Desnecessário dizer que continuou rendendo a polêmica entre eu e o escritor André Takeda. Foram quatro dias de uma troca intensa de mails. Ele queria que eu tirasse do ar o post sobre os comentários que ele deixou a respeito da revista Zero. Eu me reservei o direito de não tirá-lo daqui. Chegamos a seguinte conclusão: ele me pede para colocar outro post que esclarecesse o assunto, que é este aqui.
Takeda diz que não deveria ter colocado o comentário (que originou o post). Afirma também que viajou na maionese ao achar que eu deixei nas entrelinhas do texto sobre e-zines e blogs que a Zero pagava seus colaboradores. Takeda informa ainda que não tem nenhuma treta com Luiz Cesar Pimentel, diretor de redação da Zero.
Quanto as suas duas primeiras explicações, tudo bem. Sobre a terceira...bem, eu tenho a minha opinião, mas guardo ela comigo até para encerrer de vez o assunto.
terça-feira, agosto 26, 2003
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segunda-feira, agosto 25, 2003
Recebi em casa um CD demo de alta qualidade nessa semana que passou. É da banda The Wheels, que é formada por ex-integrantes do Hematocele, um dos grupos mais antigos da cena independente nacional e que encerrou suas atividades há pouco tempo.
A diferença fundamental entre as duas é que o Hematocele era mais punk, enquanto o The Wheels está mais voltado para um som mais guitar. Notam-se claras influências de Jesus And Mary Chain e Teenage Fanclub.
The Wheels tem uma grande variedade de canções. Eles podem tanto soar de uma forma mais suave, como nas faixas "on your hands" e "so sad", ou então de uma maneira mais agitada, como em "coins in the wishing well", que encerra o CD. Aliás, estra última é a minha faixa preferida. Pena que na mixagem final, o vocal tenha ficado submerso. Se foi uma opção dos próprios integrantes, tudo bem. Caso contrário, seria legal regrava-la colocando tudo nos seus devidos lugares. A letra até que é bem bacana. De vez em quando me pego cantando o seguinte trecho: "In a place where I no longer dare to go".
Encomende a sua cópia deste cd demo e fique por dentro das novidades do The Wheels. Escreva para o e-mail : the.wheels@uol.com.br
(Atenção: lá em cima eu disse influências, não cópia. Muita gente boa que milita no rock nacional, seja independente ou mainstream, confunde isso.)
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Rodney Brocanelli
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sábado, agosto 23, 2003
Na ânsia de se esclarecer males entendidos, lamentavelmente outros estão sendo criados.
Eu não disse em NENHUM post do blog Onzenet que a revista Zero pagava ou não seus colaboradores. Quem não paga é a Rock Press e assumo o que disse.
O escritor André Takeda, a propósito desse assunto, deixou o seguinte comentário:
"A questão é: não é só a Rock Press que não paga os colaboradores. A Zero tb. Aliás, a RP paga. A Sylvie, por exemplo, exigia pagamento. Às vezes vinha em dinheiro, às vezes vinha em discos. Mas vinha".
Na tarde desta sexta-feira, escrevi um mail a Takeda no qual fiz uma réplica às suas argumentações. Segue a transcrição de um dos trechos da minha mensagem:
"O Luiz me disse que paga alguns colaboradores. O Zé Emílio e a Ana Maria foram pagos, segundo ele. Isso tá gravado, porém eu acabei cortando da edição final da entrevista que foi publicada. Se a revista não pagou nada a você, então acho que é um lance de brigar pelos direitos."
Recebi a seguinte resposta de Takeda:
"Eu não tenho nada a comentar sobre o Luiz. Principalmente depois de saber que ele paga ou disse que paga colaboradores. Pq uns sim e outros não?
Depois de uma troca de mensagens em que eu toquei em alguns pontos de sua tumultuada relação pessoal com Luiz Cesar Pimentel, sou surpreendido com o seguinte afirmação de Takeda deixada novamente no sistema de comentários:
"O que eu quero dizer é que a revista não paga, ao contrário do que o post indica".
Repetindo, eu não escrevi nada disso.
O problema é que o Takeda as vezes confunde um pouco comunicação pública com comunicação particular. Se a conversa estava rolando via e-mail porque ela não continuou assim? Quando decidi escrever para ele, até fiz a seguinte observação:
"Vou responder aos seus comentários por e-mail mesmo. Se você fizer questão, eu até publico depois no Onzenet".
Do jeito que a coisa está colocada pelo próprio Takeda, o leitor fica sem entender patavina.
Essa atitude me deixa à vontade para tornar público o que comentei em particular com ele.
Disse que ele deveria resolver suas diferenças com o Luiz na base da conversa ou na porrada mesmo. Não é bacana ficar por aí com essas alfinetadas em público. Disse isso a ele, porque também tive uma experiência de tretar com uma pessoa e ficar depois descendo o malho em tudo o que ela fazia.
Não vou entrar no mérito da briga, muito menos tomar partido de algum dos lados. Só acho que esse tipo de coisa não faz bem a ninguém. Espero que essa confusão seja resolvida o mais brevemente possível e que ela não respingue em outras pessoas.
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Rodney Brocanelli
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sexta-feira, agosto 22, 2003
Entendo perfeitamente que algumas pessoas têm todo o direito de não gostar do meu trabalho.
Agora, pegar no meu pé por causa da falta de permalinks e coisas do tipo aqui no blog me parece um pouco demais.
Eu é que tenho de ser poupado de coisas como essa.
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Rodney Brocanelli
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quinta-feira, agosto 21, 2003
Deixem-me voltar a falar um pouco mais de música. Creio que isto irá fazer a alegria do internauta Mr. Stabby. Já faz um bom tempo que o tema não é abordado por aqui.
Alguém aí lembra de uma banda chamada The Mighty Lemnon Drops? Por causa de um daqueles motivos que dificilmente eu e vocês iremos descobrir um dia, eles estiveram tocando no Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo. A apresentação aconteceu no extinto Projeto SP. Aliás, essa casa de shows se notabilizou por trazer naquela época atrações internacionais desconhecidas. Algumas delas eram verdadeiros abacaxis, como a glitter band Gene Loves Jezebel. Outras valiam a pena, caso do Mighty Lemon Drops. Naquele ano, a banda estava lançando o disco "World Without End", que teve edição no Brasile e deixou ao menos um hit: "Inside Out". A crítica musical da época se apressou em tacha-los como imitadores do Echo And The Bunnyman. Ledo engano. Depois de tantos anos, diria que o MLD seria um "elo perdido" entre o rock dos anos 80 e o britpop dos 90. Um ouvinte mais distraido poderia achar que "One By One", uma das faixas, foi gravada pelo Oasis. "World Witout End" não ganhou reedição nacional em CD, mas isso não chega a ser um problema. Basta apenas uma busca nos programas que trocam arquivos MP3, afinal é para isso que eles servem mesmo.
O fato mais curioso dessa passagem do Mighty Lemon Drops pelo Brasil foi que a banda ganhou foto na dobra de cima da primeira página do jornal Folha de S. Paulo. Isso aconteceu no dia 14 de agosto de 1988, um domingo. Quem é expert em jornalismo sabe que essa parte nobre do jornal (a dobra de cima da capa) é reservada para assuntos importantes. Como se tratava de uma edição dominical, ou seja, mais light, os responsáveis pela edição decidiram abrir espaço para uma banda inglesa. Curioso notar que, ao lado, foi publicada uma foto do saxofonista John Lurie e um texto que anunciava sua vinda (com o grupo Lounge Lizards) para o Free Jazz. A manchete principal da Folha naquele dia? "Moderados da OLP querem divdir Israel em cantões". Resta saber se o Mighty Lemon Drops conseguiu em sua história destaque tão grande na capa dos jornais de sua cidade natal, Wolverhampton.
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sexta-feira, agosto 15, 2003
Extra! Extra! Descobertos os grandes vilões da atualidade no jornalismo musical. Eles mesmos, os blogs e os e-zines. Isso para um certo articulista de uma determinada revista de rock. Segundo nosso herói "blogs e e-zines são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical".
O assunto levantado é até interessante, afinal, que o jornalismo musical está em crise, isso não dá para negar. Porém, o texto acaba sendo vazio, falta argumentação. Até parece que seu autor o escreveu pouco depois de levantar da cama e meter o pé esquerdo num penico cheio de xixi. Para se ter uma idéia da indigência do texto, a certa altura até mesmo a exigência do diploma de jornalismo é citada: "nada a ver com a caretice de se exigir um diploma para o jornalista. É que na faculdade de comunicação se aprende (ao menos, é essa a idéia) a distinguir o que é útil e o que é supérfluo em termos de escrita". Ora, se na faculdade se aprende tudo isso, então essa exigência nem seria tão careta assim, certo cara-pálida?
Outro ponto desfavorável ao texto é a eterna mania de se atacar sem citar nomes. Quais seriam os blogs e e-zines danosos ao jornalismo musical? Nem mesmo aqueles que o autor da pensata considera bons são citados.
Quem presta um desserviço ao jornalismo musical é a própria revista (é a Rock Press) da qual o articulista faz parte, uma vez que ela não trabalha com borderô. Quem colabora para ela, o faz sem receber nadica de nada.
É claro que nessa explosão de blogs e e-zines na rede, existem aqueles que não são bons. Eu particularmente não conheço nenhum, mas eles devem existir. Porém, vai chegar uma hora em que o joio será separado do trigo. É isso que muita gente, incluindo o articulista em questão não consegue (ou não quer) enxergar. Aqueles que realmente fazem um bom trabalho irão permanecer. É a lei da seleção natural que já funcionou tantas outras vezes.
Não dá para aturar esse tipo de ataque, sem qualquer fundamento. Parece que ele nasce a partir de uma crise de ciúmes. Entendo que para alguns jornalistas deve ser duro perceber que hoje é bem mais fácil tornar público um texto, graças à Internet.
Para não dizer que existem pessoas que fazem restrições não-fundamentadas aos blogs e e-zines, destaco o que disse o jornalista Luiz Cesar Pimentel na entrevista concedida a mim e que foi publicada no Observatório da Imprensa: "Eu acho que os e-zines criaram a falsa ilusão de que qualquer um pode ser jornalista. Então, existe uma legião de jornalistas espalhados por aí que nunca escreveram uma matéria, que nunca apuraram, nunca concatenaram idéias de uma forma clara. São jornalistas de resenhas. Vão assistir a um filme, escrevem a impressão deles. Lêem um livro, escrevem a impressão deles. Compram um CD, a mesma coisa. Não acho ruim, leio alguns deles..."
Suas críticas surgem a partir da própria experiência. Não se trata de algo que veio do nada. É uma contribuição muito mais sólida para o debate sobre o papel que os blogs e os e-zines possam vir a desempenhar no jornalismo musical do futuro.
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quinta-feira, agosto 14, 2003
Recado que eu recebi do Jair Marcos e repasso a vocês:
Amigos, um programa imperdível. Resolvemos comemorar mais uma presença anual de Thomas Pappon (de férias no Brasil), e fazer um show, com O Baile Punk e participação de Pappon, quando estaremos relembrando uma canção do Fellini, numa rara reunião da formação original. O Thomas também fará discotecagem especial no lounge. Tudo isso no próximo sábado, 16 de agosto, a partir da 0h00, no DJ Club, Al. Franca, 241 (Info: 11 6854-6361), quase esquina com a Pamplona. Não deixem de ir. A festa será bem boa! Abração. Espero vê-los por lá! jm
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O Baile Punk é um projeto de três membros do antigo Fellini, banda paulistana dos anos 80 com cinco discos gravados, e do Funziona Senza Vapore, disco e grupo dos anos 90. Cadão Volpato e Jair Marcos nas guitarras e vocais, Ricardo Salvagni no baixo e Roberto "Vovô" Tomé na bateria seguem um caminho próprio, misturando um pouco a graça e o instrumental low tech do Fellini com o pop mais arrebatado do Funziona. Cadão Volpato, vocalista e letrista das duas formações anteriores, é o compositor de quase todas as músicas do Baile, que do punk preservou a atitude bem humorada do "faça você mesmo". Num tempo árido, cheio de pose e música rala, é o que eles estão fazendo.
Bandas correlatas: Stranglers, Sugar e os vocais punk de João Gilberto depois da gripe.
Qualquer semelhança com os bailes funk do Rio é mera maluquice dos paulistanos que não tomam sol.
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quarta-feira, agosto 13, 2003
O Observatório da Imprensa acaba de colocar no ar a entrevista que eu fiz com o jornalista Luiz César Pimentel, diretor de redação da revista Zero.
Na pauta, basitores da revista e uma análise do estágio atual vivido pelo jornalismo musical.
Além de declarações como essa:
"Se uma pessoa quer ser preconceituosa, então que ela não vá ser jornalista, vá para a Ku-Klux-Klan"
Imperdível
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domingo, agosto 10, 2003
E eis que nosso amigo Álvaro Pereira Jr. decidiu escrever sobre o ofício da crítica. Muitos de seus leitores semanais no Folhateen pediram para que ele desse algumas dicas de como ser um bom crítico de música. Álvaro listou sete itens para começar. Vamos a eles:
1) Ouça música desesperadamente. Você não precisa ser músico, saber diferenciar um ré de um mi. Mas precisa ter conhecimentos históricos, entender de onde vem o tipo de música sobre o qual você escreve e como as coisas evoluíram até hoje. Só conhecer a discografia completa do Weezer não
basta.
2) Leia livros e revistas desesperadamente. Você quer criar um estilo, certo? Então precisa ler montanhas de revistas e livros, de todos os gêneros, para chegar a um jeito próprio de escrever. Não adianta só ler "Escuta Aqui" e a coluna do Lúcio Ribeiro na Folha Online. Assim, acaba virando clone. Mais um.
3) Aprenda inglês. Cerca de 99,99% do que conta no chamado "mundo das artes" acontece em inglês. Se você não sabe a língua direito, arrume outra coisa para fazer. Ser crítico de música não dá.
4) Aceite sua insignificância. Ninguém saudável compra ou deixa de comprar um CD por causa de uma crítica. Em geral, críticas de música são lidas por nerds, músicos e outros críticos de música. O leitor normal -aquele que tem uma vida, família, amigos etc.- está pouco se lixando para o que o crítico pensa.
5) Não fique amigo de músicos. Bandas -principalmente as mais novas- sofrem muito. Dão shows sem ganhar nada, não conseguem divulgação etc. etc. Gravar um disco é mais difícil ainda. Só que é melhor não se envolver com isso,
senão você vai ficar com pena dos músicos e fazer sua crítica com base nesse contexto e não na simples audição do CD. Os caras da banda podem ser gente boa, batalhadores e honestos, a baixista pode ser uma gostosa, mas, se
fizeram um disco ruim, é isso o que você tem de dizer.
6) Pratique a crítica destrutiva. Enfie uma coisa na cabeça: você e os músicos ou você e as gravadoras não estão no mesmo barco. E você não tem papel algum na construção de nenhum tipo de cena. No Brasil, a prática do compadrio e da "brodagem" é corrente entre jornalistas, músicos e
gravadoras. Todo mundo é amiguinho e se ajuda utuamente. Gente talentosa perde tempo escrevendo só sobre o que gosta ou finge que gosta. Fuja dessa.
7) Prepare-se para a realidade de uma redação. Pense naquele cara -ou moça- inteligente, moderno, que passa o dia escutando música e, de vez em quando, escreve sobre um CD que lhe chamou a atenção. Agora esqueça isso. As
críticas assinadas são uma parte muito pequena do que o jornalista faz na redação, o que inclui diagramar páginas, escrever títulos, bolar legendas de fotos, escrever matérias não-assinadas, preparar notinhas, reescrever textos dos outros, ser esculachado pelo chefe etc.
Ao final, ele diz que tinha mais dicas, mas que o espaço havia acabado. Paricularmente, gostaria de saber se ele iria tocar em alguns pontos mais delicados. Um deles: o crítico deve entrar em trincheiras, como ele mesmo e seus parceiros do programa Garagem fazem? Álvaro é um defensor ferrenho do rock, digamos, mais alternativo, e vive alfinetando os barões e baronesas da MPB contemporânea. Alías, isso é muito comum na crítica musical, existem os especialistas em rock, jazz, techno, música classica, etc. Na crítica de cinema é diferente. Não existe aquele sujeito que escreve apenas sobre o western, ou então apenas sobre filmes de mistério e por aí vai. Críticos como Inácio Araújo estão preparados para escrever análises sobre filmes de todos os gêneros.
Num de seus conselhos, Álvaro diz para não se fazer amizades com músicos. Até certo ponto, ele está certo, mas não por causa de sua justificativa. Já vi muitos críticos enfrentarem problemas justamente pelo fato de serem honestos e dizerem aquilo que pensavam de certos lançamentos das bandas de seus amigos. Um exemplo é o de Thomas Pappon, que enfrentou sérios problemas certa vez ao escrever honestamente sobre um disco do Ira!:
"o Ira! estava lançando o "Psicoacústica" e eu fiz o press-release e eles ficarm putos com o que eu escrevi. O Nazi e o André vieram até minha casa possessos de raiva. Eu não me lembro exatamente o porque, mas o "press-release" deveria ter alguma coisa....eu não tinha gostado do disco e deixei isso transparecer , o que é uma coisa estúpida, deveria ter me recusado a escrever, mas eu era muito amigo deles. Isso causou um mal-estar que durou uns dois anos...uns dois anos que eu não cruzava o Nazi. De amigos muito próximos, a gente virou...sabe".
Posso estar enganado, mas sobrou uma farpa ao jornalista Ricardo Alexandre. Isso quando o Álvaro diz que o crítico não tem participação na construção de qualquer tipo de cena. Um dos motes da extinta revista Frente, da qual Alexandre era um de seus responsáveis, era justamente o de "reconstruir a cena musical". Naquela entrevista que eu publiquei no Observatório da Imprensa, Ricardo falou de "o outro cara orgulhoso de ter escrito um livro em quatro meses copiando tudo na internet e ganhando espaço no Fantástico dado por seu amigo..." Bem, é só usar um pouco a cabeça para sacar os personagens citados por Alexandre.
De qualquer forma, já está rolando na Internet uma réplica a esse mais recente polêmico artigo. No minímio, é engraçada:
QUER SER ÁLVARO PEREIRA JUNIOR?
1) Mude-se para San Francisco.
2) Descole uma coluna bacana na Folhateen.
3) Desanque sem pudor qualquer banda tapuia.
4) Aceite sua magnitude. Acredite piamente que você (junto com o Lúcio Ribeiro) é o farol do jornalismo musical tupiniquim.
5) Eleve a condição de sublime qualquer banda anglo-saxônica (escandinava também serve) da qual você supõe que o leitor silvícola nunca ouviu falar.
6) Sustente opiniões indefensáveis (i.e. Kelly Key é a melhor coisa a surgir no cenário nacional desde (preencha a lacuna com qualquer sandice).
7) Defenda categoricamente a teoria de que os roqueiros gaúchos só se mudam para São Paulo porque em Porto Alegre todos têm inveja dos paulistanos.
8) Assista a "Quase Famosos" e, depois de dois anos, nutra a convicção de que você é o Lester Bangs brazuca.
9) Leia a revista Brasa e, depois de sete anos, escreva um texto com o tema "Quer ser crítico de música?".
10) Seja manda-chuva de um dos programas de maior audiência da maior emissora de televisão da América Latina.
11) Garanta que este programa mantenha a tradição de ser, por mais de 30 anos, o mais enfadonho, piegas e constrangedor produto exibido em horário nobre da TV
brasileira.
12) Cague regras.
13) Enfie o dedo bem no meio do seu cu e rasgue com toda a força.
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sábado, agosto 09, 2003
Bem, para compensar a falta de posts, vou colocando alguns textos antigos desde blog. O primeiro é de 30 de maio de 2002.
O grande estorvo hoje para muitos internautas é o Spam, aqueles e-mails de propagranda que aportam nas caixas de entrada de milhares de usuários. Na maioria dos casos, as "vitimas" (se é que se pode chamá-las assim) dizem não ter solictado desse tipo de mensagem. Hoje existem inúmeras organizações no mundo que lutam contra essa prática do envio de e-mails indesejados. O assunto é tema de reportagens de jornal, sites, colunas de informática (Reparem, de tempos em tempos, o assunto volta à tona, porém sem qualquer tipo de novidade).
Enfim, dá-se muita importância ao Spam, mas por outro lado, não se fala de uma prática um tão abominável quanto. Aposto que todos têm um caso para contar de mails não respondidos. Eu mesmo já contei um caso aqui nesse blog há alguns posts. Sempre que eu recebo um mail, faço questão de o responder na sequencia. Outra coisa que eu já expliquei aqui: recebo mails de pessoas em busca de informações sobre rádios piratas, etc. Podendo ou não ajudar, eu respondo. Em muitos casos não há a réplica ou ao menos uma mensagem com uma simples palavrinha: obrigado.
Semana passada, tive mais uma experiência nesse sentido, mas desta vez o meio de comunicação foi outro, o celular. Liguei para um determinado fulano por dois dias seguidos. Nas duas ocasiões, a minha ligação caiu na caixa postal. Dexei o recado, com meu número de telefone de casa. Fiz a minha parte. Pois bem, até agora, enquanto eu escrevo essas linhas, não tive o tal do retorno das minhas ligações. Não responder a um e-mail é uma coisa, mas não ligar de volta a quem deixou um recado na caixa postal é pior, porque se paga uma tarifa para isso. E quem paga é quem liga. O dono do celular para o qual chamei não deve estar ciente disso ou até está, cagando e andando para o fato. O pior é que eu não posso nem mandar esse cidadão às favas (pensaram que era à pqp?), por alguns motivos que não cabe comentar aqui (numa outra ocasião, talvez).
Aposto que muitos podem estar se perguntando: "você não leva em consideração que essa pessoa possa estar sem tempo?". Claro que sim, mas se ela está tão enrolada assim, ela poderia fazer um contato nem que seja para dizer que recebeu meu recado, mas assim que tiver um tempo me liga. Não custa nada.
A triste conclusão é a de que o avanço tecnologico trouxe novas ferramentas para a comunicação inter-pessoal, mas a etiquieta não evoluiu no mesmo passo.
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domingo, agosto 03, 2003
Minhas preces foram ouvidas. Está no ar o Blogólatras Anônimos, dedicados àqueles que, assim como eu, acabaram se viciando em blogs, tantos nos seus próprios, como nos dos outros.
Aliás, essa idéia de uma associação para blogueiros viciados meio que nasceu numa troca de comments entre este que vos escreve e o Alexandre Inagaki há algum tempo.
Bem, assumo que sou viciado no meu blog, mas daqui a pouco vou ter uma crise de abstinência, pois tenho demorado dias para escrever alguma aqui. Espero não baixar hospital por causa disso.
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sexta-feira, agosto 01, 2003
Não, não desisti de blogar. Só ando um pouco sem tempo.
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sábado, julho 26, 2003
O blog Kibe Loco traz uma zoação engraçada envolvendo Marcelo Camelo, vocalista do Los Hermanos, e um dos filhos do ex-ditador Saddam Hussein que foi morto após uma ofensiva do Exército norte-americano.
Los Hermanos é muito bacana, em que se pese alguns erros que eles cometeram na primeira fase da carreira (fase Anna Julia), mas eles viraram a mesa a tempo, peitaram gravadora e o mundo e hoje estão no terceiro CD, mesmo após muitos percalços.
(Um parêntese: para quem não sabe, uma vez ele me ofereceu estadia durante uma ida em que eu fui para Rio, isso em 1998. Acabei arrumando outro lugar para ficar,
mesmo assim, tinha pego o telefone dele antes e não deixei de ligar para bater um papo e agradecer. Acho que hoje ele, como um astro do rock, nem deve se lembrar disso..he he he). Só não entendo por que Camelo e os outros integrantes fazem questão de manter esse visual talebã. A imagem de despojamento que a banda quer passar acaba soando tão calculada quanto as atitudes de artistas que se moldam para agradar ao mercado e ao público em geral.
Gostaria de poder ouvir melhor o mais recente lançamento deles, o "Ventura". Mas quem deixou um CD como "O Bloco do Eu Sozinho", já merece um lugar na história. Só falta a Los Hermanos poder se relacionar melhor com certos aspectos do showbiz.
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quarta-feira, julho 23, 2003
Algo que tem me deixado muito feliz neste ano de 2003 é o fato de que as minhas colaborações para o Observatório da Imprensa estão cada vez mais frequentes. Menos de um mês após publicar a minha entrevista com o Ricardo Alexandre (que repercutiu muito, diga-se de passgem), eu volto novamente ao site, mas desta vez abordando outro assunto. Se no papo anterior, a imprensa cultural foi o destaque, agora a vez é do jornalismo esportivo, só que de um ponto de vista diferente. Eu tinha uma pergunta na cabeça: como a mídia italiana vê o futebol brasileiro? Para responder a essas e outras questões, conversei com o jornalista Alessandro Penna, correpondente no Brasil da revista Guerin Sportivo, uma das mais tradicionais da Itália. Para mim, o resultado foi bastante satisfatório. E há pelo menos uma revelação. A imprensa italiana faz as vezes de "olheira", isto é, ela mostra ao seus leitores e ao mercado quais são os jogadores de futebol que estão se destacando por aqui para uma possível transferência num futuro próximo.
Essa entrevista merece pelo menos uma histórinha de bastidores. Eu descobri que tenho um anjo da guarda no Observatório. Quando eu redigi o abre, acabei esquecendo que Brasil e Itália decidiram duas Copas do Mundo. Coloquei apenas a de 70. Falha imperdoável. Ia ser uma barriga e tanto. Mas depois de eu ter a orelha devidamente puxada, consertaram a minha burrada.
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domingo, julho 20, 2003
Sem muita pompa e circunstância foi lançada há alguns meses a revista Beatz, que está buscando um público interessante e que quase sempre foi deixado de lado: o que consome a dance muisc e todas as suas vertentes, seja indo a clubes ou comprando CDs dos DJs bam-bam-bams do momento. A publicação foi lançada sem grande pompa e circunstância em abril, mas já está na terceira edição. A segunda, que eu folheei numa banca da região da Paulista, trazia como reportagem de capa uma comemoração dos 15 anos da explosão da Acid House, que entre outras coisas, tirou esse tipo de música das casas noturnas e a introdiziu no cotiando das pessoas. Muita coisa legal surgiu nessa época como Bomb The Bass e suas colagens sonoras, mas inevitavelmente muito lixo veio na rabeira, especialmente aqulio que conhecemos como poperô. Mas tudo isso é assunto para a Beatz desenvolver com maior propriedade. Voltando à revista, uma coisa que me chamou a atenção foi ver no expediente o nome da Editora Pool. Para quem não sabe, foi a primeira que bancou o lançamento da Zero. Trocou o rock pela dance music. Será que foi uma boa troca? Só o tempo dirá.
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segunda-feira, julho 14, 2003
A partir do próximo dia 15 o acesso ao site Usina do Som passa a ser pago. Para quem não sabe, é um site de streaming media no qual o usuário pode montar "estações de rádio" de acordo com seu gosto musical. Até aí tudo bem, a cobrança de uma tarifa acabou sendo um caminho natural para muitos serviços e portais da internet que não conseguiram se sustentar com publicidade. Pode-se até concordar ou não, mas é uma realidade que está aí. Risível mesmo foi o argumento utlizado para justificar a medida. Segundo o site de notícias MM Online, "pesquisas apontam que 25% dos usuários da Usina do Som estão dispostos a pagar pelo pacote de serviços oferecidos pelo site". E cabe a pergunta: a opinião dos outros 75% não conta? Eu pelo menos não fui ouvido.
Tomara que pelo menos o site melhore. O mesmo MM Online diz que a Usina do Som tem um acervo com mais de 150 mil músicas. Porém, deixa a desejar um pouco no que diz respeito a qualidade. Cito um exemplo particular. Na minha estação, eu inclui músicas do Suede, que tem apenas dois álbuns que estão disponíveis aos usuários, o primeiro, que tem o mesmo nome da banda, de 1992, e o Head Music, lançado em 1999. Para a Usina do Som, outros lançamentos como Dog Man Star, de 1995, não exitem. Se a entrada de dinheiro dos futuros assinantes servir para que haja um salto de qualidade, então está valendo. Caso contrário, será um tiro n'agua.
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sábado, julho 12, 2003
Outro dia eu estava conversando com um camarada na Internet e ele me perguntou o que eu achava do jornalismo gozno praticado por algumas pessoas do sul. De bate pronti respondi que o primeiro jornalista gonzo do país foi Goulart de Andrade. Sim, aquele mesmo do Comando da Madrugada, programa de reportagens vice-líder de audiência no horário dos sábados à noite, na Bandeirantes.
Goulart não se satizfaz apenas em ser o elo de ligação entre o fato e seu público. Por diversas vezes, ele partipa ativamente como um agenteprovocador. Prova disso é uma matéria de quase 20 anos sobre os travestis que faziam ponto no bairro da Vila Buarque, em São Paulo. Após mostrar como vários deles tomavam injeções de silicone, ele decidiu colocar vestido, peruca e sato alto e foi para a rua junto com eles, se transformando em "colega de trabalho" por algumas horas. Será que nossos aprendizes de gonzo-jornalistas teriam a mesma coragem de vestir essa "pele do lobo"?
Esse lance com os travestis é apenas um exemplo. Goulart muitas vezes foi protagonista de suas próprias reportagens. Recuando um pouco mais no tempo, ele estava preparando um Globo Repórter sobre doenças do coração. Durante uma sessão de entrevistas com o Dr. Eurycles Zerbini, uma das autoridades brasileiras em assuntos cardio-vasculares na época, o médico pediu para examinar o jornalista. Não lembro do diagnóstico, mas a recomendação era a da que Goulart fosse operado o mais brevemente possível. Ele topou, mas com uma condição. Que se deixasse filmar todo o processo.
Condições aceitas, lá foi nosso herói para mesa de cirurgia. Durante o processo, acontece um imprevisto: uma parada cardíaca. E a câmera não parou de filmar. Goulart sobreviveu e todas essas imagens fizeram parte do programa.
Talvez por conta da idade, Goulart de Andrade não é mais tão aventureiro como antes, mas deixou um legado importantíssimo para o jornalismo gozno. Tomara que aqueles que prestam cultam a esse estilo aqui no Brasil reconheçam a sua importância.
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sexta-feira, julho 11, 2003
Na edição especial Matrix, à página 39, faltou o crédito para a Folha de S. Paulo no box "As Referências Pop de Matrix".
O pequeno e lacônico texto reproduzido acima faz parte da edição número 8 da revista Zero e está publicado na página 62, ao final da seção de cartas e abaixo de outras erratas. Para quem não lembra do caso, o especial sobre o filme Matrix Reloaded trouxe um box sem qualquer tipo de crédito que na verdade foi publicado na Folha, em 1999. Seu autor, o jornalista Alex Maron descobriu que o texto fora chupado sem o devido crédito e denunciou o fato no seu blog (veja também textos aqui do Onzenet nos dias 3 e 11 de julho). Foi prometida uma retratação, a mesma que está reproduzida na abertura deste post. Resta saber se se a atitude da redação da Zero encerra de vez o caso.
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Rodney Brocanelli
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quarta-feira, julho 09, 2003
Está rolando um interessante debate sobre o futuro do jornalismo musical no site Comunique-se. Cortesia da colunista Ana Maria Bahiana. Nessa semana, ela diz que música sofreu um "racha". Resumindo, a jornalisita mostra que o consumo de música e o consumo de informações sobre música são coisas diferentes. E a vinda de uma nova geração que não está acostumada a comprar discos, mas sim baixar músicas da internet através de arquivos MP3, estará radicalizando esse processo. Para Bahiana, o perfil de futuras publicações on-paper sobre música deveria ser direcionado aos "coroas".
O texto joga bastante luz nesse debate. Eu não enxergo uma radicalização tão grande desse novo público que está consumindo música de graça. Ele vai se interessar por saber mais informações daquilo que ele baixou, não importa o meio. Se existir algum veículo que consiga suprir essa necessidade, o internauta corre atrás, seja na rede ou em papel mesmo, ainda que pagando. É bom lembrar que o preço de capa de uma revista é muito mais barato que o de um CD.
O nosso jornalismo musical se caracteriza por tentar antecipar tendências e lançamentos. Durante a época pré-Napster isso até funcionou. Além do mais, essa tarefa era facilitada fazendo um "cozidão" de informações de revistas importadas do eixo EUA-Inglaterra (muitos jornalistas, alías, ganharam fama e $$$ e fazendo isso por aqui). Talvez fosse mais interessante nessa fase de transição investir mais no esforço de reportagem, e não o de recortagem. Por exemplo: por que não se colocou um repórter para acompanhar as gravações dos CDs mais recentes do Skank e do Los Hermanos (isso só para ficar em dois lançamentos que estão dando o que falar) e procurar colher histórias interessantes de bastidores.
A proposta de uma revista segmentada a um público, digamos, mais idoso é válida. Eu acho até que já existe uma experiência nesse sentido que é a revista da Kiss FM, emissora especialista em classic rock daqui de São Paulo. Vamos aguardar para ver seus resultados. Pelos menos, ela chegou a sua segunda edição.
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Rodney Brocanelli
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sábado, julho 05, 2003
Fausto Silva estreou como apresentador de televisão em 1984. Até então, ele vinha tocando uma carreira bem sucedida como repórter esportivo de rádio e apresentador de um programa na antiga Rádio Excelsior (hoje CBN) chamado Balancê, que misturava o noticiário futebolístico com variedades, idéia de Osmar Santos. A atração se tornou tão popular, que acabou ganhando uma versão de auditório, com a participação de platéia e a introdução de números musicais ao vivo. O jornalista Goulart de Andrade (um dos gênios da tv ainda em atividade) foi realizar uma reportagem sobre o programa comandado por Faustão (já naquela época ele era conhecido assim) e teve um estalo: O Balancê era, na verdade, um programa de televisão feito no rádio. Nascia assim o Perdidos na Noite, que começou como um quadro no 25/a Hora, programa de Goulart na TV Gazeta. Não demorou muito e o Perdidos foi ganhando vida própria e se transferindo para a TV Record.
O Perdidos na Noite inovou em termos de linguagem. Era a antítese de tudo o que se fazia na televisão, mas se acorando numa fórmula simples: um apresentador desbocado (Fausto Silva), uma dupla de humoristas-imitadores (Tatá e Escova), um sonoplasta esperto que colocava sempre a trilha sonora no momento certo (Johnny Black) e uma produtora que acabou virando atração do programa (Lucimara Parisi). Não dá para esquecer a participação do publico, que levava faixas e cartazes e acabava por interferir no programa. Tudo isso dava um ar de informalidade, descontração e uma certa anarquia, até O Perdidos ia na contra-mão do tão bem falado Padrão Globo de Qualidade, imposto na admintração Boni, no qual tudo tinha de ser certinho e bem feitinho.
Tudo ia bem, até que de repente, vem a surpresa. Em 1988, Faustão assina contrato com a Globo para comandar uma atração dominical. Isso deixou muita gente surpresa, pois a existência do Perdidos era uma crítica formal ao modo como eram conduzidas as atrações da emissora que na época estava sediada no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Para alguns, era uma espécie de traição. Não dava para imaginar que uma pessoa se deixasse cooptar pelo mesmo sistema que era vítima de suas ácidas críticas.
Pode parecer um exagero, mas depois que estreou na Globo, Faustão nunca mais foi o mesmo. Em seu lugar apareceu um apresentador que demonstra estar insatisfeito com as atrações que apresenta. Se na época de Perdidos, ele tinha presença de espírito suficiente para tirar de letra qualquer situação embaraçosa, Silva hoje prefere brigar com a produção no ar.
O publico sentiu uma certa saturação no discurso de Fausto Silva e, em 1997, decidiu prestigiar outro programa de auditório dominical, o Domingo Legal, apresentado por Gugu. Foram quase cinco anos de derrotas sucessivas no Ibope até que a situação mudou no ano passado. Alavancando pelo futebol, o Domingão do Faustão voltou a ser líder de audiência. Porém, isso não serviu para afastar os problemas. O inicidente envolvendo o cantor Lulu Santos é prova disso. Ele não é o primeiro e nem será o último artista a reclamar do tratamento recebido ao participar do programa. Lulu fez o que achava certo, escreveu uma carta aberta e expôs em publico a situação constrangedora da qual foi vítima. Fausto respondeu em seu programa do último domingo. Porém, não o fez de forma elegante. Preferiu reclamar do modo como Lulu levou a situação e disse que o assunto não deveria ter sido tratado em público. Uma argumentação estranha para quem no início de carreira fazia questão de mostrar os bastidores de seu programa em público.
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Rodney Brocanelli
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