sábado, junho 08, 2002

Genial. Um blog de ódio ao Galvão Bueno

sexta-feira, junho 07, 2002

Eu não tava a fim de postar mais nada hoje aqui no blog, mas eu lembrei de uma histórinha interessante que eu resolvi dividir com a meia dúzia de leitores fiéis dessas linhas.
Bem, quem me conhece sabe da minha participação na Rádio Onze. Eu era uma espécie de faz-tudo. Fui repórter, operador da mesa de som, assessor de imprensa, participava de vários programas, mas além de tudo isso tinha um programa solo que ia para o ar todo sábado à noite. Era o "Saturday Night Rock". Não procurem significado algum no nome. Foi o primeiro que apareceu (idéia do Chico Lobo), e ficou.
Tinha a oportunidade de tocar as minhas bandas preferidas (e de muita gente também..he he he), como Suede, Sonic Youth, Fellini, etc. Numa certa altura eu passei a tocar as demos de bandas que estavam militando no emergente rock indie nacional. Abri espaço para Superbug, Walverdes, PELVs, Cigarrets, Comespace...as minhas preferidas eram Sleepwalkers e Arsene Lupin. Fiz contato com essas bandas através das listas de discussão que eu assinava e elas me mandavam o material. Teve um dia em que montei um programa especial só com essas bandas num dia útil bem em cima da Voz do Brasil. Naquela época ainda havia a obrigatoriedade para a transmisão do informativo do governo por parte das FMs oficiais. Até dei um nome meio gaiato para esse especial: "Indie-Brasil contra a Voz do Brasil". Bons tempos.
(divaguei tanto agora que fugi do assunto...he he he, mas foi bom esse parêntese).
Bem, um de meus projetos era entrevistar personalidades interessantes do rock and roll. O sucesso da entrevista que o Kid Vinil nos tinha concedido no final de 1995 animou para que essa idéia fosse levada adiante por mim. Uma das personalidades que estava fazendo um certo sucesso lá fora era a brasileira Isabel Monteiro, vocalista do Drugstore. Achei que valeria a pena tentar manter um contato com ela, para, quem sabe, convencê-la a visitar nossos estúdios quando estivesse em férias aqui no país e nos concedesse um depoimento. Naquela época, eles tinham lançado o primeiro álbum, e o Drugstore começava a fazer sucesso na Inglaterra. Enquanto isso, consegui por aqui o endereço da caixa postal de Isabel com o próprio Kid, copiei a fita com a entrevista ele na qual ele falou um pouco sobre a banda, escrevi uma cartinha e despachei tudo via Sedex. Algum tempo depois, chegou a resposta. Num bilhetinho, Isabel disse que amou a entrevista, ficou muito feliz, etc (nem sei mais onde está essa carta). Ela ainda me mandou um adesivo de mesa com o logo do Drugstore e, melhor que isso, deu o meu endereço para o produtor que estava gerenciando a carreira deles naquele momento e passei a receber quase em primeira mão os singles que estavam sendo lançados. Por conta disso, eu tive o privilégio de ter em minhas mãos antes do que muita gente boa "The President", aquela música na qual ela canta em dueto com o Thom Yorke. O MP3 estava engatinhando...
Bem, a essa altura você deve estar se perguntando se a entrevista rolou. Não. Primeiro, porque eles tiveram problemas de gravadora. Sairam do Go Discs e foram para a Roadrunner numa transação meio complicada. Acabamos perdemos contato. Ainda enviei outras correspondências, mas as mesmas voltaram. Aquela caixa postal foi desativada. Depois, quando a banda veio ao Brasil, a emissora já não estava mais no ar (procure nos arquvos e saiba o que aconteceu) e por falta de tempo não me animei a ir atrás dela. Mas pelo menos eu acho que em algum lugar da casa de Isabel tem um pedaço da memória da Rádio Onze.

Um apelo a você que visita este blog através do Google e usando as palavras-chaves: "Rodney, Eric Marke e música eletrônica": me escreva.

Para mim, essa Copa do Mundo está muito sem graça. Os melhores jogos foram marcados justamente no horário em que eu estou dormindo. Adoraria poder ter visto Espanha x Paraguai, Argentina x Inglaterra e França x Uruguai. Só consigo ver o jogo das 3h30 e olhe lá. O filé-mingnon das partidas foi marcado para mais tarde no intuito de atender as necessidades das televisões européias. O jogo que começa as 8h30 aqui, se inicia lá em alguns países daquele continente a uma da tarde (eu acho que deve até ser mais tarde, pois lá é verão).
Peguei no sono logo no início de Rússia e Tunisia, mas deu para assistir Dinamarca x Senegal e Nigéria x Suécia. Ah, mas foi ruim mesmo de ver Costa Rica x China. Isso é o resultado da política expansionista da Fifa.
A África Negra não tem feito um bom papel nesse mundial. A Nigéria já caiu fora, o que é uma pena. As outras seleções do continente também não despertam suspiros com suas campanhas. Talvez a única que pode ir mais longe é Senegal. Mesmo as seleções sul-americanas não estão indo bem. Paraguai e Argentina já levaram um belo de um nabo. Equador não conta, pois não foi possível levar o craque da seleção, cujo nome é altitude. Quanto ao Brasil...bem, é melhor esperar pelo jogo contra a China, antes de falar qualquer coisa.
O que mais surpreeende é ver que os Europeus estão indo relativamente bem. Só Portugal e França que decepcionaram. Ainda é cedo para qualquer tipo de análise mais profunda, mas creio que a abertura do mercado dos países da Europa não influenciou negativamente no futebol apresentado pelas suas seleções nacionais. Taí a Espanha que não me deixa mentir.

quinta-feira, junho 06, 2002

Fanzine: Rotulando o in-rotulável
É o título de uma interessante reportagem sobre fanzines na e-magazine Mood, assinada pelo Leo Lima.
Visual arrojado, pautas espertas, é uma publicação que me surpreendeu positivamente.

Aconteceu o que eu temia...

Até logo!!
A partir do dia 7 de junho estaremos mudando o site que, graças a você e a todos os nossos colaboradores, teve vida própria e passou a ser um cenário onde você pode compartilhar suas opiniões e experiências com milhares de pessoas de todo o mundo.
Queremos agradecê-lo por ter sido parte vital deste importantíssimo projeto.
Mais uma vez, queremos agradecer a sua participação, e tenha certeza de que você será sempre comunicado, e convidado a participar, de nossas futuras iniciativas.
Equipe Euqueromais
StarMedia Network


Com esse singelo comunicado enviado pelo mail, o site Euqueromais dispensou a participação dos colaboradores, entre os quais este que vos escreve. As razões para tal decisão não foram esclarecidas.
Eu tinha reparado que algo de estranho estava acontecendo. As atualizações do site estavam demorando demais. Antes, a equipe colocava os textos no ar a cada dois dias. Eu mesmo mandei um texto no dia 25 que até agora não foi incluido (e nem será).
De qualquer forma, fica um gosto amargo na boca, mas por outro lado foi bom enquanto durou. Pude desenvolver um bom trabalho e enriqueci o meu currículo com essa participação no Euqueromais. Nem deu tempo de ficar triste. No mesmo dia em que eu recebi essa notícia, fui me encontrar com uns colegas antigos da faculdade lá no Bar do Pé Sujo. Nos divertimos à beça. Estavam lá o Renatão, o Guim, o Amaral, o Lipa, o Juninho Bill (aquele mesmo), o Odrilei...foi um barato. Os caras até lembraram do dia em que uma pomba cagou na minha camiseta...

terça-feira, junho 04, 2002

Além deste blog e dos meus artigos no Euqueromais, mantenho no ar a home page da Rádio Onze. Acabo de colocar lá mais um pouco da história da emissora, contada pelo Chico Lobo, um grande profissional que ajudou a montar inúmeras rádios livres, piratas e comunitárias pelo país e emprestou um pouco de sua experiência para a Onze. É mais uma contribuição para ajudar a preservar a memória da emissora. Pena que apenas gente como Chico Lobo está empenhada nisso. O próprio CA XI de agôsto parece não estar se preocupando muito. Mas eu compreêndo os estudantes que dele fazem parte atualmente. Eles tem outras prioridades, como por exemplo tentar se manter no poder, para fazer sabe-se-lá o quê. (para quem não sabe, lá dentro existe uma rivalidade entre PSDB e PT, representados pelos alunos).Quem sabe num belo dia alguém tenha a santa idéia de recuperar essa história. Enquanto isso, modestamente, Chico, eu e mais quem quiser, vamos contando um pouco de nossas experiências lá na Onze. Sempre tem alguém interessado em ler. Prova disso, são os mais de 12 mil acessos à página em mais de quatro anos. É uma boa média para um site que não tem nada de interessante no que diz respeito a lay-out, cuja força está apenas no texto. Os itens mais visitados são justamente aqueles que recuperam a trajetória da Onze nesses últimos anos.

segunda-feira, junho 03, 2002

Ganhei uma citação na coluna da Magaly Prado, na Folha On Line. Para quem não sabe, a moça é especialista no tema rádio. Foi até engraçado, pois foi a primeira vez em muito tempo que meu nome é publicado num dos veículos do Grupo Folha, e olha que eu passei 16 anos lá...he he he.
Aconteceu o seguinte, mandei para o blog Rádio Base uma nota sobre as transmissões de rádio na web feitas pelo prestigioso jornal The New York Times. A Magaly gostou e publicou na sua Pensata. Fico feliz, agradeço, mas acho que ela poderia ter citado também o veículo de onde ela tirou a informação.

quinta-feira, maio 30, 2002

O grande estorvo hoje para muitos internautas é o Spam, aqueles e-mails de propagranda que aportam nas caixas de entrada de milhares de usuários. Na maioria dos casos, as "vitimas" (se é que se pode chamá-las assim) dizem não ter solictado desse tipo de mensagem. Hoje existem inúmeras organizações no mundo que lutam contra essa prática do envio de e-mails indesejados. O assunto é tema de reportagens de jornal, sites, colunas de informática (Reparem, de tempos em tempos, o assunto volta à tona, porém sem qualquer tipo de novidade).
Enfim, dá-se muita importância ao Spam, mas por outro lado, não se fala de uma prática um tão abominável quanto. Aposto que todos têm um caso para contar de mails não respondidos. Eu mesmo já contei um caso aqui nesse blog há alguns posts. Sempre que eu recebo um mail, faço questão de o responder na sequencia. Outra coisa que eu já expliquei aqui: recebo mails de pessoas em busca de informações sobre rádios piratas, etc. Podendo ou não ajudar, eu respondo. Em muitos casos não há a réplica ou ao menos uma mensagem com uma simples palavrinha: obrigado.
Semana passada, tive mais uma experiência nesse sentido, mas desta vez o meio de comunicação foi outro, o celular. Liguei para um determinado fulano por dois dias seguidos. Nas duas ocasiões, a minha ligação caiu na caixa postal. Dexei o recado, com meu número de telefone de casa. Fiz a minha parte. Pois bem, até agora, enquanto eu escrevo essas linhas, não tive o tal do retorno das minhas ligações. Não responder a um e-mail é uma coisa, mas não ligar de volta a quem deixou um recado na caixa postal é pior, porque se paga uma tarifa para isso. E quem paga é quem liga. O dono do celular para o qual chamei não deve estar ciente disso ou até está, cagando e andando para o fato. O pior é que eu não posso nem mandar esse cidadão às favas (pensaram que era à pqp?), por alguns motivos que não cabe comentar aqui (numa outra ocasião, talvez).
Aposto que muitos podem estar se perguntando: "você não leva em consideração que essa pessoa possa estar sem tempo?". Claro que sim, mas se ela está tão enrolada assim, ela poderia fazer um contato nem que seja para dizer que recebeu meu recado, mas assim que tiver um tempo me liga. Não custa nada.
A triste conclusão é a de que o avanço tecnologico trouxe novas ferramentas para a comunicação inter-pessoal, mas a etiquieta não evoluiu no mesmo passo.

quarta-feira, maio 29, 2002

Tenho percebido um fenômeno interessante que está acontecendo na imprensa cultural de algum tempo para cá. Por muitos anos, a principal referência para muitos jornalistas brasileiros foi Paulo Francis, principalmente entre aqueles cuja faixa etária varia entre os 30 e 40 anos. Talvez quem melhor personifique essa influência de Francis no momento é o Álvaro Pereira Jr. em suas colunas no caderno Folhateen, da Folha de S. Paulo. A única diferença é que PF não foi tão pop como é hoje APJ. Mas o resto está todo lá, principalmente a ranzinzice.
No entanto, existe uma nova geração de jornalistas, a maioria na casa dos 20 anos, que tem se desvencilhado desse modelo adotado pelo nosso homem em Nova York por muitos anos. Essa moçada agora tem procurado se espelhar no trabalho de jornalistas como Lester Bangs e Hunter S. Thompson (o criador do jornalismo gonzo). Os dois são norte-americanos, pode ser uma tremenda coincidência ou não, mas pelo jeito o modelo a ser seguido agora vem de fora. Se isso vai ou não trazer algo de novo para o nosso jornalismo cultural ou se a adoção de fórmulas internacionais será benéfica ou não, somente o tempo vai dizer.

segunda-feira, maio 27, 2002

Finalmente este blog foi incluído no Google, talvez o mais completo mecanismo de busca da Internet (Eu pelo menos já deixei de lado o Altavista). Isso vai significar uma aumento considerável no número de visitas.
O curioso são os termos de pesquisa utilizados. Só isso já daria um outro blog, o modo como as pessoas vieram parar aqui. Nesse primeiro dia, três internautas cairam aqui via Google, cada um deles procurando um assunto diferente. Um digitou as palavras "monografia ética contador". Hum, será que se trata de algum preguiçoso caçando alguma coisa pronta na net para entregar como trabalho de Faculdade? Outro entrou aqui procurando alguma coisa do cantor Nahim. Se vocês não se lembram, eu falei dele num dos posts sobre a revista Zero. E o terceiro acessou (desculpem, mas eu tinha que um dia usar essa palavra) o blog em busca de informações sobre o meu amigo Eric Marke, de quem eu falei aqui no post sobre o zine Quex. Tomara que eles tenham gostado do blog e voltem mais vezes.
Eu sei de gente que acessa alguns blogs atrás das coisas mais escabrosas. Flávia Durante que o o diga...he he he

sexta-feira, maio 24, 2002

É difícil de se entender a raça dos jornalistas. Ô gentinha complicada de se lidar. Vou contar um fato verídico que corrobora essa minha perplexidade. Eu estou às voltas com um pedido de entrevista para um lance que pretendo publicar no Euqueromais. Mandei um mail para uma determinada figura da imprensa musical perguntando mais os menos o seguinte: "quero fazer um lance, assim, assado...você topa?" O cara topou e na sequencia mandei um questionário, enfim, fiz a minha parte. Os dias se passaram e nada de resposta. Mandei pelo menos uns dois ou três mails e nada. Até o alertei para o fato de minha caixa postal as vezes ficar lotada e que ele poderia tentar me mandar as respostas quantas vezes forem necessárias. Sem sucesso. Hoje eu fiz a última tentativa de contato e perguntei o que se passava. Se o cidadão mudou de idéia e não quer mais falar, pelo menos que dê uma justificativa.
Eu fico aqui cá com meus botoões me perguntando o que leva um jornalista a agir assim. Você aí que honra estre blog com sua atenção já deve ter lido por aí que se trata da categoria profissional com o maior número de egos inflados por metro quadrado em redações. O que há de mais irônico nessa história é que nem todos estão com essa bola toda. Eu prefiro mirar em exemplos como o do Thomas Pappon. Ele conseguiu chegar ao nível mais alto de sua carreira hoje. Mora em Londres e trabalha no serviço brasileiro da BBC, a famosa rede de rádio e tv estatal da Grâ-Bretranha. Poxa, chegar lá não é para qualquer um e quem consegue esse objetivo conquista uma chance de ouro na carreira, pois concilia a chance de morar numa das capitais mais efervecentes do ponto de vista cultural e trabalha num veículo que tem um longa tradição histórica. O meu contato com o Thomas já foi mais regular, mas sempre foi cordial. É um gentleman. Sempre que precisei, ele se dispôs a ajudar, concendendo entrevistas para falar sobre "Amanhã é Tarde", o novo lançamento do Fellini, seja para contar a história da banda ou mesmo para falar de seu projeto paralelo musical, o The Gilbertos. E eu estou ligado a grandes veículos? Claro que não, mas Thomas sempre me tratou profissionalmente de forma respeitosa e digna, assim como eu imagino que a atitude dele seja a mesma com outras pessoas que atuam de forma independente, sem o respaldo de grandes marcas jornalisticas como Abril, Globo ou Folha, entre outras.
Por uma questão de respeito, eu não vou dizer em qual veículo trabalha essa pessoa a quem fiz o pedido de entrevista. E a comparação com a BBC creio que não dimunui em nada esse mesmo veículo. Só o fiz mesmo para analisar as posturas.

Participe da campanha "Faça um Blogueiro Feliz". Escreva para rodneybrocanelli@hotmail.com
e dê a sua opinão sobre este blog. Só não vale xingar.

quarta-feira, maio 22, 2002

Vocês conhecem o trabalho do José Simão, certo? Então, não preciso ficar explicando quem ele é. Eu vou pegar emprestado uma idéia dos textos dele para justificar algumas coisas. Em alguns de seus artigos, Simão dizia que era "ombudsman de si mesmo". Assim como o querido macaco da grande imprensa, não tendo um ombudsman para ficar no meu pé, tenho que acumular essa função com a de redator...
Toda essa encheção de linguiça é pelo seguinte: fui alertado de que há pequenos erros no texto do Euqueromais (veja o post abaixo). São errinhos de digitação e pelo menos um de pountuação na frase que fecha o artigo, porém, nada de mais grave, comprometendo assim o conjunto. Vou me defender explicando o seguinte: é lógico que como todo bom redator, eu reviso o texto pelo menos umas duas vezes antes do envio para o site. Só que é aquele velho problema, por mais que uma pessoa revise aquilo que escreve "n" vezes, sempre uma ou duas coisinhas erradas vão passar batido pelo crivo dela. É aí que deveria entrar a figura do editor, para pelo menos alertar quando há problemas. Mas lá no Euqueromais não é assim. O editor se limita apenas a colocar os textos na página e ponto final. Já dei uma toque para que eles lá fiquem mais atentos, mas pelo jeito foi em vão. Como eu disse, essas coisas não comprometem a essência do texto, mas o povo do site não se deu conta de que pequenos erros comprometem a imagem do site junto a leitores com um grau de exigência maior (traduzindo: os chatos). Enfim, é isso. Espero que vocês relevem um pouco essas falhas e continuem atentos. Qualquer toque de que há alguma coisa errada é muito bem-vindo. Termina aqui o momento "ombudsman de mim mesmo".

terça-feira, maio 21, 2002

Saiu mais um texto meu sobre rádios piratas no Euqueromais. Na verdade, não tem nada de diferente do que eu já tenha escrito antes sobre o assunto. Como é a primeira vez nesse site, decidi fazer um histórico para contextualizar os leitores (adolescentes na sua grande maioria). Pretendo publicar uma análise, mas faço isso mais adiante.

segunda-feira, maio 20, 2002

100 visitas!!!!!!

Com relação ao post abaixo, eu lembrei de uma antiga entrevista da Siouxie Sioux à finada Bizz. Perguntaram a ela sobre as gravadoras independentes inglesas. A resposta foi mais ou menos assim: "são iguais as grandes, só que menores no tamanho". Para bom entendedor...

Deu no blog da Ciça que o povo do Mogwai andou criando dificuldades para as bandas que iriam abrir o show deles no Rio. "O baterista lançou ordem expressa proibindo as outras bandas de ajustar a bateria. isso, não podia mover one inch sequer de qualquer estante de pratos que fosse", segundo ela. Essa decisão atingiu diretamente o baterista do Cassino, da qual a Ciça é vocalista, uma vez que ele é canhoto. No final, tudo acabou dando certo, pois ele "tocou com bateria de destro, viu, seu mogwai. brasileiro sempre dá um jeito.", disse.
O Mogwai não é a primeira banda que cria dificuldades aqui para as bandas de abertura de suas apresentações. O Yo La tengo também teve o mesmo tipo de atitude pouco simpática quando esteve no país. Será que banda gringa é tudo igual, só mudando mesmo o tamanho, o porte?

sexta-feira, maio 17, 2002

Obrigado a você que me avisou que tinha um "não" a mais no post abaixo. :o)

quinta-feira, maio 16, 2002

Ando meio sem saco para escrever. Portanto, estou sacando algumas coisas do meu arquivo e postando no blog. É melhor do que ficar dias sem colocar nada aqui. O texto abaixo eu escrevi por conta dos shows do U2 no Brasil, em 1998. Iria sair no zine Quex, mas acabou não sendo publicado, não lembro por qual motivo. Deve ser pelo fato de estar ruim demais.

As lágimas de Bono

A organização dos shows brasileiros do U2 foram uma veradadeira comedia de erros. Comecou com o comercial da Skol que colocou uma banda cover para representar a banda e culminou com o engarrafamento e o tumulto na porta do autodromo de Jacarépaguá. Alias, o staff dos irlandeses nao engoliu até agora a mudança do local reservado para o show no Rio. Duvido que eles voltem, mesmo se o próximo show for intimista.
Assisti ao show do U2 em São Paulo pela televisão. Nada como o conforto de casa. Você pode ir a geladeira e pegar uma Coca-Cola sem maiores problemas. O maximo de incômodo é ouvir o comentario da mãe dizendo que refrigerante engorda.
O show? Bem, foi legal. Nao foi o show do milenio como apressadamente disseram alguns. O ponto alto foram os clássicos mesmo, nao dá para discutir. O material antigo deles é muito melhor que o atual e isso é normal para uma banda está na estrada há tanto tempo. O que será que os Beatles estariam fazendo hoje se não tivessem se dissolvido? Será que seria tão legal quanto os classicos com mais de trinta anos?
Um momento me chamou particularmente a atenção. A voz embargada de Bono ao cantar "With or Whitout You". Lembrem-se de que ele antes pegou uma menina da platéia e os dois ficaram abraçados por um bom tempo. Depois, Bono deitou a cabeça no colo dela. A grande questão é o que teria feito Bono se emocionar naquela hora? E outras perguntas surgem. Foi um momento tão especial assim? Ele chora assim mesmo nos outros paises pelos quais o U2 passou?
Na hora tudo aquilo me pareceu verdadeiro, mas posso estar enganado. Pode até ter sido uma atitude fake dele, mas foi o melhor momento do show, sem dúvida. Ganhou da música, da parafernália toda. Às vezes, a emoção vale muito mais do que essas coisas.

 
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