terça-feira, abril 29, 2003

Pois é, o meu artigo para a Coluna Vertebral desta semana na verdade é o mesmo post (com algumas correções) do Onzenet sobre a banda Pretenders e os julgamentos que nunca são definitvos no que diz respeito a música. Dois fatores pesaram na transcrição deste texto no site: um foi a boa repercussão que ele teve aqui no blog. E também que, por uma distração minha, só me dei conta de que tinha de mandar a coluna faltando dois dias para o prazo final (sim, podem me chamar de relapso). Como não tinha assunto inédito na cabeça, resolvi pegar daqui algo que já estava pronto (ê decadência). Espero não virar um novo Arnaldo Jabor, que por diversas vezes fica requentando seus próprios artigos. Por outro lado, como o perfil dos leitores do blog e os do site da Brasil 2000 são diferentes, creio que não há tanto problema assim. Prometo melhorar pro mês que vem.

segunda-feira, abril 28, 2003

O futebol deveria ser um tema mais presente aqui neste blog, mas a grande verdade é que não me sinto animado a escrever. Os últimos acontecimentos envolvendo o Palmeiras, porém, servem para que eu rompa o silêncio. Jogar a bomba nos jogadores pela atual má fase, é fácil, mas o técnico Jair Picerni tem lá sua parcela de culpa. Ele insiste em usar o esquema 4-4-2, que só faz tornar evidente cada vez mais as limitações do elenco. Vejamos, os laterais Neném (que foi dispensado) e Marquinhos são deficientes na defesa. Por que então não adaptar um esquema 3-5-2 e solta-los mais ao ataque, onde rendem melhor? Em vez de tentar adequar um esquema para os jogadores, Picerni insiste no contrário. Acaba resultando em vexames como o da última quarta-feira, quando o Palmeiras foi goleado pelo Vitória (7 a 2).
Quem inventou que Jair Picerni é um bom técnico deveria ser internado num hospício. Na década de 80, ele ganhou o título de "Rei do Vice", pois as equipes que dirigiu sempre acabavam derrotadas nas decisões, entre elas um vice-campeonato paulista com o Corinthians, em 1984, e a medalha de prata no torneio olímpico de futebol nos jogos de Los Angeles-1984. Agora, no Ano Zero, devidamente ressucitado pelo São Caetano, ele não conseguiu evoluir. O time do ABCD paulista que o diga. Três vice-campeonatos consecutivos, sendo que o da Libertadores-2002 foi o mais doído. É preciso parar de jogar a culpa apenas nas costas do presidente Mustafá Contursi, que já deveria ter renunciado. A imprensa esportiva anda muito condescendente com Picerni.

Acho que nem todos os telescpetadores já perceberam, mas as transmissões diretas da Globo e de outras emissoras estão identificadas com o selo de "ao vivo". Antes, era sem esse "ao", composição da preposição "a" com o artigo "o", mas com a entrada no mercado de telefonia celular da empresa Vivo, a ordem é evitar qualquer tipo de associação com a marca para não parecer comercial de graça.
O curioso é que até a década de 90, o selo "ao vivo" era utlizado sem qualquer tipo de problema. Na Guerra do Golfo, a Globo decidiu inovar, sabe-se lá o porque, e adotou a forma "vivo", talvez para se igualar ao "live" das redes de tv norte-americanas. As concorrentes nacionais imitaram esse padrão. Agora, volta tudo a ser como era antes.

domingo, abril 27, 2003

Enfim, um Rodney de sucesso. É o jogador de basquete Nenê, que atua na NBA, a liga de basquete profissional norte-americano, defendendo o Denver Nuggets. Seu nome de batismo? Rodney Hilário.

sexta-feira, abril 25, 2003

E a discussão sobre os partidos políticos da critica musical chega ao site do jornalista Claudio Tognolli. Para mim, foi uma surpresa agradável.

Vão todos visitar o Assessorindie- novos links de bandas, e-zines, agenda de shows e festas e o incrível "quem é quem", com endereços dos produtores de shows e jornalistas mais quentes do mercado pra você que tem banda divulgar o seu trabalho e conseguir shows por todo Brasil.

quarta-feira, abril 23, 2003

Oba, o papo sobre o Pretenders rendeu pacas. O Rafa Gushiken lembrou aqui no sistema de comentários que eles regravaram "Everyday is Like Sunday", uma pepita de ouro da carreira-solo de Morrissey. Essa música tocava direto (e marcou bastante) na última fase de 97 FM, aqui de São Paulo, antes de se dedicar a dance music. Além dessa, a banda de Chrissie Hynde cravou mais duas covers certeiras na carreira, ao meu ver: uma delas é "Creed", do Radiohead e a outra, minha preferida por sua dose certa de psicodelia, é "Bold as Love", que saiu num CD tributo a Jimi Hendrix chamado Stone Free. Essa música foi rodada na primeira audição do Garagem, em 1999, na Rádio Brasil 2000, bem no finalzinho do programa, por cortesia do Álvaro Pereira Jr, um de seus mais conhecidos fãs por aqui. Eu também a tocava muito em meus programas de rádio na Onze, isso em 1995, 1996. Saí na frente deles...he he he
Vale a pena procurar "Bold as Love" e as outras em arquivos MP3.

sábado, abril 19, 2003

Oh, why you look so sad
Tears are in your eyes
Come on and come to me now
Don’t
Don’t be ashamed to cry
Let me see you through
‘Cause I’ve seen the dark side, too
When the night falls on you
You don’t know what to do
Nothing you confess
Could make me love you less
I’ll stand by you (2x)
Won’t let nobody hurt you
I’ll stand by you
So if you’re mad get madder
Don’t hold it all inside
Come on and come to me now
Hey, what you got to hide?
I get angry, too
Well I’m a lot like you
When you’re standing at crossroads
And don’t know which path to choose
Let me come along
‘Cause even if you’re wrong
I’ll stand by you (2x)
Won’t let nobody hurt you
I’ll stand by you
Take me into your darkest hour
And I’ll never desert you
I’ll stand by you
And when, when the night falls on you, baby
You’re feeling all alone
You won’t be on your own
I’ll stand by you (2x)
Won’t let nobody hurt you
I’ll stand by you
Take me into your darkest hour
And I’ll never desert you
I’ll stand by you (2x)
Won’t let nobody hurt you
I’ll stand by you
Won’t let nobody hurt you
I’ll stand by you (2x)
Take me into your darkest hour
And I’ll never desert you
I’ll stand by you...

Um dos grandes problemas da crítica musical é o de tentar dar a palavra final em tudo. Na verdade, a culpa nem é dos críticos em especial, mas sim da estrutura da grande imprensa que só se dedica a analisar obras quando de seu lançamento. Por mais que o profissional tenha dedicado horas preciosas da sua vida para aquela análise, o seu julgamento é feito sob o impacto da primeira impressão. Será que se uma obra em especial caisse em suas mãos depois de sete anos, por exemplo, sua avaliação seria a mesma? Talvez não e sei de muitos casos assim. Se a coisa funciona desse modo com o crítico, imagine então com o ouvinte comum. Vou contar uma histórinha que ajuda bem a ilustrar um pouco esse lance de mudarmos de opinião. Eu gosto muito dos Pretenders. Acho até que as duas únicas pessoas que assumem isso somos eu e o Álvaro Pereira Jr. Pois bem, lá pelos idos de 1993 ou 1994, eles regravaram "I'm Not In Love", grande hit do 10CC para a trilha sonora do filme "Proposta Indecente". Quando ouvi, torci o nariz: "isto não pode ter sido gravado pela mesma banda que nos deu 'Message To Love', 'Middle Of The Road', "Back on The Chain Gang", 'My Baby'..." Desde essa decepção, passei a não acompanhar mais com assiduidade o trabalho dos Pretenders. Quase até que deixei de gostar deles. Corte rápido, vamos para o ano de 1995. Eu estava fazendo cursinho pré-vestibular lá no Paraíso, mas eu ficava mais fora da sala de aula do que nela. Sempre ia para o Shopping Paulista e, invariavelmente, entrava nas lojas de CDs para dar uma fuçada. Foi a época em que eu comprei meus CDs mais bacanas, diga-se de passagem. Numa das minhas garimpagens, acabei encontrando um que logo chamou minha atenção: "The Last of Independents"....dos Pretenders! Como o preço estava convidativo, 15 reais (ah, se todos valessem esse preço), resolvi leva-lo para casa. Aliás, esse foi o fator primiordial para minha aquisição. A única música que conhecia era "I'll Stand by You" (a letra aí de cima), que seria um hit. Era um risco enorme comprar um CD só pra ver como é que é. Porém, quando eu o coloquei para ouvir e travei contato com aquelas sensacionais baladas, todo aquele pé atrás que eu adquiri caiu por terra.
Como este post vai ficar muito longo, faço uma interrupção para colocar mais uma letra do Pretenders.

EVERY TIME I END UP WAKING UP
IN SOME HOTEL WITHOUT MY
SET OF KEYS
COMING TO, REMEMBERING THE WAY
YOUR TURNED ME OUT WHEN I WAS
ON MY KNEES
YOU THINK THAT WAS
ONE UP FOR YOU
BUT I KNOW I SCORED SOMETHING TOO

WHEN I SEE THE WAY YOU HAVE TO STRUGGLE
JUST TO DO A LITTLE SIMPLE THING
I FEEL APOLOGETIC
JUST BECAUSE I'M NOT PARTICULARLY SUFFERING
SO I LET YOU TAKE ME DOWN
I'M LIKE YOUR RENT-A-CLOWN

WHEN I SAW MY BABY CRY
I KNEW THAT HE LOVED ME
THAT WAS SOME GREAT VICTORY
HE CRIED BECAUSE OF ME
HE HIT ME WITH HIS BELT
BUT HIS TEARS WERE ALL I FELT
WHEN I SAW MY BABY CRY
I KNEW HE LOVED ME

WHEN YOU TRY AND CUT ME DOWN
AND PUSH ME BACK
IF I ATTACK YOUR ATTITUDE
I RISE UP TO THE CHALLENGE 'CAUSE
I LIKE TO TASTE THE SUGAR OF YOUR VIOLENT MOOD
JUST LIKE A STORMY SEA
YOU'RE NATURAL
POETRY TO ME

WHEN I SAW MY BABY CRY
I KNEW THAT HE LOVED ME
THAT WAS SOME GREAT VICTORY
HE CRIED BECAUSE OF ME
HE HIT ME WITH HIS BELT
BUT HIS TEARS WERE ALL I FELT
WHEN I SAW MY BABY CRY
I KNEW HE LOVED ME
I KNEW HE LOVED ME

Pois é, o Pretendres nesse CD não tinha mais aquela energia punk dos primeiros trabalhos. Nada mais natural. Não iria ter muita graça ver a Chrissie Hynde do alto de seus 40, 50 anos tentando ser uma moça de 20 e poucos. O pior é que tem muito rockeiro por aí que já passou da idade de ficar pulando pelo palco, mas continua a fazer isso, não se importando o quão pode ser ridícula essa situação, só que esse é um tema para ser desenvolvido melhor num outro dia. Voltando aos Pretenders, é claro que em "Last of The Independents" há músicas com, digamos, mais peso, mas nesse caso não é nada forçado, como pode ser conferido em "Night In My Veins". Porém, nesse CD, o forte são as baladas, a começar pelo hit "I'll Stand By You". Hynde estava inspirada quando a escreveu. É uma declaração de amor e tanto. Não há como não ficar sensibilizado com alguém que diz te esperar. E o amor, ao menos o amor verdadeiro, como escreveu o apóstolo Paulo, a tudo espera. São essas e outras coisas que tornam "The Last of Independents" tão especial. A letra aí de cima é "977" e fala sobre um tema pouco comum: a violência doméstica. Outra baladaça que merece audição é "Every Mother' Son". Para fechar os destaques deste CD, uma cover de Bob Dylan: "Forever Young", numa letra que dizem ser dedicada para seu filho Jackob.
Enfim, a vida é assim mesmo. No fim das contas, sempre encontramos aquilo que nos toca nas coisas maissimples, nas quais nunca esperamos algo. E na música, não poderia ser diferente.
Para encerrar, vou fugir as características deste blog e deixar para vocês a mais uma letra. Com essa próxima, são três só neste post. Com vocês, "Forever Young".

MAY GOD BLESS YOU AND KEEP YOU ALWAYS
MAY YOUR WISHES ALL COME TRUE
MAY YOU ALWAYS DO FOR OTHERS
AND LET OTHERS DO FOR YOU
MAY YOU BUILD A LADDER
TO THE STARS
AND CLIMB ON EVERY RUNG
AND MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

FOREVER YOUNG
FOREVER YOUNG
MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

MAY YOU GROW UP
TO BE RIGHTEOUS
MAY YOU GROW UP TO BE TRUE
MAY YOU ALWAYS KNOW THE TRUTH
AND SEE THE LIGHTS SURROUNDING YOU
MAY YOU ALWAYS BE COURAGEOUS
STAND UP RIGHT AND BE STRONG
AND MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

FOREVER YOUNG
FOREVER YOUNG
MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

MAY YOUR HANDS ALWAYS BE BUSY
MAY YOUR FEET ALWAYS BE SWIFT
MAY YOU HAVE A STRONG FOUNDATION
WHEN THE WINDS OF CHANGES SHIFT
MAY YOUR HEART ALWAYS BE JOYFUL
MAY YOUR SONG ALWAYS BE SUNG
MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

FOREVER YOUNG
FOREVER YOUNG
MAY YOU STAY
FOREVER YOUNG

sexta-feira, abril 18, 2003

Ah sim, eu não podia deixar passar batido a notícia mais bacana do mundinhos dos blogs. O Cinema Cuspido e Escarrado completou também seu primeiro aniversário. E naquele espírito de "quem ganha o presente é você", o grande Marcelo Valletta publicou uma resenha feita pela Dani Bee, para inaugurar a seção Woman in Porn.

quinta-feira, abril 17, 2003

E agora, as últimas notícias do mundinho dos blogs:

-O bom Never Mind The Bollogs, sobre música, saiu misteriosamente do ar. Será que é por pouco tempo?
-O Rádio Base, primeiro blog dedicado ao rádio do Brasil, mudou de endereço. Agora, ele está sob o guarda-chuva do Blogger Brasil. Só espero que não aconteça nenhum tipo de problema quando se criticar as emissoras do Sistema Globo de Rádio.
-O Nonstop, do Henrique Brito, mudou de nome. Agora se chama Pensata.
-Um blog bacana que eu achei na rede foi o Forbbiden Toughts. Vale pelas pérolas publicadas que rolam nas salas de aula.
-O bianc@line é um blog sobre jornalismo on-line, misturando textos da própria blogueira com outros de autores diversos publicados na rede. Esse tema, aliás, ganha cada vez mais espaço na Internet.

Alô, pessoal da Folha On Line. Mais uma vez venho reclamar da inconstância com a qual vocês estão tratando as colunas Escuta Aqui e Outra Freqüencia no canal Ilustrada. Vocês irão incluir as mesmas no site sempre que elas sairem ou vai ser naquele esquema de uma semana sim e a outra depende da boa vontade do editor?

segunda-feira, abril 14, 2003

Sobre a questão dos vazamenos de CDs na Internet prestes a serem lançados, o Alexandre Matias, do Trabalho Sujo avança um pouco e dá a palavra final:
A circulação do disco na internet antes de seu lançamento em funcionamento em comum com a base online de fãs - usando o site como termômetro daria - uma boa idéia se o público que baixou o disco comprou ou não o CD quando ele for lançado. Apostaria minhas fichas que sim, se o atual preço do CD (30 reais) não fosse um acinte à realidade. E o melhor exemplo é a banda favorita dos caras, o Weezer, que deixou o Maladroit aberto, com demos, versões alternativas e o cacete de graça no próprio site para, depois de definir o que seria o disco, ver o mesmo chegar ao número 3 da parada de discos americana vendendo um milhão de cópias em uma semana (nada mal, em tempos que o líder de venda de discos nos EUA é o Linkin Park, com míseros quatro milhões). Outro ótimo exemplo de fidelidade do público são os discos do Radiohead, que, desde o Kid A, aparecem na rede antes de serem lançados.

Acho que já está na hora de voltar ao tema Clube da Luta.
Não sou o tipo de pessoa que é fanático por cinema. Há muito tempo, não entro numa sala e não sou do tipo que para tudo apenas para assistir a um filme exibido na tv. Mas alguma coisa me atraia para ver Clube da Luta, talvez porque tivesse uma música do Pixies na trilha sonora: "Where is My Mind?". Enfim, a chance de vê-lo chegou no último sábado, na Globo.
Mantenho a minha impressão inicial: é o filme mais pirado e doente que eu já vi na vida. E essas são as duas qualidades que seguram o Clube da Luta. O espectador tem de embarcar naquela doideira toda e torcer para conseguir voltar são ao seu final. A subversão da estrutura narrativa é outro ponto a favor. O personagem Jack, do Edward Norton, narra o filme todo na terceira pessoa, mas num dado momento ele se vira para a câmera e conversa com o espectador para explicar duas situações das mais absurdas. Outro ponto que conta a favor é a reviravolta final. A coisa não se resume apenas a um clube de luta criado por Jack e Tyler (Brad Pitt). É muito maior que se imagina.
Eu costumo preferir obras que deixam margem a vários tipos de intrepretações, que não tentam passar enfiar apenas uma mensagem goela abaixo de quem está vendo/ouvindo/lendo. Qualquer análise a ser feita sobre Clube da Luta não está de todo errada. Ele pode ser tanto uma ácida crítica à sociedade de consumo, como pode ter um quê de homoerotismo. ou ainda ser um tratado sobre a esquizofrenia. Cada um que pegue a sua mensagem. Porém, mais que tudo isso, Clube da Luta é um filme que empolga. Confesso que não me sentia assim desde que eu vi Os Intocáveis no cinema, em 1987, e Paris, Texas em vídeo, no ano de 1991.
Espero que numa próxima reprise, a Globo mantenha os créditos até o final para que todos possam desfrutar de "Where is My Mind?". A música do Pixies dá o completo sentido a toda aquela loucura.

O leitor do Onzenet já percebeu como está cada dia mais corriqueiro o vazemento na Internet de arquivos MP3 com trabalhos inéditos de bandas importantes que ainda estão em estúdio? Temos dois exemplos recentes, um internacional e outro doméstico. O novo álbum do Radiohead vazou na rede com uma facilidade nunca antes imaginada. Por aqui, as músicas do novo CD a ser lançado pelos Los Hermanos ficaram por um bom tempo à disposção de quem quisesse no Soulseek. Dá para abrir uma bolsa de apostas quanto ao próximo vazamento. E fica a grande pergunta no ar: será que esse tipo de coisa é proposital ou foge mesmo ao controle dos artistas?

domingo, abril 13, 2003

O Clube da Luta é o filme mais doente e pirado que eu já vi na vida. Já entrou para o meu panteão de crássicos. Pena que a Globo teve de estragar justo o final.

sábado, abril 12, 2003

Sadness had been
Close as my nexter kin
Then happy came one day
And chase my blues away

My life became one happy smile
Sweet like candy to a child
Stay here and love me just a while
Let sadness see what happy does
Let the happy be where sadness was

(So) happy that you...
You made my life brand new
Lost as a little land was I
Till you came in

My life became one happy smile
Sweet like candy to a child
Stay here and love me just a while
Let sadness see what happy does
Let the happy be where sadness was, till now

Where have I been?
With life time was dying
Suspended between time and space
Lonely until...

Happy came smiling up in me
Sadness had known just what to be
I swear a prayer so silently
Let sadness see what happy does
Let the happy be where sadness was
Till now...


Na semana que passou, a Bandeirantes exibiu em primeira mão na tv aberta o documentário com Michael Jackson realizado pela televisão inglesa. O resumo da ópera é o seguinte: o cara tem sérios problemas emocionais e precisa urgentemente de tratamento, mas quem será o corajoso lhe dizer isso? Talvez essa tenha sido a grande pergunta que o jornalista inglês Martin Bashir (ele é cara do Jorge Kajuru) deveria ter feito a Jackson nas sessões de entrevistas: por que ele sempre pensou em cuidar do lado estético e não da cuca?
Sempre tive a impressão de que MJ é o típico caso de astro que está cercado por gente interessada apenas em seu dinheiro e não na resolução de seus problemas. Não fosse por isso, ele já teria feito uma terapia há muito tempo e não perderia mais seu tempo com bizarrices de qualquer espécie. Esse é o lado triste do show business.
A canção que eu resolvi destacar é da fase em que Michael Jackson era um astro-mirim, nos anos 70. Chama-se "Happy". Não está creditada ao Jackson Five, mas a ele próprio. É uma de suas melhores interpretações, embora um ouvinte mais distraído possa confundir o sexo de quem está cantando. Trata-se de um soul romântico bacana, muito bem arranjado (reparem no baixo que fica bem lá atrás na mixagem, mas com muito suingue). Há uma pequena dúvida na letra. Será que não caberia melhor o advérbio "felicidade" em vez de "feliz em alguns trechos, especialmente em "Let sadness see what happy does"? Porém, isso não é nada que comprometa seu brilho. Essa música fez parte de um filme cujo título original é "The Lady Sing The Blues". Não sei dizer se chegou aqui no Brasil. "Happy" também fez parte da trilha sonora da primeira versão da novela "Pecado Capital", aquela do taxista Carlão.

terça-feira, abril 08, 2003

Mais uma opção para os aficionados pelo jornalismo na internet. Está no ar a revista Bala. A primeria coisa que faço quando tenho uma revista nas mão ou leio uma pela net é dar uma olhada no expediente para ver quem escreve, quem edita, etc. No caso da Bala, os nomes que estão por trás desse projeto são bons, então penso que ela tem tudo para dar certo.

É necessária uma correção aqui: escrevi que o jornalista Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, teria
chegado a Bagda a partir de Nova York. Errei. Ele saiu de São Paulo mesmo, uma vez que ele deixou o posto de correspondente do jornal naquela cidade norte-americana. Soube disso através da entrevista que Dávila mais o fotógrafo Juca Varella concederam à Jô Soares, que voltou com programas inéditos.
O papo rolou via satélite, uma vez que os jornalistas estão no Qatar, esperando uma oportunidade de entrar novamente no Iraque. Os dois deixaram o país acertadamente, uma vez que a segurança dos profissionais destacados para acompanhar a guerra estava cada vez mais comprometida. O hotel Palestine, onde estavam hospedados os brasileiros, além de jornalistas do mundo todo que lá permaneceram, foi atacado hoje.
Abrindo um parêntese na guerra, eu queria ser como o Jô, que creio ser o único trabalhador na face da terra a desfrutar de quatro meses de férias (praticamente) por ano. Conheço gente que tem de ralar muito para conseguir 30 dias.

segunda-feira, abril 07, 2003

Assistindo a transmissão do GP Brasil de F-1 me ocorreu uma tese que quero dividir aqui com vocês. Cada cidade que organiza uma prova acaba transmitindo uma imagem para o mundo. Enquanto Mônaco exibe os iates, os belos apartamentos, as vida glamurosa, São Paulo tem para exportar aos espectadores espalhados pelo mundo a imagem do conjunto habitacional Cingapura.

sábado, abril 05, 2003

O Metrópolis, revista cultural da Rede Cultura, completou 15 anos de vida nessa semana e a emissora fez uma retrospectiva de sua história. Para começar, trata-se de um acontecimento importante. As emissoras de tv abertas não têm essa preocupação de cobrir com seriedade a área de artes e espetáculos, preferindo dar espaço para o jornalismo de celebridades (um exemplo é o TV Fama, da Rede TV!). Uma das poucas iniciativas de se fazer jornalismo cultural na televisão comercial aconteceu em 1983, com o Manchete Panorama, na extinta rede que pertencia ao Grupo Bloch.
Voltando a falar do Metrópolis, nessa semana comemorativa, alguns dos apresentadores antigos do programa foram convidados a participar da atração, concedendo depoimentos. Foi bacana ver novamente na tv depois de tanto tempo a jornalista Maria Amélia Rocha Lopes, que fazia parte da primeira equipe de apresentadores. Ela está um tanto rechonchuda depois de quinze anos. Outro destaque, foi ver Lorena Calábria entrevistando o cineasta Hector Babenco, sobre seu novo filme "Estação Carandiru". Alías, num determinado momento da entrevista, ela deu uma cruzada de pernas que fez muito marmanjão desmaiar. Cadão Volpato, que foi marido de Lorena na época em que apresentavam o programa, e Ricardo Soares, com sua indefectível língua presa, também participaram dessa semana festiva do Metrópolis. Que tenha vida longa.
Pelo jeito a Cultura anda passando em revista alguns aspectos de sua história. O Hora do Esporte também tem levado ex-profissionais da casa na área esportiva. Na última segunda-feira, o entrevistado foi José Carlos Cicarelli, locutor esportivo que atuou nas décadas de 70 e 80. Naquele período, a emissora dedicava muito mais espaço ao futebol, exibindo os tapes das partidas principais da rodada. Isso se deveu a um fato curioso. A toda-poderosa Globo não tinha um bom equipamento para transmissões externas, mas a Cultura, sim. Então, fez-se um acordo operacional mais que justo. A Cultura emprestava o equipamento para a Globo. Como retribuição, a primeira teve acesso a alguns eventos esportivos de ponta, como as copas de 74, 78 e 82, alguns GPs Brasil de F-1 e a olímpiada de 80. Quem acompanha futebol pela tv , certamente irá se lembrar do estilo de transmissões esportivas da emissora paulistana. Eram duas câmeras bem fechadas no campo, replay em câmera lenta e um relóginho que marcava o tempo de jogo. Tudo isso pode parecer ultrapassado hoje, mas na época era o que havia de melhor. Aliás, as transmissões esportivas melhoraram por aqui a partir da década de 90 e dois fatores contribuiram para isso. Um deles foi que a mesma Cultura passou a transmitir os jogos do Campeonato Alemão de futebol que tinham um alto padrão de imagens. A Premiere, emissora a cabo alemã que detinha os direitos e gerava as imagens, chamou vários cineastas para discutir que melhorias deveriam ser feitas. O resultado foi uma pequena revolução, que acompanhamos aqui comodamente em nossos sofás. O outro fator foi a entrada da extinta Jovem Pan TV (canal 16, em São Paulo), que também passou a cobrir jogos de futebol. Apesar de não ter dado certo, a emissora só durou dois anos, ela trouxe equipamentos importados para operar e fez, com isso, grandes transmissões dos jogos do Campeonato Paulista de 1991. Com isso, as outras emissoras tiveram que tirar a diferença. Quem assiste as transmissões da Globo nos dias de hoje nem imagina que no passado, ela não tinha estrutura nem para mostrar um GP Brasil de F-1
Para finalizar esse papo sobre a Cultura, acho que algo de errado acontece na produção do Vitrine. Os mais atentos devem se lembrar que no começo do ano parte da equipe foi demitida sob o pretexto de uma mudança na linha editorial. Pois bem, estamos no começo de abril, e reprises ainda estão sendo exibidas. Para agravar a situação, um mesmo programa (o de 30/10/2002) já foi exibido duas vezes nessa temporada que, em tese, seria de férias. Não há nenhuma pista de como seria esse novo Vitrine e, até a data em que eu escrevo, definição para a sua reestréia.

sexta-feira, abril 04, 2003

Pô, procurar no Google análise de Faroeste Caboclo é fim de carreira. Não é uma tarefa difícil fazer isso. Basta usar um pouco a cabeça.

Não é novidade para ninguém que o Estado sempre tratou a cultura com descaso. O exemplo mais recente aconteceu aqui em São Paulo. O Museu de Artes Gráficas (MAG), da Secretaria de Estado da Cultura, está prestes a fechar quase quatro meses após a sua inaguração, em dezembro de 2002. Na época, o titular da pasta era o sr. Marcos Mendonça, que fez a proposta do MAG sair do papel. O governador Geraldo Alckmin, mesmo com a reeleição, fez uma troca em algumas secretarias e indicou o nome da sra. Claudia Costin para ficar na Cultura. Com essa mudança, começaram os problemas para o museu.
Para justificar o fechamento do MAG usou-se de desculpas absurdas. Uma das principais é que, segundo a nova filosofia da Secretaria, o museu não tem interesse para o público, só para um grupo pequeno de desenhistas. Outra das argumentações é de estarrecer: "a secretária discorda da importância dos quadrinhos na educação e como objeto de leitura das crianças". Isso tem um nome: preconceito, e dos piores. E vem de onde se menos esperaria vir.
Está rolando na Internet um abaixo-assinado na tentativa de demover a Secretaria da Cultura dessa idéia. Os interessados em colaborar deverão entrar nesse site. Vale a pena assinar. A causa é justa.

quinta-feira, abril 03, 2003

A equipe do blog Rádio Base, o primeiro a tratar do rádio no Brasil, resolveu diversificar suas atividades. Foram criados quatro blogs-filhos, abordando outras mídias e manifestações artísticas. Um deles é agenda de shows pela cidade de São Paulo, o Agenda Base. Os outros vão falar de outras mídias: o Cine Base, sobre cinema, o TV Base, sobre televisão e o Som Base. Todos eles são blogs coletivos, nos quais seus integrantes postam informações e opiniões, além da participação dos leitores. O modelo seguido é o do blog-pai, o Rádio Base, e a julgar pelo seu sucesso, os filhos vão seguir o mesmo caminho. Eu estou contribuindo com o Som Base e os leitores do Onzenet também poderão me acompanhar por lá

quarta-feira, abril 02, 2003

Hoje é dia de festa. O Onzenet está completando o seu primeiro aniversário neste 2 de abril. Eu era o tipo do sujeito que via os blogs com alguma desconfiança. Achava que se tratava de uma coisa feita por pessoas a fim de ficar divulgando por aí seu cotidano apenas por vaidade. Com o tempo, percebi que não é bem assim. O blog pode ter várias utilidades. Uma delas é fazer amigos, como me disse certa vez Marcelo Valletta. Portanto, mais do que dar meus pitacos sobre assuntos interessantes para mim e pretensamente tentar explorar uma forma de jornalismo, com o Onzenet, pude tanto manter por perto amigos que eu fiz ao longo desses anos como conquistar novos. Esse é um dos saldos visísveis deste ano que passou.
Outro dia, eu tava dando uma olhada em grande parte das coisas que escrevie percebo que depois de um começo meio titubiante, creio ter acertado a mão nesses últimos meses, a partir de agosto do ano passado. Mas não me arrependo de nada que tenha feito aqui. Os primeiros textos vão continuar no ar (isso é, se o Blogger não der pau com os arquivos), até porque não sou daqueles que são adeptos da filosofia "esqueçam o que eu escrevi". Se estão legais ou não, se estão corretos do ponto de vista gramático ou estilistico, isso são coisas que não me deixam preocupado. É uma forma de ser honesto com vocês e comigo mesmo. De mostrar que eu acerto, que eu erro, mas, principalmente, que nunca deixo de tentar (e foda-se, vou deixar três "ques" numa frase só; desta vez me permito).
Aliás, quero deixar aqui uma citação de Luis Fernando Veríssimo, em seu maravilhoso texto: "O Gigolô das Palavras (ganhei esse livro de presente; pena que a pessoa depois mostrou ter um péssimo caráter):
"Escrever bem, é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover...Mas aí entramos na área do talento, que também nada tem a ver com Gramática)"
Vou me dar direito a fazer uma "Sessão Maguila" aqui. Agradeço a Johnny Lost (por contribuir com o sucesso deste blog fazendo o design), Marcelo Valleta, pessoal do blog Rádio Base (Marcos Ribeiro e Marcos Lauro), Henrique Brito, Mani, Mimi, Bruno Asp, Gilberto Custódio Jr, Dani Bee, Ludwig de Las Nieves, Ana Paula (blog A Ostra e o Vento), Silvana Castro, Fabio Carbone, Bruno Privatti, Alexandre Inagaki, Marinilda Carvalho, The Unbearable, pessoal do blog Página 2, Megssa Fernandes, André Palugan, Gim Tones, Vanessa Mael, Rafa Gushiken, Flavia Durante, Uh-Oh, Elder Tanaka, May, Roberta, Getulio Suman, Bruno Urbanavicius, Kath, Juliano Oliveira, o povo da sala de música do Terra (mesmo aqueles que me odeiam), vocês que deixam comentários eventuais sobre os posts...enfim, é muita gente e acho que vou esquecer de algumas pessoas, mas saibam que todos vocês ajudaram e muito para que o Onzenet chegasse ao seu primeiro ano de atividades. Obrigado

terça-feira, abril 01, 2003

Logo hoje o Onzenet tinha de ficar fora do ar quase o dia todo? Pareceu até brincadeira de primeiro de abril, mas não foi. O Blogger deu pau e isso refletiu justamente por aqui. Mas não tem nada, não. Estamos de volta

Não sou muito de ficar de ficar publicando aqui frases de outras pessoas, mas essa vale a exceção:

"Em uma carta ainda pode cair
uma lágrima, mas um e-mail nunca
se fará acompanhar de emoções”

José Saramago, escritor

E a Igreja Unversal do Reio de Deus continua aumentando a sua rede de rádio. Desde as 19hs desta segunda, a Enseada FM, de Santos, é a mais nova integrante da Rede Aleluia. A emissora, antes da venda, vinha colocando no ar uma boa programação no segmento pop/rock. É triste constatar isso, mas o rádio do interior está morrendo aos poucos. A Enseada é apenas mais uma da extensa lista de rádios fora do eixo das grandes capitais que estão sendo controladas por igrejas evangélicas denominacionais. E cada vez mais profissionais de rádio e tv, vêem seu campo de trabalho reduzido.
Ok, vivemos num país que garante a liberdade religiosa e que o Estado é laico, mas não será que está da hora do governo entrar no circuito e regulamentar essa história, impedido que rádios sejam arrendadas por igrejas ou instituições ligadas as mesmas? É até compreensível que se algue um horário vago, va lá, varias emissoras fazem isso, mas as 24 horas de programação me parece demais. Nem o Edir Macedo deve ouvir a sua rede de rádio o dia todo. Uma outra alternativa seria criar um canal ecumênico em cada cidade e que todas as igrejas tenham nele seu espaço.

 
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