sábado, novembro 23, 2002

Boa notícia que pinta no sistema de comentários merece ser reproduzida aqui:

Caro Rodney,
Eu tenho uma boa notícia. Conquistei minha independência virtual! Ou seja lá o que for... Zé Pequeno manda avisar que Letradas.hpg é o caralho! Agora é www.letradas.com.br
Esperamos sua visita!
Até mais.

Ader Gotardo

quinta-feira, novembro 21, 2002

Depois de um pequenissimo recesso, estou de volta para atualizar o blog Onzenet.
A minha mamata de usar o serviço de banda larga apenas pela Telefonica terminiou e a de muita gente também. Desde a última terça, para acessar o serviço Speedy, agora é necessário digitar o endereço de e-mail e a senha num pop up que abre automaticamente ao iniciar o IE ou outro navegador qualquer. Isso foi por uma imposição dos provedores de acesso que oferecem esse tipo de serviço.
Durante muito tempo, muita gente contratou o serviço Speedy sem passar pelo provedor. Eu mesmo fiquei nessa por mais de um ano. Isso evitava o alto preço cobrado pelos UOLs, IGs e Terras da vida pelo acesso não-discado. Porém, nessa vida, tudo o que é bom dura pouco. Houve até uma tentativa de se reagir contra essa prática da assinatura casada. Um blog sobre o assunto até foi lançado na Internet, mas pelo jeito a luta foi deixada de lado, pois a úlitma atualização é de agosto. Agora, só resta aos usuários pagarem mais de 100 reais pelo acesso à banda larga. Metade desse valor vai para a Telefonica, a outra vai para os provedores de acesso. É mais uma má notícia para o bolso já quase furado do consumidor.

terça-feira, novembro 19, 2002

O Brasil continua a viver a sua sina de receber com bastante atraso shows de bandas já consagradas. A lista é extensa e talvez o nome mais emblemático é o dos Rolling Stones. Agora, o Rush aporta por aqui numa apresentação que deveria ter acontecido há uns quinze anos, aproximadamente. Porém, aquele velho deitado sempre sábio já dizia: antes tarde que nunca.
Mas, ao meu ver, esse não é o único senão envolvendo a apresentação da banda canadense por aqui. Mega-shows como esse atraem todo o tipo de público, desde fãs de carteirinha que são verdadeiras enciclopédias ambulantes até aqueles que "caem" nos estádios de pára-quedas, cujo conhecimento do repertório do Rush se limita apenas a duas ou três músicas como "Time Stand Still" e "Tom Saywer", isso porque ele ouve toda hora no rádio. É aí que o bicho pega, pois esse tipo de público costuma a ir em eventos como esse menos para curtir a música que qualquer outra coisa. Por exemplo, tem gente que vai para azarar as meninas, para fumar um baseado, para encher a cara de cerveja e até mesmo bater-papo. Faço até um desafio a quem vai ver o show em São Paulo: olhe para os lados no meio da apresentação e conte a quantidade de casais se beijando em pleno gramado do Morumbi. Se isso acontecer, não deixa de ser estranho, pois as músicas do Rush não são própriamente românticas.
Vale torcer para que a acustica esteja satisfatória (coisa rara), porque é um anti-climax esperar muito tempo para acompanhar uma performance como essa, enfrentar os já habituais congestionamentos do trânsito paulistano (a verdadeira Hora do Rush) e ainda não escutar nada.

Uma das versões do bom e velho Manual de Redação da Folha de S. Paulo dizia que jornal não é novela. Porém, o dia-a-dia do noticiário tem contariado essa diretriz. O que dizer do caso de Pedrinho, um bebê sequestrado há dezesseis anos e que hoje foi localizado pelos seus pais verdadeiros, num verdadeiro golde de sorte ocasionado pelo destino? Se a história se resumisse a isso, tudo bem. Teriamos um final feliz: um rapaz com duas famílias e muito amor para receber. Porém, e há sempre um porém nesse caso, um fato novo aparece a cada dia, dando contornos mais dramaticos à situação. Vilma Costa, a mãe adotiva, hoje é apontada pela polícia como a mulher que teria tomado Pedrinho de sua mãe biológica na maternidade. Pelo que eu vi no Jornal da Globo, ela teria sequestrado uma outra menina. Enfim, é uma história que nem mesmo nossa maior novelista, Janete Clair, poderia ter imaginado. Há de tudo, intrigas, mentiras, verdades, ódio entre pessoas do próprio sangue (o que poderia justificar as denúncias que partem da própria irmã de Vilma?) e, antes de mais nada, amor. Sim, apesar dos pesares, Pedrinho ama Vilma. Foi ela quem o criou nesse tempo todo e nem mesmo as acusações irão abalar os laços afetivos entre os dois. Pelo jeito, nem mesmo se for comprovada a culpa de Vilma, sua relação com Pedrinho mudará num primeiro momento. Afinal, como bem diz a sabedoria popular, mãe é aquela que cria mesmo. Os pais verdadeiros, vão ter que lutar muito não apenas para descobrir o que aconteceu naquela maternidade, mas para terem a confiança do filho. É um enredo e tanto para fazer frente a anódina "Esperança", exibida pela Globo.

segunda-feira, novembro 18, 2002

Blogs novos na lista aí do lado, o que me deixa cada vez mais contente. Nesta atualização, coloquei três de uma vez só: o lírico e sensível A Ostra e o Vento, da Ana Lira, uma das responsáveis pelo Rabisco, o blog da minha amiguinha Ket, o Bombastic Girl, como relato quase diário de sua vida como estudante intercambista na Cidade do México e o blog recém-nascido Rabiscos, que como seu próprio dono define, conta "A aventuras de um jornalista recém-formado, mas com dois anos de experiência, em busca de uma colocação profissional, neste mercado hostil onde o Q.I. [Quem Indica] é mais importante que qualquer capacidade ou experiência".

domingo, novembro 17, 2002

Enfim, na bola o Palmeiras caiu para a segunda divisão do campeonato brasileiro. Falam em virada de mesa ou não, mas isso só vai ser definido mesmo no ano que vem. Particularmente, acho que o Verdão deve voltar para a primeira divisão jogando futebol, nada de ragsar o regulamento. Resta saber se a minha humilde vontade será respeitada, assim como o bom-senso.
Há males que vem para bem, já dizia aquele velho deitado. Quem sabe esse fracasso da equipe possa gerar reflexos na forma como se adminstra o clube. O atual presidente, o senhor Mustafá Contursi provou que só é adminstrador na época das vacas gordas, quando a multinacional Parmalat patrocinou o Palmeiras. Contursi não se preparou para o período das vacas magras e os reflexos estão aí. Nada mais justo que ele dê espaço para outras lideranças políticas.
O Palmeiras grande das décadas de 70 e 90 é apenas uma lembrança na memória dos torcedores saudosos. A situação atual é de dar pena. O clube não forma jogadores, tem de busca-los no mercado e traz alguns de qualidade duvidosa. Diferente do que ocorre em clubes como São Paulo, Corinthians e Santos, que, coincidência ou não, estão na segunda fase do Brasileirão. Dizem que as condições do Centro de Treinamento não são satisfatórias. Essas e outras coisas só iriam dar no que deu. Era a crônica de uma tragédia anunciada.

Mais uma letra de música para compensar a falta de postagens por aqui. Essa veio da pena do genial Bob Dylan.

Well, the pressure's down, the boss ain't here,
He gone North, he ain't around,
They say that vanity got the best of him
But he sure left here after sundown.
By the way, that's a cute hat,
And that smile's so hard to resist
But what's a sweetheart like you doin' in a dump like this?

You know, I once knew a woman who looked like you,
She wanted a whole man, not just a half,
She used to call me sweet daddy when I was only a child,
You kind of remind me of her when you laugh.
In order to deal in this game, got to make the queen disappear,
It's done with a flick of the wrist.
What's a sweetheart like you doin' in a dump like this?

You know, a woman like you should be at home,
That's where you belong,
Watching out for someone who loves you true
Who would never do you wrong.
Just how much abuse will you be able to take?
Well, there's no way to tell by that first kiss.
What's a sweetheart like you doin' in a dump like this?

You know you can make a name for yourself,
You can hear them tires squeal,
You can be known as the most beautiful woman
Who ever crawled across cut glass to make a deal.

You know, news of you has come down the line
Even before ya came in the door.
They say in your father's house, there's many mansions
Each one of them got a fireproof floor.
Snap out of it, baby, people are jealous of you,
They smile to your face, but behind your back they hiss.
What's a sweetheart like you doin' in a dump like this?

Got to be an important person to be in here, honey,
Got to have done some evil deed,
Got to have your own harem when you come in the door,
Got to play your harp until your lips bleed.

They say that patriotism is the last refuge
To which a scoundrel clings.
Steal a little and they throw you in jail,
Steal a lot and they make you king.
There's only one step down from here, baby,
It's called the land of permanent bliss.
What's a sweetheart like you doin' in a dump like this?

Essa música se chama Sweetheart Like You e está no álbum Infidels, lançado em 1983. A conheci através do clipe que passava no Realce, programa exibido pela Gazeta. O Capivara, um de seus apresentadores era um boneco falante, um grande barato. Seu parceiro era o hoje produtor musical Mister Sam. Uma época bem bacana, sem dúvida alguma.
Sweetheart Like You nem está entre os grandes clássicos de Dylan, mas é um musicão e tanto.

sábado, novembro 16, 2002

Finalmente o blog Onzenet entrou na lista de links mais populares do Toplinks.

sexta-feira, novembro 15, 2002

Vistem o site não-oficial da banda Língua de Trapo, uma das mais representativas do chamado "rock engraçadinho" que apareceu ao mesmo tempo da explosão do rock nacional. Com mais de 20 anos de estrada, eles influenciaram um sem-número de outros grupos, entre os quais o que deu mais certo com toda a certeza foi o Mamonas Assassinas, sucesso de público na sua época até que um acidente abreviou a sua carreira. O Língua viveu seu grande momento em 1985, quando participou do Festival dos Festivais, da Rede Globo, com a impagável "Os Metaleiros Também Amam". Todos acharam que seria a decolagem para o sucesso, mas não foi o que aconteceu, por razões que um dia alguém há de explicar. No momento, a banda sobrevive fazendo shows em lugares como o Sesc Pompéia e a Sala Cecília Meirelles, da Funarte (SP). Laert Sarrumor é o único pop star que usa o transporte coletivo para se locomover. Com um pouco de sorte, você pode encontrá-lo em algum dos ônibus de São Paulo. O responsável pela página do Língua de Trapo (não-oficial, bem entendido) é meu chapa

Lendo as últimas notícias sobre o Prona, fico com a impressão de que o conceito de ordem contido na sigla do partido serve apenas para os outros e não para seus próprios filiados.

quarta-feira, novembro 13, 2002

Deu na Pensata (Folha On Line) de Lúcio Ribeiro:

O México deu um chapéu no Brasil e já tem sua edição nacional da "Rolling Stone".
A publicação, um eterno projeto que não sai da prancheta dos argentinos para as bancas brasileiras, ganhou nesta semana sua versão mexicana com uma tiragem de 120 mil exemplares.
Traz na capa o grupo local Jaguares e vem com duas entrevistas da "matriz" americana: Bruce Sprinsteen e o cineasta espanhol Pedro Almodóvar.
* Quem sabe a "Rolling Stone" desencalacre seu projeto de dominação mundial e lance a edição brasileira de uma vez.


Certa vez, uma pessoa bem informada no meio me confidenciou algumas coisas sobre a Rolling Stone brasileira. Ela me disse que a Editora Conrad se interessou em lançar a versão nacional. Alguns de seus representantes procuraram a matriz para abrir negociações, mas mandaram negociar com os argentinos, que lançaram a edição local da revista. Isso fez com que a Conrad desistisse da negociação. A alegação foi mais ou menos a seguinte: "uma vez que negociamos os direitos dos mangás japoneses direto com quem tem os direitos, por que negociar com uma filial nesse caso?" Depois da desistência da Conrad, entrou na jogada o jornalista André Barcinski que não se importou em não falar diretamente com a matrz, mas pelo jeito a coisa embaçou de novo. E assim, o sonho de termos uma edição nacional da RS fica cada vez mais longe.

terça-feira, novembro 12, 2002

O fim do programa Garagem ainda dá o que falar. Vários posts de blogs e artigos de e-zines e revistas eletrônicas estão sendo dedicados ao assunto. Creio que ninguém iria imaginar a repercussão que o caso iria ter. Sei de gente que está planejando uma campanha de boicote à Rádio Brasil 2000 FM.
Esse episódio reforça uma tese minha que transformei em artigo há algum tempo. O rádio não é feito para nós, pobres ouvintes mortais, mas para o mercado (tanto faz que seja o publicitário ou o fonográfico).
Dentre os tantos textos que o fim do Garagem proporcionou, destaco aqui o que foi escrito pelo carinha que batizou de Ana Maria Broca a furadeira usada pelos apresentadores para furar os discos que eles achavam ruins (vou ficar devendo o nome dele por enquanto, ok?). Numa das fotos usada para ilustrar a reportagem, aquela que eles estão com o Ratinho, o Paulo Cesar Martin (o Paulão, apelido pelo qual é conhecido mesmo depois da lipo) ficou com a cara do Andre Abujamra, do Karnak...he he he. Eu já falei aqui da semelhança de André Barcinski com o misto de playboy e empresário Chiquinho Scarpa. Não é realmente uma dupla do barulho?

Este não é um blog "umbiguista"....errrr, quero dizer, não tanto quanto outros que existem por aí.

sábado, novembro 09, 2002

Dica de um blog divertido: Passaralho News Network que traz a inquietação bem-humorada dos funcionários de uma certa GrandeEmpresaNews.com, às voltas com as intermináveis listas com cortes de pessoal. Com um pouco de imaginação, dá para sacar quem é a tal grande empresa.

Saiba mais sobre o fim do Garagem lendo a coluna Pensata, da Folha On Line.
E o blog Rádio Base traz uma mensagem de Paulo Cesar Martin, um de seus apresentadores: "Muita coisa está sendo especulada à toa sobre o final do Garagem...Não tem nada de pressão de artistas da MPB, nem forças invisíveis" Então tá.
(Leia a íntegra da manifestação de Paulão no próprio blog).

sexta-feira, novembro 08, 2002

Fui comentar um post deste blog a respeito dos Smiths. Para quem não sabe, a história dessa importante banda vai ser contada atráves de um desenho animado, afinal daqui a alguns dias serão completados 20 anos do primeiro show deles, um marco importante.
Como eu dia dizendo, deixei um comentário a respeito do post. Achei que ficou bacana e decidi trazê-lo para cá. Acompanhem:
Eu fui um fã dos Smiths de primeira hora. Tinha uns 15 anos quando eles lançaram o The Queen is Dead e fui correndo compra-lo no Mappin que tinha perto da minha casa com meu primeiro salário que ganhei como office-boy. Naquela época eu me identificava e muito com aquele discurso meio loser do Morrissey, aquela coisa de amores que não dão certo, etc. Foi a trilha sonora na época certa. Hoje, aquelas músicas já não me dizem tanto. Valem mais como lembranças da adolescência. De qualquer forma, "Cemtry Gates" é a minha favorita, sei lá o porquê.


quinta-feira, novembro 07, 2002

O André Barcinski, em sua coluna no bol, fala um pouco mais sobre o fim do Garagem na Brasil 2000. É de intrigar o título "Garagem, descanse em paz".
Não há grandes detalhes sobre a motivação da emissora em tirar o programa do ar. "Semana passada, o chefe de programação da Rádio Brasil 2000 nos chamou para uma reunião e comunicou o fim do programa". Ainda no mesmo parágrafo, Barcinski sobe no muro, foge um pouco de suas carateristicas e acaba sendo um tanto político: "Não vou contar detalhes porque este é um assunto particular entre nós e a emissora, mas o fato é que o Garagem já não interessava mais à rádio". Ora, é claro que não é apenas mais um assunto particular. Trata-se da retirada do ar de um programa que, segundo informações dos próprios programadores, era a segunda maior audiência da casa. A atração tinha um público cativo que merece ser melhor informado sobre as circunstâncias que determinaram a sua saída da programação. Pelo modo como esse caso vem sendo tratado, fica no ar a impressão de que a coisa foi bem maior do que uma simples decisão de mudança na linha editorial, afinal, o Garagem mexia com vacas sagradas do jornalismo musical. Tomara que a versão mais próxima da verdade apareça um dia.

quarta-feira, novembro 06, 2002

Até tinha esquecido que eu tinha essa página com algumas entrevistas e artigos escritos em outras épocas.

O jornalista Ricardo Alexandre convida a todos para a festa de lançamento de seu livro, Dias de Luta no próximo dia 11 de novembro, a partir das 19h00 no Rock Bar Café. Segundo Alexandre, "planejamos uma mistura de noite de autógrafos com a oportunidade única de dançar ao som de delícias como “Mintchura” e “Como o Macaco Gosta de Banana” sem ser alvo de escárnio dos insensíveis". O livro, para quem ainda não sabe, refaz a trajetória do rock brasileiro a partir do começo da década de 80, uma verdadeira reportagem de fôlego. O Rock Bar Café fica na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 4531 (é no trecho novo, depois da Jucelino)

Não dá para desconhecer os méritos de Thee Butchers Orchestra ou Wry, por exemplo. Mas não se viram nos últimos quinze anos ninguém com cacife ou vocação para ser... os novos Mutantes... (não deu para resistir à piada. Mas e se não fosse uma piada? É por isso que é sintomática - e não mais que sintomática - a guinada lingüística dos ex-Maybees).
Esse é Alex Antunes provando que seus textos ainda não perderam o fio de corte. O trecho acima faz parte de uma análise sensacional sobre "underground, mainstream, traição e outros babados". É um texto de tirar o fôlego que faz parte do B*Scene, mais uma revista eletrônica sobre cultura pop que chega para somar a tantas outras de qualidade que estão na Internet. Outras coisas bacanas de se ler nesta primeira edição: uma radiografia sobre o pop japonês, geral nos festivais de música brasileiros e um perfil de Dalton Trevisan.

 
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