terça-feira, maio 14, 2002

Do blog do Augusto Olivani:




PESSOAS MEDÍOCRES

Eu sempre, de certa forma, defendia a faculdade de Jornalismo. Dizia por mim mesmo, já que ela foi de alguma forma útil. Além de professores que dão emprego e outros medalhões do mercado que de alguma forma querem saber quem está se formando logo - e tentar peneirar desde então -, sempre foi um lugar que dava para discutir uma prática. É um pouco de punhetação, mas gostava de trocar idéias e ouvir verdades diferentes.

Mas aluno é aluno, e estudante é estudante.

Por isso, depois de ignorar por um tempo, tenho que admitir, com todas as letras, que 90% dos estudantes de Jornalismo são medíocres (grande novidade, certo?). Deus do céu...

Não é fenômeno exclusivo nosso, muito menos produto para exportação, mas os otários pretensos bacharéis em jornalismo são risíveis. Tem aqueles que fazem carreira dentro da faculdade para não pagá-la - além de fazer uma média com o pessoal burocrático responsável pelo curso, o que já assegura o círculo vicioso, um ou outro cabide de emprego e o passaporte para o diploma. Tem aqueles que sobem no tijolinho pra fazer discurso sobre qualquer coisa, falar seu brilhante ponto de vista ou discursar sobre análises tão soberbas que até monossilábicas são.

Haha, olha a merda hoje na sala de aula, intervalo, rolando atrás de mim:

- Ai, você viu que o Tony vai ser eliminado do Fama?
- Você tá brincando, né? Ele é o mais bonitinho... e ele cantou "timtim timtim timtim" (sei lá o nome da porra da música podre que ele cantou)
- Pois é. Sempre os que eu mais simpatizo são eliminados logo. Os que eu não gosto sempre ganham.

Ouvir esse papo numa sala prestes a se formar em jornalismo é das coisas mais deprimentes que se pode ouvir às 10 da manhã.

Mas, enfim, que bom que existem tantas pessoas burras - ainda mais na profissão que escolhi.

Por isso eu peço: "continuem assim pessoas, assim vocês fazem minha vida um pouco mais fácil."



Bem que eu gostaria de compartilhar do otimismo demonstrado pelo Augusto. Aposto que as protagonistas desse diálogo aí em cima vão arrumar emprego fácil, fácil numa dessas revistas dedicadas a televisão e celebridades (Contigo, TiTiTi, Minha Novela, etc.) Ou então viram assessoras de imprensa de artistas. Sei lá, não deve ser regra geral, mas é quase sempre assim: as pessoas nas quais a gente não aposta nenhum um tostão furado geralmente são as que se dão bem na carreira. Vou citar como exemplo um colega de classe meu no curso de Comunicação Social (não vou dizer de qual universidade é). O sujeito é gente boa, nos divertiamos muito com ele lá na classe, pois viva sendo alvo das gozações da turma. Para resumir: um perfeito imbecil. Quem é que iria apostar que ele teria futuro na profissão? Pois bem, a figura não só demonstrou que teve como está bem colocado no mercado hoje em dia. Nosso herói trabalha com um desses fofoqueiros de televisão (e que recentemente inaugurou um site).

Musica da noite: "É o Destino" - Fellini

domingo, maio 12, 2002

O sabadão à noite foi dedicado a revisar alguns textos que eu escrevi aqui. Graças ao bom Deus, percebi que não há grandes barbaridades. Fiz uma lipo em alguns, tirando os excessos de "eu" e "ele", o que aliás motivou o auto-aviso aí embaixo. Acrescentei algumas palavras em outros até para facilitar ainda mais a compreensão dos escritos. Enfim, não sei se esse blog têm leitores fiéis, daqueles que passam por aqui com uma certa frequência, mas aconselho a esses a darem uma relida nos posts, caso tenham um tempinho. Sempre pode pintar alguma novidade.

Lembrete para mim mesmo: preciso diminuir o uso dos pronomes "eu" e "ele" nos textos deste blog.

sexta-feira, maio 10, 2002

Me deu vontade de ouvir "Chico Buarque Song", do Fellini

Acho que todos sabem, mas com o passar do tempo eu me especializei em algumas coisas. O movimento de rádios livres é um dos assuntos dos quais eu entendo um pouco e me arrisco a dar alguns palpites em alguns sites da Internet. Volta e meia recebo mails de estudantes pedindo ajuda para seus trabalhos. Eles me acham principalmente através da página da Rádio Onze. Quando eu posso ajudar, eu dou uma força, quando não, explico o porquê, passo outros tipos de contatos, enfim tento compensar...O curioso é que em nenhum dos dois casos as pessoas que me procuraram voltam a escrever para dizer um mísero "obrigado". Nessa semana, tive um mais um exemplo disso. Uma estudante de Fortaleza me escreveu perguntando se eu sabia de alguma coisa sobre o movimento de rádios livres no estado. Respondi prontamente que não e expliquei que essas informações não chegavam aqui no eixo Rio-SP, enfim, eu iria ficar devendo essa. Até agora, não tive a resposta dela. Outro dia aconteceu um caso parecido lá no Euqueromais. Fiz aquela série sobre as novas revistas de música e um rapaz leu e me escreveu perguntando se eu sabia de outras publicações do gênero. Disse que sabia e passei os contatos de pelo menos duas outras revistas. No final, só por curiosidade, perguntei como ele chegou até as minhas matérias. Fiz isso até para ter uma idéia de como as pessoas chegam ao texto, se é pela página mesmo, se é pelo Google, ou então por alguma outra indicação, aquela coisa boba de quem escreve para a net. Também não obtive resposta. O caso mais recente foi de uma outra pessoa que, esse sim, me achou casualmente pelo Google fazendo uma pesquisa pessoal, e mandou um mail perguntando o que era zine. Pacientemente, dei exemplo do que se tratava e ainda me coloquei à disposição para esclarecer outras dúvidas que poderiam surgir através da minha explicação. Pelo jeito, ele ficou satisfeito, porque até agora não escreveu de novo, nem para dizer um "valeu".
Sei lá se isso é um problema de net-etiqueta ou de etiquieta mesmo, mas o fato é que se perdeu o sentido da palavra "obrigado". E por falar em net-etiqueta, curioso notar que ela é muito citada apenas quando convém. Mas disso eu falo em uma outra ocasião.

Eu sei que está todo mundo falando do novo lançamento do Fellini, o álbum "Amanhã é Tarde", pela mmrecords, mas eu penso que não custa nada desencavar uma entrevista que Thomas Pappon me concedeu e na qual ele falou sobre o The Gilbertos, o seu outro projeto musical. Aqui pelo menos tem uma revelação interessante. A Luaka Bop, selo que pertence ao David Byrne, demonstrou interesse nuna certa época em lançar internacionalmente o The Gilbertos. Pena que não deu certo...
The Gilbertos musicalmente nada mais é que uma extensão do Fellini, só que sem a poesia de Cadão Volpato, mais o auxílio de Jair Marcos e Ricardo Salvagini. Isso não significa que as letras do Thomas não sejam boas, muito pelo contrário. Trata-se de um outro estilo. Esse é um dos assuntos citados na entrevista.
Eu fico contente de ter participado do processo (de maneira discreta) do lançamento no Brasil de "Eurosambas 1992-1998". Foi assim: quando eu entrevistei o Cadão Volpato para um programa na Rádio Onze ele me falou de passagem que o Thomas estava compondo algumas músicas sozinho, que pretendia lançar um dia esse trabalho comercialmente e tinha até dado um nome para esse projeto: The Gilbertos. Algum tempo depois, graças a um amigo, consegui o mail dele e passamos a estabelecer um contato regular. Eu combinei de mandar uns zines para ele e em troca recebi uma fita do The Gilbertos. Chapei ao ouvir a fita e comentei com o Thomas que era uma pena o fato desse trabalho permanecer inédito. Numa tentativa de ajuda, listei alguns selos independentes que eu conhecia e os mandei via mail, com os respectivos contatos. Inclui a mmrecords, a Slag, a Ordinary e a Low Tech Recs. O Thomas gostou do espírito do selo comandado pelo Lariü e escreveu para ele perguntando se poderia organizar no Rio o show-reunião do Fellini no final de 1998 (outras duas apresentações aconteceram em São Paulo e em Brasília). O show acabou saindo e um acordo para o lançamento do The Gilbertos não deve ter sido díficil. A repercussão foi boa e isso deve ter animado Thomas e Cadão a voltarem com o Fellini, gravando material inédito. A idéia inicial era lançar sobras de estúdio e registros ao vivo, mas essa idéia foi adiada "sine die". Isso não importa agora, pois agora temos mais uma vida para o Fellini.

quarta-feira, maio 08, 2002

Da série posts interessantes que valem a pena ser repetidos:



Uma visão interessante sobre a pirataria no rádio . Eu até compreendo a irritação do Marco Antonio (um dos responsáveis pelo blog Rádio Base). Um dos casos mais clássicos dessa interferência é a rádio Planeta 90, que opera entre a CBN e a Nova FM aqui em São Paulo. A emissora é mantida por um certo de Padre Chico e pode ser ouvida na cidade toda. A programação é toda de responsabilidade da igreja do tal padre (que me parece ser falso). Ele promete ajuda espitiritual e outras coisas como a cura da frieza sexual (!) com consultas que são cobradas. Tá na cara que é um charlatão, um daqueles que usam a religião para enganar as pessoas. O Jornal da Tarde fez uma matéria a seu respeito em maio de 2001. O movimento de rádios livres no Brasil é dividido em dois períodos. Antes e depois da absolvição do radialista Léo Tomaz, da Rádio Reversão (leia mais aqui) Depois que Tomaz foi absolvido foi que se verificou um boom de rádios clandestinas no Brasil. O problema é que muitas delas eram (e ainda são) de propriedade de oportunistas que viram nas rádios livres uma ótima maneira de se ganhar dinheiro fácil. Antes existia até uma ética entre os antigos operadores de rádios clandestinas. A potência dos transmissores era mínima, com até 5 watts. A intenção era protestar contra o sistema de distribuição de concessões, que privilegiava até há bem pouco tempo os políticos ou então oferecer uma alternativa em comunicação. Hoje, lamentavelmente, a situação está diferente..

Dica que eu recebi pelo mail



Oi, pessoal, eu sou novo por aqui e talvez vcs pensem que eu estou fazendo spam, mas não é não. O fato é que eu e mais uns amigos estamso construindo uma página sobre literatura, é o nosso e-zine. Chama-se COMverSOS, e está no endereço http://www.comversos.com.br. Nós estamos procurando montar uma grande biblioteca de textos de grandes escritores, e dilvugar também os nossos textos e de outros novos escritores. Deêm uma passadinha por lá. Vamos ficar felizes com a sua visita. E estamos procurando por novos escritores que queriam colaborar, enviando seus textos para compor nossa próxima edição. O site não tem fins lucrativos, estamos pagando tudo com uma vaquinha que fizemos e com doações.



Até mais
nox

segunda-feira, maio 06, 2002

Do blog da Cecília



emersong tem razão quando acha estranho que a turma reclame do preço da frente (derroyal) se aceita pagar R$19 num drink.



O Emersong a quem ela se re refere é Emerson Gasperin, uma das cabeças responsáveis pela revista Frente (as outras duas são de Ricardo Alexandre e Marcelo Ferla).


Ah, com relação ao estranhamento manifestado por ele, acho que a resposta é mais que óbvia. O povo quer mesmo é economizar um troco para pagar R$ 19 num drink durante a balada do fim de semana...he he he..


Brincadeiras à parte, na verdade a Frente tem um preço de capa que está dentro da média das revistas que trazem produtos casados (revista + CD). O problema é que isso assusta quem estava acostumado a pagar R$ 5 pela Showbizz. Até que as pessoas se adaptem com isso (pagar dez pratas por uma revista que vem com um CD) demora um pouco. Mas a Frente tem outros problemas a resolver e um deles é estabilizar o esquema de distribuição em bancas fora de São Paulo. Acertando esse e outros detalhes, a Frente tem tudo para conseguir um belo espaço entre os orfãos da Showbizz.

Nota esportiva.
A coisa tá feia mesmo na Fifa. O presidente da entidade e seu secretário-geral racharam Os dois que eram aliados num passado mais que recente agora ficam se agredindo verbalmente. Isso justamente na época da eleição. Acompanhe no As os detalhes dessa briga de comadres

E este blog acaba de ganhar o seu primeiro link. O Charles Brito, do Non Stop é o autor da façanha. O Onzenet está na sua lista de recomendados ao lado de outros blogs já consagrados. Valeu pela força. Segundo o Charles, o Non Stop é "um blog sobre o que acontece de mais relevante na Internet sobre música, cinema e tv".

Olá Marco...


Eu não sei se algum dos leitores do blog Rádio Base se lembra, mas no final de maio vão ser completados três anos da mudança de filosofia da Musical FM. Antes, uma rádio 100% MPB, hoje ela é uma emissora que aluga 100% de sua programação para igrejas evangélicas. Apesar de todos os seus defeitos, a proposta da Musical era interessante e angariou a simpatia de uma grande parte do público. Mesmo com todo o sucesso, a direção da Rede L&C, em 1999, achou melhor terceirizar a programação da emissora. É o velho esquema: o lucro está garantido e a despesa é pouca.


Alguns ouvintes, chocados com essa decisão, decidiram se mobilizar para protestar contra essa mudança de rumos. Nascia assim o "Movimento dos Sem Rádio", que tinha como base uma lista de discussão. O MSR conseguiu fazer um certo barulho e chamou a atenção da imprensa. O que começou como um lamento pelo fim da emissora preferida foi tomando corpo. Em pouco tempo nascia uma ONG oficial, com registro em cartório e tudo o mais, que foi batizada como MPB Sempre. A Rádio USP FM chegou a ceder um horário para essa ONG produzir um programa. Ia ao ar a cada 15 dias, sempre aos sábados trazendo depoimentos de grandes compositores e interpretes.


Em três anos, muitas coisas mudaram. Outras emissoras em FM passaram a atuar nesse vácuo deixado pela Musical, como a Nova FM. A Eldorado aumentou seu espaço para a MPB contratando a Patrícia Palumbo, ex-estrela da Musical. Até
os Irmãos Metralha...ops, digo, irmãos Abreu também decidiram entrar nesse nicho com uma de suas emissoras, a Difusora do Brasil, mas o projeto não foi adiante. Pelo jeito, o entusiasmo inicial do grupo de pessoas que fazem parte do MPB Sempre diminuiu. O programa da USP FM saiu da grade de programação com a desculpa de que seria reformulado, mas até agora não há
qualquer perspectiva de volta. O site oficial da ONG (http://www.mpbsempre.com.br) nunca mais foi atualizado e a lista de discussão que deu origem a tudo (http://br.groups.yahoo.com/group/movimentosemradio/) está parada.


Seria uma boa que exemplos como os do MSR (depois MPB Sempre) servissem de inspiração para que os ouvintes de rádio. Há muitas pessoas descontentes com o que vai acontecer com a Eldorado FM nos próximos dias. Quem sabe uma mobilização geral de seus ouvintes poderia fazer com que seus diretores revessem essa posição.


Abraços


Rodney Brocanelli<.p>


Um dos blogs que mais me entusiasmaram desde que comecei a pequisar mais sobre esse tema é o Rádio Base. Não é para menos, o seu tema central é o rádio, uma das minhas paixões. Descobri ao acaso, passei a acompanhar com assiduidade e, de vez em quando, alguma coisa que eu mando via e-mail é publicada lá. Para quem gosta, esse é o blog certo.

sexta-feira, maio 03, 2002

Nenhum impreviso aconteceu e o número de estréia da Zero já está nas bancas. O conteúdo acabou ficando um pouco diferente do boneco distribuido para anúniciantes, músicos e jornalistas. Muita coisa caiu no meio do caminho e outras matérias foram colocadas no lugar. Pelo menos, não me lembro de ter visto a reportagem com o Kurt Cobain no boneco. Ah, e a matéria com a Alanis Morrisete não estava também, essa eu posso gantantir. As resesnhas de CD são as mesmas, assim como as seções "web", "fundamental" e "esses eu recomendo".


A capa, oferecida a Kurt Cobain é aquilo que poderemos chamar de "capa de ocasião". Afinal, em abril completou-se mais um ano de seu estúpido suícidio. Eu acho que a Zero poderia ter mantido a idéia original, que era a de colocar uma ilustração de Paulo Ricardo retratado como o revolucionário líder Ernesto "Che" Guevara (veja aqui). A meu ver, seria uma capa ousada e chamaria dez mil vezes mais a atenção. Mas a má repercussão deve ter pesado e muito na mudança de planos. Alexandre Petillo escreveu em sua coluna no site London Burning que "alguns jornalistas famosos na cena indie brasileira não demonstraram o seu apoio, ofendidos com a quantidade de rock nacional abordado nas páginas da Zero. Um, se recusou a divulgar a capa em sua coluna na internet. Outro, nem respondeu o nosso e-mail." Como se a Zero precisasse da benção desses cidadãos para sobreviver.


No mais, a Zero acabou confirmando aquilo mesmo que eu disse no post de 27/04. Ela é uma revista que vai dar ênfase a reportagens, entrevistas e boas histórias que não tem a ver com música. (a matéria sobre o Nepal foi uma das que mais me agradou). E vem mais coisa boa por aí. É só aguardar.


quarta-feira, maio 01, 2002

Blog do Augusto Olivani, que trabalha na redação da Play e responsável pelo zine Lo-Fi.

sábado, abril 27, 2002

Caso não aconteça nenhum impreviso, a Zero, uma das novas revistas de cultura pop e música, chega às bancas no dia 29. Eu tive a oportunidade de escrever para o número zero da Zero (rss). Foi um texto sobre o Fellini que até iria sair no número um, mas o lançamento acabou atrasando e a matéria caiu. Coisas do jornalismo. A Frente saiu na frente (!) e acabou também dando espaço para a banda, aproveitando que o novo CD "Amanhã é Tarde" está chegando às lojas. Foi esse o outro motivo que fez o povo da Zero derrubar a matéria.
Eu vi o boneco da Zero, pois fiz uma visita à redação da revista. O projeto gráfico é muito bom e a linha editorial me parece ser interessante. Numa comparação grosseira eu creio que a Zero vai estar mais preocupada com reportagens especiais de fôlego e boas histórias (a entrevista com o cantor Nahim é um exemplo), enquanto a Frente fica encarregada de trabalhar mais com as atualidades do show-biz (tipo, o CD que acabou de sair, o show que rolou, o artista que tá começando a ficar em evidência). Quem ganha com isso é o leitor que curte música, tendo duas opções de leitura específica diferentes entre si.

O Fabio Carbone escreveu uma monografia sobre blogs que vale ser lida.
Agora, qual será o futuro dos blogs? Eu não arrisco nenhum palpite...rs

O Euqueromais aconteceu por puro acaso. Eu tava procurando um web mail legal na Internet. Caçei aqui, caçei ali e fui parar na Starmedia. Fiz meu endereço direitinho lá e depois dei uma passeada pelo site, logo caindo no dito cujo (na verdade é uma parceiria da Starmedia com a Pepsi). Quando li que eles abriam espaço para qualquer pessoa que quisesse escrever, senti um comichão nos dedos. Cadastrei meus dados e desde então o site tem publicado algumas bobagens de minha autoria. No começo, eu escrevia textos a partir de propostas enviadas pela redação deles, tipo comentar o que iria acontecer no mundo depois dos atentados de 11 de setembro. Veja aqui. Para mim, foi bom, pois eu pude desenvolver um lado de cronista. Com o tempo, eles deixaram os colaboradores mais à vontade propondo temas livres no que dizia respeito a música, etc. Foi ai que pude encaixar um pouco os meus gostos. Coloquei lá as entrevistas com o povo da banda Fellini, escrevi um pouco sobre rádio e pude fazer séries sobre blogs e com as revistas de música. A resposta tem sido bastante simpática, mas sinto falta de alguém que de repente faça analises mais profundas sobre os textos e as propostas. Quando um novo texto meu entra no ar, trato de divulgar para o maior número de pessoas possível, mas a resposta acaba sempre sendo superficial. Tipo: "gostei" e apenas isso. Sinto falta de alguém que me diga: "faça assim, não faça assim, isso está bom, isso não está tão bom". Tudo o que eu faço é intuitivo por demais, suplantando a técnica e não sei se isso acaba sendo bom ou ruim. Mas de qualquer modo, o saldo dessa experiência para mim é bastante positivo.

É o blog do autor desse texto. Como está muito no começo, ele ainda não tem uma cara e um estilo definidos. O Onzenet é um rascunho de blog. É uma espécie de treinamento para algo mais concreto e consistente no futuro. Para um blog seguir uma determinada linha demora um pouco e isso depende de uma série de fatores: receptividade do público, os humores do autor, etc. Aqui, o destaque fica por conta de seu lado memorialista. Os bastidores de uma certa Rádio Onze são contados com um alto grau de saudosismo. Mas esse blog não é feito apenas de lembranças e algumas notas sobre cultura e esportes também são encontrados. As atualizações também poderiam ser mais constantes, mas se eu conheço bem o dono do Onzenet é por pura preguiça mesmo. Vai tirar a teia de aranha desse blog, rapaz!!!!

Pois é, esse blog foi citado no Euqueromais ao lado de outros que são nota 10. Um dia eu ainda chego ao nível de blogs já consagrados da rede.

sexta-feira, abril 26, 2002

Que legal, ganhei uma citação na página da Flávia Durante. Ela é uma das especialistas no assunto e o seu blog é um dos mais vistos da net. Confiram

 
www.e-referrer.com