segunda-feira, março 31, 2003

O Bruno Privatti e o Alexandre Inagaki trouxeram a notícia: o jornalista Peter Arnett é demitido em plena guerra. Demorou um pouco para que ele novamente se transformasse em protagonista do noticiário de mais este conflito.

O Bruno Privatti e o Alexandre Inagaki trouxeram a notícia: o jornalista Peter Arnett é demitido em plena guerra.

domingo, março 30, 2003

Eu também sou adepto do egosurfing.

Já tem um tempinho que eu não falo de futebol aqui, né? Confesso que torci por Portugal no amistoso desse sábado contra o Brasil. Não que eu tenha algo em comum com aquele país. O Brocanelli do meu sobrenome denuncia que tenho muito mais afindidade com a Itália..rs. O motivo principal que me fez vibrar com os lusos está no banco de reservas e se chama Luiz Felipe Scolari. É claro que tenho um time do coração e também torço pela seleção brasielira, principalmente em Copas do Mundo. Mas chega uma determinado momento em que acabamos torcendo não pela camisa, mas pelo sucesso de alguém que adimiramos. Sei que tem muita gente que detesta Scolari, mas sei lá, eu simpatizo com ele. Talvez isso se deva ao fato da temporada pela qual o técnico passou pelo Palmeiras. Foi uma época bacana. O time ganhou uma Libertadores, uma Copa do Brasil, um Rio-São Paulo e uma Mercosul. Fez jogos empolgantes. Nunca me esqueço de uma virada em cima do Flamengo, na Copa do Brasil, com dois gols do Euller quase no final da partida. Enfim, Scolari fez história no Palmeiras e o saldo dele é mais que positivo. Só saiu por causa de uma incompatibilidade de estilos com o presidente Mustafá Contursi, mas deixou portas abertas, principalmente com a torcida. Não fez como Wanderley Luxemburgo que saiu pelos fundos. Por causa disso, Scolari sempre terá um cantinho no meu coração de torcerdor, não importa onde o treinador esteja trabalhando (imagino que algum gaiato aí pode perguntar: mas e se ele for para o Corinthians um dia? he he he)
Sobre o amistoso em si, não foi possível compreender por que o Parreira insiste em usar no 4-4-2 usando laterais que não jogam nesse esquema há anos. Ele tem todo o direito de implantar a sua filosofia de jogo, desde que utilize os jogadores adequados para isso. Cafu e Roberto Carlos já se esqueceram como atuam os laterais clássicos. Os dois estão muito mais para alas ofensivos, até porque é assim que jogam em seus clubes na Europa. Scolari a sensibilidade de adaptar o esquema e fez um 3-5-2 com o qual ganhou a Copa de 2002. Outro ponto negativo na seleção brasileira é a visível falta de motivação de algumas estrelas. Se Parreira quiser contar com esse grupo, vai ter de dar uma tremenda injeção de ânimo em vários jogadores. Pensando bem, uma tarefa desse tipo deve ficar a cargo de Zagallo. Eu ouvi muitos jornalistas dizendo que jovens promessas como Diego, Robinho, Carlos Alberto, Gil e Kléber deveriam figurar nas próximas listas. Conhecendo um pouco o estilo do nosso treinador, acho que essa expectativa será frustrada. Ele deverá continuar chamando os jogadores que atuam fora, como fez na Copa de 94. Naquela época, tinhamos uma geração promissora de jogadores atuando aqui, como Edmundo, Antonio Carlos, Palhinha e Roberto Carlos, entre outros. Porém, contrariando a muitos, Parreira preferiu chamar Branco, Dunga, Aldair, Taffarel, Bebeto e Romário, atuando em clubes do exterior. Sua aposta deu certo e levamos a taça. Pode ser que ele tenha mudado de opinião e chame os craques daqui, mas duvido muito. O próximo adversário deverá ser o México, em abril. Vamos ver se Parreira tem algum coelho na cartola ou se o torcerdor mais apaixonado continuará se aborrecendo.

sábado, março 29, 2003

There's a portrait
In a back room,
Which I keep for days upon, which I relent
And gaze for hours on the muscle skin and bone of some
Imaginary friend.

So how about it?
Show me please how I will look in twenty years
And let me please,
Interpret history in every line and scar that's painted
There in front of me.

It doesn't matter what I'm thinking
What I tell myself to do
I'll end up calling.

I stay in to defrost the fridge
Now the kid has gone to bed
A feeling of dread.
At least when she's around the troubles there,
It's worse to wake up with her falling round the room.

Listen Johnny; you're like a mother
To the girl you've fallen for,
And you're still falling.

Listen Johnny;
You're like a mother to the girl you've fallen for,
And you're still falling,
And if they come tonight
You'll roll up tight and take whatever's coming to you next.


A banda escocesa Belle & Sebastian tem uma história interessante no Brasil. Ela se tornou conhecida por aqui através da Internet nas listas de discussões frequentadas pelo público indie. Alguém apareceu falando bem deles e a curiosidade das outras pessoas fez com que se inciasse um hype. Quando a imprensa se deu conta, o B&S já tinha uma quantidade razoável de fãs brasileiros. Fenômeno semelhante aconteceu com os Strokes recentemente: sucesso primeiro na Internet para poucos e depois uma certa, digamos, massificação.
Muita gente procura semelhanças entre o Belle & Sebastian com os Smiths. Talvez elas existam no conceito das capas dos CDs e nos títulos das canções, ficando apenas nisso. A sonoridade de ambas por diversas ocasiões acaba sendo bem diferente. Seria díficil ouvir no repertório do B&S algo pesado como "London".
"Slow Graffiti" é uma das músicas do Belle & Sebastian que eu mais gosto. Prestem atenção em seu arranjo. Incluida no ep "This Is Just A Modern Rock Song", de 1998, a canção parece ter sido composta para cinema. Ao ouvi-la, é impossível não ser remetido para as comédias românticas dos anos 40 e 50, estreladas por Cary Grant ou James Stweart. É o tipo da música que te faz ser deixado levar pela imaginação. Quem deseja resumir em uma palavra o trabalho do B&S pode usar o adjetivo delicadeza.

sexta-feira, março 28, 2003

O repórter Marcos Uchôa, da Globo, conseguiu entrar no Iraque e já está trabalhando a todo vapor.

O sempre atento Alexandre Inagaki respondeu a um questionamento que eu fiz sobre o paradeiro do jornalista Peter Arnett. Com os devidos agradecimentos, aqui vai:
"O Peter Arnett trabalha para a MSNBC, e é, por sinal, o único correspondente americano que ainda está trabalhando em Bagdá".
Não vi nenhuma referência a ele por parte dos jornal e nas tvs daqui. Por causa disso, achei que ele tinha ficado de fora dessa cobertura.

Já escrevi aqui não faz muito tempo que na internet nada é perecível. Vou dar mais um exemplo disso. Há quase meio ano, publiquei no Observatório da Imprensa um artigo sobre blogs, listando alguns que eu achava legais na rede e ainda falando um pouco da aposta entre um blogueiro e um jornalista, ambos norte-americanos. Dave Wine, o blogueiro, acredita que em cinco anos o jornalismo praticado por blogueiros vai ser mais influente que um jornal como o New York Times. O jornalista Martin Nisenholtz, editor do NYT na internet, por outro lado, discorda. Pois é, para minha surpresa e alegria, descubro que esse texto foi reproduzido no site Pra Bom Entendedor, mantido por alunos da alunos de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba. E o artigo continua vivo, mesmo depois de sua publicação original no OI. Desta vez, figura no site português Webjornalismo. Alías, a proposta deste site é interessante. Mantido pelo professor unviversitário João Canavilhas, a idéia é manter um grande banco de dados com textos sobre o jornalismo na internet de vários autores de diferentes nacionalidades. Indicado para quem se interessa pelo assunto webjornalismo.

quinta-feira, março 27, 2003

Do ex-árbitro de futebol Oscar Roberto de Godóy ao iniciar mais uma edição do Cidade Alerta:
"O Cidade Alerta de hoje está ótimo, repleto de atrações. Tem bastante roubos, tiroteios, etc"
(fonte: o blog NeverMindTheBollogs)

Essa eu juro que vi e ouvi. O Jornal do SBT desta quarta (e que foi reprisado na madrugada desta quinta) mostrou uma reportagem com um músico mineiro que é o autor de uma singela canção instrumental chamada..."Saddam Hussein". É verdade. Vinicíus Peçanha é o nome do herói. Ele diz que compôs (há vinte anos) uma melodia exótica que lembrava muito o clima do deserto e não teve dúvidas: usou o nome do líder iraquiano como título. Mas a lesação não pára aí. Peçanha teve a manha de encaminhar através da embaixada do Iraque no Brasil uma cópia da música ao próprio Saddam que, pelo jeito, gostou muito da homenagem. Mandou ao compositor, como retribuição à essa gentileza, um relógio de ouro avaliado em US$ 10 mil. Vinícius Peçanha manfestou o desejo de que sua canção seja agora um símbolo de paz. Numa rápida audição, dá para dizer que "Saddam Hussein" é uma mistura de new age com música árabe.

Uma das boas supresas (sei lá se é possível dizer isso) que a mídia brasileira apresentou na cobertura do conflito EUA-Iraque veio da imprensa escrita. A Folha de S. Paulo conseguiu colocar o repórter Sergio Dávila em Bagdá. Em seus diários, publicados tanto no jornal impresso, como reproduzidos na Folha On Line, o jornalista vem fazendo um bom trabalho, trazendo ao leitor aquele algo mais que está além dos informes divulgados por cada protagonista dessa guerra imbecil. Eu só não entendo como a Folha, com todos os seus problemas estruturais, conseguiu colocar duas pessoas (além de Dávila, está lá o fotógrafo Juca Varella), enquanto a Globo, que possui muito mais recursos, deixou o Marcos Uchôa no Kuwait. A adimiração pela façanha da vibrante folha informativa aumenta ainda mais ao lembrarmos que Sérgio Dávila é correspondente em Nova York, enquanto Uchôa vive em Londres. Creio que seja menos custoso deslocar alguém da capital inglesa do que tirar alguém dos EUA para ir a mesma região.
Porém, Dávila talvez não fique sozinho por muito tempo. A Rede TV!, em parceiria com a agência de notícias Reuters, pretende colocar dois repórtes na zona de conflito: Thiago Gardinali e Tony Castro, os dois com uma vasta experiência na cobertura da violência urbana paulistana.
Sem a CNN, as emissoras brasileiras estão recorrendo as imagens da Al Jazzeira. A TV Cultura, que saiu na frente ao exibir as imagens da RTP, reduziu estranhamente o espaço dedicado a guerra. Notícias só mesmo em seus telejornais. Bandeirantes e Rede TV! continuam com programas dedicados ao dia-a-dia do que acontece no Iraque.
Para terminar, uma pergunta: onde andaria o jornalista Peter Arnett, estrela da CNN na Guerra do Golfo de 1991?

terça-feira, março 25, 2003

Alguém aí lembra do Curitba Pop Festival, que prometia trazer atrações de grande porte como Strokes e Radiohead? Pois bem, o dito cujo acaba de sair do papel. A maioria das bandas que vão fazer parte do line up são da cena independente brasileira, com destaque para Valv, MQN, Grenade e Walverdes. Os únicos nomes de ponta nacionais são Otto e Nação Zumbi. A atração principal que vem do exterior é The Breeders, a banda das irmãs Deal (Kelly e Kim, esta ex-Pixies), que está voltando à ativa depois de um breve período de ausência. Outras atrações internacionais são Rubin Steiner e Stero Total.
O festival tem tudo para ser bacana, mas é claro que se esperava muito mais dele até porque se prometeu a vinda de bandas importantes. Aliás, esse é um capítulo à parte. Em novembro, a Folha de S. Paulo deu que a organização estaria "em negociações bem encaminhadas com bandas do primeiro time, como Strokes e White Stripes, e com duas das mais criativas e importantes do cenário independente, a americana Wilco e a escocesa Idlewild. Além dessas, outras 23 estão em fase de conversação, entre elas Radiohead, Foo Fighters, Hives e Vines (...)Se algumas das bandas pretendidas não desembarcar por aqui no ano que vem, será apenas por incompatibilidade de agenda". Dias depois, o blog Grapete, da jornalista Thais Aragão, ainda sobre o mesmo assunto, trouxe o seguinte depoimento atribuido a uma fonte: "A notícia repercutiu muito por aqui. Mais pelo lado negativo. Explico: todos os jornais de Curitiba ligaram para a Fundação Cultural pedindo mais detalhes do festival. Concluiu-se que o autor do texto do Folhateen viajou bonito na maionese. Não há negociações adiantadas com bandas de fora, nem nomes confirmados. Um dos representantes da Fundação fez um desmentido ao jornal Gazeta do Povo, publicado um dia depois da matéria no Folhateen. Ele alegou que as bandas citadas na matéria do Petillo estão numa lista de grupos cogitados, mas que ainda não foram contactadas. Sua escalação vai depender não só das agendas, mas também do grana que o Festival vai receber para ser realizado. Que ele vai acontecer, isso é quase certeza, na data prometida de 01 a 03 de março do ano que vem. Quem vai tocar? Sabe Deus". O que poderia ter acontecido? Um erro do repórter da Folha que apurou a informação em novembro ou alguém da organização que poderia (repito: poderia) ter agido de má fé, divulgando nomes que faziam parte de uma "carta de intenções" apenas para conseguir mais e melhores patrocínios?

sábado, março 22, 2003

Now while the beat is slow
Here in your arms I sway
Now that the light is low
Theres something I want to say

I guess you've known it for a while
That I mean trouble
I only want to see you smile
And I burst this bubble
The hardest thing
Is to let go

When love is real
Like a flower
Loves a bee
But I know you're meant
To give yourself
To someone else
Not me

And I could carry on with you
Does that sound crazy?
I think you feel the same way too
And you can't face it
The hardest thing
Is to let go

But it's not defeat
When you set somebody free
And I know you're meant
To be yourself
With someone else
Not me

Can you let go?
Cause thats love thats real
Like a flower loves a bee
And you know you're meant
To give yourself
To someone else
Not me

Somebody else not me
Meant for somebody else
Not me


Estava eu tranquilamente assistindo ao Metrópolis, da TV Cultura, quando soube de uma notícia sensacional. O Duran Duran, segundo o programa, estará lançando um CD de inéditas no segundo semestre e com a formação original. O trabalho mais recente deles data do ano 2000 e se chama Pop Trash. E escolhi justamente uma letra deste CD para destacar aqui, "Someone Else Not Me", uma deliciosa baladaça que injustamente passou em brancas nuvens pelas rádios daqui.

quinta-feira, março 20, 2003

Como não poderia deixar de ser, a banda Sedução fatal, a da peladona do BBB, conseguiu ter um espaço na mídia. Enquanto outras emissoras mostravam a terceira fase do ataque norte-americano ao Iraque, a Rede TV! exibia uma apresentação do grupo. Maria Elaine, a nudista, na verdade é uma suas dançarinas, ao lado de duas outras garotas. O som não tem nada de mais. É um pop baba ultra-manjado, com uma batida que lembra algumas baladas da dupla Claudinho e Buchecha. Enfim, se a atitude de Maria Elaine foi ousada, a banda, infelizmente, não apresenta nada de inovador.

Uma rápida análise sobre a cobertura da tv brasileira dos primeiros ataques dos EUA ao Iraque:
-A Globo foi muito mal ao se ancorar apenas na imagem da agência Reuters que colocou uma câmera numa rua qualquer de Bagdá.
-Band e Record foram muito melhor ao usar imagens da CNN. A primeira foi mais ágil e também usou imagens da CNN Internacional e da tv árabe Al Jazzeira na espera dos ataques.
-Mas a Cultura foi a emissora que se saiu melhor ao exibir imagens da RTP, Rádio e TV de Portugal,que fez ótimas imagens do início do ataque áereo norte-americano e a resposta iraquiana. Os portugueses tem correspondentes fixados em Bagdá.
-O Roberto Cabrini, até onde pude ver, fez uma excelente ancoragem. Sóbria, discreta e informativa. Ana Paula Padrão, pela Globo, se mostrou um pouco perdida em alguns momentos. É um desperdício ver Willian Waack no estúdio ao seu lado. Ele tem uma larga experiência em coberturas desse tipo, uma delas justamente a Guerra do Golfo, e poderia estar no centro dos acontecimentos. Outro ponto negativo: a '"máquina" de jornalismo da Globo parece desacostumada a fazer transmissões ao vivo. Ana Paula Padrão por diversas vezes chamava reportagens que demoravam segundos para entrar no ar.
-Esse primeiro ataque, pelo que eu li, foi uma resposta a algum movimento militar iraquiano. Não significou, até o momento em que eu escrevo, uma ofensiva sistemática. Em um determinado momento da madrugada, Globo e Bandeirantes foram obrigadas a encher linguiça a espera de algum fato novo. A Record prosseguiu com sua programação normal.
-SBT, Gazeta e RedeTV! deram flashs esparsos sobre a guerra ao longo de suas programações.
-Algumas emissoras mostraram os preparativos de George W. Bush antes de fazer seu pronunciamento ao povo norte-americano. Deu até para ver o braço de alguém penteando seu cabelo. Uma imagem inusitada.
-A correspondente da Globo em Tel-Aviv, Tamara Schipper, é muito bonita. Poderiam ter dado um vídeo-fone para ela.
-Pelo pouco que eu ouvi no rádio de São Paulo, deu pra perceber que a Bandeirantes preferiu uma cobertura analítica, enquanto a Jovem Pan optou por informações secas do que estava acontecendo com a participação de um repórter instalado no Cairo, capital do Egito.

quarta-feira, março 19, 2003

Esse paredão do BBB iria ser morno demais. Tava na cara que o Harry iria sair e a expectativa se confirmou. Mas eis que de repente, um acontecimento abala todas as estruturas do padrão global de qualidade: uma moça nua corre pelo palco, deixando Aberlardo Chacrinha Bial sem saber o que fazer a não ser chamar pela segurança. Logo ele, que já viveu momentos de risco cobrindo guerras pelo mundo.
Até que estava demorando para que alguém sem roupa aparecesse em público por aqui. Isso é uma tradição em países como EUA e Inglaterra. Essa semana mesmo o SBT exibiu um tape antigo do Oscar mostrando um peladão correndo em plena apresentação do ator David Niven, que iria anunciar um prêmio. Se não me engano, em 1997, na final do torneio de tênis de Winbledon, outra moça desnuda resolveu correr pela grama sagrada onde os tenisitas iriam bater...a sua bolinha em seguida.
Voltando a nudista do BBB, já tem gente criticando essa atitude. Eu diria que se trata de um bando de mal-humorados. Primeiro, porque a atitude dela foi bacana, quebrou o protocolo de um programa de tv que naquele momento estava sendo extremamente prevísível. E depois, porque sua atitude trouxa à tona um problema vivido por muitos artistas independentes: a falta de espaço para mostrar seu trabalho, pois sem uma grande estrutura por trás, não tem como pagar o famoso jabá.
A nudista, que se chama Maria Elaine, faz parte de uma banda chamada Sedução Fatal, e declarou que foi motivada pelo fato de levar muitos nãos na cara ao tentar divulgar seu trabalho em rádios FMs do Rio. Em vez de ficar reclamando pelos cantos, ela decidiu ir a luta. Esta certo que seu ato também teve um quê de exibicionismo, mas nesse caso aqui pode caber aquela máxima de que "os fins justificam os meios". Eu torço encarecidamente para que a Maria Elaine tenha mil convites para posar nua, que seu grupo se torne um sucesso estrondoso no futuro, mas que a partir de agora se inicie também um amplo debate sobre o jabá nas rádios.

terça-feira, março 18, 2003

Duas informações importantes sobre o mercado editorial que estão circulando pela lista de discussão ScreamYell:
-A editora Abril vai voltar com a Bizz. Não mensalmente, como muita gente desejaria, mas com edições especiais temáticas, como acontece com Placar. A primeira será sobre os Beatles e para dar um brilho todo especial a esta edição, todo o material de arquivo da Abril será utilizado.
-A Usina do Som vai virar revista. Além de ser uma "streaming radio", existe uma parte editorial no site que traz críticas e reportagens.
As perspectivas são boas. Aguardemos os resultados.

segunda-feira, março 17, 2003

Alô pessoal da Folha On Line. Será que dá para vocês decidirem se Escuta Aqui, assinada pelo Álvaro Pereira Jr, vai entrar no canal Ilustrada com periodicidade definida? Esse negócio de ficar colocando a coluna segunda sim, segunda não aborrece um pouco.

Está no ar mais um texto meu para a seção Coluna Vertebral, do site da Rádio Brasil 2000 FM (SP). Neste mês, resolvi fazer um perfil (quase) biográfico do radialista John Peel, dono de um espaço dos mais prestigiados na Radio 1, da BBC. Em mais de quarenta anos de atividade, Peel divulgou todas as tendências do rock inglês. Poucos sabem que ele já tocou bandas brasileiras em seus programas. Eu abordo isso e muito mais no artigo que pode ser lido aqui.

sábado, março 15, 2003

i know a girl who thinks of ghosts
she'll make ya breakfast
she'll make ya toast
she don't use butter
she don't use cheese
she don't use jelly
or any of these
she uses vaseline
vaseline
vaseline
i know a guy who goes to shows
when he's at home and he blows his nose
he don't use tissues or his sleeve
he don't use napkins or any of these
he uses magazines
magazines
magazines
magazines
magazines
i know a girl who reminds me of cher
(reminds me of cher)
she's always changing
(she's always changing)
the color of her hair
(color of her hair)
she don't use nothing
that ya buy at the store
she likes her hair to be real orange
she uses tangerines
tangerines
tangerines
tangerines
tangerines
tangerines


Essa letra é "She Don't Use Jelly", do The Flaming Lips. É um crássico, como diria João Gordo, mas a versão definitiva dessa música foi gravada pelo Drugstore, da brasileira Isabel Monteiro. De todas as bizarrices descritas, eu curto mais a da menina que passa vaselina no pão em vez de geléia.
Porém, as esquisitices da banda não se resumem apenas as suas letras. O CD quádruplo Zaireeka é um bom exemplo. Para que o ouvinte possa desfrutar das músicas, os CD devem ser rodados ao mesmo tempo, embora o próprio mentor da banda e seu principal compostor, Wayne Coyne, tenha declarado em entrevistas que coloca para tocar apenas dois. Coisa de maluco, pensariam alguns, ou arte de vanguarda levada às últimas consequencias, diriam outros. Escolha uma das alternativas, mas não deixe de ficar imune ao trabalho destes reis do rock alternativo.

sexta-feira, março 14, 2003

Os e-zines têm e sempre terão divulgação garantida aqui no blog Onzenet. Penso neste século XXI eles desempenham o mesmo papel dos orgãos da chamada imprensa alternativa (ou nanica) na década de 70, guardadas, é claro, as devidas proporções.
Esse nariz-de-cera do parágrafo acima é para anunciar que está no ar a sétima edição do Canal B, do meu amigo e ex-colega de faculdade Felipe Zangrandi. A sua estrutura é interessante e difere de outros e-zines brasileiros que eu conheço. Os textos estão divididos e organizados por décadas, independente do tema. Com isso, o cardápio deste número ficou assim: CANAL 60 - Trash Movie com Zé do Caixão - Lipa; CANAL 70 - Richard H. e sua geração vazia - Lipa; CANAL 80 - O Punk paulistano - Giuliano Guim ; CANAL 90 - Nem só de rock melancólico vive a Inglaterra - Gregor Izidro; CANAL 00 - Entrevista com os Irmãos Rocha!
Outros atrativos do Canal B são os discos comentados: "Blank Generation" de Richard Hell, "Ningúem aqui é pai de Zeus" do Chinelo de couro crú e o volume 1 da coletânea garagesca Back from the grave, e uma seção de poesias, com destaque para Jack Kerouac. Passe por lá.








O solerte Ludwig de Las Nieves, o homem do 3am avisa que a Central Globo de Comunicação se manfestou sobre o artigo de Kike Costa, do UOL, sobre os problemas de credibilidade do Big Brother Brasil (leia aqui). Assinada pelo jornalista Luis Erlanger, a missiva traz ao menos uma proposta interessante: o Datafolha estaria autorizado a auditar os resultados dos votos computados para a eliminação de participantes.Será que o instituto toparia?
O texto, muito bem educado por sinal, diz que os 14 participantes "são anônimos, sim", mas não explica, por exemplo, o fato de Sabrina ter integrado o corpo de baile do Faustão e de fazer ponta numa novela da própria Globo, além de outros casos que já foram exaustivamente divulgados.
Pelo menos, a CGC não varreu as críticas para baixo do tapete e procurou responder ponto por ponto. Se foi convincente ou não, é questão para cada um julgar.

quarta-feira, março 12, 2003

Até que enfim alguém resolveu meter a boca nessa questão da falta de confiablidade nas votações do Big Brother Brasil. O Kike Costa foi muito bem em seu artigo no UOL. Essas desconfianças, cabe dizier, não são relacionadas apenas a esta terceira edição do reality show. Na primeira edição, algumas coisas estranhas aconteceram, como o site sair do ar bem no meio do programa no dia da definição do eliminado da vez, isso depois do Pedro Bial anunciar que a eleição estava apertada. Pode ser que tenha ocorrido uma sobrecarga do servidor, é verdade, mas não deixa de ser estranho. Em outra ocasião, também num dia em que alguém ia sair da casa, aqueles números de digitação obrigatória para validar o voto simplesmente sumiram. Essas e outras coisas dão margem a especulações sobre o que acontece nos bastidores. Na eleição da semana anterior, entre o Emílio (o queridinho da Flávia Durante..he he he) e a Vivi, ele saiu e a moça ficou. Isso siginfica que no colégio eleitoral, se é que pode ser chamado assim, a predominância é masculina. Pela lógica, nessa semana, quem deveria sair era o Dhomini, com a Sabrina permanecendo na disputa. Enfim, falta transparência ao BBB. Tá certo que é apenas um programa de televisão, mas não custa nada deixar tudo em pratos limpos.

A Folha publica hoje uma entrevista com Miro Teixeira, atual ministro das Comunicações. O tema é rádio comunitária. Sobre a recente onda de apreensões, ele disse: "Já pedi às entidades que identificassem alguma ação da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações, responsável pela fiscalização] não amparada por decisão judicial. Ainda não recebi. Quando receber uma, terei como agir, porque estaremos diante de uma violência denunciável. Mas se houver liminar para a Polícia Federal lacrar o transmissor [da comunitária], não tenho como agir. Não tenho como pedir para ministro da Justiça dizer à PF para não cumprir ordem judicial". Com todo respeito, mas Teixeira afirmou o óbvio, tentando adequar seu o discurso para não desagradar as entidades que defendem as rádios comunitárias e até mesmo setores do PT e do governo que as defendem. O ministro poderia ter explicado sobre a eficiência com que algumas emissoras são fechadas e outras não, como a Planeta 90, do sr. Francisco Silva. O restante das declarações de Teixeira são promessas que somente se cumprirão com o tempo. "Vou fortalecer as rádios comunitárias", ele disse, mas é uma tarefa árdua que provavelmente será bombardeada pelas Abert e Aesps da vida. Uma boa queda de braço a ser observada.

O ministério da Saúde e o blog Onzenet advertem: as fotos da Josiane (ex-BBB) pelada podem causar danos à saúde, como o crescimento de cabelos na mão, por exemplo.

segunda-feira, março 10, 2003

A direção da Rádio Brasil 2000 se pronuniciou oficialmente no Painel do Leitor da Folha de S. Paulo sobre os rumores de um possível arrendamento de sua frequência pela Rádio Bandeirantes AM:

"Quanto ao teor da reportagem "Os bastidores da crise na Brasil 2000" (Ilustrada, pág. E2, 5/3), gostaria de esclarecer que não existe a possibilidade de arrendamento da rádio Brasil 2000. É lamentável que esse esclarecimento precise ser feito por meio do "Painel do Leitor", uma vez que, na sexta-feira passada (28/2), a Brasil 2000 foi procurada pela repórter da Folha e já naquela ocasião deixou claro que as informações não passavam de boato. Fico, portanto, perplexo com o destaque dado por esse jornal a informações sem nenhum fundo de verdade, negadas por ambas as emissoras envolvidas e descritas de maneira, no mínimo, curiosa pela reportagem como uma "história que circula nos bastidores das duas rádios com detalhes impressionantes". Esse tipo de conduta é um desserviço ao leitor da Folha."
Gabriel Mário Rodrigues , diretor-presidente da rádio Brasil 2000 (São Paulo, SP)


A negociação com a Bandeirantes pode até nem ter acontecido. No entanto, o restante do texto assinado por Laura Mattos não foi contestado, então, de forma oficial, foi assumida a crise na emissora. O sr. Gabriel Mário Rodrigues poderia informar na sua missiva quais seriam as providências tomadas para que essa situação não perdure por muito tempo. Ouvintes e profissionais de rádio querem uma Brasil 2000 forte e, de preferência, rockeira (com qualidade, de preferência).

Nota quente do site Letradas

Garagem vai para a Transamérica FM
Há quatro meses fora do ar, o Garagem, que era transmitido pela rádio Brasil 2000, está muito perto de voltar ao dial paulistano. De acordo com Paulo Cesar Martins, o Paulão -que apresentava o programa junto com André Barcinski e Álvaro Pereira Jr-, diz que há possibilidade do Garagem passar a ser transmitido pela Transamérica FM. "O pessoal da rádio (Transamárica) exige investimento para transmitir o programa", afirmou Paulão, no sábado, 08/03, quando se preparava para tocar seu set list no DJ Club. "Estamos buscando patrocinadores, acredito que mais dois meses serão necessários para que o programa volte ao ar." Agora, é só torcer.


Ponto positivo:
-O programa poderá ser transmitido em rede nacional
Pontos negativos:
-A exigência de patrocínadores. A instabilidade do mercado publicitário pode ser uma ameaça a sobrevivência do Garagem na Transamérica.
-Essa volta tinha de acontecer numa emissora cujo perfil não tem nada a ver com o programa?

domingo, março 09, 2003

Bem, eu não consigo resolver o problema dos arquivos aí do lado. Faltam vários meses. Portanto, quem se interessar em acompanhar os posts a partir de setembro pode fazê-lo atráves dos links que eu deixo aqui: outubro, novembro, dezembro e janeiro.

Vou colocar mais uma vez um recadinho que eu postei aqui no dia 12 de maio passado:

Enfim, não sei se esse blog têm leitores fiéis, daqueles que passam por aqui com uma certa frequência, mas aconselho a esses a darem uma relida nos posts, caso tenham um tempinho. Sempre pode pintar alguma novidade.

É bom reiterar isso, pois eu dou uma mexida para corrigir certos problemas em alguns textos, como redundâncias, repetições de palavras, excesso dos pronomes "eu", "ele", e outras coisinhas mais...
Nunca é demais repetir: por mais que eu revise os posts quando eu termino de escrever, sempre passa batido alguma cagada.
Se alguém aí quiser dar uma de revisor, pode ficar à vontade.


sábado, março 08, 2003

Noite alta, céu risonho
Como quando Você fala durante
o sono

Meu pai aponta na árvore o
fruto estranho
O amor universal
Grandes ilusões

Você não morre mais tão cedo
De tanto que eu circunavego
o seu nome

A meia-lua de bandeira turca
O metrô
Grandes ilusões

O filho do filho do filho
do homem
Um tempo pra nós
Grandes ilusões

A quietude é quase um sonho


Outra letra do Fellini: "Grandes Ilusões. Outra de "Amor Louco". Desculpem a insistência, mas esse CD tem rodado com muita frequencia no meu disc-man. Não enjoei e nem vou enjoar, pois a cada audição há sempre um detalhe novo a ser desfrutado.
Na semana passada, eu falei do álbum, agora quero me deter um pouco mais na letra. Há muito tempo neste blog eu venho tecendo elogios rasgados a musicalidade da banda. Porém, ela não serviria de nada sem a poesia de Cadão Volpato. Seu estilo de escrever é totalmente peculiar no rock nacional, creio. Ele não é um contador de histórias como o Renato Russo de "Eduardo e Mônica" e "Faroeste Caboclo". Também não é um desesperado cronista do cotidiano como Cazuza em "Brasil". O grande charme dos textos de Cadão é o de criar imagens aparentemente sem qualquer tipo de conexão em seus versos para que cada ouvinte tire a sua própria conclusão, a sua própria mensagem. "Grandes Ilusões" talvez seja a melhor representação disso. Há uma citação a um clássico da antiga MPB (noite alta/céu risonho) e pelo menos dois versos brilhantes: "Você não morre mais tão cedo/De tanto que eu circunavego/o seu nome" (seria uma declaração de amor?) e "A quietude é quase um sonho".
Não conheço nenhum estudo aprofundado da produção de Cadão Volpato como letrista no Fellini. Por tudo o que eu já disse, valeria a pena que algum mestrando ou doutorando da cadeira de Letras se debruçasse nelas. Porém, creio que muita gente prefira trabalhar com autores já consagrados, exemplos dos citados Renato Russo e Cazuza. Uma coisa é certa: mesmo com o intervalo de quase dez anos entre o lançamento de "Amor Louco" o recente "Amanhã é Tarde", a qualidade das letras continua a mesma. Pode ser uma das vantagens do Fellini ser uma banda bissexta, mas eu aposto que é muito mais por causa do talento natural de Cadão.
Há mais um dado curioso sobre a belíssima "Grandes Ilusões". Em "Amor Louco, ela figura como uma balada com muitos violões e um teclado, mas existe uma outra versão com andamento mais rápido e uma letra totalmente diferente. Seu título é "Por Toda Parte" e nunca chegou a ser gravada, apenas tocada pela banda em apresentações ao vivo. Thomas Pappon, a outra alma do Fellini, achou-a tão maravilhosa que resolveu fazer uma versão em inglês, cujo título é "Everywhere". Está em "Eurosambas", primeiro CD do The Gilbertos, projeto-solo de Thomas. Qualquer dia desses eu coloco sua letra aqui.
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quinta-feira, março 06, 2003

Lamento informar, mas não é aqui que vocês irão encontrar fotos da ex-Miss Brasil Josiane (BBB) pelada.

quarta-feira, março 05, 2003

Sempre que possível, eu comento aqui no blog Onzenet algo que saiu na coluna de rádio assinada pela Laura Mattos na Folha de S. Paulo. O tema dessa semana particularmente me interessou pois fala sobre a atual situação da Rádio Brasil 2000 FM. No título, uma palavra expressa muito bem o que acontece por lá: crise. No fim do túnel, uma possibilidade: um acordo com a Bandeirantes AM, que arrendaria o canal dos 107,3Mhz.
Esse estado atual da emissora nada mais é que um reflexo de uma decisão tomada em 2000, que foi o afastamento da dupla Tatola-Roberto Maia. Naquela época, mesmo com todos os problemas, a Brasil 2000 tinha uma identidade própria. É bem verdade que ela havia perdido muito da ousadia na que marcou sua programação musical no início da década de 90, abrindo espaço para coisas mais manjadas, como os "Smoke On The Water" da vida. Mesmo assim, era uma rádio que se deixava ouvir. Isso se devia ao fato de Roberto Maia ser um verdadeiro radiomaker, seja criando programas bacanas como "Clube das Muheres" ou com sensibilidade para dar abertura a projeitos diferenciados como o "Garagem". Talvez a maior prova de que Maia estava no caminho certo foi o fato de seu sucessor, Lélio Teixeira, ter mantido parte da estrutura de programação que encontrou quando assumiu. Teixeira deu o grande pulo do gato ao criar o Na Geral, programa de debates sobre futebol com um tempero bem-humorado, que se transformou no carro-chefe da emissora, tanto em faturamento como em audiência, embora não fosse o programa ideal para fazer com que o público se ligasse nos outros horários da rádio. Outro mérito seu, foi trazer de volta ao rádio Kid Vinil, com um programa diário todas as tardes.
Mesmo com várias atrações de peso, ainda existia o problema da falta de anunciantes, comum a outras emissoras de rádio, não apenas a Brasil 2000. Uma solução foi, como escreveu Laura Mattos, "dar uma 'uma nova cara' à programação, usando o marketing politicamente correto da cidadania para atrair novos anunciantes". Para tocar esse projeto, foi chamado o jornalista Gilberto Dimenstein, que iria tomar conta de um comitê a ditar diretrizes de programação, e um coordenador artístico, Juan Pastor, para trabalhar com Lélio Teixeira. Essa dobradinha não durou muito, pois Texeira levaria o seu Na Geral para a Bandeirantes AM, talvez insatisfeito por se transformar numa "rainha da Inglaterra".
A fase politicamente correta da Brasil 2000 marcou o fim do Garagem e a estréia do Blog do Tas, apresentado pelo ator Marcelo Tas. Porém, a perda do Na Geral fez cair ainda mais a receita da rádio e o programa de Tas foi retirado do ar na sexta que antecedeu ao carnaval devido aos seus altos custos. Agora, a emissora está com o pires na mão, tendo que recomeçar tudo do nada para não morrer.




terça-feira, março 04, 2003

Apesar de sua curta carreira, Celly Campello deixou seu nome inscrito na história como a introdutora do rock no país. Não fosse por ela, talvez o ritmo demorasse a chegar por aqui. No entanto, ficam algumas perguntas no ar: e se ela não tivesse abandonado tudo para se casar, o que aconteceria? O Brasil teria uma tradição rocker de peso? A Jovem Guarda e a Tropicália existiriam? Enfim, são temas que renderiam diversos ensaios. Quem se habilita a abordá-los?

domingo, março 02, 2003

Deu o que falar a matéria sobre os blogs publicada nessa semana na Folha e assinada pelo Alexandre Matias. O que causou a maior polêmica foi a lista de 50 blogs indicada por ele a título de ilustração. O Aly, do Letteri Cafe informa que alguns dos blogs incluidos não estão sendo atualizados desde outubro de 2002. Outros blogueiros ficaram chateados, sentimento que pode ser medido no sistema de comentários do blog de Cora Ronai. Isso exposto, vamos ao que importa: a lista alinhavada pelo Matias é boa. Eu mesmo já linkei e falei sobre alguns aqui, como o do Tom Leão, do Alex Antunes, o da Thais Aragão e o da Flávia Durante. Quem se propõe a fazer uma listagem desse tipo corre o risco de deixar muita coisa boa de lado. Talvez valeria a pena ter incluído, entre outros, o Rádio Base, o primeiro blog sobre rádio do Brasil, o Cinema Cuspido, do chapa Marcelo Valletta, que é dedicado ao cinema e o do Inagaki, um dos melhores cronistas-blogueiros da atualidade.
Faltou também blog de gente comum, pessoas iguais a você, não necessariamente jornalistas, escritores ou gênios da informática, que resolveram dividir suas experiências do dia-a-dia na rede. Posso citar dois: o da Dani Bee e o da Ket, a estudante intercambista que está passando uma temporada no México e que vem trazendo uma visão bacana sobre a vida naquele país.
Dessa matéria dá para se concluir uma coisa ao menos: lista de blogs é igual a convocação da seleção brasileira de futebol. Todo mundo possui as suas preferências e nem sempre dá para agradar a todos.
Em tempo: eu também já fiz um artigo sobre blogs para o Observatório da Imprensa, com direito a algumas indicações. Já senti na pele o quanto que essa parte não é nada fácil.

 
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