acho que este espaço cumpriu seu papel... São palavras da Patrícia, do "Fiz sim, e daí?" Ela diz que participou na festa da FGV e apareceu nas imagens colhidas do cafofo. O blog, que causou um certo frisson na mídia, ganhando espaço no site de notícias Último Segundo, e no programa Vitrine, da TV Cultura, não terá mais atualizações. O Onzenet já havia percebido que as mesmas não eram mais constantes.
Em seu derradeiro post, Patrícia aproveita para alfinetar: (meu, vocês não sabem o que li em outros blogs por aí... as teorias mais absurdas do mundo... Sobre esse momento de celebridade instantânea, ela afirma: não vou negar que até meu lado exibicionista ficou envergonhado depois que percebi que o que eu havia começado aqui estava correndo a rede numa velocidade espantosa
O blog encerra suas atividades, mas deixa várias perguntas sem resposta. Pena que ele não tenha dado uma maior contribuição para esclarecer bem mais sobre os acontecimentos daquela noite. Não faltam pessoas que duvidam de sua autenticidade.
quinta-feira, setembro 26, 2002
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Rodney Brocanelli
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Um dia eu ainda quero escrever mais sobre minha participação em listas de discussão sobre música. Começei na extinta Indie-Brasil e hoje assino pelo menos umas vinte. Claro que não tenho tempo de participar de todas elas, mas de vez em quando eu dou uma olhada para saber do que o povo está falando.
Nesse tempo em que eu tenho frequentado listas, fiz alguns amigos bacanas e tretei com alguns assinantes (são coisas da vida virtual; as vezes se escreve a e alguém entende b, o problema é quando isso gera discórdia que culmina em agressões verbais). Na E-zine não foi diferente. Organizada pelo zineiro Bruno Privatti, ela foi criada na esteira de uma outra lista bastante movimentada, a Indie-Brasil, dedicada ao rock indie nacional. A idéia de Bruno era dar um pouco mais de liberdade para as pessoas se expressarem, tendo como ponto de partida os fanzines. Em pouco tempo, passou a ser uma das principais da Internet brasileira. A certa altura, alguém lança a idéia: por que não se fazer um zine eletrônico com os textos de seus principais assinantes. A aprovação foi imediata e nascia assim, o Lao Bar. O nome, totalmente esquisito e pouco usual, tem a sua justificativa. Depois de uma das frequentes quedas do servidor que gerenciava a lista (ficava na Uerj), um dos participantes pediu para que os outros dessem um alô, a fim de saber se estava tudo normanizado. O apelo foi prontamente atendido e, num dos replys, alguém escreve a palavra lao, que nada mais é que alô digitado errado e sem acento. Todos foram na cola do lao. Alguns acharam que era uma saudação secreta, outros em tom de brincadeira adotaram a palavra em seus mails. O fato é que o nome pegou e foi o escolhido para batizar a página. O seu conceito era reproduzir uma conversa de botequim, daí temos Lao Bar.
No começo de de 1998, a primeira edição entrou no ar, com poucos textos. Naquela época, o web design ainda engatinhava e, mesmo sem os recursos que existem hoje, o visual acabou ficando muito bom.
O editorial de abertura trazia o seguinte texto:
Janeiro de 1998, mês de inauguração do LAO Bar. Enfim aberto ao público o resultado de um investimento de meses e de dezenas de mãos para a construção de um lugar onde se possa debater inteligentemente todo tipo de assunto que nós gostamos de debater quando estamos tomando aquela cerveja gelada em pleno verão escaldante.
Neste mês, expomos aos visitantes os nossos arquivos pessoais e as conversas que despertaram o desejo de se construir um local assim na Internet Brasil. Além de muitas outras coisas que discutimos ardentemente enquanto esperávamos o maitre trazer as bebidas!
Para incentivar uma visita completa e edificante, nada de manchetes por enquanto. Temos resenhas de demos, retrospectiva da carreira de escritores, lembranças de infâncias, tiras inéditas de quadrinhos, resenhas de filmes clássicos, manifestos... Enfim, navegue por si próprio e não se esqueça de fazer amizade com os frequentadores mais antigos se quiser saber mais sobre como funciona essa birosca de luxo. E boa sorte!
Enfim, era um projeto que prometia. Analisando um pouco mais a fundo diria que o Lao Bar foi o embrião das revistas eletrônicas que temos hoje, como ScreamYell, Ruídos, Rabisco, entre outros. Pena que, como quase todo empreendimento voluntário, não foi adiante. O príncipal motivo certamente foi a falta de tempo. As atividades profissionais de cada um atravancaram o desenvolvimento do site. Devem ter existido outros, é claro, mas não chegaram ao meu conhecimento. De qualquer forma, a primeira e única edição do Lao Bar ainda continua ativa, não sei até quando, portanto é bom aproveitar. Você pode fazer uma visita clicando aqui e ler os textos que chegaram a ser colocados no ar. Um deles é assinado pela gonzo girl Cecília Gianetti e versa sobre o filme Absolute Beguinners. Gregory Castro faz uma comparação entre os álbuns Psychocandy, do Jesus & Mary Chain, e Exit Planet Dust, dos Chemical Brothers. Eu compareci com um tosquissimo texto autobiográfico contando um pouco a meu envolvimento com as rádios livres. A intenção era fazer uma série e o nome era bem sugestivo (e pretensioso, diga-se de passagem): Minha História de Combate no Dial. Vale dizer que existem links para textos e entrevistas que nunca foram incluidos até hoje.
Eu já disse, mas não custa nada reptir, visitem o Lao Bar enquanto é tempo. Como a página nunca mais foi atualizada, o Geocites pode tira-la do ar a qualquer momento.
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Rodney Brocanelli
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Um dos sites que está divulgando as fotos tiradas no cafofo da festa organizada pela FGV ainda não foi tirado do ar. Seu responsável, inclusive, tem feito atualizações diárias, revelando os nomes de algumas das pessoas flagradas e de onde elas estudam. Poucas das identificadas estudam na GV, é bom reparar. As informações ele diz receber através do e-mail que está colocado na página. Na atualização mais recente, do dia 25, o fulano chega a dar a localização de onde moraria uma das meninas que aparecem nas fotos e revela seu suposto endereço eletrônico. Se todas as informações são verdadeiras ou não, fica difícil de dizer. Daqui a pouco não vai se saber mais o que é verdade ou mentira nessa confusão toda.
O interessante aqui é que esse site foi um dos primeiros a divulgar as fotos. Isso é uma prova de que, ao contrário de noticias veiculadas pela imprensa, algumas das hospedeiras (nesse caso, é nacional) não estão sendo tão ágeis para retirar do ar quem traz esse conteúdo.
Para terminar, esse imbróglio todo foi citado por Marcelo Tas, na abertura do Vitrine, que mostrou algumas das fotos. Até na TV Cultura, quem diria...
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Rodney Brocanelli
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quarta-feira, setembro 25, 2002
A tal Patrícia, que disse estar nas fotos calientes tiradas na festa da FGV, não atualiza seu blog desde o último sábado, logo agora quando o caso começa a cair no conhecimento do grande público. (Para quem ainda não viu, o blog é uma espécie de auto-defesa; o título é "Fiz sim, e daí?" No entanto, cresce cada vez mais o número de internautas que duvidam se quem está o mantendo participou realmente dos amassos no cafofo). No Superpop (RedeTV!) desta última terça-feira, Luciana Gimenez promoveu um mini-debate sobre o assunto com os seus convidados. A apresentadora disse no ar que sua produção entrou em contato com o diretório acadêmico da Fundação Getúlio Vargas, mas ninguém se prontificou a participar do programa.
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7:41 PM
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E continuam a pipocar aqui e ali notícias relatando o fechamento de rádios comunitárias. Há algumas semanas, eu dei aqui uma nota sobre a apreensão de equipamentos da Rádio Bicuda (RJ). Uma outra rádio no sul foi fechada, mas por falha minha não resgistrei aqui. Dessa vez, aconteceu em Sorocaba'. Leia na sequencia:
A Associação Comunitária Cultural ( ASSCOMC ) que desenvolvia trabalho de radiodifusão comunitária na zona norte da cidade de Sorocaba / SP, mais conhecida como rádio comunitária 97,1 FM, teve seus trabalhos suspensos na tarde de 23 de setembro de 2002 por autoridades da ANATEL e Polícia Federal.
A diretoria da associação que realiza esse trabalho junto à comunidade já enviou toda documentação necessária ao Ministério das Comunicações há mais de 3 anos, o que gerou um processo de autorização que corre no Ministério sob o nº 53.830.001167/99.
Durante todos esses anos, a Rádio Comunitária tornou-se um importante meio para as mais diversas manifestações e movimentos populares. Segundo a diretoria, semanalmente passavam pelo estúdio da rádio mais de 55 voluntários podendo se citar membros da Pastoral da Criança, Movimento Hip Hop, Amor exigente, MST, e outros.
Durante sua programação que se iniciava ás 06:00 horas da manhã e se encerrava ás 21:30 horas, a Radio Comunitária divulgava os eventos e atividades da região o que fez com que várias escolas, SAB’s e entidades beneficentes manifestassem apoio á Rádio Comunitária.
A ASSCOMC –Associação Comunitária Cultural desde já agradece qualquer manifestação de apoio e ou orientação.
Curioso notar que a eficiência da fiscalização e fechamento de rádios comunitárias aumentou justamente nesse período eleitoral. Enquanto rádios que prestam serviços sociais são tiradas do ar, a Rádio Planeta 90 FM, de propriedade do sr. Francisco Silva, que se diz padre, continua funcionando no momento em que eu escrevo aqui. A Laura Mattos volta ao assunto em sua coluna de hoje e diz para onde vai o dinheiro cobrado pelas "consultas espirituais".
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terça-feira, setembro 24, 2002
Será que essa história do ator brasileiro que vai protagonizar o novo filme de David Lynch é uma farsa? A Ciça tem motivos para acreditar que é.
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Mais um link aí na lista ao lado. Desta vez, essa honra cabe ao blog Página2. Eu até gostaria de saber quem é o seu responsável, mas não vi nenhuma indicação por lá. Deve se tratar de uma pessoa tímida, creio eu.
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Resolvi consultar um fotógrafo amigo meu a respeito da história sem fim (como bem observou Charles Brito) que envolve as fotos tiradas na festa Giovanna, organizada pelos alunos da Fundação Getúlio Vargas. Além de trabalhar com imagens, Luciano Matos é zineiro e em breve ele estará colocando no ar a versão on-line de seu Elcabong. Vejam o que ele tem a dizer sobre esse caso:
Bom, não dá para afirmar que as fotos são armadas com 100% de certeza. Mas se eu tivesse que apostar diria que eles quiseram brincar com alguém, não sei se com a imprensa, bem possível. Nem precisava saber muito de fotografia
para levantar suspeitas. Só em olhar para câmera eles se denunciam, mas tem ainda o fato da iluminação ser perfeita, o foco também. Tudo bem que eles podem ter selecionado as melhores fotos, é possível. Não dá para terem usado
flashs e as pessoas não perceberem. O que eu acho mais suspeito é que na verdade as fotos pouco mostram, conseguiram criar um burburinho muito grande em torno delas mas pouca coisa se vê. Tirando os seios de uma das meninas, as nádegas de um e outro e pouco mais que isso, muito pouco é visto. Pra mim pode até ter acontecido
relações de fato, mas eles sabiam e boa parte do que é mostrado é montado. Eu dei muita risada.
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segunda-feira, setembro 23, 2002
Agora que a baixou a poeira levantada pelo fim do programa que Kid Vinil comandava diaramente na Brasil 2000 FM, a é possível enxergar com mais clareza o que aconteceu. Na verdade, houve uma reformulação geral. A emissora contratou novos locutores, remanejou alguns horários e vai lançar novos programas. A grande novidade é que Marcelo Tas, apresentador do Vitrine, da TV Cultura, vai comandar uma atração da qual ainda se espera maiores detalhes. Kid Vinil irá aprensentar três programas. Um aos sábados, às três da tarde e os outros dois nas quartas e quintas-feiras, a partir das onze da noite. Os drops, chamados de "Dicas do Vinil" vão continuar a entrar ao longo da programação.
Os detalhes completos podem ser conferidos aqui na Folha On Line. No entanto, há uma reparação a fazer. A moça que apurou as informações de bastidores da Brasil 2000 FM errou na hora de escrever o nome de Marcelo Tas. Seu sobrenome é com um "esse" só. Bastava dar uma olhada no site do Vitrine para não cometer esse deslize.
Ah, e tem mais. Um trecho da nota publicada me fez pensar: "O apresentador da TV Cultura ganha programa diário de duas horas. Nome, horário, formato e o escambau, já sei, mas não posso falar ainda." Segundo o Manual de Redação da Folha, tudo o que se sabe deve ser publicado. Será que os colunistas da Pensata estão acima das normas que foram ditadas?
Para encerrar, quero deixar aqui indicado um link com a transcrição dos melhores momentos de uma entrevista que Kid Vinil concedeu a Rádio Onze, em 1995 (leia aqui).
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O Alexandre Carvalho, assim como vários outros blogueiros, comentou sobre o escândalo das fotos da Giovanna/FGV no seu Língua de Trapo (será uma homenagem a banda que trilhou pelos caminhos do rock engraçadinho nos anos 80 e ainda está na ativa?). Ele faz uma citação ao blog Onzenet. Leia aqui.
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3:20 AM
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domingo, setembro 22, 2002
A Isto É perdeu uma ótima chance de fazer bom jornalismo no que diz respeito ao já saturado caso das fotos da Giovanna, a festa da FGV. A reportagem da revista traz declarações de uma pessoa que supostamente estaria nas imagens, mas esse personagem acabou sendo mal explorado e relegado a segundo plano (estranhamente, diga-se de passagem). Preferiu-se dar voz e vez a advogados e a abertura da matéria é uma encheção de línguiça sem tamanho.
Num certo trecho, o texto diz que ninguém percebeu que estava sendo fotografado. Porém, quem viu as fotos, sabe que algumas pessoas olhavam para cima em algumas imagens, como que mirando diretamente a câmara. A matéria que saiu no Último Segundo, do portal IG, ao menos, fez referência a isso.
Quem também deu espaço ao assunto foi a Época, avançando um pouco (mas apenas um pouco) ao que já se sabe. Sua reportagem diz que uma das meninas flagradas teria 16 anos e traz uma declação importante também. Um aluno da FGV, que faz parte do departamento de esportes, diz que nas últimas três festas da faculdade foram montados quartinhos escuros oferecidos para o deleite dos casais. Vale lembrar que as fotos polêmicas deste ano trazem uma ótima qualidade de iluminação.(Por que não se entrevistam fotógrafos profissionais para saber um pouco mais em que cirunstâncias poderiam ser colhidas aquelas imagens?)
Ainda está para ser publicada A reportagem que vai esclarecer todos os pontos que ficaram no ar com relação a essa história.
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Que rufem os tambores...No próximo dia 25 de setembro irá circular em todo o Brasil o terceiro número da Zero, após um período de atraso. A Sylvie Piccolotto publicou em seu blog um release trazendo a pauta desta edição, a de número 3. Pelo o que eu li, está bacana. Tem entrevistas com Red Hot Chilli Peppers, Brian Wilson e Mike Patton (ex-Faith No More). Uma super-reportagem sobre a invasão da heróina no Brasil (esse tipo de reportagem é o que diferenicia a Zero de suas concorrentes), e os bastidores da turnê do Echo And The Bunnymen no Brasil. Conseguiram dar um jeito de colocar um repórter-carrapato na cola da banda.
O ponto baixo, ao meu ver, fica por conta do prometido entrevistão com Renato Rocha, ex-Legião Urbana. Creio que ele não vai acrescentar nada de novo ao que já vem dizendo por aí sobre seu passado como baixista do grupo. A uníca função desse papo é reacender uma velha rixa que Rocha tem contra seus ex-companheiros. A Zero deveria evitar entrar em polêmicas fáceis como essa. Quem não estiver em condições de comprar a revista, pode ler aqui uma entrevista antiga que Negtrete (como também é conhecido) concedeu a Marcos Marçal.
No release não há nenhuma menção aos motivos que deixaram a Zero fora de circulação nesse meio tempo. Pelo cronograma, o número 3 deveria ser lançado no início de agosto. Também não se esclarece sobre as parceirias que foram prometidas. Quem visitar o site não irá encontrar explicações. Resta esperar para ver se algum tipo de satisfação será dada na edição que vai para as bancas.
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sábado, setembro 21, 2002
Loucura, loucura, loucura. O blog Onzenet bateu o recorde de visitação em toda sua existência. Até o momento em que eu coloquei este post no ar, o Bravenet marca mais de 80 visitas só nessa sexta-feira. A média diária fica por volta dos 20 acessos. Foi só falar sobre a Giovanna, a tal festa da FGV. Isso é a prova viva de que o Google está cada vez mais ágil em suas atualizações. Eu escrevi ontem sobre o assunto e as palavras-chaves já foram prontamente indexadas no mecanismo de busca. Antes, levava um pouco mais de tempo para que isso acontecesse.
Eu espero que os tarados de plantão que vieram em busca de mais informações sobre onde encontrar as fotos gostem do blog e voltem mais vezes. Será que é pedir demais?
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sexta-feira, setembro 20, 2002
Estranho, muito estranho. Nessa semana o Gilberto Custódio Jr. veiculou no seu Esquizofrenia uma entrevista com o Kid Vinil. Nela, o nosso homem multí-midia (radialista, vocalista, diretor de gravadora e jornalista) se mostrava satisfeito com seu programa de rádio na Brasil 2000 FM, apresentado entre 15h e 16h, na qual ele tocava sons bacanas. Pelas suas declarações, foi posível concluir que tudo corria bem e não havia perspectiva de mudanças imediatas. Hoje, porém, fui surpreendido com uma nota no blog Rádio Base. Dizia que esse seu espaço diário da tarde foi extinto assim sem mais nem menos. Hoje, sexta-feira, foi ao ar a última apresentação. Continuam na emissora apenas os drops espalhados ao longo da programação (as Dicas do Vinil), um horário aos sábados, e fica a promessa de que Kid vai assumir um novo horário noturno. É esperar para ver.
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Rodney Brocanelli
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Você já ouviu falar de John Peel? Não? Pensa bem. Seu nome é muito citado por aqui nas revistas especializadas em música e nas seções de discos dos jornais. Ainda assim, não conseguiu lembrar? Tá bem, eu explico. Peel é um dos apresentadores de rádio mais populares da Inglaterra. Trabalha na BBC One, dedicada ao público jovem. O perfil da emissora é o mais pop possível e lá toca de tudo, desde o rock and roll básico até drum n'bass e quetais. Um dado curioso: a BBC One foi criada como uma resposta a Caroline, uma rádio pirata que atraiu a moçada na década de 50 tocando o emergente rock americano: Chuck Berry, Elvis, entre outros... John Peel é um de seus astros. São famosos os programas que ele comanda com apresentação de bandas ao vivo. Não ná ninguém no mundo do rock inglês que não tenha tocado nas "Peel Sessions". Algumas delas acabam ficando tão bacanas que são editadas comercialmente, depois de algum tempo. Um dos selos que se dedica a isso chama-se Strange Fruit (quem sabe um dia alguma coisa chega por aqui).
Além disso, Peel tem um outro espaço na BBC One no qual toca músicas do mundo todo. Muitos não devem saber, mas duas bandas brasileiras já fizeram parte dessa programação: Fellini e brincando de deus. Curioso notar que as ambas são independentes, não tinham uma estrutura de grandes gravadoras ajudando na divulgação. Foi tudo na cara e coragem mesmo. Pena que figurar no play-list de Peel não tenha servido de impulso as suas carreiras por aqui.
Apesar de ser muito citado pela imprensa musical brasileira, até hoje nenhum jornalista se aventurou a fazer uma entrevista ou escrever um perfil de John Peel (um vovô, segundo Tom Leão). O cara é um mito e deve ter muitas e muitas histórias para contar. Não creio que ele faça o gênero Dalton Trevisan. Por que então não se tenta preencher essa lacuna?
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quinta-feira, setembro 19, 2002
A nova coqueluche do momento na Internet são as fotos tiradas numa festa de univeritários da FGV, a tal da Giovanna (saiba mais lendo aqui). As imagens estão sendo distribuidas por e-mail e veiculadas em sites gratuitos. Os vouyers de plantão estão fazendo a festa.
Sobre o caso propriamente dito, tenho alguns questionamentos e colocações que gostaria de ver respondidos:
1) As meninas que aparecem nas fotos (pelo menos aquelas que ficaram de bumbum para cima) não tem nenhum sinal de estria ou celulite. Um dos rapazes flagrado nas imagens tem um corpo saradão. Interessante notar que nas cenas não há ninguém fora de forma. Onde estavam as gordinhas e gordinhos de plantão?
2) A regra geral é que casais em festas como essa procurem cantinhos mais escuros para namorarem. São famosos os chill-outs de algumas casas noturnas que servem justamente para essa finalidade. Por que será que algumas pessoas resolveram ir para um lugar iluminado? No escurinho, não é bem melhor?
3) As sequencias de fotos que estão circulando por aí não mostram nada de explícito. Aliás, as fotos prometem mais do que cumprem. Muito do que se vê é praticamente sugestionado. Até mesmo na cena do sexo oral, não dá para ver muita coisa, a não ser que a cabeça da menina está sob o quadril do rapaz, mas se rolou alguma coisa de concreto, não dá para garantir.
4) Uma coisa a ser notada é a agilidade com que as fotos estão sendo colocadas em home-pages na Internet, através dos serviços gratuitos Kit.net e HPG. Alguns dos sites estão sendo tirados do ar, mas prontamente substituidos por outros. Não é uma atitude de quem teme ser processado.
5) Já repararam nisso, mas não custa perguntar de novo: por que algumas pessoas olham para cima, como que se estivessem percebendo a presença da câmera? Quem está num rala e rola dificlmente vai ficar com o olhar fixo em algum lugar. A não ser que o amasso não esteja sendo bom...
Posso estar enganado, mas creio que alguns dos personagens das fotos não sejam de fato universitários. Explico: isso me lembra uma estrátégia que o velho Notícias Populares usava no carnaval. São famosas as suas edições especiais que traziam as "fotos quentes" nos bailes dos salões. Só que era tudo armação. O jornal recrutava dançarinas de boates e garotas de programa para soltarem a franga diante dos fotógrafos, mas isso não ficava claro ao leitor. Será que não deve ter acontecido o mesmo na festa da FGV para expor ao ridículo a instituição e seus alunos?
Ah, e está no ar também um blog de uma das pessoas que supostamente teria participado da festa e das cenas do cafofo.
É um caso que merece ser acompanhado com cuidado.
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quarta-feira, setembro 18, 2002
A repórter Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, conta em sua coluna de hoje como foi a sua consulta na igreja do "padre vidente" Francisco Silva, conhecido como Padre Chico. Os habituês deste blog sabem de quem se trata. É o dono de uma das maiores rádios piratas de São Paulo (seu sinal entra muito bem em boa parte da cidade) e que usa a sua emissora para atrair fiéis com promessas de cura e libertação. Porém, ele não explica que o serviço religioso (incluida aí uma forte oração) é pago. É claro, há um cheiro de charlatanismo no ar. Padre Chico é mais um desses camelôs da fé, que proliferaram por aí nos anos 90.
Para fazer a sua reportagem, Laura teve de morrer em R$ 20,00 para ir até onde Francisco Silva ministra os seus "milagres". Isso que é jornalismo investigativo. O resto é perfumaria.
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Finalmente já são conhecidos os motivos que levaram Alexandre Matias a deixar o comando da revista Play. Saiba de tudo lendo essa entrevista que o jornalista concedeu ao e-zine Esquizofrenia, do meu amigo Gilberto Custódio Jr.
Aliás, Gilberto está de parabéns, ele fez um ótimo trabalho a partir de nota publicada aqui no Onzenet sobre esse fato. Vale conferir, pois as declarações de Matias são surpreendentes.
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Voltando a falar sobre o Barebacking. Eu espero que a divulgação de notícias a respeito dessa nova prática sexual não deflagre uma nova onda de ódio aos homossexuais. É aquilo que já sabemos (ou deveriamos saber): em todos os meios existem as pessoas de bom senso e as que não têm um pingo dele. Não é por causa de uma meía dúzia de insensatos que o mundo gay vai pagar mais esse pato.
No mais, esse relaxamento das precauções na hora do sexo é um fenômeno que já vinha acontecendo desde quando surgiram as primeiras notícias sobre os bons resultados do coquetel anti-Aids. Na Rádio Onze, em 1997, tive a oportunidade de entrevistar algumas pessoas ligadas a grupos de prevenção e essa preocupação era evidente. Anos mais tarde, um bando de malucos resolve levantar a bandeira do sexo desprotegido e dar um nome a essa prática.
Talvez o único jeito de se combater o Barebacking é com bastante informação, através de campanhas que visam a conscientização. Pode até ser uma boa oportunidade de se voltar a falar um pouco mais sobre a Aids na mídia. O tema anda meio esquecido, mas o risco continua eminente.
Este blog recomenda: use camsinha.
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terça-feira, setembro 17, 2002
O meu caro amigo Marcelo Valletta deixou aqui no sistema de comentários deste blog uma mensagem interessante e que faz pensar. Falando sobre o divórcio Nando Reis-Titãs, contou o seguinte caso: "...eu o entrevistei uma vez, e ele foi extremamente agressivo _aparentemente, por eu trabalhar para a Folha..."
Não é a primeira vez que um astro do rock nacional demonstra esse tipo de descontentamento. Renato Russo, vocalista e compositor da Legião Urbana, ficou anos sem dar entrevistas ao mesmo jornal. O motivo? Ele não gostou nada de uma crítica publicada a respeito do disco "Que País É Esse?", à época de seu lançamento, em 1988. Mário César Carvalho, o jornalista pautado para fazer a resenha, entre outras coisas, chamou o disco de "esquálido". RR não se esqueceu do adjetivo e incluiu a Folha de S. Paulo em sua lista negra.
É comum encontrar casos de artistas, políticos ou esportistas que acabam se aborrecendo com algum veículo, seja por casua de uma crítica negativa, uma notícia desfavorável ou uma declaração truncada. Em geral, quem se sente atingido, protesta e tal, mas logo deixa cair a coisa no esquecimento e não costuma guardar rancor. Por outro lado, alguns mais melindrados como Renato Russo, chegam ao exagero de impor uma lei de silêncio. Há casos de gente que, como Nando Reis, não chega a tomar tal atitude, mas acaba por adotar uma postura hostil, como a descrita por Marcelo Valletta.
Ainda sobre o caso Renato Russo-Folha, não se pode esquecer de que a crítica saiu assinada na ocasião. Se Russo tivesse de demonstrar sua insatisfação, teria que o fazer com quem escreveu que seu disco era esquálido, e não com o veículo. Se a análise fosse mais favorável, talvez ele nem tivesse se importado, o que, aliás, é uma regra geral.
Muitos parecem não entender que os jornalistas passam, mas os grandes jornais e revistas, em geral, ficam. Ou seja, o crítico que há dez anos (por exemplo) sempre metia o pau numa banda pode não estar mais ocupando aquele posto hoje. Em seu lugar, cetamente vai estar alguém que tenha uma outra visão das coisas.
Talvez até por um certo comodismo, prefere-se comprar briga com as instituições jornalisticas, deixando em segundo plano as pessoas físicas.
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