped in a coat with tears in your eyes?
Well take that coat babe, and throw it on the floor
Are you the one that I've been waiting for?

As you've been moving surely toward me
My soul has comforted and assured me
That in time my heart it will reward me
And that all will be revealed
So I've sat and I've watched an ice-age thaw
Are you the one that I've been waiting for?

Out of sorrow entire worlds have been built
Out of longing great wonders have been willed
They're only little tears, darling, let them spill
And lay your head upon my shoulder
Outside my window the world has gone to war
Are you the one that I've been waiting for?

O we will know, won't we?
The stars will explode in the sky
O but they don't, do they?
Stars have their moment and then they die

There's a man who spoke wonders though I've never met him
He said, "He who seeks finds and who knocks will be let in"
I think of you in motion and just how close you are getting
And how every little thing anticipates you
All down my veins my heart-strings call
Are you the one that I've been waiting for?

terça-feira, outubro 15, 2002

Estava vendo o Jornal Hoje e foi muito falada no noiticiário econômico uma palavrinha tenebrosa: recessão...

segunda-feira, outubro 14, 2002

Depois de vários atrasos, finalmente está para sair o livro que promete ser a radiografia definitiva do rock brasil dos anos 80. É "Dias de Luta", escrito pelo jornalista Ricardo Alexandre, um dos atuais editores da revista Frente. Na verdade, a obra é uma grande reportagem que nasceu da velha angustia daqueles que trabalham com o jornalismo diário. "Eu queria, precisava, escrever um livro, porque trabalhava num jornal atormentado por aquela história de que 'amanhã meus textos estarão embrulhando peixe na feira', que é um clichê, mas é verdade. Queria achar um assunto que fosse amplo o suficiente para tratar de tudo o que eu prezo em cultura pop e que acomodasse um texto que registrasse meu estilo de escrever. Não demorei muito para pensar que uma grande reportagem sobre a música pop e a cultura jovem dos anos 80 teria essas características", disse Ricardo.
"Dias de Luta" chega às livrarias no próximo dia 30 de outubro, mas já existe um site inteiramente dedicado ao livro. Através dele é possível desfrutar de uma promoção pré-venda: desconto de 15% mais um autógrafo do autor. O preço final é de R$ 33,50. Além disso, a página traz outros atrativos como linha-do-tempo, discoteca básica, entrevista, notícias, fotos, trechos etc. É bom ficar esperto: a promoção dura até o dia 28 de outubro. E as visitas ao site podem ser feitas clicando aqui.

Como torcedor, é claro que fiquei contente com o o título mundial obtido pela seleção brasileira de vôlei. Méritos totais para Bernardo Rezende, que pegou uma seleção desacreditada e a colocou no topo. Depois, dizem que técnico não ganha jogo. É claro que ajuda a ganhar, sim. É um componente tão importante quanto quem está dentro de campo ou da quadra.
A minha única preocupação é que esse título não muda a atual situação do esporte no país. O vôlei no Brasil em termos de clubes é sustentado pelas empresas, que se associam com pequenos clubes ou prefeituras e colocam suas marcas em evidência. O ritimo dos investimentos varia com a situação do país. Cansei de ver um Bradesco, uma Pirelli ou uma Sadia cortando patrocínio ou dissolvendo seus times para cortar gastos devido à crise. E tem mais. Das grandes empresas que investem no vôlei, poucas direcionam o dinheiro para as categorias de base. Preferem montar times com grandes estrelas para chegar às finais e dar maior visibilidade as suas marcas, mas não se preocupam em revelar novos talentos. Quem será que substiuirá grandes jogadores como Nalbert, Maurício e Giba daqui a alguns anos?
O pior de tudo é que os atuais comandantes da CBV tratam as coisas no país como se vivessemos uma ilha de excelência. A atual presidência tem como único objetivo manter no poder o mesmo grupo político que está no topo há muitos anos. E ai daqueles que procuram tentar debater a atual situação, como o grande técnico Bebeto de Freitas, que poderia muito bem estar colaborando com a atual comissão técnica. Em qualquer outro país do mundo, qualquer confederação se preocuparia em ter junto de si alguém com sua experiência e talento. Mas aqui no Brasil, é diferente. Pelo simples fato de não concordar com uma série de coisas, Bebeto foi colocado à margem pela atual adminstração da CBV.
E antes de terminar, é necessário fazer uma homenagem ao locutor esportivo Luciano do Valle. Afinal, foi ele quem ajudou a popularizar o esporte no país. Há 20 anos, ele teve uma sacada genial. Ele percebeu que tinhamos uma geração competitiva de jogadores na seleção brasileria e passou a mostrar as partidas deles na televisão. Isso ajudou a popularizar o vôlei no país. O resultado está aí: o esporte foi massificado e a partir daí foi possível formar pelo menos mais duas gerações de atletas. Uma delas foi medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona, em 1992. A outra é essa que vimos ganhar o campeonato mundial, na Argentina.

Está no ar a minha partícipação mensal na seção Coluna Vertebral, do site da Rádio Brasil 2000 FM. Desta vez, eu fiz um perfil sobre a banda Drugstore, de grande prestígio na Inglaterra, que tem a brasileira Isabel Monteiro nos vocais e escrevendo as letras. Confira. O texto fica no ar por uma semana, depois vai para o arquivo.

sábado, outubro 12, 2002

Uma advogada de São José dos Campos, no vale do Paraíba, entrou hoje com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral. Ela pede a impugnação de um dos candidatos a deputado federal eleito pelo Prona. Está no site do telejornal SPTV, da Globo. Vanderlei Assis, eleito com 275 votos trabalha como diretor num hospital...da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O endereço que consta na sua declaração de bens é de uma casa da zona oeste na qual não mora, mas sim um casal de amigos. A advogada Tania Nogueira entrou com uma ação solicitando a impugnação da candidatura de Vanderlei Assis. Começa muito mal a história do Prona na Câmara dos Deputados...

Terminado o primeiro turno das eleições, hora de contabilizar os vencedores e derrotados. Entre aqueles que foram "barrados no baile", dois candidatos chamam um pouco mais a atenção. São eles: Levy Fidélix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC). O primeiro é conhecido por tentar introduzir o Aerotrem, uma versão brazuca do trem-bala japonês, em São Paulo. Numa outra época, uma de suas plataformas de campanha era aterrar o rio Tietê. Desta vez, Fidélix aspirou ao governo do estado. Teve pouco mais de 8.500 votos. Já, Eymael, surgiu no cenário político em 1985, disputando à prefeitura de São Paulo. Em 1998, tentou voar mais alto, candidatando-se à presidência da República. Seu slogan era confiante, ao menos: "Só Eymael pode derrotar Fernando Henrique". Nessas eleições, tentou voltar à Câmara dos Deputados (já esteve lá cumprindo um mandato em 1990) na coligação de partidos que apoiou Paulo Maluf ao governo do Estado, sem sucesso.
Os dois politicos citados certamente tem perifis politicamente distintos, mas o que os une é a persistência. Não importa o tamanho do fracasso da eleição anterior, eles sempre estão de volta no pleito seguinte. Com o fim do primeiro turno, Fidélix e Eymael voltam ao seus habituais ostracismos, mas daqui a dois anos, quando teremos eleição para prefeito, seum dúvida eles estarão de volta. Fica no ar uma série de perguntas: o que eles fazem nesse intervalo de tempo? Como subexistem? A política seria um fim ou um meio de sobrevivência para esses dois personagens? Será que na carteira profissional de cada um está escrito "candidato profissional" no item reservado à ocupação atual?
É claro exemplos como os de Levy Fidélix e José Maria Eymael existem aos montes espalhados pelo país. A insistência de ambos, porém, acaba por transformá-los em personagens emblemáticos.

quarta-feira, outubro 09, 2002

Meio que na surdina, o jornalista André Barcinski, conhecido pelo programa Garagem, está mantendo desde agosto uma coluna no BOL sobre música. Nas primeiras, ele falou da sua temporada de férias na Europa, onde acompanhou alguns shows. Na mais recente, Barcinski fala de sua experiência ao entrevistar o The Calling. Até agora, não demonstou a afetação que é comum a muitos de seus textos. Outro dia o vi na TV concendendo uma entrevista à Marília Gabriela. Foi possível notar que ele está cada vez mais parecido com o misto de playboy e empresário Chiquinho Scarpa. Incrível!

terça-feira, outubro 08, 2002

E por falar em Partido Verde (leia post abaixo), a mãe-natureza parece que está com raiva de mim. Ontem fui picado por uma abelha num ponto de ônibus. O pior é que fui atingindo bem no dedo indicador direito, que inchou desde então. Fui medicado num PS da prefeitura (o atendimento demorou umas duas horas; os médicos da sutura - para onde fui encaminhado - estavam operando). Tomei duas injeções, uma de Bezetacil e outra anti-tetânica, mas o inchaço continua, já atingindo parte da mão. É claro que deve estar colaborando para isso o fato de eu estar aqui escrevendo. Deveria era estar com o braço para cima, a fim de facilitar a circulação sanguinea. Se a situação não melhorar até amanhã, vou para outro PS e ver o que se pode fazer.

 
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