I want somebody to share
Share the rest of my life
Share my innermost thoughts
Know my intimate details
Someone who'll stand by my side
And give me support
And in return
She'll get my support
She will listen to me
When I want to speak
About the world we live in
And life in general
Though my views may be wrong
They may even be perverted
She will hear me out
And won't easily be converted
To my way of thinking
In fact she'll often disagree
But at the end of it all
She will understand me
I want somebody who cares
For me passionately
With every thought and with every breath
Someone who'll help me see things
In a different light
All the things I detest
I will almost like
I don't want to be tied
To anyone's strings
I'm carefully trying
to steer clear
Of those things
But when I'm asleep
I want somebody
Who will put their arms around me
And kiss me tenderly
And things like this
Make me sick
In a case like this
I'll get away with it
Essa é para fechar com chave de outro a trilogia Depeche Mode aqui no blog Onzenet. Somebody talvez seja uma das mais belas canções de amor já escritas. Sabem o porquê? Na verdade é tudo o que desejamos: ter alguém do nosso lado que nos compreenda não só na visão de mundo, mas nas ações também. Que saiba que existe hora para tudo, para falar, para calar, etc. Tudo o que nós queremos dessa vida é um mínimo de compreensão da pessoa amada. Quando não há isso, sai de baixo. Talvez seja essa a causa de muitos fracassos amorosos.
A versão definitiva de Somebody está no álbum 101. É uma versão com voz e piano e os gritos da galera que foi ao Rose Bowl, em Los Angeles, assistir a apresentação ao vivo do Depeche Mode. Isso foi em 1988. Anos mais tarde, o estádio foi palco da conquista do tetracampeonato mundial de futebol pela noss a seleção de futebol. Apesar de toda a agitação, o resultado ficou emocionante. Só mesmo um coração de pedra para não se sensibilizar. Eu continuo bonzinho e deixo aqui o link para ouvir a canção. Basta clicar no falante. E deixo de bônus a sua tradução, que eu peguei no site Autobahn
Quero alguém para compartilhar
Para compartilhar o resto da minha vida
Compartilhar meus pensamentos mais secretos
Conhecer meus detalhes íntimos
Alguém que ficará ao meu lado
E me dar apoio
E em retribuição
Ela terá meu apoio
Ela irá me ouvir
Quando eu quiser falar
Sobre o mundo em que vivemos
E a vida em geral
Embora minhas opiniões possam estar erradas
Elas podem até ser deturpadas
Ela vai me ouvir
E não será convertida facilmente
Ao meu modo de pensar
Na verdade, ela frequentemente vai discordar
Mas no final das contas
Ela me entenderá
Quero alguém que se importe
Comigo, apaixonadamente
Em cada pensamento e em cada respiro
Alguém que vai me ajudar a ver as coisas
Sob um aspecto diferente
Todas as coisas que eu detesto
Vou praticamente amar
Não quero ser amarrado
Ao cordão de ninguém
Com cuidado, estou tentando
me manter afastado
destas idéias
Mas quando estou acordado
Eu quero alguém
Que colocará seus braços em volta de mim
E me beijará carinhosamente
E coisas assim
Me deixam doente
Num caso assim
Vou fugir disso
(adendo: seria você esse alguém?)
sexta-feira, julho 02, 2004
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quarta-feira, junho 30, 2004
Fragile
Like a baby in your arms
Be gentle with me
I’d never willingly
Do you harm
Apologies
Are all you seem to get from me
But just like a child
You make me smile
When you care for me
And you know
It’s a question of lust
It’s a question of trust
It’s a question of not letting
What we’ve built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together
Independence
Is still important for us though (we realise)
It’s easy to make
The stupid mistake
Of letting go (do you know what I mean)
My weaknesses
You know each and every one (it frightens me)
But I need to drink
More than you seem to think
Before I’m anyone’s
And you know
It’s a question of lust
It’s a question of trust
It’s a question of not letting
What we’ve built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together
Kiss me goodbye
When I’m on my own
But you know that i’d
Rather be home
Não tou com saco de escrever. Vou deixar que as músicas falem por mim.
A Question Of Lust é uma das músicas mais bacanas do Depeche Mode. Aliás, isso é redundância. Eles só tem músicas acima da média.
Quem estiver a fim de ouvir, entra nesse site aqui e clica no auto falante: http://club.mp3search.ru/album.html?id=9141
Dica: ouça a versão "minimal". E como eu estou bonzinho, aqui vai a sua tradução.
A Question of Lust
(Uma Questão de Desejo)
Frágil
Como uma criança em seus braços
Seja gentil comigo
Eu nunca te causaria
mal de propósito
Desculpas
Parecem ser tudo o que você
consegue tirar de mim
Mas, assim como uma criança
você me fez sorrir
quando você cuida de mim
E você sabe
É uma questão de desejo
É uma questão de confiança
É uma questão de não deixar
o que nós construímos
virar pó
São todas essas coisas e mais
que nos mantém juntos
Independência
Ainda é importante para nós apesar de
(Nós percebermos)
Que é facil cometer
O erro estúpido
e deixar ir embora
(você sabe o que eu quero dizer?)
Minhas fraquezas
Você conhece todas elas (isto me assusta)
Mas eu preciso beber
Mais do que você parece pensar
Antes que eu seja de alguém
E você sabe...
É uma questão de desejo
É uma questão de confiança
É uma questão de não deixar
o que nós construímos
virar pó
São todas essas coisas que
nos mantém juntos
Me de um beijo de adeus
quando eu estou sozinho
Mas, você sabe que
Preferiria estar em casa
É uma questão de desejo
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Rodney Brocanelli
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terça-feira, junho 29, 2004
Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can’t you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm
Enjoy The Silience - Depeche Mode
É como eu sempre digo, as atitudes falam muito mais que as palavras. Nem mesmo mil palavras (ditas antes ou depois) valem mais que alguns beijos roubados.
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Rodney Brocanelli
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domingo, junho 20, 2004
C'est comme ca
Ah, la la la la
Ouais le secret
ca coupe et ca donne
Oh, oh, faut que j'moove
Sans fin du venin
qui me fait mal au couer
Quand le serpent
Chaloupe et console
Oh, oh, faut que j'moove
L'ami Sadi s'enlise
et la ca fait peur
Si c'est ca
Ah la la la la
Ca le sucurre a mes entournures
Ah, ah, faut que j'moove
Ca le grince juste pendant le nuit
Ah, c'est comme ca
ca plonge et ca vire
Ah, ah, faut que j'moove
Et ca gene quoi, quand y'a pas de plaisir
C'est comme ca
Ah la la la la
La lala lala lala lalala...
j'veux pas t'abandonner,mon bebe
j.veux pas nous achever, tu sais
C'est pas que je veuille tenir
ni que ja veunille m'enfuir
Il me faut prendre le frais, c'est vrai
He, he, he
he, viens pres de moi que je te le disa
Faut que j'moove
ce secret qui me tord le coeur
Ah, la la la...
O francês já foi uma língua universal. Perdeu espaço para o inglês nos últimos anos, mas mantém lá o seu charme. Porém, não é disso que eu quero falar. Essa letra aí de cima faz parte do repertório de um duo (na verdade, um casal) francês chamado Les Rita Mitsouko. A nova música de trabalho do Capital Inicial (Sem Cansar) nada mais é que sua versão para o português.
"C'est Comme Ca" chegou a ser um hit aqui no Brasil no ano de 1988 quando começou uma onda chamada de "World Music". Na verdade, era apenas um mais rótulo besta inventado pela indústria musical no qual poderia ser classificado qualquer coisa: afro music, rock francês, reagge jamaicano, e por aí vai. A tal "World Music" não pegou, mas deixou muita coisa bacana, entre elas Les Rita Mitsouko. Como explicar o som deles? Já li por aí que é New Wave e a definição não parece estar de todo errada. Na verdade, a dupla pegou várias influências do pop/rock e adicionaram um molho francês. Apesar disso, eles já compuseram várias canções em inglês, o que causou uma certa polêmica, afinal os franceses zelam como nunca pela sua identidade nacional e cantar em outra língua é uma heresia suprema.
Frederic Chichin (guitarra) e Catherine Ringer (vocais) são Les Rita Mitsouko. Um dado curioso sobre Ringer é que ela chegou a ser atriz de filmes eróticos numa determinada época de sua vida. Acabou salva e redimida pelo rock and roll.
Para quem quiser correr atrás, "C'est Comme Ca" faz parte do álbum "The No Compreendo". Aliás, o processo de gravação desse álbum (sim, álbum e sempre gosto de deixar claro isso, porque o CD ainda estava engatinhando naquela época) foi registrado pelo controvertido cineasta Jean Luc Goddard e algumas de suas cenas fazem parte do filme "Soigne Ta Droite", que, salvo engano, chegou a passar numa das edições da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A versão que o Capital Inicial fez puxou muito mais para o lado do pop, tirando o peso "rocker" do original. Seu grande mérito, no entanto, é dar ciência do Les Rita Mistouko ao seu público-alvo, a molecadinha. Quem sabe, alguém se interesse em baixar o original nos programas de Mp3, conheça a música e amplie mais o seu conhecimento musical. Será que isso é sonhar demais?
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segunda-feira, junho 14, 2004
Hélio Ribeiro é um dos grandes nomes da história do nosso rádio. Ele foi um fenômeno de audiência e prestígio na Bandeirantes AM da década de 70 com seu "Poder da Mensagem", sempre apresentado entre meio-dia e duas da tarde. Minha avó, Dona Martina, era uma de suas ouvintes fiéis. Sempre que eu chegava da escola a encontrava fazendo o almoço ou passando roupa com o rádio ligado no programa de Hélio. Por tabela, acabava o ouvindo também. Naquela época, eu deveria ter uns seis ou sete anos. Não tinha idade para entender muita coisa, mas ficava lá em companhia dela na audição do programa. A fórumla era simples: música e mensagens de reflexão. Ele tinha alguns bordôes também, como o "Sabe quem, sabe quem?", citado por mim há alguns posts, ou "Este programa é ouvido pela moça do Kharmanguia vermelho". Alías todos ficavam curiosos em saber quem seria tal pessoa. O que eu curtia mesmo eram as traduções, alías, "versões livres para o português", como ele próprio fazia questão de explicar. Aliás, o Chico Anysio criou um personagem em sua homenagem por causa disso, o Roberval Taylor, alguém aí se lembra? É clássica a paródia para a música "All By Myself" e no refrão, Taylor traduzia para "Tudo eu, tudo eu".Anos mais tarde, já adolescente, fui reencontra-lo na Gazeta AM, emissora na qual ele ficou durante todo o ano de 1985. A última passagem de Hélio Ribeiro pelo rádio foi na Globo AM, dez anos depois, em 1995. Ele morreria no ano 2000, vítima de um câncer no estômago. Estou contando todas essas histórias porque está no ar o site criado pelo Memorial Hélio Ribeiro. É um tributo mais que merecido. Nele, constam depoimentos de seus companheiros, além de arquivos de áudio históricos. É uma visita obrigatória para a molecada que está se formando em rádio e tv. Muitos profissionais que estão entrando nesse concorrido mercado não conhecem a história da categoria que escolheram para trabalhar. A culpa nem é dessa gente, mas dos currículos das faculdades de comunicação social. Mas graças a veículos como a Internet e alguns livros (outra hora eu falo deles), é possível compensar essa falha.
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sexta-feira, junho 11, 2004
Uma letra de música para essa tarde bacana de sexta. É "Passos no Escuro", da banda Zero. Uma das belas letras de Guilherme Isnard. Eu me identifico muito com o verso "Vou trocar a minha noite pela luz do teu olhar". A banda Zero é uma das muitas que foram injustiçadas daquela geração que surgiu nos anos 80.
Passos no escuro, eles podem me levar
A lugares em que eu não sei se eu posso te encontrar
Passos no escuro meu amigo ou solidão
Tantas pedras no caminho que me leva ao coração
Eu ouço passos que nem podem ser os meus
Ou dos tolos que caminham procurando outro deus
Passos no escuro levam a nenhum lugar
Vou trocar a minha noite pela luz do teu olhar
Passos cegos em direção
Muitas voltas num lugar
O destino diz qual rumo a tomar
Prá chegar até você
Passos no escuro
Prá chegar até você
Passos no escuro
Eu ouço passos no escuro
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4:10 PM
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Serviço de utilidade pública para os leitores do Onzenet. É possível ouvir as faixas do novo álbum You Are The Quarry, de Morrissey, o gênio, o homem, o mito. Entrem nesse site aqui http://club.mp3search.ru/album.html?id=13816 e divirtam-se. Peguei essa dica lá no Orkut.
Ah, e um recado aos picaretas de plantão. O bom e velho Moz voltou melhor que nunca. Ouçam "First of the Gang to Die" para confirmar isso.
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3:40 PM
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terça-feira, junho 08, 2004
"Essa revista é nova, não é?"
Essa foi a pergunta que a moça da banca fez a seu colega quando eu fui pagar meu exemplar do Laboratório Pop, cuja primeira edição já está circulando desde o início de junho.
Sou um tanto suspeito para tecer comentários sobre sua primeira edição, uma vez que faço parte deste projeto. Meu nome está até no expediente (eba!). Mesmo assim dá para fazer dois comentários.
1) A entrevista que o chefe fez com Lulu Santos ficou ótima. Até aí tudo bem, mas o detalhe é que ela aconteceu via e-mail, instrumento que virou sinônimo de picaretagem jornalistica devido ao mau uso feito por alguns nos últimos anos. É claro que muito do resultado se deveu a cumplicidade de Lulu, que se dispôs a responder ( eenfrentar) as réplicas. Foi um dos golaços da revista.
2) O ponto baixo fica por conta do projeto gráfico. O resultado das colunas não ficou bom. A cor de fundo escolhida colide com os tipos usados no texto e atrapalha a leitura. Basta ver o artigo (bom, por sinal) de Antonio Carlos Miguel contando sua experiência ao entrevistar Kurt Cobain. O vermelho incomoda demais. Esse ponto será devidamente aprimorado para as próximas edições. No mais, agora as opiniões ficam por conta dos leitores.
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4:49 PM
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quinta-feira, junho 03, 2004
Sabe quem, sabem quem lê este blog? Uma menina que usa cachinhos.
Em tempo: tem uma matéria minha com a rapper Negra Li no site do Laboratório Pop. Confiram.
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7:47 PM
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quinta-feira, maio 13, 2004
Ó, resolvi chamar o Bob Dylan para dizer algumas coisas por mim...Aliás, temos uma coisa em comum. Ele é germiniano. Seu aniversário é no próximo dia 24 de maio. Muita gente bacana que milita na música é de Gêmeos. Morrissey e Miles Davies são dois bons exemplos.
Com a palavra, Bob....
You must leave now, take what you need, you think will last.
But whatever you wish to keep, you better grab it fast.
Yonder stands your orphan with his gun,
Crying like a fire in the sun.
Look out the saints are comin' through
And it's all over now, Baby Blue.
The highway is for gamblers, better use your sense.
Take what you have gathered from coincidence.
The empty-handed painter from your streets
Is drawing crazy patterns on your sheets.
This sky, too, is folding under you
And it's all over now, Baby Blue.
All your seasick sailors, they are rowing home.
All your reindeer armies, are all going home.
The lover who just walked out your door
Has taken all his blankets from the floor.
The carpet, too, is moving under you
And it's all over now, Baby Blue.
Leave your stepping stones behind, something calls for you.
Forget the dead you've left, they will not follow you.
The vagabond who's rapping at your door
Is standing in the clothes that you once wore.
Strike another match, go start anew
And it's all over now, Baby Blue.
É, it's all over now, Baby Blue....
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quarta-feira, abril 21, 2004
sexta-feira, abril 16, 2004
Mais boca no trombone. Nesta semana, a coluna de blogs do Laboratório Pop traz a indignação dos usuários do Blig com as recentes mudanças dos termos de serviço. Confiram.
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12:04 PM
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Tenho certeza que os blogs serão para a literatura o que os campos de várzea foram para o nosso futebol. Parece pouco, mas pergunte onde é que todos os craques brasileiros começaram a jogar. E quem pensa que existe muita diferença entre escrever e bater bota, está redondamente enganado ( sem trocadilho). Num jogo como outro, só se aprende suando a camisa.
Este é o trecho de um post do jornalista Paulo Markun, atual apresentador do Roda Viva, da TV Cultura. É mais um cobrão da grande imprensa que adere a onda dos blogs. Uma iniciativa muito bem-vinda, por sinal. Lembro-me de Markun apresentado ao lado de Silvia Poppovic uma revista diária na Gazeta, em 1983. Chamava-se "São Paulo na TV". Na verdade, quem produzia o programa era a Editora Abril, que abriu um braço televisivo e o batizou como Abril Vídeo. Foi primeira investida dos Civita na televisão. O horário nobre da Gazeta foi alugado e o carro-chefe era a atração comandada pelo casal.
(Aliás, vale um parêntese aqui: foi uma das melhores fases vivida pela TV Gazeta. Ela alugou horários a vários pesos pesados como a Gazeta Mercantil, Olhar Eletrônico, Goulart de Andrade, entre outros, e tinha uma programação de qualidade. Dá dó ver hoje vários horários preenchidos por aqueles Infomerciais).
O "São Paulo na TV", era muito agradável de se assistir. Foi o começo do rompimento de um padrão mais formal para a apresentação de jornalisticos. O país vivia a abertura política promovida pelo general Figueiredo, portanto era mais fácil experimentar. Paulo Markun e Silvia Poppovic interagiam com o público, com os colunistas (eram vários) e entrevistados. A experiência teve sucesso de público. Quando tudo ia bem, ocorre um incidente que, ao meu ver, foi decisivo para que o programa saisse do ar. Em 1984, na época da votação da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas no país, o governo federal decidiu adotar medidas de emergência em Brasília. Por conta disso, não seria permitido transmitir de lá no dia daquela pôlemica votação. Porém, o "São Paulo na TV" levou ao ar uma entrevista do então vice-governador Orestes Quércia. Ele estava naquela cidade e conversou ao vivo, pelo telefone, com a dupla de apresentadores falando sobre o ambiente que antecedia a sessão do Congresso Nacional que, no fim, acabou sepultando a esperança das diretas. Resultado: a Gazeta teve seus transmissores lacrados no dia seguinte. Depois de muitas negociaçõres, a emissora voltou ao ar. Pouco tempo depois, quem saia da grade de programação era o programa. Foi bom enquanto durou.
Markun, depois dessa experiência, passou por vários jornais e emissoras de tv. Criou a revista Imprensa e esteve em seu comando durante sua fase áurea. Hoje, ele se estabilizou na condução do Roda Viva. Além disso, faz participações no Jornal do Terra. Foi uma grata supresa saber de seu blog.
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12:37 AM
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quinta-feira, abril 15, 2004
O blog Rádio Base e a coluna de rádio da Folha de S. Paulo informam que a FM pirata mais potente de São Paulo, a Rádio Planeta 90 (90,1Mhz), foi fechada. O blog Onzenet tem falado muito dessa emissora, que pertence a um falso padre chamado Francisco Silva. Vários transmissores, entre os quais o da Planeta 90, acabaram apreendidos numa operação considerada como "cinematográfica" pela jornalista Laura Mattos. Tiveram de usar técnicas de rapel para içar os equipamentos que estavam escondidos no meio do mato da Serra da Cantareira.
Creio que tenha sido uma importante vitória, porém isolada numa guerra que é muito maior contra o maior pirata de São Paulo. Dentro em breve, Francisco Silva arranjará outro jeito de colocar sua rádio de novo no ar. Não é a primeira vez que ele tem equipamentos apreendidos e tampoco será a última.
Uma coisa que eu achei estranha: por lei, quem tradicionalmente faz apreensões de emissoras piratas é a Polícia Federal. Desta vez, foi a Polícia Mlilitar quem comandou toda a operação. Será que com a greve da PF, a Anatel conseguiu autorização especial para colocar a PM nessa operação?
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2:59 AM
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segunda-feira, abril 12, 2004
Os reality shows já me emplogaram mais no passado. Quem acompanhou os promórdios deste blog sabe disto. Não vi de perto a quarta edição do Big Brother Brasil. Embora tenha sido a de maior sucesso desde a estréia, acho a que a fóruma se esgotou. Dei uma olhada no debate promovido pela Globo depois da grande final, no qual todos os participantes lavam a roupa suja. O grande vilão para muitos foi a edição. Isto é, para eles, o programa que ia ao ar pela Globo privilegiava e omitia certos fatos, como por exemplo a origem de várias brigas e discussões. É claro que tudo não pode passar de choro de perdedor, mas é um aspecto a ser levado em conta. A equipe que faz e monta o programa é formada por pessoas de carne e osso, assim como aqueles que estão diante das câmeras. É claro que por mais que se tente ser isento, a brasa sempre vai ser puxada para a sardinha de alguém, ainda que de forma inconsciente. Não penso que o poder da edição seja tão decisivo assim. O comportamento de muita gente dentro da casa colabora e muito. De qualquer forma, é bom lembrar que todos sabem o que é o BBB. Ninguém pode dar a desculpa de que não conhece como é o esquema. Já que todo mundo foi para chuva, que se molhem nela a vontade.
Ah, para terminar. Essa tal de Tatiana Giordano é um entojo mesmo. Toda hora ela ficava repetindo seu nome completo no ar. Será que ela pretende se candidatar a algum cargo nas próximas eleições?
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quinta-feira, abril 08, 2004
A semana que termina foi agitada, senão vejamos.
Na sexta feira passada, o Laboratório Pop publicou uma entrevista que eu fiz com Leticia Pavan, a Senhorita Cobain. Ela é um belo exemplo de jovens (mas jovens mesmo) que prestam tributo ao mito Kurt Cobain através de blogs na Internet.
Depiis, o Observatório da Imprensa trouxe uma entrevista que eu fiz com Zé Mangini, um dos manda-chuvas da Revista MTV. O gancho para esse papo foi a comemoração dos três anos da publicação e os mais de um milhão de leitores acumulados nesse período.
Por último, o Laboratório Pop traz então uma reportagem feita por mim sobre a questão da problemática venda de ingresssos para o Curitiba Pop Festival. Entrevistei Andreás Nieckele, o consumidor, e Alessandro Reis, o assessor de imprensa do evento. Confiram.
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sábado, abril 03, 2004
Sairam os resultados do Indie Destaque, votação promovida pelo selo mmrecords. O boletim completo está aqui. Particularmente, gostei de alguns resultados como a mudança de programação da Rádio Brasil 2000 FM ser considerado o fato indie do ano. Outro que me agradou muito foi a indicação de Eduardo Ramos, do selo Slag, como personalidade indie. Lembro-me dos sábados à tarde em que eu, ele, o casal Cristiano Wolf (ex-vocalista do Sleepwalkers) e Maui ficavamos conversando pelo ICQ. Eles mandavam arquivos de música para que eu pudesse ouvir. Tinham um projeto bacana chamado Plaster, que não foi adiante. Mas voltando a falar do Dú, ele é um cara que batalha pela cena indepentente. É ele quem está trazendo o Teenage Fanclub para o Brasil. Nada mais justo.
E não foi dessa vez que o Onzenet ganhou algum tipo de prêmio...he he he. Ele estava concorrendo a melhor blog indie. Já escrevi aqui que meu blog não se enquadra bem no perfil no proposto, mas a lembrança já me deixou satisfeito. O vencedor da categoria foi o Yer Blues, do Jonas Lopes. Ele foi o recordista de votos entre todas as categorias, totalizando 601. O Jonas é um garoto que está nos seus 19, 20 anos e escreve muito bem sobre música. Falta a ele uma certa maturidade, mas o tempo se encarregará de lhe dar isso. Outro resultado merecido.
O Onzenet teve 50 votos. Pena que eu não tenho verba para pagar um café a cada um dos meus eleitores. Mesmo assim, valeu.
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Pois é, o pessoal ainda não se ligou que no dia primeiro de abril a imprensa européia adora publicar notícias fantasiosas. Já é tradição. Aqui no Brasil tem gente que é pego de calças curtas, daí o fato de reverberarem a fantasiosa demissão de Luiz Felipe Scolari do cargo de treinador da seleção portuguesa de futebol.
Não lembro de casos de jornalões brasileiros publicarem notícias fantasiosas tanto em suas primeiras páginas como em outros lugares. Interessante essa diferença. A séria Eurorpa costuma tirar um sarro que é característico da cultura do nosso Brasil.
O fato de alguns veículos terem caído nessa brincadeira de primeiro de abril dá a dimensão exata do quanto eles dependem do material que vem das agências internacionais de notícias. Conheço uma redação de exterior que não funciona se tirarem dela a Agência Reuters. O problema é que eles não se vacinam contra possíveis trotes como esses.
Só para fechar, rememoro aqui um caso ocorrido em 1996. Na véspera do dia 1/o uma das agências de notícias distribuiu uma nota dizendo que a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher (conservadora) iria apoiar o candidato trabalhista. Um importante jornal daqui, cujos integrantes não viviam sem aquilo que já vem pronto e mastigado, a publicou. No dia seguinte, tiveram de dar um desmentido e uma explicação.
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sexta-feira, abril 02, 2004
Há dois anos, num dia como esse resolvi deixar o preconceito de lado e montei o Onzenet. Eu era mais um daqueles que tinha bode de blogs. Achava que era um exercício narcisista. depois de todo esse tempo, mudei de idéia, é óbvio. Blog não é apenas sinônimo de diário da Luluzinha, dá para fazer muito mais coisas. Essa é a grande lição que eu tiro desses dois anos.
O ritimo de atualizações pode já não ser mais o mesmo de antes, culpa das atividades do dia-a-dia. Sei que o Onzenet virou muito mais um divulgador daquilo que tenho escrito em outros sites. Prometo que tudo isso vai mudar nesse ano 2.
O Onzenet andou vivendo problemas, principalmente com gente covarde que se utliza do anônimato da Internet para encher a paciência. Mais que um aborrecimento, acho que esse foi o rito de passagem para aquilo que eu chamo de fase adulta.
No ano 1, eu fiz um agradecimento nominal a todos aqueles que leêm o Onzenet e interagem deixando comentários. Desta vez, não farei o mesmo. Cada um de vocês sabe da respectiva importância na história deste blog. É isso aí, rumo ao ano 3.
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quarta-feira, março 31, 2004
Um dos conceitos que eu mais tenho repetido é que na Internet nada é perecível. E a cada dia tenho mais e mais provas disso. Os dois últimos textos sobre blogs que eu publiquei no Laboratório Pop foram transcritos no Observatório da Imprensa desta semana. O leitor do site (ou sítio, como eles gostam de escrever) vai saber do despejo de blogueiros promovido pela Globo. com e da tentativa de intimidação a vários blogs. É uma honra grande ter conseguido levar o LabPop a um dos mais respeitaveis sites sobre jornalismo em língua portuguesa.
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