sábado, janeiro 24, 2004

Blogs de fãs são uma tendência comum na Internet. Alguns se diferenciam pela sua proposta. É o caso do Bonevelhojovi que é mantido por homens, heterossexuais convictos e fãs da banda Bon Jovi. Saiba um pouco mais da proposta deste blog lendo minha coluna sobre blogs no Laboratório Pop. E vem muito mais por aí, é só ficar de olho.

O que poderei acrescentar a tudo que está sendo dito por conta dos 450 anos de São Paulo? Só sei que gosto daqui, apesar de todos os seus defeitos, apesar do Rio Tietê ser uma vergonha e de não ter uma prainha aqui por perto.
Muito se fala numa identidade paulistana. Eu pelo menos não consigo definir uma. Isso porque São Paulo é o resultado de uma misutura que reune culturas tão diferentes entre si, como a italiana, a alemã, a coreana, a japonesa, a nordestina e assim por diante. Por isso que soa esquisito a mim quando dizem: "ah, o paulistano é isso" ou "ah, o paulistano é aquilo". Na verdade, o que temos são paulistanos de todos os tipos. Aqueles que eu convidaria para tomar um chopp no bar da esquina, aqueles que eu não convidaria para um chopp no bar da esquina e aqueles que me convidariam para um chopp no bar da esquina. Por isso que devemos ter cuidado para não julgar a parte pelo todo. Há uma São Paulo que é solidária, assim como existe outra São Paulo que é indiferente. Há uma São Paulo que espirra e outra que diz saúde... Enfim, não dá para definir São Paulo.
Mas exitem pelo menos duas muúsicas que conseguem traduir um pouco do que é essa cidade. Uma delas é "São Paulo", do 365. Pena que eu não consegui achar a letra dela na íntegra para colocar aqui, mas posso destacar dois trechos:

Sem São Paulo
O meu dono é a solidão
Diga sim, que eu digo não

e

Quem é seu dono?
Ninguém. São Paulo


A outra é do Premeditando o Breque e se chama "São Paulo, São Paulo". Note que a concorrência é complicada, pois ainda temos "Sampa", "São Paulo, meu amor", quase todas as músicas de Adoniram Barbosa, as músicas que tocam no Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan (São Paulo que amanhce trabalhando...). É uma cidade que dá música, e das boas.
Aí vai.


É sempre lindo andar na cidade de São Paulo
O clima engana, a vida é grana em São Paulo
A japonesa loura, nordestina moura em São Paulo
Gatinhas Punks, um jeito Yankee em São Paulo

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia

Não vá se incomodar com a fauna urbana em São Paulo
Pardais, baratas, ratos na roda de São Paulo
E pra você, criança, muita diversão e Pauloição
Tomar um banho no Tietê ou ver tevê

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia

(alegro)
Chora Menino, Freguesia do Ó, Carandiru, Mandaqui, aqui,
Vila Sônia; Vila Ema, Vila Alpina, Vila Carrão, Morumbi, Pari
Butantã, Utinga, M Boi Mirim, Brás, Brás, Belém
Bom Retiro, Barra Funda, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Lapa, Sé,
Jabaquara, Pirituba, Tucuruvi, Tatuapé

Pra quebrar a rotina do fim de semana em São Paulo (em São Paulo)
Lavar um carro, comendo um churro é bom pra burro
Um ponto de partida pra subir na vida em São Paulooooo
Terraço Itália, Jaraguá, Viaduto do Chá

Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia, a fábrica escurece o dia
Na periferia, a fábrica escurece o dia

quarta-feira, janeiro 21, 2004

O Obsertvatório da Imprensa desta semana traz uma entrevista que eu fiz com o jornalista Paulo Cesar Martin, produtor e apresentador do Garagem, programa veiculado pela Rádio Brasil 2000 FM (SP). Em pauta, tudo sobre a volta da atração que ficou fora do ar por quase um ano. As circunstâncias da saída, a procura de uma nova emissora e o retorno a antiga casa foram abordados nesse papo.

sábado, janeiro 17, 2004

Nossos comerciais, por favor!!! O ano de 2004 começa e muitas coisas já estão acontecendo. Primeiro que saiu no site da revista Zero uma entrevista minha com Jair Marcos, guitarrista do Fellini. O tema principal foi a polêmica apresentação da banda no recente Tim Festival. Jair contou a sua visão de tudo o que aconteceu antes, durante e depois. Aliás, o site da Zero agora faz parte do portal Terra. A revista que está nas bancas fez uma eleição dos melhores de 2003. Fui um dos eleitores e nos próximos posts comento meus votos de forma mais detalhada.
E a segunda coluna sobre blogs está no ar pelo site Laboratório Pop. A coisa vai engrenar nas próximas atualizações. Já tenho até dia para que meus textos estejam no ar: toda sexta. Então, você já tem um compromisso.

sábado, janeiro 10, 2004

Está no ar o Laboratório Pop. Como o próprio editorial do site diz, o site é um tubo de ensaio para uma nova revista de música que deve chegar às bancas em maio deste ano. O projeto é tocado pelo jornalista Mario Marques e pelo produtor cultural Jornardo Jonas, responsável pelo festival Mada. Outros nomes conhecidos também colaboram para o site/revista como Antonio Carlos Miguel e Silvio Essinger. A edição que está no ar tem pautas muito interessantes como a entrevista de mão dupla feita entre Pitty e Rebeca Matta. Eu estou participando dessa empreitada pilotando uma coluna sobre blogs. Aliás, se você é blogueiro (a) e seu blog fala 100% (pode ser 85%), mande sua url para mim. Quem sabe, posso cita-lo na minha coluna. Use o sistema de comentários ou mande no endereço de e-mail aí do lado.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Não estava a fim de fazer retrospectiva, mas vou entrar na onda. 2003 vai ficar conhecido como o ano em que a imprensa provou que também pode mentir. Quem achou que o caso Jayson Blair era isolado e um fenômeno da imprensa internacional se enganou redondamente. Aqui também tivemos casos de fraudes jornalisticas. A entrevista fictícia de membros do PCC ao programa Domingo Legal foi a que causou mais impacto. Mas não podemos nos esquecer da denúncia feita pelo jornalista Lúcio Ribeiro em sua coluna na Folha On Line. Para quem não lembra, uma das edições da Revista da MTV trouxe uma "entrevista" com Julian Casablancas, vocalista do Strokes. Embora essa publicação'já tenha quase dois anos, o caso veio a tona agora, na esteira das fraudes de Blair. Esse episódio trouxe algum debate, mas morreu com o passar dos meses. Mesmo o Caso Gugu teve um período em que foi muito comentado, mas também parece que foi esquecido.
Para dizer que 2003 não teve coisas boas, destaco o furo de reportagem que o portal AOL deu ao conseguir entrevistar o dono da Folha de S. Paulo, Octávio Frias de Oliveira. Méritos totais do repórter Jorge Félix. O "publishier"de um dos nossos maiores jornais não costuma dar declarações públicas e sua entrevista rompeu um silêncio de longos anos. A última vez em que ele encarou microfones foi no enterro do jornalista Cláudio Abramo, em 1988.
O que reserva 2004? Não costumo ser eficiente no quesito futurologia, mas não vejo lá grandes novidades. Os empregos vão continuar rareando e cabe a cada um se virar para conseguir sobreviver. Isso me lembra a entrevista que o Luiz Cesar Pimentel, da revista Zero, me concedeu. Ele me disse que sua satisfação profissional veio das duas ocasiões em que ele mesmo inventou seu emprego. Uma delas, quando correspondente internacional nos países exóticos da Ásia. A outra, agora como editor da Zero. Então, invente o seu emprego você também em 2004.

sábado, janeiro 03, 2004

Creio que algum dos leitores do Onzenet tem alguma história para contar envolvendo a burocracia dos nossos orgãos públicos. É difícil de entender como em plena era da informática, algumas coisas funcionam de modo arcaíco. A minha primeira experiência começa quando fui até o CDHU dar entrada num processo de revisão prestacional. Tinha sido convocado em outubro para essa finalidade. Estive lá na data marcada por eles, mas eles fizeram uma série de exigências que me obrigaram a voltar em dezembro. Só para se ter uma idéia, é preciso levar contra-cheques dos últimos três meses em que eu estiver trabalhando. O meu problema é que eu estava empregado desde julho, mas por uma empresa terceirzada. O contrato acabou e fui efetivado no lugar onde estou até agora. Mas para o CDHU não vale. Eu tenho de apresentar os tais contra-cheques ou então (pasmem) uma carta da empresa garantindo que eu não vou ser demitido. Só pode ser piada, né? Enfim, voltei lá agora em dezembro último e estava lá com tudo o que eles pediram...ou quase tudo. Faltava a recisão lá da terceirzada. O curioso é que não basta apenas apresentar a baixa da carteira. Tinha que ter a recisão junto. A atendente até insinou que eu poderia ter falsificado uma assinatura. Então, para que serve a carteira profissional? Só pode ser para enfeite. Arrumei o contrato de recisão e finalmente consegui entrar com o processo de revisão. Que eu poderia ter resolvido em outubro, mas demora mais que o necessário devido a série de exigências da estatal. E tem mais. Para eles, não basta ser honesto, temos que provar que somos honestos.
Mas não parou por aí. Lembram da terceirizada? Então, com o contrato de recisão eu fui numa Caixa Econômica Federal (no Paraíso) retirar meu FGTS. Após ficar na fila do caixa descubro que agora para retirar o $$$, tenho de dar entrada antes num pedido na própria Caixa. Ou seja, mais burocracia. Perguntei para a mulher do caixa se isso sempre foi assim, até porque de uma outra vez que tive de fazer isso fui direito ao caixa e peguei o dinheiro sem problemas. Ela respondeu que sim. Discordei, mas isso nem iria resolver meu problema. Tive ainda de marcar um horário para a entrega do tal pedido. Falei com uma mocinha, que foi bem mais simpática ao menos. Ela disse que essa nova prática foi instituida há pouco tempo. Respirei aliviado. Já estava achando que tinha ficado maluco. A infeliz do caixa , para se livrar rápido de mim, respondeu a primeira coisa que lhe veio a cabeça.
Na data marcada, lá estava eu de volta a agência da Caixa. Tirei xerox de CPF, RG, partes da profissional. Quando chegou a minha vez, a surpresa. As antas da terceirzada simplesmente erraram o número da minha profissional no termo recisório. Isso sem falar que eles já haviam mancado ao colocar a data da adimissão que não batia com a que foi incluida na carteira. Resumo da história: não pude retirar um dinheiro que é meu por direito. Não fiz favor algum para ganhar aquele $$$. Trabalhei honestamente. E não posso tê-lo por causa de uma série de burocracias e erros que não são minha culpa. Note que que vivemos numa era na qual a sociedade é informatizada, mas ainda temos que nos submeter a práticas de quarenta anos.
Lembro que um dos ministérios do governo João Figueiredo levava o nome de Desburocratização. O titular da pasta era Hélio Beltrão que chegou a ser cotado como candidato a sucessão presidencial. Minha mãe nutria uma simpatia por ele. Porém, acho que seu trabalho acabou sendo em vão, pois em pleno século XXI ainda convivemos com a burocracia, ao menos nos orgãos públicos, tanto da esfera estadual como da federal. É aquela velha máxima: para que facilitar se é possível complicar?

quarta-feira, dezembro 31, 2003

2003 foi um ano bacana. Acho que o ano que vem será igual ou melhor. Feliz 2004 a todos.

sexta-feira, dezembro 26, 2003

Numa de suas colunas mais recentes, o Ombudsman da Folha de S. Paulo, Bernardo Ajzemberg escreveu sobre a prática de auto-promoção que vem acontecendo entre alguns colunistas e colaboradores do jornal. O mote foi o fato de Luiz Nassif ter indicado um site do qual é responsável numa enquete promovida pelo suplemento Informártica.
Ainda sobre esse tema, Bera, como é conhecido, implicou com outro fato: "Tempos atrás, comentei em crítica interna a inadequação de regularmente se adicionar ao chamado ‘pé biográfico’ o endereço eletrônico de algum site que não tem nada a ver com o tema do artigo nem com o jornal, mas que divulga algo de interesse pessoal do autor. Isso ocorre, por exemplo, no caso do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que divulga sob sua coluna, em ‘Opinião econômica’, o endereço de uma revista de sua propriedade".
Vou parar aqui neste tópico mais específico. Nas minhas colaborações para o Observatório sempre incluo no pé biográfico o endereço deste blog. Se o site dá essa abertura, acho legítimo poder divulgar um outro espaço onde publico minhas coisas. Se eu mesmo não posso me divulgar, quem vai fazer isso por mim? Todo mundo tem direito à divulgação de seus trabalhos, desde que não seja de uma maneira chata e aborrecida.
Bera poderia ter ido mais fundo na polêmica que levantou. Por que todos os jornalistas que trabalham na Folha tem mais facilidade de divulgar os livros que escrevem? Sobre isso, ele não falou. Espero que seja apenas por falta de espaço e não por também ser escritor. Seus livros "Carreiras Cortadas" e "A Gaiola de Faraday" tiveram generosos espaços no jornal quando foram lançados. Será que se fosse um Zé Mané qualquer a escrevê-los, esses romances teriam o mesmo destaque?


quarta-feira, dezembro 24, 2003

Para fechar o ano, está no Observatório da Imprensa desta semana uma entrevista que eu fz com o jornalista Alexandre Matias, responsável pelo site Trabalho Sujo. Na pauta, um pouco da história de seu atual veículo que começou como uma coluna de jornal e hoje está na Internet. A transição do "on paper" para o "on-line" foi bastante abordada. Confiram.

domingo, dezembro 21, 2003

Não empreste seus CDs para mim. Saiba o porque aqui.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Eu já levei um drible do Pelé. É sério. Saiba maiores detalhes dessa história lendo aqui.

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Just a castaway
An island lost at sea
Another lonely day
With no one here but me
More loneliness
Than any man could bear
Rescue me before I fall into despair

I'll send an SOS to the world
I'll send an SOS to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle
[Message in a bottle]

A year has passed since I wrote my note
But I should have known this right from the start
Only hope can keep me together
Love can mend your life
But love can break your heart

I'll send an SOS to the world
I'll send an SOS to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle
[Message in a bottle
Oh, message in a bottle
Message in a bottle]

Walked out this morning
Don't believe what I saw
A hundred billion bottles
Washed up on the shore
Seems I'm not alone at being alone
A hundred billion casatways
Looking for a home

I'll send an SOS to the world
I'll send an SOS to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle
[Message in a bottle
Message in a bottle
Message in a bottle]

Sending out an SOS...


De alguns tempor para cá venho amadurecendo a idéia de que a relação que o indivíduo tem com a música é puramente pessoal. Não dá para remar contra a maré. Sendo assim, tem o fulano que gosta de uma determinada canção porque ela faz lembrar da namorada e por aí vai. É claro que torcemos o nariz para os fãs do Bonde do Tigrão, mas se eles gostam desta música foi porque houve algum tipo de identifcação.
Seguindo nessa linha de raciocínio, digo que tenho uma identificação com algumas músicas pelo fato de me remeterem a períodos bacanas da minha adolescência. "The Game", do Echo And The Bunnyman é uma delas.
Porém, se tem uma música que eu gosto, ela é "Message in a Bottle", do Police. Da banda, nem preciso falar muito, é uma das mais representativas da virada dos anos 70 para os anos 80, reunindo integrantes pra lá de talentosos.
Mas e a música em si? Bem, certa vez eu estava lendo um texto do jornalista Clovis Rossi sobre o ofício de correspondente internacional. Ele dizia, citando um veterano companheiro, que o trabalho dessa figura é semelhante a de um náufrago que escreve uma mensagem e a solta ao mar, não sem antes coloca-la numa garrafa, esperando que alguém a leia, nunca se sabendo por quem essa mensagem será recebida, entendida ou qual será seu retorno.
Quando eu li esse trecho, bateu o clique. Rossi estava se referindo ao correspondente internacional de uma forma específica, mas sem querer ele estava do trabalho de quem escreve de uma forma geral, seja ele jornalista, publicitário, escritor, blogueiro, etc. Não importa o meio, quando escrevemos algo, independente da condição, nada mais nos assemelhamos ao náfrago quando despacha seu SOS ao mar.
Foi por causa dessa combinação de fatores que batizei a primeira coluna que eu tive de "Mensagem na Garrafa". Ela era publicada mensalmente no fanzine Quex, do meu amigo Eric Marke, entre os anos de 1996 e 1999. Digamos que foi minha primeira experiência com o jornalismo impresso..he he he he...Depois, ela teve uma outra fase em 1999, no e-zine Buxixo (que não existe mais), da minha querida amiga Megssa Fernandes
Hoje, posso não mais usar esse título, mas nunca abandonei a idéia que ele embute.

domingo, dezembro 07, 2003

O assunto da semana nas rodas de jornalistas foi o caso Joelmir Betting. Respeitável especialista da área economica, ele perdeu duas de suas mais importantes tribunas (os jornais O Globo e o Estado de S. Paulo) por virar garoto-propaganda do banco Bradesco. As publicações para as quais escrevia não aceitam que seus profissionais participem de campanhas publicitárias.
Joelmir já foi um referencial do jornalismo economico. Seu auge foi nos anos 70 e 80, quando trabalhou para a Rádio e TV Bandeirantes e mantinha uma coluna diária na Folha de S. Paulo, onde ficou até o início da decada de 80. Ele se destacou por impor um estilo peculiar, traduzindo o economês para a linguagem da dona-de-casa e do chefe de família. Foi para a Globo em 1985, já consagrado e não mudou seu jeito de trabalhar. Tinha um espaço fixo no Jornal da Globo que sempre encerrava com o bordão: "Para pensar na cama". Porém, com as mudanças na cúpula do jornalismo da emissora foi perdendo espaço progressivamente (principalmente depois da saída de Armando Nogueira). Mesmo com a presença firme em dois dos jornais de maior circulação do país, suas colunas não causavam mais o impacto de outrora, não repercutiam. Era raro encontrar alguém que chegasse numa converssa e dissesse: "você leu o que o Joelmir escreveu em sua coluna?". Talvez sentindo isso, Joelmir decidiu emprestar sua imagem ao Bradesco. Será que ele tomaria essa decisão enquanto estava no auge? Inteligente como é, Joelmir não faria isso. Resolveu deixar para fazer comerciais próximo da aposentadoria.
Uma coisa que fique clara. A atitude de Joelmir não deve servir para que sua brilhante carreira fique manchada. Não dá para se jogar fora suas contribuições ao jornalismo economico. Até os deuses tem o direito de errar de vez em quando.

sábado, dezembro 06, 2003

Ó, quando eu não estou aqui, eu estou aqui.

quarta-feira, dezembro 03, 2003

E os barões da imprensa cultural continuam a dar seus depoimentos a este repórter para o Observatório da Imprensa. O convidado desta feita é Marcel Plasse, crítico musical e ex-colaborador de várias publicações: Bizz, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e Valor. Hoje ele tem uma revista solo sobre DVDs, a Pipoca Moderna.



domingo, novembro 23, 2003

A vida prega uma peças engraçadas, não? Quem diria que Garanhuns, terra do corinthiano presidente Lula, seria o palco de uma das vitórias mais importantes da história do Palmeiras? Foi um fecho de ouro para uma campanha na qual tudo deu certo. A cidade desde já merce citação em qualquer livro que conte a trajetória do Verdão.

sábado, novembro 22, 2003

Não sei a opinião das pessoas que passam por aqui, mas penso que todas as análises sobre o fenômeno blog já foram escritas. No entanto, sempre aparecem boas supresas, como o texto da escritora Állex Leila, do qual destaco um trecho:

Assim, o blog lembra algo escrito com giz (ah, por isso que você escolheu esse assunto pra iniciar esta coluna? Elementar, meus caros, elementar!), passível de ser apagado, deixando, entretanto, vestígios (como o giz deixa o pó pelos cantos da sala, na pele, na roupa de quem o manuseia) tanto no endereço virtual onde vamos procurá-lo e não o encontramos (quem agüenta aquela maldita mensagem de not found?), quanto nas imagens, pensamentos, gostos e palavras que um dia lemos, rapidamente, de passagem – como é, aliás, tudo na internet.

O restante pode ser lido aqui, na coluna Giz, parte intergrante da revista eletrônica Verbo 21, que fala sobre literatura. Gostei da proposta da criação do substantivo bloguista. Será que pega?

quarta-feira, novembro 12, 2003

O debate sobre a crise do jornalismo musical chega ao Observatório da Imprensa em mais um artigo assinado por mim: "Crise à vista com geração Mp3". Não é inédito, já foi publicado na Coluna Vertebral, mas achei que fazia sentido sua republicação, desta vez num site voltado ao jornalismo.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Bem, a conclusão que eu tirei lendo por aí algumas resenhas sobre o show do Fellini no Tim Festival é que a apresentação da banda dividiu opiniões. Metade gostou, outra metade não. Mesmo assim, valeu. Essa nova reunião serviu para coloca-los de novo na mídia. Falaram bem e falaram mal, mas falaram do Fellini. Quem me conhece sabe que sempre reclamei da marginalização que eles sofreram na década de 90. De uma certa forma, procurei ajudar a reverter esse quadro quando procurei Cadão Volpato em 1996 para uma entrevista que seria a base para um especial produzido por mim e levado ao ar na Rádio Onze.
Nas entrevistas pós-show, Cadão e Thomas disseram que foi a última vez que eles se reuiniram para tocar juntos com o Fellini. Bem, quem os conhece sabe que pode ficar com um pé atrás. Não é a primeira vez que eles dizem isso e creio que nem será a última. Se eu fosse produtor de shows, os convidaria para se reunir mais uma vez e numa ocasião muito especial: o aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo. Tem tudo a ver. O Fellini realmente tem a cara de São Paulo. O Fred 04 disse na Folha de S. Paulo que a sonoridade da banda era mais "lugar nenhum" que paulistana. Concordo. Agora, se existe uma cidade que tem essa caracteristica de lugar nenhum essa é justamente São Paulo. E tem mais. O Fellini simboliza realmente a mistura e não só no aspecto musical. Quem imaginava que um descendente de alemães, como Thomas Pappon, e um descendente de italiano, que é Cadão Volpato, ambos paulistanos, fizessem samba e música de raiz? E a cidade de São Paulo é essa mescla de informações e de culturas. Toamara que alguem que esteja participando da organização dos festejos do próximo aniversário da capital paulista atente para isso.

 
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