Estranho, muito estranho. Nessa semana o Gilberto Custódio Jr. veiculou no seu Esquizofrenia uma entrevista com o Kid Vinil. Nela, o nosso homem multí-midia (radialista, vocalista, diretor de gravadora e jornalista) se mostrava satisfeito com seu programa de rádio na Brasil 2000 FM, apresentado entre 15h e 16h, na qual ele tocava sons bacanas. Pelas suas declarações, foi posível concluir que tudo corria bem e não havia perspectiva de mudanças imediatas. Hoje, porém, fui surpreendido com uma nota no blog Rádio Base. Dizia que esse seu espaço diário da tarde foi extinto assim sem mais nem menos. Hoje, sexta-feira, foi ao ar a última apresentação. Continuam na emissora apenas os drops espalhados ao longo da programação (as Dicas do Vinil), um horário aos sábados, e fica a promessa de que Kid vai assumir um novo horário noturno. É esperar para ver.
sexta-feira, setembro 20, 2002
Você já ouviu falar de John Peel? Não? Pensa bem. Seu nome é muito citado por aqui nas revistas especializadas em música e nas seções de discos dos jornais. Ainda assim, não conseguiu lembrar? Tá bem, eu explico. Peel é um dos apresentadores de rádio mais populares da Inglaterra. Trabalha na BBC One, dedicada ao público jovem. O perfil da emissora é o mais pop possível e lá toca de tudo, desde o rock and roll básico até drum n'bass e quetais. Um dado curioso: a BBC One foi criada como uma resposta a Caroline, uma rádio pirata que atraiu a moçada na década de 50 tocando o emergente rock americano: Chuck Berry, Elvis, entre outros... John Peel é um de seus astros. São famosos os programas que ele comanda com apresentação de bandas ao vivo. Não ná ninguém no mundo do rock inglês que não tenha tocado nas "Peel Sessions". Algumas delas acabam ficando tão bacanas que são editadas comercialmente, depois de algum tempo. Um dos selos que se dedica a isso chama-se Strange Fruit (quem sabe um dia alguma coisa chega por aqui).
Além disso, Peel tem um outro espaço na BBC One no qual toca músicas do mundo todo. Muitos não devem saber, mas duas bandas brasileiras já fizeram parte dessa programação: Fellini e brincando de deus. Curioso notar que as ambas são independentes, não tinham uma estrutura de grandes gravadoras ajudando na divulgação. Foi tudo na cara e coragem mesmo. Pena que figurar no play-list de Peel não tenha servido de impulso as suas carreiras por aqui.
Apesar de ser muito citado pela imprensa musical brasileira, até hoje nenhum jornalista se aventurou a fazer uma entrevista ou escrever um perfil de John Peel (um vovô, segundo Tom Leão). O cara é um mito e deve ter muitas e muitas histórias para contar. Não creio que ele faça o gênero Dalton Trevisan. Por que então não se tenta preencher essa lacuna?
Postado por
Rodney Brocanelli
às
2:10 PM
0
comentários
quinta-feira, setembro 19, 2002
A nova coqueluche do momento na Internet são as fotos tiradas numa festa de univeritários da FGV, a tal da Giovanna (saiba mais lendo aqui). As imagens estão sendo distribuidas por e-mail e veiculadas em sites gratuitos. Os vouyers de plantão estão fazendo a festa.
Sobre o caso propriamente dito, tenho alguns questionamentos e colocações que gostaria de ver respondidos:
1) As meninas que aparecem nas fotos (pelo menos aquelas que ficaram de bumbum para cima) não tem nenhum sinal de estria ou celulite. Um dos rapazes flagrado nas imagens tem um corpo saradão. Interessante notar que nas cenas não há ninguém fora de forma. Onde estavam as gordinhas e gordinhos de plantão?
2) A regra geral é que casais em festas como essa procurem cantinhos mais escuros para namorarem. São famosos os chill-outs de algumas casas noturnas que servem justamente para essa finalidade. Por que será que algumas pessoas resolveram ir para um lugar iluminado? No escurinho, não é bem melhor?
3) As sequencias de fotos que estão circulando por aí não mostram nada de explícito. Aliás, as fotos prometem mais do que cumprem. Muito do que se vê é praticamente sugestionado. Até mesmo na cena do sexo oral, não dá para ver muita coisa, a não ser que a cabeça da menina está sob o quadril do rapaz, mas se rolou alguma coisa de concreto, não dá para garantir.
4) Uma coisa a ser notada é a agilidade com que as fotos estão sendo colocadas em home-pages na Internet, através dos serviços gratuitos Kit.net e HPG. Alguns dos sites estão sendo tirados do ar, mas prontamente substituidos por outros. Não é uma atitude de quem teme ser processado.
5) Já repararam nisso, mas não custa perguntar de novo: por que algumas pessoas olham para cima, como que se estivessem percebendo a presença da câmera? Quem está num rala e rola dificlmente vai ficar com o olhar fixo em algum lugar. A não ser que o amasso não esteja sendo bom...
Posso estar enganado, mas creio que alguns dos personagens das fotos não sejam de fato universitários. Explico: isso me lembra uma estrátégia que o velho Notícias Populares usava no carnaval. São famosas as suas edições especiais que traziam as "fotos quentes" nos bailes dos salões. Só que era tudo armação. O jornal recrutava dançarinas de boates e garotas de programa para soltarem a franga diante dos fotógrafos, mas isso não ficava claro ao leitor. Será que não deve ter acontecido o mesmo na festa da FGV para expor ao ridículo a instituição e seus alunos?
Ah, e está no ar também um blog de uma das pessoas que supostamente teria participado da festa e das cenas do cafofo.
É um caso que merece ser acompanhado com cuidado.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
4:00 PM
0
comentários
quarta-feira, setembro 18, 2002
A repórter Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, conta em sua coluna de hoje como foi a sua consulta na igreja do "padre vidente" Francisco Silva, conhecido como Padre Chico. Os habituês deste blog sabem de quem se trata. É o dono de uma das maiores rádios piratas de São Paulo (seu sinal entra muito bem em boa parte da cidade) e que usa a sua emissora para atrair fiéis com promessas de cura e libertação. Porém, ele não explica que o serviço religioso (incluida aí uma forte oração) é pago. É claro, há um cheiro de charlatanismo no ar. Padre Chico é mais um desses camelôs da fé, que proliferaram por aí nos anos 90.
Para fazer a sua reportagem, Laura teve de morrer em R$ 20,00 para ir até onde Francisco Silva ministra os seus "milagres". Isso que é jornalismo investigativo. O resto é perfumaria.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
8:37 PM
0
comentários
Finalmente já são conhecidos os motivos que levaram Alexandre Matias a deixar o comando da revista Play. Saiba de tudo lendo essa entrevista que o jornalista concedeu ao e-zine Esquizofrenia, do meu amigo Gilberto Custódio Jr.
Aliás, Gilberto está de parabéns, ele fez um ótimo trabalho a partir de nota publicada aqui no Onzenet sobre esse fato. Vale conferir, pois as declarações de Matias são surpreendentes.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
7:08 PM
0
comentários
Voltando a falar sobre o Barebacking. Eu espero que a divulgação de notícias a respeito dessa nova prática sexual não deflagre uma nova onda de ódio aos homossexuais. É aquilo que já sabemos (ou deveriamos saber): em todos os meios existem as pessoas de bom senso e as que não têm um pingo dele. Não é por causa de uma meía dúzia de insensatos que o mundo gay vai pagar mais esse pato.
No mais, esse relaxamento das precauções na hora do sexo é um fenômeno que já vinha acontecendo desde quando surgiram as primeiras notícias sobre os bons resultados do coquetel anti-Aids. Na Rádio Onze, em 1997, tive a oportunidade de entrevistar algumas pessoas ligadas a grupos de prevenção e essa preocupação era evidente. Anos mais tarde, um bando de malucos resolve levantar a bandeira do sexo desprotegido e dar um nome a essa prática.
Talvez o único jeito de se combater o Barebacking é com bastante informação, através de campanhas que visam a conscientização. Pode até ser uma boa oportunidade de se voltar a falar um pouco mais sobre a Aids na mídia. O tema anda meio esquecido, mas o risco continua eminente.
Este blog recomenda: use camsinha.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
1:18 AM
0
comentários
terça-feira, setembro 17, 2002
O meu caro amigo Marcelo Valletta deixou aqui no sistema de comentários deste blog uma mensagem interessante e que faz pensar. Falando sobre o divórcio Nando Reis-Titãs, contou o seguinte caso: "...eu o entrevistei uma vez, e ele foi extremamente agressivo _aparentemente, por eu trabalhar para a Folha..."
Não é a primeira vez que um astro do rock nacional demonstra esse tipo de descontentamento. Renato Russo, vocalista e compositor da Legião Urbana, ficou anos sem dar entrevistas ao mesmo jornal. O motivo? Ele não gostou nada de uma crítica publicada a respeito do disco "Que País É Esse?", à época de seu lançamento, em 1988. Mário César Carvalho, o jornalista pautado para fazer a resenha, entre outras coisas, chamou o disco de "esquálido". RR não se esqueceu do adjetivo e incluiu a Folha de S. Paulo em sua lista negra.
É comum encontrar casos de artistas, políticos ou esportistas que acabam se aborrecendo com algum veículo, seja por casua de uma crítica negativa, uma notícia desfavorável ou uma declaração truncada. Em geral, quem se sente atingido, protesta e tal, mas logo deixa cair a coisa no esquecimento e não costuma guardar rancor. Por outro lado, alguns mais melindrados como Renato Russo, chegam ao exagero de impor uma lei de silêncio. Há casos de gente que, como Nando Reis, não chega a tomar tal atitude, mas acaba por adotar uma postura hostil, como a descrita por Marcelo Valletta.
Ainda sobre o caso Renato Russo-Folha, não se pode esquecer de que a crítica saiu assinada na ocasião. Se Russo tivesse de demonstrar sua insatisfação, teria que o fazer com quem escreveu que seu disco era esquálido, e não com o veículo. Se a análise fosse mais favorável, talvez ele nem tivesse se importado, o que, aliás, é uma regra geral.
Muitos parecem não entender que os jornalistas passam, mas os grandes jornais e revistas, em geral, ficam. Ou seja, o crítico que há dez anos (por exemplo) sempre metia o pau numa banda pode não estar mais ocupando aquele posto hoje. Em seu lugar, cetamente vai estar alguém que tenha uma outra visão das coisas.
Talvez até por um certo comodismo, prefere-se comprar briga com as instituições jornalisticas, deixando em segundo plano as pessoas físicas.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
10:37 PM
0
comentários
A estupidez humana ganha um novo nome: Barebacking.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
12:49 AM
0
comentários
domingo, setembro 15, 2002
Há alguns dias eu falei do blog do jornalista Sandro Guidalli. Agora, ele lançou outro, chamado Offmidia. A proposta é publicar textos de pessoas que, como ele, consideram o jornalismo brasileiro um dos piores do mundo. Para Guidalli, isso se deve ao fato de que as redações de vários veículos da grande imprensa estão infestados de socialistas. "Quando eu digo que a maioria dos jornalistas brasileiros desconhece a história e ama a ideologia socialista, não estou exagerando.", escreveu recentemente num de seus artigos publicados em seu blog pessoal. Com base nessa afirmaçao (e em outras que estão nos escritos de Guidalli), ficam no ar alguns questionamentos: onde estão os patrões que não perceberam isso? Será que os Marinhos, os Civitas, os Frias e os Mesquitas resolveram mudar de ideologia? Eles não lêem os veículos dos quais são donos?
O que chama a atenção nas críticas de Sandro Guidalli é esse viés anti-socialista. Por causa disso, seus artigos têm repercutido bastante no site Comunique-se, onde mantém uma coluna semanal. O sistema de comentários, que fica logo abaixo dos textos, no qual os leitores podem deixar suas opiniões, é ocupado por mensagens apaixonadas. Em sua maioria, descendo o malho no jornalista.
Quero dizer que não concordo com as idéias de Sandro Guidalli. Não acho que o problema do jornalismo nacional seja apenas ideologico (para mim, é muito mais técnico). Além do mais, não há equilibrio, a balança sempre pende para um lado. Porém, vale o registro de que cada vez mais pessoas como Sandro estão tendo vez e voz como críticos da mídia.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
4:13 AM
0
comentários
sábado, setembro 14, 2002
As vezes é bom esperar um pouco. Eu ia escrever uma nota criticando o comportamento da grande imprensa na cobertura do caso Nando Reis-Titãs. Como é de conhecimento de todos, o baixista decidiu largar a banda e se dedicar a sua carreira solo. Porém o que se viu nos grandes jornais foi desalentador. Os leitores não tiverem nada além dos comunicados oficiais e do factual da notícia. Faltavam as histórias de bastidores, fatos e dados que pudessem ajudar a entrender o porque se chegou a esse ponto. Quando parecia que mais uma vez se perdera uma boa oportunidade de se fazer um jornalismo de qualidade, a Veja dessa semana traz a grande reportagem necessária para uma ocasião como essa. Está tudo lá.
É em ocasiões como esssa que o grande defeito da nossa imprensa cultural se torna mais evidente. O trabalho de reportagem fica em segundo plano, dando-se prioridade máxima para a crítica de lançamentos.
Sobre o fato em si, creio que os Titãs têm muito a perder com a saída de Nando Reis e não é preciso ser nenhum bidu para adivinhar isso. Pode-se até não gostar da banda, mas não há como negar que ele era o mais talentoso de todos ali. Não é coincidência o fato de sua carreira sozinho ter maior sucesso que a de seus agora ex-colegas. Um novo tipo de aposta está sendo fechado nos últimos dias. Ganha quem adivinhar quanto tempo mais o Titãs irá durar como banda.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
7:47 PM
0
comentários
sexta-feira, setembro 13, 2002
O Marcelo Valletta decidiu colocar no ar a seção FAQ no seu Cinema Cuspido e Escarrado. Uma boa idéia que pretendo copiar qualquer dia desses.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
1:42 AM
0
comentários
quinta-feira, setembro 12, 2002
TRABALHO X PRESÍDIO
PRESÍDIO - Você passa a maior parte do tempo numa cela de 5m x 6m.
TRABALHO - Você passa a maior parte do tempo numa sala de 3m x 4m.
PRESÍDIO - Você recebe três refeições por dia.
TRABALHO - Você tem somente uma refeição, no almoço, e ainda tem que pagar por ela.
PRESÍDIO - Você é liberado por bom comportamento.
TRABALHO - Você ganha mais trabalho por bom comportamento.
PRESÍDIO - Um guarda abre e fecha todas as portas para você.
TRABALHO - Você mesmo deve abrir as portas, se não for barrado pela segurança por ter esquecido o crachá.
PRESÍDIO - Você assiste à TV e joga.
TRABALHO - Você é demitido se assistir à TV ou jogar.
PRESÍDIO - Você pode receber visita de parentes e amigos.
TRABALHO - Você não tem tempo nem para lembrar deles.
PRESÍDIO - Todas as despesas são pagas pelos contribuintes.
TRABALHO - Você tem que pagar todas as suas despesas, e ainda paga impostos e taxas deduzidas do seu salário, que servem para cobrir as despesas dos presos.
PRESÍDIO - Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos.
TRABALHO - Eles são sempre sádicos e têm nomes específicos: diretor, gerente, chefe, encarregado...
PRESÍDIO - Você tem todo o tempo para ler piadinhas.
TRABALHO - Ah! Se te pegarem agora...
Não sou desses blogueiros que ficam publicando aquelas famosas piadinhas que circulam via e-mail e não tenho nada contra quem o faça, é bom deixar claro.
De uns anos para cá, essa prática do envio de textos já prontos aumentou, ao mesmo passo em que o número de usuários de correio eletrônico cresceu também. Tem para todos os gostos, desde anedotas com loiras, fábulas que sempre trazem uma mensagem edificante no final, manifestações políticas e por aí vai. Os textos humorísticos são os preferidos dessa moçada que se dedica a usar suas preciosas horas de Internet para essa finalidade.
Existem exemplos clássicos de pessoas que nunca escrevem uma linha sequer para perguntar como vão as coisas, se a família ou as crianças estão bem, mas que estão sempre dispostas a compartilhar algo que receberam, leram e gostaram. Vou chutar uma estatística. De cada cinco mensagens recebidas, três são desse tipo.
Não podemos nos esquecer do outro lado da história. Se existe gente disposta a consumir esse tipo de informação que chega pelo e-mail, na outra ponta estão os que a produzem. É aí que reside a minha intriga. Muito do que trafega por aí já existe. Alguns internautas apenas se dedicam a transcrever o que acha interessante (ou usam o esquema copy and paste) e soltam para meio mundo. Não é o caso desse texto que eu coloquei aí em cima. Para este modesto mal-traçador de linhas, tá na cara de que foi criado com essa finalidade de circular pela net. Talvez ele até esteja em algum livro ou revista que eu não conheço, mas o fato é que existem textos inéditos desse tipo circulando por e-mail, isso não há como negar. Fica aí a grande interrogação: será que existem talentos litériarios frustrados que usam a grande rede para divlugar seus trabalhos anonimamente?
Postado por
Rodney Brocanelli
às
10:41 PM
0
comentários
Sandro Guidalli acha que o jornalismo feito no Brasil é um dos piores do mundo. Além de manter uma coluna polêmica no site Comunique-se, ele, que é jornalista de formação, agora tem uma outra tribuna na qual procura demonstrar sua tese. É o seu blog. Aos poucos, Guidalli está entrando no rol das pessoas amadas por poucas e odiadas pela maioria. Para entender o motivo, basta conhecer o teor de seus artigos.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
4:37 AM
0
comentários
quarta-feira, setembro 11, 2002
Recebi a mensagem abaixo no sistema de comentários do blog Onzenet por conta de um post que fiz no último dia 7 de setembro, acerca dos 80 anos da primera transmissão de rádio no Brasil. Faço questão de transcrever aqui na íntegra:
O amigo Rodney Brocanelli diz que se o Padre Landell não tivesse recuado quando lhe disseram que suas experiências com as ondas hertzianas se tratava de espiritismo, seu nome estaria inscrito na história mundial. Padre Landell nunca recuou de nada, foi um heroi, lutou sózinho e trouxe tres patentes dos Estados Unidos - Transmissor de Ondas, Telefone Sem fios, e Telegrafo Sem fios.
Se quiser de fato conhecer a história desse heroi nacional e saber porque exatamente as coisas não lhe correram muito bem, vá até o endereço: http://www.rlandell.hpg.ig.com.br e lá será informado de tudo.
Quem assina a mensagem é Luis Netto. O registro está feito. Realmente a página indicada é um belo tributo a memória do Padre Landell de Moura. Seu autor está de parabéns.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
2:57 AM
0
comentários
terça-feira, setembro 10, 2002
Pois é, este blog está atraindo a atenção de uma parcela do público que eu não esperava: o homem do campo. Deduzo isso porque cada vez mais pessoas vem parar aqui (via Google) procurando por dicas sobre a plantação do abacate.
O Bravenet não mente jamais.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
4:43 PM
0
comentários
Quanto ao jabaculê, como foi citado, cada negócio é administrado de um jeito.
(...)
Agora, expressando minha opinião, sem contar a rádio sou a favor plenamente disso, pois a prática não constituí nenhum crime, e as rádios como já disse aqui são empresas e precisam pagar impostos no fim do mês. Quando fui coordenador, fiz muito disso para pagar salários de funcionários, pois os mesmos tem filhos e dependem do lucro da empresa para sobreviver. Se isso é bom ou ruim, aí deixo para que cada um julgue, mas se precisar, faço de novo. Desde que o rádio existe, essa pratica também existe, e nem por isso o rádio deixou de revelar grandes nomes, no passado e nos dias de hoje !
Esse foi o trecho de um e-mail de um cidadão chamado Carlinhos Caju. Ele é radialista e trabalha atualmente na Rádio Nativa FM, uma das que disputam audiência no segmento popular aqui em São Paulo. Posso estar sendo exagerado, mas deve ser a primeira vez que alguém do meio (e em plena atividade) assume publicamente a pratica do jabaculê. Essas declarações de Caju fazem parte de um acalorado debate sobre a qualidade no rádio travada no blog Rádio Base, cujos desdobramentos e antecedentes podem ser acompanhados aqui.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
12:29 AM
0
comentários
segunda-feira, setembro 09, 2002
A revista eletrônica Rabisco está com sua segunda edição on-line. Para quem não sabe, está publicação é composta por ex-integrantes da Quadradinho.
O grande mérito desta publicação eletrônica é que o foco não fica apenas na parte cutural. O leitor pode encontrar textos sobre comportamento e política. Aliás, é curioso notar que tivemos nos últimos anos uma explosão de publicações on line dedicados apenas a cultura (e nesse balaio entra tudo, desde música até cinema). Isso não significa que aquelas que estejam no ar não sejam bons, muito pelo contrário. Porém, cabe aqui a pergunta: quando é que vamos ter e-zines dedicados à economia ou às questões internacionais, por exemplo?
Ops, voltando ao Rasbisco, outro de seus destaques é uma entrevista com Cadão Volpato, letrista e vocalista do Fellini. Aqui, ele está mais descontraido que em entrevistas anteriores, porém não menos lacônico. A Ana Lira fez um bom trabalho..
Sobre o Cadão, uma informação rápida e rasteira antes de encerrar. Ele não é mais o editor de Cultura da revista Época.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
2:27 AM
0
comentários
domingo, setembro 08, 2002
Num dos meus raros momentos vendo tv, acabei por assistir ao comercial de uma univeridade paga aqui de São Paulo estrelado pelo Ira! Pode ser encanação minha, mas achei estranho uma banda que tem uma música anti-Exército em seu repertório (Núcleo Base) se prestar a esse tipo de coisa. E não foi apenas a imagem que seus integrantes emprestaram a instituição de ensino. Compuseram um jingle também, no qual se fala muito de atitude (no caso, a atitude é participar do processo seletivo da tal universidade). Talvez se o ensino no Brasil não fosse o que é, eu não torceria o nariz. Mas, sei lá, posso estar sendo idealista e preconceituoso demais. Afinal, os caras precisam pagar suas contas no fim do mês (o Ira! está sem gravadora; foram dispensados da Abril Music).
No fundo, o rock and roll e as univeridades particulares daqui caminham de mãos dadas. Vale lembrar que duas emissoras dedicadas ao estilo musical são de propriedade de grandes conglomerados de ensino. A Rádio Brasil 2000 FM pertence a Faculdade Anhembi-Morumbi e a Rádio Mix FM é de propriedade do Grupo Objetivo, que é dona da Unip (Universidade Paulista. Tem gente que confunde o papel dessas emssioras com as college radios norte-americanas, mas não há nada a ver uma coisa com a outra. Isso merece um post à parte, o que deverá acontecer em breve.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
7:02 PM
0
comentários
Pronto, já arrumei um parceiro para quando meu vício no blog tomar proporções assustadoras (vou entrar de sócio na proposta de se criar o BA, Blogueiros Anônimos). É o Alexandre Inagaki, conhecido de muitos pelo seu trabalho no SpamZine.
Lendo o blog de Alexandre, descobri uma certa fixação de sua parte pelas paquitas, as ex-assistentes de palco da Xuxa. Há também uma inspiradora citação a Pablo Neruda bem no começo. Já a copiei e colei aqui em algum lugar do meu Word.
Sem mais delongas, visitem Pensar Enlouquece. Pense Nisso.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
1:06 AM
0
comentários
sábado, setembro 07, 2002
7 de setembro não marca apenas a data em que se comemora a independência do Brasil. Há 80 anos acontecia a primeira transmissão radiofônica no Brasil. O então presidente Epitácio Pessoa teve a primazia de ser o primeiro a falar nesse veículo. Porém, o rádio já existia por aqui muito antes. Se o padre Landell de Moura não tivesse recuado quando lhe disseram que suas experiências com as ondas hertzianas se tratava de espiritísmo, seu nome estaria inscrito na história mundial. Marconi não teve esse tipo de problema, não deu ouvidos aos supersticiosos de plantão e hoje se transformou num mito.
Mas não é sobre isso que eu quero falar. Nesses 80 anos, creio que há pouco a se comemorar. O rádio hoje é o primo pobre dos meios de comunicação. Isso acontece basicamente por dois motivos: a falta de investimento do mercado publicitário (que dá preferência total a tv) e a falta de ousadia artística encontradas em muitas emissoras espalhadas por aí.
Mas nem tudo está perdido. Digo isso, porque tenho percebido que nunca se discutiu tanto sobre o rádio como agora, seja em jorinais (já falei sobre isso aqui) ou na Internet. Aliás, proliferam os sites dedicados a reflexão e discussão. Dois deles chamam mais a atenção: o blog Rádio Base , uma verdadeira tribuna livre na qual profissionais do meio e ouvintes debatem os problemas e até apontam caminhos. O outro site é o Planeta Rádio, este mais informativo, mas sem oba-oba. Não deixa de existir uma certa irônia nisso tudo. O melhor presente que o rádio poderia ganhar neste aniversário parte de pessoas fora do meio, mas que se preocupam com seus destinos. Enquanto existir essa consciência crítica, há esperança.
Modestamente eu tenho dado a minha pequena contribuição. Volta e meia eu escrevo alguma coisa para o Rádio Base, é só procurar. Além disso, tenho escrito muito sobre o rádio para alguns e-zines. Vou destacar pelo menos dois trabalhos nesse sentido. Um deles é a entrevista que eu fiz para o Ruídos com o radialista Roberto Maia e ex-diretor da Rádio Brasil 2000 FM. O outro foi uma série de análises que eu fiz para o zine Esquizofrenia sobre o AM, o FM e as rádios piratas.
Postado por
Rodney Brocanelli
às
12:34 PM
0
comentários