Bem, vou começar minha participação nessa lista contando uma história envolvendo o grande apresentador Flávio Cavalcanti.
Em 1983, ele tinha um programa diário nas noites da Bandeirantes. Era o Boa Noite Brasil. Eu devia ter uns......bem, deixa para lá.
Era uma atração bem a seu estilo: polêmico, contestador, etc. Mas havia promoções também. Uma delas era a seguinte: o telespectador escrevia para a produção, o seu Flávio sorteava a carta e ligava para a casa da pessoa (óbvio que na carta o participante dava o número). Quem atendesse o telefone, caso sorteado, não deveria dizer alô, mas "Boa Noite Brasil", o nome do programa. O felizardo que conseguisse isso ganhava um prêmio em dinheiro que hoje nem lembro quanto era. Quem estivesse distraído e falasse alô, não levava nada.
Numa bela noite, o seu Flávio cumpriu o ritual da promoção. Tudo certinho, ele ligou para a casa de uma pessoa. Só que ao atender, a tal pessoa disse alô. O seu Flávio foi se identificar e ela deu a seguinte resposta:
-É a sua mãe! Vai tomar no...
Felizmente a última palavra não foi ouvida no ar. O aúdio havia sido cortado. Eu lembro que o seu Flávio ficou perplexo e quase não conseguiu dar sequencia ao
programa. Ele sentiu o golpe de ser quase xingado via Embratel. Pouco depois, ele, com aquele ar sério, dava o número de telefone da telespectadora no ar e completava:
-A dona desse número é uma pessoa muito mal educada.
Acho que a Bandeirantes não tem mais essa fita. Com certeza, foi um momento involuntariamente antológico da nossa tv.
Esse foi o meu primeiro mail (com algumas correções) numa lista de discussão sobre televisão:Caixa-preta
Ainda não está muito movimentada. Começou há pouco menos de uma semana.
quarta-feira, abril 10, 2002
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terça-feira, abril 09, 2002
Já o André eu conheci em 1991. Ele começou a trabalhar na Ilustrada, mas não tinha contato com ele. Até o dia em que o Gonzaguinha morreu. Quando vi o André dando um berro no meio da redação dando a notícia, me animei e fui lá conversar com ele. Nasceu a amizade.
Paulo Cesar Martin, apresentador do Garagem (Rádio Brasil 2000), contando como conheceu André Barcinski, seu parceiro no programa numa entrevista
A Ilustrada é aquele caderno cultrual da Folha de S. Paulo. O Paulão (como é conhecido mesmo depois da lipo) trabalhava na editoria de Esporte.
Eu aposto que esse berro dado pelo Barcinski não foi exatamente de tristeza.
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Rodney Brocanelli
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segunda-feira, abril 08, 2002
Conheça aqui um pouco mais da história da Rádio Onze
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Rodney Brocanelli
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8:52 PM
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Uma visão interessante sobre a pirataria no rádio
Eu até compreendo a irrirtação do Marco Antonio (um dos responsáveis pelo blog Rádio Base). Um dos casos mais clássicos dessa interferência é a rádio Planeta 90, que opera entre a CBN e a Nova FM aqui em São Paulo. A emissora é mantida por um tal de Padre Chico e pode ser ouvida na cidade toda. A programação é toda de responsabilidade da igreja do tal padre (que me parece ser falso). Ele promete ajuda espitiritual e outras coisas como a cura da frieza sexual (!) com consultas que são cobradas. Tá na cara que é um charlatão, um daqueles que usam a religião para enganar as pessoas. O Jornal da Tarde fez uma matéria a seu respeito em maio de 2001.
O movimento de rádios livres no Brasil é dividido em dois períodos. Antes e depois da absolvição do radialista Léo Tomaz, da Rádio Reversão (leia mais aqui) Depois que Tomaz foi absolvido foi que se verificou um boom de rádios clandestinas no Brasil. O problema é que muitas delas eram (e ainda são) de propriedade de oportunistas, que viram nas rádios livres uma ótima maneira de se ganhar dinheiro fácil. Antes existia até uma ética entre os antigos operadores de rádios clandestinas. A potência dos transmissores era mínima, com até 5 watts. A intenção era protestar contra o sistema de distribuição de concessões, que privilegiava até há bem pouco tempo os políticos ou então oferecer uma alternativa em comunicação. Hoje, lamentavelmente, a situação está diferente..
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Rodney Brocanelli
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8:45 PM
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Está rendendo o caso do episódio dos Simpsons que se passa no Brasil, principalmente em listas de discussões.
O problema é que as pessoas estão discutindo por causa de uma coisa que ainda não foi exibida no Brasil, apenas lida. Acho que as pessoas aqui primeiro deveriam assistir ao episódio para depois comentar alguma coisa. No mais, é muito carnaval por causa de uma coisa menor. Um desenho dos Simpsons não vai melhorar ou prejudicar a imagem do Brasil lá fora. As pessoas estão carecas de saber que o norte-americano médio não consegue enxergar um palmo além do seu nariz no que diz respeito a politica internacional. E não nos esquecamos que o desenho é veiculado no horario nobre da Fox, uma das quatro grandes redes de tv dos EUA, que tem como público-alvo exatamente esse norte-americano médio.
O FHC tá na dele em reclamar, em botar a boca no trombone, afinal o seu mandato já acabou há algum tempo e só com isso para chamar a atenção para o fato de que ele ainda está no Planalto.
Já fui mais fã dos Simpsons, mas depois cansei de vê-los com o tempo. Penso até que eles estão fazendo "hora extra" na tv.
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8:12 PM
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A falta de atualização pode significar a morte de um blog.
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7:58 PM
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sábado, abril 06, 2002
O Brasil tem o péssimo hábito de homenagear muito tarde os seus ídolos no futebol. Isso quem está dizendo é o diário esportivo madrilenho As
Isso porque quase vinte anos após sua morte resolveram homenagar Mané Garrinhcha. Ele agora é nome de museu no Rio de Janeiro.
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sexta-feira, abril 05, 2002
Para FHC, desenho dos "Simpsons" traz visões distorcidas do Brasil
E o que ele esperava?
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Rodney Brocanelli
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8:53 PM
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Não sou o cara que mais presta atenção em blogs. O que vejo em blogs, como o que vejo na web, e nas festas e em todo lugar é muita gente falando a mesma coisa do mesmo jeito OU sub-micro-segmentando a abordagem (ou a piada). É bico ser o cara mais informado do mundo sobre lados B de compactos de ska - e sobre mais nada.
Isso vai contra o espírito básico do jornalista, que é um generalista e um cara com um posto de vista informado com quem o leitor acaba criando uma relação "pessoal" mas um tantinho distante, o que É BOM.
Como dizia meu ídolo Paulo Francis, para ser jornalista é preciso saber escrever, uma cultura geral decente e um mínimo de honestidade pessoal. Ele esqueceu que jornalista da pesada mesmo é o cara que viveu e viu bastante. Cadê, por exemplo, a abordagem original sobre o caso Globocabo-BNDES-grana da Roseana? No Clóvis Rossi. Onde está a visão aguda da guerra na Palestina? No Jânio de Freitas, que deve ter quase 80 anos de idade (sério).
Se você acha que um blogueiro escrevendo nas suas horas de folga vai conseguir bater esses caras é mais otimista que eu.
Num caso pertinho da gente, que é a crítica musical, todo ano tem um cara para babar ovo para um troço que já foi feito dez vezes antes. Mas ele não sabe, acha que é supernovidade, cai como um patinho e engambela a molecada. Imagine em finanças, política hardcore, reportagem policial...
Mas toda força aos blogs, que servem para outras coisas. E depois, como dizia o mesmo Francis, quanto mais bagunça e confusão melhor!
ou
Um blog da Britney Spears descrevendo sua vida sexual teria enorme audiência, maior que a do NYT. E daí?
E se alguém acha que blog é independente, espere só até você ter blogs com zilhões de leitores e anunciantes e patrocinadores se tornarão rotina.
Mais: Blog é crônica e opinião, não reportagem, pelo menos como regra. Reportagem dá trabalho, demora e sai caro. Acho que blog pode muito bem se confundir com reportagem no futuro - e você ter uma versão internet do bom e velho repórter fuçador estilo Caco Barcellos na Nicarágua, só que com vídeo, som, texto, tudo mandado do local por celular, e tudo pago por anunciantes
e/ou patrocinador. CNN sem americanice. Mas vai demorar e, claro, será coisa para fodões.
Ei, e ninguém pense que eu levo jornalismo a sério, por favor. Aliás, o NYT que se fôda - qualquer jornal que dá espaço para um colunista como William Safire, republicado no Valor de hoje (em que ele defende que "Ariel Sharon é a única saída para o futuro do povo palestino") vai acabar perdendo audiência por outras razões mesmo...
É o bom e velho André Forastieri em plena ação na lista de discussão da revista Play
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quinta-feira, abril 04, 2002
Geneticistas dizem que não há problema no casamento entre primos
Se você está encalhado (a), a solução pode estar mais próxima do que imagina.
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8:39 PM
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Como o Brasil vê a rivalidade entre Real Madrid e Barcelona, um dos maiores clássicos do futebol mundial. Esse texto foi publicado no diário esportivo As, com sede em Madrid.
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8:13 PM
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Outro dia eu tava lendo um texto de um blogueiro no qual ele falava que as visitas ao seu blog tinham aumentado porque tinha escrito por acaso sobre a Syang (ela mesma, a que está na Casa dos Artistas). Ele explicava que muitas pessoas iam parar no blog através do programas de busca Google. O internauta digitava o nome Syang e ia atrás de cada página procurando sabe-se-lá-o-quê. No final do texto, o colega até dava um conselho: se alguém quisse ver o número de hits do blog aumentar era só escrever sobre a Syang. O blog Onzenet humildemente segue essa dica e vai até mais longe. Vou escrever aqui o nome do Kléber e também Big Brother Brasil na esperança de que mais gente venha cair nessa página. Indo um pouco mais longe escreverei a palavra sexo (uma das mais procuradas no Google)...Acho que agora o meu blog passa a ser um dos mais visitados do gênero.
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Rodney Brocanelli
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4:53 PM
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Leia aqui a entrevista que eu fiz com o Ricardo Alexandre, um dos editores da Frente, para o site Euqueromais.
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Tenho acompanhando em algumas listas de discussão pessoas do Rio, Salvador e Porto Alegre reclamando que não encontram a revista Frente nas bancas.
Sugeri que escrevessem para contato@revistafrente.com.br
Se você, amigo leitor, tem o mesmo problema aí na sua cidade, faça o mesmo. É um bom feedback para os editores da publicação.
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Rodney Brocanelli
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3:58 PM
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Mails para esse blog:
rodneybrocanelli@hotmail.com
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Rodney Brocanelli
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3:54 PM
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Conforme prometi, vou explicar minha relação com a Rádio Onze.
Aconteceu em 1995. Eu estava ouvindo rádio numa noite qualquer e acabei sintonizando distraidamente uma rádio pirata. Parei para ouvir e notei que tavam rolando algumas múiscas do Cabeça Dinossauro e entre uma faixa e outra algumas pessoas debatiam alguma coisa da qual eu não lembro mais hoje. Mas não esqueci que a rádio se identificou como rádio livre e pertencia ao CA XI de agosto da Faculdade de Direito da USP. O que mais me chamou a atenção foi que eles estavam aceitando projetos de programas. Um telefone para contato foi dado no ar, o qual anotei de bate-pronto. Liguei, deixei um recado e tive uma resposta em poucos dias. Era um tal de Rodrigo Lobo, estudante da sanfran. Converamos um pouco sobre o projeto da rádio. Perguntei se ela era restrita aos estudantes da faculdade. A resposta foi animadora: a rádio era aberta a toda a comunidade. Eu disse que estava interessado em fazer um programa e tal. Marquei com o Rodrigo de vistar a Onze num sábado a tarde. Liguei para um amigo, o Milton, fiz um convite para que ele participasse dessa empreitada comigo e marcamos de ir lá. Fomos com uns discos e CDs embaixo do braço e um projeto escrito de um programa. Pediram que eu esperasse pelo Chico Lobo, que cuidava da parte técnica e artistica da rádio. Ele não demorou a chegar e falamos com ele. Depois das apresentações e de ler o texto do projeto do programa, o Chico proferiu as palavras mágicas: "Vocês não querem entrar no ar? " Nascia assim o Rock Alternativo, um programa que era diário e ia ao ar do meio-dia as três. Eu tocava tudo o que eu e o Milton tinhamos em nossos acervos particulares. Rolava muito Fellini, Mighty Lemon Drops (aquele disco, o World Without End), miutas coisas do Sonic Youth (tocamos Tunic - Song for Karen, faixa que eu nunca ouvi aqui nas nossas errr..rádios de rock), entre outras coisas. Com o tempo, fui me inegrando mais ao dia-a-dia da rádio, fiz muitas amizades lá e comecei a participar de outros programas. Essa brincadeira durou uns dois anos mais ou menos. Deixei a Onze, porque fui cuidar um pouco mais da minha vida. Pouco tempo depois, ela saia do ar devido a problemas com os diretores do lugar onde estavamos (a Casa do Estudante, o centro residencial dos estudantes de direito). Mas a experiência valeu. Nunca me diverti tanto como nessa época. Hoje em dia, eu cuido de manter a página da Rádio Onze na Internet. É uma tentativa de manter viva a memória daquela época. Eu tenho aqui várias fitas gravadas com programas meus e programas dos quais eu participei. Outro dia eu tava fazendo um levantamento e tem coisas legais que espero um dia poder colocar na rede mundial de computadores. Muita gente boa foi lá nos visitar: Kid Vinil, Maurício Pereira, etc.
A Onze ainda está fora do ar. Eu li num site oficial do XI de agosto que se planeja voltar com a rádio, mas não soube de mais nada. Quem sabe um dia ela volta ao ar...
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3:50 AM
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quarta-feira, abril 03, 2002
E os mails continuam a chegar para esse blog:
legal, mais um blog perdido no mundo...
se precisar de algum help, só dar um toque! achei bem
legal seu email pro R da Frente, a revista me
surpreendeu, espero que dure bastante...
sou editor do e-zine Ruídos (encontrável no
www.ruidos.com.br), se um dia estiver a fim de
participar, mandar uns textos etc. pro site, sinta-se
convidado!
ah, por último: vc ainda faz sanfran? fiz FEA,
terminei ano passado... lama plena conseguir sair de
lá, ainda mais pq eu me enchi de matérias na ECA pra
aproveitar o curso :o)
abraço
fábio
Esclarecendo, apesar de ter feito parte da rádio livre do CA XI de agosto, eu não estudei na Fadusp. Esse é um lance que eu conto depois com mais tempo (e se o Blogger deixar também).
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Rodney Brocanelli
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7:04 PM
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Novidade!!!
Começa a ser vendido "Amanhã é Tarde", novo álbum do Fellini.
Maiores detalhes no site da mmrecords.
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Rodney Brocanelli
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7:01 PM
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E cá estou eu na minha inglória luta contra o Blogger.
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Rodney Brocanelli
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2:10 PM
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Mails para esse blog: rodneybrocanelli@hotmail.com
Escreve aí.
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Rodney Brocanelli
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2:31 AM
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